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Há 80 anos o Estádio do Esporte Clube Mogiana era inaugurado – Campinas (SP)

O Esporte Clube Mogiana foi uma agremiação da cidade de Campinas (SP). A sua Sede social ficava na Rua Engenheiro Cândido Gomide, nº 248, no Jardim Guanabara. O seu Estádio Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Dr. Horácio Antônio da Costa, ou simplesmente “Cerecamp”, ou Estádio da Mogiana, estava situado na mesma rua, só que no número 196.

Fundado na quarta-feira, do dia 07 de Junho de 1933, em um tempo de uma Campinas transitando do rural para o moderno, tempos de bondes e de trens, que muito contribuíram para o desenvolvimento da cidade. As suas cores: vermelho, amarelo e azul.

O Esporte Clube Mogiana surgiu do ideário de um grupo de trabalhadores da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, como forma de lazer, como o divertimento dominical. O EC Mogiana jogou o Campeonato Paulista da Divisão Intermediária seis vezes: de 1947, 1948, 1949, 1950 e depois em 1958 e 1959.

Estádio completa oito décadas de muitas histórias

Em meio às comemorações dos 246 anos de fundação de Campinas, na última terça-feira, o Estádio do Esporte Clube Mogiana, atualmente chamado de “Cerecamp”, completou 80 anos!

O Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Dr. Horácio Antônio da Costa, o Estádio Cerecamp, ou popularmente como Estádio da Mogiana, com capacidade para 4 mil pessoas.

O estádio está localizado na Rua Engenheiro Cândido Gomide, nº 196, no bairro Jardim Guanabara, na região central da cidade de Campinas(SP). Atualmente, o local é de propriedade do Governo do Estado de São Paulo.

O 1º jogo no Horácio Antônio da Costa, ainda em construção e com campo de terra batida foi na sexta-feira, do dia 21 de Abril de 1939, com vitória sobre o Esporte Clube Valinhense por 3 a 0, sendo Nehim o autor do 1º gol ferroviário no estádio.

Concluído na segunda-feira, do dia 17 de junho de 1940, na época era o principal estádio de futebol do interior, só perdendo no Brasil em termos de qualidade e arquitetura para o recém inaugurado Pacaembu em São Paulo, e também para o estádio de São Januário no Rio de Janeiro.

A 1ª partida foi disputada no domingo, do dia 14 de Julho de 1940, num jogo amistoso entre Esporte Clube Mogiana e Uberaba Sport Club (MG).  Jabá foi o autor do 1º gol oficial do Mogiana no belíssimo estádio, o mais importante e completo do interior do Brasil na época.

O estádio foi construído para abrigar um clube de futebol que pontificou por pouco tempo, mas que se transformou em símbolo da cidade. Horácio Antônio da Costa foi um dos diretores do clube e um ser empenhado em sua construção.

Foi apelidado de Mogiana por ficar ao lado da antiga estação de trens Guanabara da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, e ter sido sede do antigo time de futebol da associação esportiva dos ferroviários daquela empresa, o Esporte Clube Mogiana.

Com o tempo, tornou-se o 3º clube de futebol de Campinas e a companhia decidiu construir um estádio como forma de abrigar seus jogadores talentosos, que chamaram a atenção da esportividade paulista. Trilhou nas competições oficiais, colheu frutos, mas desapareceu em meio a fúria pela destruição da ferrovia, como forma de benefício ao sistema de transporte a diesel.

Desfilaram pelo Horário Antônio da Costa, renomados clubes de futebol do Brasil e até do exterior: Guarani Futebol Clube (SP), Associação Atlética Ponte Preta (SP), Botafogo Futebol e Regatas (RJ), Clube de Regatas Flamengo (RJ), Fluminense Football Club (RJ), São Paulo Futebol Clube (SP), Sport Club Corinthians Paulista (SP), Sociedade Esportiva Palmeiras (SP), Santos Futebol Clube (SP), Associação Portuguesa de Desportos (SP), Clube Atlético Ypiranga (SP), Club Sol de América e Libertad, ambos de Assunção, no Paraguai, entre outros.

As atividades com o futebol perduraram até na terça-feira, do dia 04 de Novembro de 1969, quando o Mogiana foi derrotado pelo Pátria Futebol Clube, pelo placar de 2 a 1. O último gol ferroviário no estádio foi assinalado por Crispim, em cobrança de penalidade.

A extinção aconteceu na terça-feira, do dia 08 de Junho de 1971. Já o seu estádio permanece até hoje. Durante muito tempo ele ficou abandonado, à mercê de vândalos, que destruíram grande parte das suas dependências.

Como curiosidade, vale ressaltar que todos os seis clubes profissionais que existem ou já existiram na cidade de Campinas jogaram no Estádio Horácio Antônio da Costa: Esporte Clube Mogiana, Guarani Futebol Clube, Associação Atlética Ponte Preta, Esporte Clube Gazeta, Campinas Futebol Clube e Red Bull Brasil.

Graças ao trabalho realizado desde 1998 pelo até então Campinas Futebol Clube, o estádio foi reformado e recuperado em 2003, sendo preservado o patrimônio histórico da cidade e do estado. O Campinas Futebol Clube mandou seus jogos no estádio até o ano de 2009, sendo que no ano de 2010, com problemas financeiros, a equipe acabou se transferindo para o município de Barueri.

Luta pela preservação do Estádio Mogiana

Na última terça-feira, uma celebração marcante, à sombra do aniversário de Campinas, porque há anos um grupo de pessoas abnegadas e vinculadas ao esporte luta com dificuldades e muito empenho pela preservação de sua memória e estrutura física.

Hoje, o Estádio do Mogiana é mais que um símbolo debilitado e abandonado, é um patrimônio de Campinas e do Estado de São Paulo, desde o ano passado, quando foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).

Seu tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) é fundamental para que se torne, definitivamente, patrimônio da cidade. Lutar pelo Mogiana, pela manutenção de seu estádio, que já foi considerado o melhor e mais aconchegante do estado, é fazer com que não desapareça da memória nacional um histórico rico em conquistas e realizações!

FONTES e FOTOS: Wikipédia – Correio Popular (Campinas-SP) – Página no Facebook “Salvem Mogiana”Celso Franco

FOTOS Colorizadas: Sérgio Mello

Inédito!!! Mangueira Futebol Clube – São Gonçalo (RJ): Um dos fundadores da A.G.E.A. em 1931

Texto: Sérgio Mello

O Mangueira Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São Gonçalo (RJ). A sua Sede e a Praça de Esportes, ficavam localizados na Travessa das Flôres, s/n, no Bairro Mangueira, em São Gonçalo.

O “Esquadrão Roxo e Branco” foi Fundado no domingo, do dia 13 de Junho de 1926, por quatro jovens desportistas: Antonio Pernambuco, José Vicente, Manoel Pereira e Octávio José Vicente.

Flâmula do Mangueira comemorativa ao aniversário em 1960

Um dos fundadores da A.G.E.A.

Na segunda-feira, do 12 de Outubro de 1931, O Mangueira foi um dos fundadores da Associação Gonçalense de Esportes Athleticos (AGEA), que adotou as cores vermelha e azul. Trecho da reportagem de Ernesto Luz, do Jornal Tribuna de São Gonçalo, em 20/09/1991, descreveu esse momento:

“O esporte de São Gonçalo se emancipou em 12 de outubro de 1931, com a fundação da AGEA pelas dez associações:

Aymoré;

Carioca Futebol Clube;

Flamenguinho Futebol Clube;

Forte Futebol Clube;

Mangueira Futebol Clube;

Na Hora é Que Se Vê Futebol Clube;

Neves Athletico Club;

Paraíso Football Club;

São Gonçalo;

Tamoyo Futebol Clube.

Associação Gonçalense de Esportes Athleticos (AGEA), não parou, tanto assim que mais tarde passou a se chamar Liga Gonçalense de Desportos (LGD). Outros clubes vieram como Metalúrgico, Nacional, Alcântara, Eletro Química, Clube Esportivo Mauá, Esporte Clube Trindade, Nova Cidade, Unidos do Porto da Pedra, Santos, Gradim e tantos outros. Porém, alguns já paralisaram suas atividades após uma fase de brilho e de conquistas que enobrecem a história esportiva da cidade.”

Nesse ano, disputou o Torneio Eliminatório da AGEA, realizado no domingo, do dia 28 de Dezembro de 1931. No 1º jogo, o Mangueira acabou derrotado pelo Modesto por 2 a 0 (3 a 1, em escanteios).

Voltou a campo, na repescagem, no 8º Jogo, mas acabou eliminado ao perder, na quinta prorrogação, para o time Na Hora É Que Se Vê. Na decisão, o Paraíso foi o campeão em cima do Flamengo de São Gonçalo.

O “Esquadrão Roxo e Branco” participou do Torneio Início da AGEA de 1932, no domingo, do dia 03 de Abril de 1932, no campo do Neves Athletico Club. Às 11 horas, o 1º jogo, entre Paraíso x Mutondo; o 2º jogoAlcântara x Carioca; 3º jogoNeves x Gradim; 4º jogoNa Hora É Que Se Vê x Mangueira; 5º jogoTamoyo x São Gonçalo; 6º jogoPorto Novo x Aymoré; 7º jogoFlamengo x Flamenguinho.    

Intervenção em 1942, faz A.G.E.A. mudar o nome para L.G.D.

Na quarta-feira, do dia 24 de junho de 1942,  a Associação Gonçalense de Esportes Athleticos (AGEA) sofreu uma intervenção da Federação Fluminense de Desportos (FFD).

Segundo a matéria do Jornal dos Sports, a intervenção se fez necessário em virtude de questões surgidas no seio da entidade, anormalidades verificadas entre clubes e outros fatos lamentáveis.   

Assim, o presidente da FFD nomeou o Sr. Mana Júnior o interventor da AGEA, a fim de reorganizar a entidade máxima de São Gonçalo. A 1ª ação do interventor foi mudar o nome, alterando para “Liga Gonçalense de Desportos (LGD)”. Apesar da mudança do nome, a data de fundação permanece até os dias de hoje como: 12 de Outubro de 1931.

    Eleição para Rainha de 1948

O clube não se limitava apenas o futebol, mas os eventos sociais, festas e concursos também faziam parte da vida desta simpática agremiação gonçalense. A escolha para saber quem seria a madrinha movimentavam o bairro.

Nesse recorte de reportagem do jornal A Manhã, destaca a disputa entre três candidatas ao posto de Rainha do Mangueira Futebol Clube: senhoritas Terezinha Gonçalves Gomes; Iracema Pereira da Silva e Selma Mendes Fontes.         

Em 1949 e 1950 disputou o Campeonato Gonçalense, tendo um dos melhores conjunto de São Gonçalo. Disputou também o Campeonato patrocinado pela ELCOS-PRESS em homenagem ao Secretário de Segurança Pública do antigo Estado do Rio, Edésio da Cruz Nunes.

Em 1960, em Assembléia Geral, foi eleita a Diretoria do Mangueira, que foi composta assim: Presidente – Walter Brito dos Santos; Vice-Presidente – Walter Alfredo da Silva; Secretário – José Batista Neves; Tesoureiro – José Emídio Carvalhaes; Diretor de Esportes – Marcos J. de Oliveira.

No mesmo ano, disputou o Torneio Popular de Futebol Edésio da Cruz Nunes de 1960, cumprindo excelente atuação, sendo Vice-Campeão de Aspirantes e 5° lugar nos Titulares.

Depois disputou as edições deste torneio em 1961 e 1962, que terminou na 3ª colocação de Aspirantes da Série São Gonçalo, atrás do Onze Rubros Futebol Clube (Campeão) e Porto Novo Futebol Clube (Vice-campeão).

O time base do Aspirante do Mangueira: José; Francisco e Rogério; Orlando, Altamir e Wilson; Jorge, Paulo, Celso, José e João

Craques que passaram pelo clube

Assim, como tantos clubes pequenos, o Mangueira também foi um refinado celeiro de craques: Bahia, Wilson, Dones, Quinca Gago, José Biola, Zequinha, Didi, Marcos, Ayrton Rachid, Geraldo, Mauricio Camelo, Adilson Bacuta, Jairinho, Juca Almeida, Jorginho Miranda, Evancir Ganso, Paulinho Cabral, entre outros.

Em 1966, participou da sua última competição: Torneio Independente de São Gonçalo. Quarenta e dois anos de bons serviços prestados ao futebol gonçalense, o Mangueira Futebol Clube, sofreu um duto golpe.

Após reivindicar o espaço físico, onde ficavam a Sede e o campo, por mais de quatro décadas, o Mangueira foi desapropriado. O motivo foi que a área era uma chácara de flores que pertencia a família Constantino, e quando aconteceu o inventário da propriedade, o local foi loteado. Dessa forma, o clube acabou extinto em 1968.

A lacuna deixada pelo clube ainda é lembrada por aqueles que viveram os tempos áureos do Mangueira: “Fui nascido e criado no Bairro Mangueira. O time representou muito para todos nós e para o município, pois o clube promovia muitos festivais no seu campo e era muito freqüentado por esportiva dos bairros circunvizinhas. Realmente o Mangueira marcou época no futebol Gonçalense“, revelou Roberto S. Quintanilha, que atualmente é diretor do Clube Esportivo Mauá

Time Base de 1960: João; Rogério, Wilson, José Batista e Carlos; Marcos José, Carlos Roberto e Silvio; Freitas, Mauricio Camelo e Ney.

Time Base de 1962: Gelson; Carlos Roberto e Ilson; Joel, Joaquim e Geraldo; Constâncio, Jaime, Jurandir, Maurício e Silvio.

Time Base de 1966: Osvalcir; Jordelin e Rogério; Abel, Almir e Adilson; Constâncio, Luís Lopes, Carlos Alberto, Jorge e Sá.

FONTES: Jornal Tribuna de São Gonçalo – A Noite (RJ) – A Manhã (RJ) – Última Hora – O Fluminense – Jornal dos Sports – Roberto S. Quintanilha

Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Roberto S. Quintanilha

São Cristóvão Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ): Escudo de 1938

São Cristóvão Athletico Club (Atual São Cristóvão de Futebol e Regatas) é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ).  A sua Sede social e o Estádio Figueira de Melo, ficam localizados na Rua Figueira de Mello, 200, no Bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. A sua maior conquista foi o título do Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1926.

História do São Cristóvão

Clubes de origem e fusãoFoi fundado no bairro de São Cristóvão em 12 de outubro de 1898 o Club de Regatas São Christóvão, dedicado ao remo. Em 5 de julho de 1909, surgiu oSão Christóvão Athletic Club, que se restringia ao futebol, e disputava o campeonato metropolitano – sua 1ª partida foi disputada em 1 de agosto de 1909, vencendo o Piedade F.C. por 5 a 1. 

A união de ambos deu origem ao atual São Cristóvão de Futebol e Regatas em 13 de fevereiro de 1943 – um novo clube, que herdou do clube de futebol a fama conseguida nos campos, já campeão carioca e com bom desempenho nos gramados.

Campeão Carioca de 1926

Em 1918, 23 e 24, o São Cristóvão terminara o Campeonato Carioca em 3ºlugar, já mostrando sua força. Mas, ainda assim, no início do Carioca de 1926, os favoritos eram Vasco, Flamengo e Fluminense.

Na estréia, o São Cristóvão mostrou força e venceu o Botafogo por 6 x 3. No entanto, o time da Figueira de Melo perdeu de 6 x 2 do Fluminense na rodada seguinte e reforçou sua condição de azarão. Aos poucos, porém, a estratégia do técnico Luís Vinhaes começou a se fazer notar.

O treinador era discípulo do uruguaio Ramón Platero, campeão com o Vasco em 1923 e 24. Ambos tinham por princípio impor treinamento intenso aos jogadores, com enfoque no preparo físico e na força para os padrões ao amadorismo da época.

No caso de Vinhaes, ainda deve-se acrescentar o discurso motivacional apurado. Mesmo sem resultados brilhantes, o São Cristóvão foi colhendo pontos. Venceu Vila Isabel (3 x 2) e Vasco (2 x 1) apertado antes de deslanchar com um acachapante 5 x 0 sobre o Flamengo.

O time seguiu com sua campanha consistente e discreta, com vitórias sobre Syrio e Libanez (3 x 1), Brasil (8 x 2), América (3 x 1) e Botafogo (4 x 3) e empate com Bangu (2 x 2). No início do segundo turno, o São Cristóvão venceu o Fluminense por 4 x 2 e se colocava como candidato ao título.

Uma derrota para o Vasco (2 x 3) complicou a situação, pois os cruzmaltinos já se colocavam como principal concorrente na competição. Ainda assim, com vitórias consecutivas sobre Vila Isabel, Brasil, Syrio e Libanez e Bangu colocaram o clube da Figueira de Melo em situação confortável.

A equipe tinha 27 pontos ao lado do Fluminense. O Vasco estava com 29, mas tinha duas partidas a mais e já encerrara sua participação. Em 19 de setembro de 1926, o São Cristóvão empatou em 4 x 4 com o América e se beneficiou da derrota do Fluminense para o Flamengo por 2 x 0.

Com isso, bastaria ao Alvinegro vencer o desinteressado Rubro-negro na partida decisiva. Os dois times já haviam se enfrentado no returno com vitória flamenguista por 3 x 1. No entanto, o jogo foi interrompido e cancelado, dando essa nova chance ao São Cri-Cri.No jogo decisivo, realizado em 21 de novembro de 1926 no estádio da Rua Paysandu, o São Cristóvão sobrou em campo.

Com o artilheiro Vicente em jornada inspirada, o time da Figueira de Melo fez 5 x 1 e conquistou, pela primeira e única vez, o Campeonato Carioca. Com os três gols na decisão, Vicente passou o vascaíno Russinho e ficou com a artilharia do torneio. Abaixo, a Ficha técnica do jogo que deu o título para o São Cri-Cri: 

 C.R. FLAMENGO (RJ)  1  X  5  SÃO CRISTÓVÃO A.C. (RJ)
LOCALEstádio da Rua Paysandu, na Rua Paissandu, no Bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio (RJ)
DATADomingo,  do dia 21 de Novembro de 1926
CARÁTERCampeonato Carioca de 1926
ÁRBITROCarlos Martins da Rocha
FLAMENGOAmado; Pennaforte e Hélcio; Favorino, Flávio (Alfredo) e Japonês; Allemand, Aché, Nonô, Fragoso (Vadinho) e Moderato.
SÃO CRISTÓVÃOSão Cristóvão: Paulino; Póvoa e Zé Luiz; Julinho, Henrique e Alberto Corrêa; Oswaldo, Octávio, Vicente, Arthur e Teófilo. Técnico: Luís Vinhaes
GOLSAllemand (Flamengo); Octávio, duas vezes, e Vicente, três tentos  (São Cristóvão)

Depois do título carioca, o técnico Luís Vinhaes ganhou espaço. Em 1934, foi o treinador da seleção brasileira na Copa da Itália. Em 1933, levou o Bangu a seu primeiro título carioca.

Outros grandes momentos no futebol

Além do Carioca de 1926, o São Cristóvão também conquistou o Torneio Início em 1918, 28, 35 e 37 e foi ainda vice-campeão em outras seis ocasiões: 1920, 1925, 1927, 1938, 1940 e 1964, num total de dez decisões disputadas neste tradicional torneio. Também ficou com o vice-campeonato estadual em 1934.

O São Cristóvão teve ainda os artilheiros dos campeonatos cariocas de 1919 (Braz de Oliveira, 24 gols), de 1926 (Vicente, 26 gols), de 1928 (Vicente, 20 gols) e de 1943 (João Pinto, 26 gols)

Em 2 de julho de 1919, o São Cristóvão goleou o Mangueira por 11 a 1, com o seu jogador, Brás de Oliveira, marcando nove gols, recorde no Campeonato Carioca até os dias de hoje, compartilhado com Gilberto Hime, do Botafogo.

Um título marcante foi o do Torneio Municipal de 1943. A competição era forte e o São Cristóvão teve de superar, em pontos corridos de um turno, América, Bangu, Bonsucesso, Botafogo, Canto do Rio, Flamengo, Fluminense, Madureira e Vasco.

Em 1937, quando disputava o Campeonato Carioca pela antiga Federação Metropolitana de Desportos (FMD), ao lado do Vasco, Botafogo e Bangu, entre outros, houve a pacificação do futebol do Rio de Janeiro, dividido em ligas, e os clubes da FMD se juntaram aos outros para a disputa do Campeonato Carioca já pacificado.

Em 1953, o São Cristóvão sagrou-se campeão do Torneio Quadrangular Cidade de Campinas, disputado contra Guarani, Ponte Preta e o America Football Club, do Rio de Janeiro.

A maior atuação do São Cristóvão no Maracanã foi em 29 de março de 1975, quando enfrentando o Clube de Regatas Flamengo, de Zico, quando começou perdendo por 2 a 0 e numa reação sensacional venceu o partida por 3 a 2, inclusive com 2 gols anotados pelo ex-jogador flamenguista Fio Maravilha.

São Cristóvão na Copa do Mundo

O São Cristóvão já mandou cinco jogadores para defender o Brasil em Copas do Mundo. Em 1930, foram Zé Luiz, Doca e Teófilo. Em 1938, Afonsinho e Roberto. Este último marcou um dos gols da vitória brasileira por 2 a 1 sobre a Tchecoslováquia, tornando-se o único jogador cadete a marcar em uma Copa.

O São Cristóvão possui um cartel que inclui 124 partidas internacionais, tendo a sua 1ªpartida internacional ocorrida contra marinheiros do cruzador inglês Orotawa, com vitória dos alvos por 4 a 1, em 17 de julho de 1917.

No mesmo ano, em 19 de novembro, nova vitória, agora contra marinheiros do couraçado uruguaio Uruguay, por 6 a 1, tendo a sua primeira excursão ao exterior ocorrido em 1937 e as mais vitoriosas, à Europa e África, ocorridas na década de 1950.

Grandes nomes do futebol que passaram pelo São Cristóvão

Ao entrar na sede de futebol, na Rua Figueira de Melo, é possível ler – pintado em letras garrafais –, a frase:  “aqui nasceu o fenômeno”. O “fenômeno” em questão é o centro-avante Ronaldo, campeão de duas Copas do Mundo pela Seleção, um dos maiores jogadores de todos os tempos – que foi revelado nas divisões de base do São Cristóvão. Para as gerações mais novas, o jogador tem sido o mito que alimenta os brios do time.

Mas outros nomes marcantes começaram por ali: o meia Djalminha, ex-Flamengo, Palmeiras e La Coruña-ESP; Lauro, ex-lateral do Cruzeiro; João Paulo, ex-ponta esquerda do Santos; Cao, ex-goleiro do Botafogo; Sena, ex-centroavante do Palmeiras e Bahia; Jordan, ex-lateral do Flamengo; entre outros. Não custa lembrar que o craque Leônidas da Silva, o Diamante Negro, também já vestiu a camisa dos cadetes.

Na comissão técnica outros nomes de peso: Carlos Alberto Parreira, ex-técnico da seleção (Parreira, aliás, começou como preparador físico do time e estreou como treinador no São Cristóvão, logo depois de formado em Educação Física e um pouco antes de ser convidado para ser técnico de Gana); e Sebastião Lazaroni, técnico da Seleção na Copa de 1990.

FONTES: Revista O Cruzeiro  – Site do clube

Foto Rara: Jogadores do Vasco da Gama campeões de 1923

O Clube de Regatas Vasco da Gama foi campeão do Campeonato Carioca de 1923. A disputa ocorreu entre 15 de abril e 26 de agosto e foi organizada pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Após vencer a Segunda Divisão, em 1922, o Vasco adquiriu o direito do acesso à 1ª Divisão no ano seguinte. 

A equipe do Vasco da Gama tinha, a época, a alcunha de Os Camisas Negras, devido à cor de seu uniforme. O título do Vasco foi, também, o primeiro de uma equipe composta por jogadores negros, mulatos e operários, o que causou enorme repercussão à época, já que o futebol era um esporte praticado sobretudo pela aristocracia inglesa.

Considera-se que o campeonato vencido pelo Vasco em 1923 foi um marco na vitória sobre o racismo no futebol brasileiro.

Comandada pelo uruguaio Ramon Platero, a equipe vascaína fazia treinos físicos e se concentrava, ao passo que os rivais iam às noitadas. À medida que os “camisas pretas(assim apelidados por causa da cor da camisa) dominavam a competição, a polêmica crescia. O futebol era amador, mas o Vasco pagava gratificações por vitórias, o que levava os críticos a acusá-lo de profissionalismo disfarçado.

Quanto mais o time vencia, mais os estádios enchiam, em resposta ao futebol elitizado. Apesar das críticas e acusações, o Vasco foi campeão de 1923, em sua estreia entre os grandes, com Nélson, Leitão e Mingote (Cláudio); Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.

Para Mário Filho, ainda em “O Negro no Futebol Brasileiro“, aquele título vascaíno “era uma verdadeira revolução que se operava no futebol brasileiro“. Terminado o campeonato de 1923, o futebol carioca entrou em crise.

O Fluminense, Botafogo, Flamengo e América criaram uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA) e fizeram uma série de exigências aos clubes interessados. Entre elas, os atletas não poderiam ter profissões consideradas inferiores nem ganhar dinheiro para jogar.

11 vitórias (78,57%)

2 empates (14,29%)

1 derrotas (7,14%)

32 gols pró (2,29 por jogo em média)

19 gols contra (1,36 por jogo em média)

Classificação final

:

Legenda: P – pontos ganhos, J – jogos, V – vitórias, E – empates, D – derrotas, GP – gols pró, GC – gols contra, SG – saldo de gols

PS: O Vasco ganhou os pontos do jogo com o Andarahy (1 a 1), assim como o São Cristóvão (0 a 0), devido à escalação irregular do jogador Joãozinho, do Andarahy.

Principais artilheiros:

Time-base:

  • Nelson; Leitão e Mingote (Cláudio); Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito. Técnico: Ramón Platero

FONTES: Vaskipedia – Revista da Semana (RJ)

Esporte Clube Cerâmica Henrique Lage – Imbituba (SC): Fundado em 1948

O Esporte Clube Cerâmica Henrique Lage foi uma agremiação do município de Henrique Lage (atualmente chamado de Imbituba), situado no litoral sul do estado de Santa Catarina.

A localidade, que fica a 90 km da capital, em outubro de 1949, a Assembléia Legislativa do Estado mudou o nome “Imbituba” para “Henrique Lage“, sendo que em 6 de outubro de 1959, através de Projeto de Lei de autoria do então Deputado Ruy Hülse, que transformou-se na Lei nº 446/59, “Henrique Lage” passou a denominar-se novamente “Imbituba“.

Ganhou status de município no sábado, do dia 21 de Junho de 1958, pela Lei Estadual nº 348/58, ocorreu a segunda emancipação de Imbituba, então denominada Henrique Lage. O município foi instalado em 5 de agosto de 1958, tendo como Prefeito Provisório o sr. Walter Amadei Silva.


Portão de entrada do Estádio Dr.João Rimsa, localizado no Distrito de Vila Nova – Imbituba – SC

Breve História

Fundado na sexta-feira, do dia 27 de Agosto de 1948, pelo engenheiro João Rimsa, diretor gerente da fábrica Cerâmica Henrique Lage. As suas cores eram vermelha e branca.

A sua Sede e o Estádio João Rimsa – que foi inaugurado no domingo, do dia 18 de maio de 1952 – ficavam localizados no Bairro Vila Nova, e tinha um túnel que ligava o vestiário ao gramado. Atualmente o local pertence ao Vila Nova Atlético Clube, uma agremiação amadora do município.

O Cerâmica Henrique Lage disputava as fases regionais da Liga Lagunense de Futebol e da Liga Tubaronense de Desportos (atual: Liga Tubaronense de Futebol), que davam vagas ao Campeonato Catarinense da Primeira Divisão. Lembrando que as ligas municipais eram subordinadas pela Federação Catarinense de Futebol (FCF). A grande rivalidade girava entre Cerâmica Henrique Lage com o Imbituba Atlético Clube.

Mas o time, na década de 50, obteve alguns resultados impressivos, como o empate em 3 a 3 com o Avaí (vice-campeão Estadual daquele ano), no sábado, do dia 23 de junho de 1951.

Depois a sonora goleada imposta ao Hercílio Luz Futebol Clube, de Tubarão, no domingo, do dia 28 de Dezembro de 1952, pelo placar de 6 a 0. Entre os craques, se destacavam Tonico, João, Lauro Avelar, Lando, Gaya, Itamar, Lanterna, Evandro, entre outros.

Torneio Início de 1952

Em junho de 1952, o Cerâmica Henrique Lage se sagrou campeão do Torneio Início, organizado pela Liga Tubaronense de Desportos (LTD), realizado no seu Estádio João Rimsa, no distrito de Vila Nova, em Imbituba.

O Cerâmica Henrique Lage jogou pela 1ª vez na capital catarinense, na noite de quinta-feira, do dia 25 de Março de 1954. O amistoso estadual, terminou com vitória para Bocaiúva Esporte Clube pelo placar de 3 a 1, no Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC), na Rua Bocaiúva, s/n, no bairro Praia de Fora.

Após um bom primeiro tempo, quando foi para o vestiário com um empate em um gol, na etapa final, o Cerâmica não resistiu e acabou derrotado. Apesar do revés, no geral, a equipe alvirrubra fez uma boa apresentação.   

 BOCAIÚVA E.C. (SC) 3  X  1 CERÂMICA HENRIQUE LAGE (SC)
LOCALEstádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC)
CARÁTERAmistoso Estadual
DATAQuinta-feira, do dia 25 de Março de 1954
HORÁRIO21 horas e 40 minutos
RENDANão divulgado (Bom público)
ÁRBITROGerson Demaria (FCF)
BOCAIÚVATatú; Walter e Aldo; Romeu, Jair I e Adão; Carriço, Oscar, Jair II (Rodrigues), Crina e Zacky (Jair II). Técnico: Paraná
CERÂMICATonico; Paulo (Rubens) e Luiz; Chico, Percy e Adir; Olavo (Rosalvo), Itamar, Branco, Mauro e Suíço (Nivaldo).
GOLSOscar aos 21 minutos (Bocaiúva); Olavo aos 36 minutos (Cerâmica), no 1º Tempo; Oscar aos 21 minutos (Bocaiúva); Crina aos 42 minutos (Bocaiúva), no 2º Tempo.
PRELIMINARNos Aspirantes, o Bocaiúva venceu o time misto do Guarani por 3 a 2.

Após esse confronto, o Cerâmica Henrique Lage engatou mais cinco confrontos contra os times da capital e fez bonito! Na tarde de domingo, do dia 23 de Maio de 1954, goleou o Paula Ramos, do técnico Barão por 3 a 0.

Empatou em 2 a 2 com o Atlético. Depois voltou a enfrentar o Atlético e acabou derrotado por 2 a 1. Os dois últimos jogos foram marcantes. Após o golear o Atlético por 5 a 1, o Avaí realizou dois amistosos diante do Cerâmica.

Na noite de terça-feira, 07 de dezembro de 1954, no Estádio João Rimsa, no Bairro Vila Nova, em Imbituba, o Cerâmica Henrique Lage bateu o Avaí por 2 a 1.

A revanche aconteceu 48 horas depois, na noite de quinta-feira, 09 de dezembro de 1954, no Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis. E, novamente, o Cerâmica Henrique Lage voltou a vencer o Avaí e pelo mesmo placar: 2 a 1.

Os gols saíram na etapa complementar. Branco abriu o placar aos oito; Rodrigues empatou aos 12 para o azurra; e, novamente, Branco marcou o tento da vitória nos últimos minutos de jogo para o time imbitubense.  

 AVAÍ F.C. (SC) 1  X  2 CERÂMICA HENRIQUE LAGE (SC)
LOCALEstádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC)
CARÁTERAmistoso Estadual
DATAQuinta-feira, do dia 09 de Dezembro de 1954
RENDANão divulgado (Bom público)
ÁRBITROJoão Sebastião da Silva (FCF)
AVAÍTatú; Waldir e Danda; Fausto, Manara e Jaci; Fernando, Wallace (Moraci), Bolão, Rodrigues e Jacó.
CERÂMICAJoão; Paulo e Paulo Sá; Adir, Adão e Léo; Neri, Itamar, Branco, Nascimento e Olavo.
GOLSBranco aos oito minutos (Cerâmica); Rodrigues aos 12 minutos (Avaí); Branco aos 43 minutos (Cerâmica), no 2º Tempo.
PRELIMINARBangu (campeão amador de 1954) 2 x 3 Figueirense (aspirantes, reforçado de cinco titulares do time principal).

Assim, o Cerâmica Henrique Lage saiu desses confrontos com os times da capital com vantagem. Foram seis jogos, com três vitórias, um empate e duas derrotas; marcando 11 gols, sofrendo nove e um saldo positivo de dois.

FONTES: Município de Imbituba/SC – Página no Facebook “Memórias de Imbituba” – O Estado de Florianópolis (SC)

FOTOS: Acervo de João Batista Inácio

ESCUDO E UNIFORME REDESENHADO: Sérgio Mello

PESQUISAS: Sérgio Mello e Cícero Urbanski

História passo a passo: última estreia, no Maracanã, e Didi marcou o gol da vitória em cima do Bonsucesso

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Enfim, estreia de Didi diante da sua torcida foi contra o Bonsucesso F.C.

Após o craque Didi estrear pela 1ª vez com a camisa do Botafogo (2 a 1, no Americano de Campos), no estado do Rio de Janeiro; outras estréias simbólicas: contra o América Mineiro (fora do estado do Rio), Córdoba (ESP), em território estrangeiro, restava a última: jogar na cidade do Rio, diante da sua apaixonada torcida.

Então, Didiestreou” na cidade do Rio de Janeiro, pela 1ª rodada do Campeonato Carioca de 1956, no domingo, do dia 22 de Julho, contra o Bonsucesso Futebol Clube, no Estádio Mario Filho, o Maracanã.

EM PÉ (ESQUERDA PARA A DIREITA): Orlando Maia, Amauri, Tomé, Nilton Santos, Bob e Bauer;
AGACHADOS (ESQUERDA PARA A DIREITA): Garrincha, João Carlos, Wilson Moreira, Didi e Rodrigues. 

O Bonsuça que também realizou uma excursão pelas Américas do Sul, Central, Norte e Caribe, vinha do vice-campeão do Torneio Início Carioca de 1956 (perdendo na final para o Fluminense por 1 a 0), prometendo ser uma ‘pedra na chuteira’ foi Glorioso.

EM PÉ (Esquerda para a direita): Mauro, Gonçalo, Jorge, Gilberto, Pacheco e Haroldo;
EM PÉ AGACHADOS (Esquerda para a direita): Pedro Bala, Jandir, Valter Prado, Waldemar e Nilo.

Porém, como foram as outras três estreias, Didi debutou diante do seu torcedor com vitória. Na vitória do Botafogo por 1 a 0 contra o Bonsucesso, Didi não só teve uma grande atuação como foi o autor único da partida. 

BOTAFOGO F.R. (RJ) 1 X 0 BONSUCESSO F.C. (RJ)
LOCALEstádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER1ª rodada, do Campeonato Carioca de 1956
DATADomingo, do dia 22 de Julho de 1956
HORÁRIO15 horas e 15 minutos
RENDACr$ 168.864,70
ÁRBITROEunápio de Queiroz – Atuação fraca
BOTAFOGOAmauri; Orlando Maia, Tomé e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, Mário e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira
BONSUCESSOJorge; Mauro e Gonçalo; Haroldo, Pacheco e Gilberto; Pedro Bala, Jandir, Valter Prado, Valdemar e Nilo. Técnico: Gentil Cardoso.
GOLSDidi aos 28 minutos (Botafogo), no 2º Tempo.
PRELIMINARInício às 13h15min., jogo de Aspirantes de Botafogo x Bonsucesso. Empate em 3 a 3.

A partir de quatro estreias e quatro vitórias, Didi mostrou que além do talento, também tinha “estrela“. O craque jogou até 1959 pelo alvinegro, quando se transferiu para o Real Madrid (ESP), onde jogou na temporada de 1959/60.

Retornou ao Glorioso, atuando até 1962, quando atuou no Sporting Cristal, do Peru, em 1963. Outra vez, voltou para General Severiano, onde ficou até 1965. Aos 37 anos, foi para o futebol mexicano atuar no Veracruz (1965/66) e de volta ao Brasil, jogou quatro jogos no São Paulo Futebol Clube, em 1966, encerrando a sua brilhante carreira, como um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial.            

FONTES: Diversos jornais cariocas 

FOTO (colorizada): Blog George Joaquim

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

História passo a passo: Didi estreando com vitória em solo europeu: 4 a 3, no Córdoba C.F. (ESP)

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Estreia de Didi em solo europeu com vitória

Depois o Botafogo e o craque Didi e Nilton Santos seguiram para a Europa. Enquanto o Glorioso realizava uma série de jogos amistosos, o ‘Folha Seca’ e a ‘Enciclopédia’ defendiam as cores da Seleção Brasileira.

Sem Didi e Nilton Santos, o Glorioso estreou, em 1º de abril, vencendo o UDA (1 a 0), em Boussel; em 02 de abril, encarou o  Norkopping (2 a 0 – Neilvado e Alarcon), em Antuérpia, ambos na Bélgica. Em solo inglês, enfrentou, em 09 de abril, o Fulham (2 a 2 – Alarcon e Garrincha), em Londres; em 11 de abril, Plymouth (3 a 2 – Alarcon, duas vezes), em Plymouth; em 17 de abril, Burnely (2 a 1 – Wilson e Neivado), em Burnely; e, em 19 de abril, Brentford (3 a 2 – Quarentinha e Rodrigues, duas vezes), Brentford.

A delegação alvinegra seguiu para a Hungria, onde sofreu uma goleada de 6 a 2 (gols de João Carlos e Mario), em 26 de abril, para um Combinado Húngaro, na capital deBudapeste.

Após a partida, seguiram para a Espanha, onde jogou, em 29 de abril, com o Espanhol (2 a 2 – Mario e Wilson), em Barcelona; em 03 de maio, Valencia (0 a 1), em Valencia; em 08 de maio, Real Oviedo (1 a 0 – Rodrigues), em Oviedo; em 10 de maio, Celta de Vigo (3 a 0 – Quarentinha, Wilson e João Carlos), em Vigo.     

Então, o reencontro aconteceu no domingo, do dia 13 de Maio de 1956, na cidade espanhola de Córdova. Em gramados europeus, debaixo de um calor quase carioca, Didi estreou com a camisa do Botafogo, Didi ajudou na vitória sobre o Córdoba Club de Fútbal por 4 a 3.

Todos os sete gols foram assinalados na primeira etapa. No final, Didi ergueu o seu 1º troféu: “Taça Cidade de Córdova“, oferecida por uma firma comercial da cidade. Os jogadores saíram de campo sob demorados aplausos dos torcedores cordobenses.

CÓRDOBA C.F. (ESP) 3 X 4 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio El Arcangel, em Córdova (ESP).
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 13 de Maio de 1956
RENDANão divulgado (Bom público presente)
ÁRBITROSr. Selles (ESP)
CÓRDOBASanches Rojas; Navarro e José Luiz; Mujica, Sanchez e Santos; Joaquim, Luisito, Araujo, Hermida e Fustero. Técnico: José Juncosa
BOTAFOGOAmauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira
GOLSJoaquim aos três minutos (Córdoba); Alarcon aos 15, 29 e 30 minutos (Botafogo); Santos aos 23 minutos (Córdoba); Rodrigues aos 35 minutos (Botafogo); Luisito, olímpico, aos 39 minutos (Córdoba), no 1º Tempo.

Depois o Alvinegro foi até a Alemanha. Diante de 15 mil pessoas, na quarta-feira, do dia 23 de Maio de 1956, onde venceu o Rot-Weiss Essen e.V., campeão nacional da temporada 1954-55, pelo placar de 4 a 3.

João Carlos a um minuto, Pampolini aos 19 minutos abriram 2 a 0. Vordenhaeumen diminuiu aos 25, mas Garrincha ampliou aos 34, na etapa inicial. No segundo tempo, Roehrig aos 21 minutos, e Koll aos 31 minutos, deixou tudo igual. Porém, Wilson Moreira decretou o triunfo alvinegro aos 38 minutos. 

Depois seguiu para a França. Lá enfrentou o Racing de Paris (3 a 0) e Le Havre (2 a 0). Depois retornou à Alemanha, onde encarou o Nürnberg (3 a 0). Voltou para a França, contra o Troyes (5 a 1).

Diante do Reims, no sábado, do dia 09 de junho de 1956, Didi saiu de campo sem vitória, pois a partida terminou empatada em 1 a 1. Mas no jogo seguinte, diante do Saint Étienne, na quarta-feira, do dia 13 de junho de 1956, Didi viu pela 1ª vez o Botafogo ser derrotado: 3 a 2, em Roterdam (HOL).  

Os três jogos seguintes, foram três vitórias, em cima do Racing de Lens (França) por 2 a 0 (Didi não jogou); Sedan (França)
por 4 a 0; Barcelona (Espanha) por 2 a 0 (Didi contundido não esteve em campo), no sábado, do dia 23 de junho de 1956, encerrou a sua participação em solo europeu.
 

 FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

História passo a passo: Didi, ‘Folha Seca’, estreia fora do Rio, com vitória: 2 a 1, no América Mineiro

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Estreia, fora do Rio, também com vitória

Naquela época, o espaçamento de um jogo para o outro, poderia ocorrer em 24 horas, algo inimaginável para os dias atuais. Entre a sua estreia diante do Americano para a outra “estréia” fora do Rio, não durou nem 72 horas.

Porém, o craque não se queixava e voltou a campo. Dessa vez, para encarar o América Mineiro. E, Didi teve grande atuação na vitória do Botafogo em cima do Coelho pelo placar de 2 a 1, na noite de quarta-feira, do dia 14 de Março de 1956, no Estádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG).

O Glorioso abriu o placar aos 31 minutos, quando Garrincha passou pelo marcador e chutou forte, vencendo o goleiro Tonho. O América chegou ao empate ainda no 1º tempo, após Domício marcar contra o próprio patrimônio aos 41 minutos.

O tento da vitória saiu aos 12 minutos da etapa final. Alarcon centrou na área, a defesa americana falhou e João Carlos aproveitou para colocar a bola no fundo das redes. Decretando a vitória do Botafogo em território mineiro.   

AMÉRICA MINEIRO (MG) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG).
CARÁTERAmistoso Nacional
DATAquarta-feira, do dia 14 de Março de 1956
RENDACr$ 129.330,00
ÁRBITROJoão Aguiar (RJ) – Boa atuação
AMERICA Tonho; Gaia e Gilson; Cazuza, Wilson Santos e Leônidas (Barbatana); Ernani, Hugo, Osvaldo, Gunga (Miltinho) e Alemão (Wilson).
BOTAFOGOAmauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos (Neivaldo) e Quarentinha. Técnico: Zezé Moreira
GOLSGarrincha aos 31 minutos (Botafogo); Domícilio, contra aos 41 minutos (América) ), no 1º Tempo; João Carlos aos 12 minutos (Botafogo); no 2º Tempo.

Em Uberaba (MG), na quinta-feira, do dia 15 de Março de 1956, com Didi em campo, o Botafogo goleou o Uberaba por 5 a 1. Gols de Alarcon, Gato, Garrincha e Neivaldo, duas vezes, para o Botafogo; enquanto Paulinho fez o de honra para os donos da casa! Dois dias depois, venceu o Uberlândia por 3 a 2, na cidade homônima.    

Em Araguari (MG), na tarde de domingo, do dia 19 de Março de 1956, novo triunfo, ao vencer a Seleção de Araguari por 2 a 1. Os locais foram para o intervalo em vantagem, com gol de Valdo. Na etapa final, Didi empatou (seu 2º gol pelo Botafogo), e Quarentinha fez o gol da virada alvinegra

De volta a capital mineira, na segunda-feira, do dia 20 de Março de 1956, o Botafogo venceu mais uma: 2 a 0 no Atlético Mineiro, no Estádio Independência. Garrincha marcou um gol logo no início da segunda etapa e aos 41 minutos marcou de novo, dando números finais a peleja.

Assim, com Didi em campo, o Botafogo encerrou a sua excursão em Minas Gerais, com quatro jogos, quatro vitórias, 12 gols marcados e cinco sofridos, com saldo pomposo de sete tentos.

  FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello