Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

Escudo de 1968: Paysandu Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ), Campeão Carioca de 1912

O Paysandu Athletico Club é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social atual está localizada na Avenida Afrânio de Melo Franco, nº 330, no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio (RJ).

Breve história do clube

1885 – A 2ª metade do século XIX foi marcada pela entrada do Brasil na era industrial e, consequentemente, também pela forte presença de imigrantes europeus, atraídos pelas novas oportunidades de uma economia em grande expansão. Graças a uma série de acordos entre Brasil e Inglaterra, podemos destacar o grande número de imigrantes ingleses, que desfrutavam de condições extremamente favoráveis para se estabelecer por estes lados. Porém, longe de sua terra natal era grande a saudade da família, dos amigos, de sua cultura e de seus hábitos – dois deles determinantes para a nossa história: o hábito de freqüentar os “social clubs” e, principalmente, o de praticar esportes, ambos inexistentes no Brasil daquela época.

Nasce o Rio Cricket

1872 – Na quinta-feira, do dia 15 de agosto de 1872, um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes funda o que seria a primeira semente do Paissandu Atlético Clube: uma agremiação chamada Rio Cricket Club, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo, onde criaram um “ground” para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.

Mudança do nome: Paysandu Cricket Club

1880 – Devido às limitações do terreno, que não permitia a prática de outros esportes, e temendo que o crescimento da região acabasse com o campo, no ano de 1880 o clube muda-se para um terreno alugado na Rua Paysandu, nº 159/203/215, no bairro do Flamengo, na zona sul do Rio. O espaço, de propriedade do Conde D’Eu, estava localizado exatamente em frente à sua residência com a Princesa Isabel. É neste terreno da Rua Paysandu que o Clube ganha sustentação e passa a chamar-se Paysandu Cricket Club, em homenagem à sua nova localização. Na nova sede, o ground de cricket ganha uma pista de corrida em toda a sua volta, o que permite a prática de esportes atléticos. Outras importantes melhorias foram a construção de quadras de tênis e de um pavilhão para abrigar as senhoras que vinham assistir aos jogos, dentre elas a Princesa Isabel, que, grande apreciadora da prática de esportes, era presença constante nos jogos e campeonatos.

Chega ao Rio a 1ª bola e depois clube estreia no Estadual

1898 – Oscar Cox, filho de um dos fundadores do Clube traz da Suíça a 1ª bola de futebol para o Rio de Janeiro. Em 1906, debutou no Campeonato Carioca da 1ª Divisão, terminando com em 2º lugar. Em 1907, fechou a competição na 3ª colocação. Em 1908 e 1911, acabou na 5ª e 4ª posições, respectivamente.

Em 1912, o Paysandu se tornou o 1º e único time inglês a ser campeão carioca de futebol, conquistando a “Taça Colombo“. Anos mais tarde, o Clube muda novamente seu nome para Paysandu Athletic Club.

Clube é obrigado a trocar de bairro

1932 – Após a queda do Império e as sucessivas mudanças de propriedade do terreno, o Paissandu é obrigado a deixar o local onde havia passado seus últimos 50 anos e procurar um novo espaço para sua sede. Graças à boa vontade e à simpatia pelo esporte, a Light & Powers aluga a um preço bastante amigável um terreno de sua propriedade na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, que passa a sediar o Clube. Porém, o tamanho do terreno era sensivelmente menor do que o antigo, fazendo com o clube se limitasse à prática de tênis e do bowls.

Novamente foi obrigado a mudar de Sede

1952 – Light & Powers vende o terreno da Rua Siqueira Campos e novamente o Clube perde a sua sede. Os sócios passam a utilizar a Embaixada Britânica para praticar esportes, e a Christ Church, em Botafogo, para suas reuniões administrativas.

Inauguração da atual Sede

1953 – Após um período de total indefinição, finalmente a então Prefeitura do Distrito Federal cede o terreno da Avenida Afrânio de Melo Franco, onde ainda hoje está o Clube. Apesar de ser uma área bastante privilegiada, trazia também grandes desafios. À primeira vista mal poderia ser considerado terreno, tamanha era a quantidade de água que precisava ser aterrada. Os vizinhos também eram bastante diferentes dos de hoje. De um lado, a Favela da Praia do Pinto, do outro, a Favela de Ilha das Dragas. E para todo lugar que se olhasse, lixo e mais lixo.

1956 – Na segunda-feira, do dia 31 de dezembro, após quatro anos sem sede, o Clube é finalmente reinaugurado. A princípio conta apenas com um barracão, onde ficavam um bar, sala de estar e salão de jogos. Ao longo do tempo foram sendo construídas as quadras de tênis, vestiários, o gramado do bowls e a piscina.

1963 – O Paysandu Athletic Club inaugura sua nova sede social, no bairro do Leblon, projetada por Rolf Hütner e inspirada nas formas de Oscar Niemeyer. Com a nova sede, a vida social do clube ganha nova vida. Com o passar os anos, o nome em inglês se aportuguesou: Paissandu Atlético Clube, nada mais brasileiro e carioca.

Caneca de 1968

O 1º Campeonato Carioca o Paysandu ficou com o vice

O 1º Campeonato Carioca de 1906, foi organizado por seis clubes:  Paysandu, Fluminense, Rio Cricket, Botafogo, Bangu e Football and Athletic. Na ocasião, o Paysandu preferiu jogar no campo da Rua Guanabara, do Fluminense, em detrimento do campo da Rua Paysandu, que era usado apenas para treinos e amistosos. Ao final do campeonato de 1906, o Paysandu foi vice-campeão, terminando a competição quatro pontos atrás do Fluminense.

Campeão Campeonato Carioca da 2ª Divisão em 1910

Nos campeonatos seguintes, o Paysandu não obteve muito sucesso. Chegou a jogar o Campeonato Carioca da 2ª Divisão em 1909 e 1910, sendo campeão do certame no segundo ano. Porém, sua maior glória viria em 1912.

Paissandu Atlético Clube/Divulgação

Título Inédito no Campeonato Carioca de 1912

Em 1912 marcou o primeiro duelo da dupla Fla-Flu, além da saída do Botafogo da Liga Metropolitana de Sports Athléticos, que se filiou à Associação de Football do Rio de Janeiro. Porém, na competição organizada pela LMSA, que era a mais forte, o título ficou com o Paysandu Cricket Club. Além do time da azul e branco, Mangueira, São Cristóvão, Fluminense, Bangu, Flamengo, America e Rio Cricket também disputaram o certame.

Várias vitórias foram marcantes, como os 5 a 0 no Fluminense. O Bangu foi goleado duas vezes, 10 a 1 e 6 a 0. Já nos jogos contra o Mangueira, dois verdadeiros massacres, 12 a 0 e 11 a 1. No domingo, do dia 20 de outubro de 1912, o Paysandu venceu o Fluminense por 4 a 2 e conquistou a taça, ficando dois pontos à frente do Flamengo, o vice-campeão.

O time base do campeão era o seguinte: Coggin; Pullen e Smart; Wood, Tom Robinson e Maclntyre; Monk, Sidney Pullen, Robinson, Leslie Pullen e Martin. Todos descendentes de ingleses.

A campanha de 1912 foi a seguinte: 14 jogos disputados, com 11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota (1 a 0 para o América, em 28 de julho, ainda no 1º turno); marcando incríveis 64 gols, sofrendo 13, ficando com o saldo positivo de 51 gols.

FOTO de 1907
EM PÉ (esquerda para a direita): W. Murray, C.F. Cruikshank e H.C. Pullen;
AGACHADOS (esquerda para a direita): H. Wood, J. Robinson e H.B. Freeland;
SENTADOS (esquerda para a direita): J.P. Hampshire, Wildine, Calvier, L. Yeats e C.C. Robinson.
CLUBESPGJVEDGPGCSG
1ºPaysandu C.C. (Campeão)241411216413+51
2ºC.R. Flamengo221410226516+49
3ºAmerica F.C.20149233716+21
4ºRio Cricket Club17147342919+10
5ºFluminense F.C.16147252725+2
Bangu A.C.51421112451-27
6ºSão Cristóvão A.C.51421111046-36
8ºS.C. Mangueira31411121079-69
Classificação Final do Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1912

Para se ter noção da façanha alcançada pelo Paysandu, até hoje, mais de 100 anos depois que o torneio começou a ser disputado, somente dois clubes conseguiram o título estadual no futebol, além dos quatro grandes, América e Bangu: o Paysandu, em 1912, e o São Cristóvão, em 1926.

1914, muda o nome e abandona o futebol   

O futebol do clube não durou muito tempo, apesar do título. O clube abandona a prática oficial do esporte bretão em 1914, e passa a se chamar Paysandu Athletic Club. Com o fim do futebol o campo da Rua do Paysandu foi alugado pelo Flamengo. Confira como terminou a classificação final do Campeonato Carioca de 1914:

PosTimePGJVEDGPGSSG
1ºCR Flamengo19128312415+9
2ºAmerica FC17128133010+20
Botafogo FC17127322412+12
4ºFluminense FC16127233617+19
5ºRio Cricket Club6123092535-10
6São Cristóvão AC5121381541-26
7Paysandu AC4121291236-24

Em suma, no futebol, o Paysandu participou das primeiras edições do Campeonato Carioca da 1ª Divisão, em sete oportunidades: 1906, 1907, 1908, 191119121913 e 1914. No Campeonato Carioca da 2ª Divisão, foram duas participações: 1909 e 1910.

Dias atuais

Atualmente, o clube se intitula Paissandu Atlético Clube, onde é comum a prática de esportes como tênis, squash, bowls, dentre outros esportes. Também possuí áreas de lazer como: Piscina, Sauna, Restaurantes, Salão de Beleza, Massagens e muito mais.

Em 2006, especialmente, o clube voltou a disputar uma partida de futebol após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio (realizados na sede do Rio Cricket).

Por não possuir mais departamento de futebol ou jogadores, o clube pegou “emprestado” o time principal do Tombense Futebol Clube, de Minas Gerais, que gentilmente cedeu jogadores para a partida especial. O Paissandu venceu o Rio Cricket por 2 a 1.

FOTOS: Acervo de Auriel de Almeida (caneca) – Acervo do Paissandu ACLivro “Paissandu Atlético Clube: pioneiro do esporte no Rio de Janeiro, 2001”

FONTES: Wikipédia – livro “Paissandu Atlético Clube: pioneiro do esporte no Rio de Janeiro, 2001”, dos autores Vitor e Patrícia Iorio – Site oficial do clube

Inédito!! Associação Athletica Forluminas – Belo Horizonte (MG): fundado no início da década de 30

A Associação Athletica Forluminas foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). A sua Sede (1932) ficava na Avenida Affonso Penna, nº 1.734, no bairro de Boa Viagem, em Belo Horizonte (MG). Fundado por funcionários da Companhia Fôrça e Luz de Minas Gerais (FORLUMINAS), no início da década de 30.

O Forluminas, no ano seguinte ao seu surgimento, se sagrou campeão Mineiro Amadorista de 1933. No domingo, do dia 17 de fevereiro de 1935, o Villa Nova, então campeão Mineiro da 1ª Divisão, goleou o Forluminas pelo placar de 7 a 0, em Nova Lima.

Em 1935, disputou a Sub-Divisão, com a participação do Sete de Setembro, Forluminas, Commercial, Graphico, Carlos Prates e Fluminense.

Em 05 de Agosto de 1939, A Federação Brasileira de Futebol comunicou que o Forluminas estava oficialmente filiado a Associação Mineira de Esportes (AME).

Mascote da A.A. Forluminas

No início da década de 40, disputou o Departamento Amadorista de Futebol, de Belo Horizonte. No começo dos anos 60, a agremiação alterou o seu nome, passando se chamar: Esporte Clube Forluminas.   

Pesquisa, texto, Desenho do escudo, mascote e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Sport Illustrado (RJ)

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – A Noite (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Sport Ilustrado (RJ) – O Jornal (RJ) – A Manhã (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ)

Associação Atlética Scarpa – Sorocaba (SP): Fundado em 1930

O Associação Atlética Scarpa foi uma agremiação da cidade de Sorocaba (SP). Fundado no domingo, do dia 12 de Outubro de 1930, com o nome de Clube Atlético Britânia. Doze anos depois (1942), o nome foi alterado para Clube Atlético Botafogo.

No entanto, três anos se passaram (1945), e novamente a diretoria mudou a nomenclatura para “Associação Atlética Scarpa“. Faturou os títulos do Torneio Início e do Campeonato Citadino de 1946.

Time posado na década de 50

No ano seguinte (1946), o Scarpa foi Campeão do Torneio Início (vencendo o Fortaleza, na final, pelo placar de 2 a 0) e depois, entre 24 de Março e 30 de Março de 1947, disputou a 11º Campeonato Citadino, da Liga Sorocaba de Futebol (LISOFU) de 1946, se sagrando campeão. O Clube Atlético Votorantim ficou com o vice-campeonato.

Praça de Esportes

FONTES E FOTOS: Wikipédia – Acervo de José Fernando Vieira – Brasilbook

Associação Atlética Bandeirantes – Garça (SP): Fundado em 1952

Associação Atlética Bandeirantes  foi uma agremiação da cidade de Garça, com cerca de 40 mil habitantes, está a 415 km da capital do estado de São Paulo. Sua Fundação aconteceu em 1952. Não confundir com o Bandeirantes Futebol Clube, também do Garça, fundado em 1942.

Presidido pelo esportista João Bento, o Bandeirantes  possuía o seu campo, ainda de terra, no bairro Vila Mariana. Considerado por pessoa que viveram aquela época o melhor time amador da história de Garça e o legitimo campeão da temporada de 1950.

FOTO de 1956
EM PÉ (esquerda para direita): Tão Acorinte, Navarro, Cury, Tóti, João Alexandre Colombani e Tonhão;
AGACHADOS (esquerda para direita): Hélio Moraes, Igurê, Walter Barretto, Pirajuí e Rosarinho.

O Tricolor Garcense disputou duas edições do Campeonato Paulista da 3ª Divisão (atual Série A-3): em 1956, onde se sagrou campeão do Setor 30 do interior do Estado de São Paulo; e 1958.

Aliás, voltando ao ano de 1956, o time também estava disputando o Campeonato Paulista do Interior. Como as duas competições eram conflitantes e o elenco enxuto, a diretoria enviou um oficio a Federação Paulista de Futebol (FPF), comunicando a sua desistência do Paulista do Interior, alegando que seus compromissos no Paulista da 3ª Divisão, o impediam de continuar na luta.

FOTO: Acervo de Wanderley Tico Cassolla (1969)

FONTES: Wikipédia – Blog do Marcão – A Gazeta Esportiva (SP)

Foto rara, de 1961: Seleção Municipal de São João Del Rei (MG)

A Liga Municipal de Desportos (LMD) é a entidade máxima do município de São João Del Rei (MG).  A sua Sede fica localizada na Rua João Mourão, nº 8, no Centro de São João Del Rei. Fundado no Sábado, do dia 15 de Janeiro de 1944.

A Foto (acima) remete a década de 60, do ex-jogador Cisquinho do selecionado são-joanense. Vamos a descrição dos jogadores: EM PÉ (esquerda para direita): Barrinha, Agostinho, Pagador, Antero, Cisquinho, Zito, Tisca e Ary Beiçola;

AGACHADOS (esquerda para direita): Galdino, Batistinha, Nonato, Wilson, Papa Arroz e Vicentinho.

FOTO: Acervo de Cisquinho

FONTES: Página da LMD no Facebook – José Leôncio Carvalho

Foto rara, de 1970: Valeriodoce Esporte Clube – Itabira (MG)

A foto em destaque se refere ao Valeriodoce Esporte Clube, da cidade minera de Itabira. Na ocasião, o Valerio enfrentou, fora de casa, a equipe do Caratinga, válido pelo Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, em 1970.   

EM PÉ (esquerda para a direita): Dodo, Valter, Nelson Souza, Paulinho, Campista e Lincoln (irmão do saudoso meio campista do Flamengo, Geraldo Assoviador);

AGACHADOS (esquerda para a direita): Natalino, Carlinhos, Milton (ex. Palmeiras, América, de Rio Preto e times do México), Turcão e Del Prestes.

FONTE E FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

Inédito!! Sport Club Flamengo (ex-Internacional F.C.) – Niterói (RJ): anos 20

O Sport Club Flamengo foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). O Rubro-Negro niteroiense foi Fundado na década de 10, com o nome de Internacional Football Club.

A sua Sede ficava na Rua Wisland, nº 9, no bairro de São Domingos. A sua Praça de Esportes ficava no Sacco de São Francisco (atual: bairro de São Francisco).

Em 1923, estava filiado a Liga Sportiva Fluminense (LSF). Dois anos depois, disputou o Campeonato Fluminense de 1925, que contou com a presença de sete equipes:

Canto do Rio Football Club (Niterói);

Fluminense Atlético Clube (Niterói);

Grupo de Regatas Gragoatá (Niterói);

Guarany Football Club (Niterói);

Internacional Football Club (Niterói);

Rio Cricket & Athletic Association (Niterói);

Serrano Football Club (Petrópolis).

Anos 20: Infantil do SC Flamengo (ex-Internacional FC), de Niterói

No final, o Internacional terminou na 7ª e última colocação com apenas cinco pontos. Na temporada seguinte, em 1926, o clube alterou o nome para Sport Club Flamengo, homenageando o rubro-negro carioca. O Flamengo participou do Campeonato Fluminense de 1926 e 1927.

FOTO: Acervo de Cláudio Falcão

FONTES: Rsssf Brasil – Auriel de Almeida – O Fluminense (RJ)

Escudo Raro: Elmo Esporte Clube – Jaboatão dos Guararapes (PE)

Elmo Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Jaboatão dos Guararapes (PE). O “Tricolor de Prazeres” foi Fundado numa sexta-feira, do dia 08 de Outubro de 1943, pelos desportistaClaudenor AlmeidaAntonio Tavares e Luís Steliteno, negociante próspero no Pátio do Mercado de São José, no Bairro São José. Luís Steliteno também foi o 1º Presidente do clube. A primeira Sede ficava na Rua Frei Henrique, 75/ 1º andar, no Bairro de São José, no Recife.

Primeira Sede

ENTRE IDAS E VINDAS

Com as mudanças dos tempos, crises financeiras, o clube elmense teve ainda sedes nos bairros São José; Água Fria (Rua Júlio Ramos, 150); Distrito de Prazeres (atualmente o local deixou de ser um Distrito, passando a ser um Bairro), quando o mesmo ainda era o 3º Distrito de Jaboatão (onde ficava o Departamento de Futebol no ‘Clube Vassourinhas’ (denominação dada a Sede), na Avenida Barreto de Menezes, s/n, no Bairro dos Prazeres, em Jaboatão).

Depois passou para o bairro da Várzea, quando João de Deus da Mota doou um terreno, na Vila Zé Mota, 65 – Terminal da Brasilit,; onde foi construída a Sede Social que possuíam dois pavimentos: Palacete Rubem Moreira (Salão Nobre, Secretária, Departamento de Material, Cozinha e Almoxarifado); Boate-restaurante e o Parque Social Desportivo João de Deus, contendo um Dancing Aquático.

Contudo, a Sede na Vila Zé Mota, 65 acabou sendo atingida parcialmente pelas enchentes ocorridas em julho de 1975. Para amenizar os prejuízos o clube acabou vendendo a Sede para uma grande firma Sulista.

Graças a doação de Cr$ 500.000,00 feita por João de Deus da Mota, o Elmo Esporte Clube construiu a nova Sede batizada de Palácio do Amadorismo João de Deus da Mota, localizada na 5ª Travessa Dr. Fábio Maranhão (Em 1977, a Prefeitura de Jaboatão mudou o nome da Rua para ‘Elmo Esporte Clube’, que permanece assim até o dia de hoje), nº 80, em Prazeres, inaugurada na sexta-feira, no dia 08 de outubro de 1976, quando o clube festejou 33 anos de existência.

Time de 1956

CURIOSIDADE

Para quem não associou o nome a pessoa, Rubem Moreira, que deu o nome para o Palacete do Elmo, foi presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) por quase três décadas: entre 1955 a 1982.

FUTEBOL & SAMBA

Um dos grandes baluartes do Tricolor de Prazeres foi José Geraldo Mota. Ingressou, ainda como jogador, no Elmo em 1945, onde ficou por vários anos e acabou ganhando o cargo de presidente de honra perpetuo. Na década de 60, acumulou a função de técnico da equipe.

Alinhado com o futebol, o Elmo também tinha uma relação entrelaçada com o mundo do samba. Nos anos 50, criou a Escola Almirantes do Samba, quando a sua Sede ficava na Rua das Águas Verdes, s/n, no Bairro São José.

Já em Prazeres, fez parceria com o Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José (Fundado no dia 5 de junho de 1932) e também o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (Fundado no dia 06 de Janeiro de 1889), onde realizou diversos eventos, homenagens diversas e bacalhoadas.

Time de 1957

OUTRAS MODALIDADES

Além do futebol, o Elmo também possuía categoria de basefutebol de salãovoleibol e pedestrianismo (é uma atividade desportiva, não competitiva, praticada essencialmente em ambientes naturais, obtendo os seus praticantes os benefícios inerentes à prática de atividades de ar livre, funcionando ainda como uma forma de escapar ao stress e sedentarismo do dia-a-dia vivido nas cidades, permitindo ao mesmo tempo um maior conhecimento de nós próprios).

Após disputar o Campeonato Suburbano, vinculado à Associação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT), o Elmo ingressou na Federação Pernambucana de Futebol (FPF), nos anos 60. Apesar de campanhas modestas, o Tricolor dos Prazeres começou a conquistar boas campanhas como os vices da Segunda Divisão em 1966, 1967 e 1971.

Motivados e crentes de que o Elmo era um clube emergente, o seu presidente José Geraldo Mota abdicou de disputar a Segundona em 1972 para participar da Taça de Recife no mesmo, para assim buscar uma vaga na Elite do Futebol, Pernambucano. 

ESTÁDIO INAUGURADO EM 1973

Um sonho que se tornou realidade. Esta frase se encaixou perfeitamente na história do Elmo Esporte Clube, quando inaugurou a sua ‘casa’, batizado de Estádio José Geraldo Mota, às 15 horas; no domingo, 04 de fevereiro de 1973.

Localizado em Prazeres, à margem da BR-101, a partida inaugural, que foi arbitrada por Ivanildo Enéas (FPF), reuniu as equipes do Elmo e Associação Atlética Santo Amaro. No final, melhor para o Santo Amaro que venceu por 2 a 0 (gols de Ailton e Neco) e levou o “Troféu Pedro Ramos de Sena Pereira Júnior”. O público presente foi de aproximadamente Mil pessoas.

As últimas notícias do Tricolor de Prazeres” foi em  meados dos anos 80, quando o fazia parte do Campeonato Pernambucano da Terceira Divisão, porém sem nenhum destaque.

CAMPEÃO

Em 1975, o Elmo faturou o título do Torneio Mario Santos, ao vencer o Caxangá, fora de casa, por 1 a 0, gol de Diniz. O time campeão foi formado da seguinte forma: Sidney; Toinho, Dé, Betuca e Quincas; Roseval e Guiga; Bedunga, Valdir,  Diniz e Paulo.

TÍTULOS

Campeão do Torneio Início de Futebol de Salão de 1966.

Campeão do Torneio Mario Santos, de 1975.

vice-campeão do Torneio Início da 2ª Divisão de 1966.

vice-campeão do Campeonato da 2ª Divisão de 1967.

vice-campeão do Campeonato da 2ª Divisão de 1971.

Time-base de 1947: Lido; Petronilo e Mineiro; Walter, Otacílio e Doutor; Nilton, Paulo, Valtinho, Helinho e Ernani. Técnico: Farias

 Time-base de 1957-58: Barão (Agenor); Bibiu (Paraíba) e Eloísio (Erivaldo); Dudu, Carneiro (Toinho) e Tião (Estevão); Baixinha, PIauí, Helio, Natanael (Clóvis) e Enoque (Pereirinha). Técnico: Rubens Assis.

 Time-base de 1965: Miltinho; Edmilson, Nêgo (Valter), Índio (Ailton) e Berto; Constâncio e Gustavo (Bill); Rios (Cuíca), Gil (Fernando), Brivaldo (Liberal) e Albery (Edinho). Técnico: Constâncio de Barros Correia.

 Time-base de 1966: Juarez (Marcos); Edmilson (Beto), Hugo (Talu), Kid e Constâncio (Papeira); Pelenca (Bria) e Gustavo (Adilson); Helber (Gil), Carlos (Didi), Amaro (Edinho) e Cândido (João). Técnico: Geraldo Mota.

 Time-base de 1967: Edelson (Barão); José Pena (Índio), João (Aguiar), Joaquim (Hugo) e Bria (Zé Amaro); Manolo (Liberal) e Pinto; Edinho (Luciano), Santos (Pelezinho), Antônio (Esmeraldo) e Wilson.Técnico: Geraldo Mota.

 Time-base de 1968: Itinho (Reginaldo); Berto (Givaldo), Jura (José), Bria (Gustavo) e Liberal (Ênio); Pereira (Zé Amorim) e Eronildo (Edinho); Esmeraldo (Pinto), Luciano (Cidinho), Bosco (Carlos) e Wilson.Técnico: Geraldo Mota.

 Time-base de 1969: Petrônio; Betunga, Índio, Baiano e Aurení; Cândido e Emílio; Ferreira, Talo, Zito e Caduco.Técnico: Geraldo Mota.

 Time-base de 1971: Cici; Sinésio (Gilson), Targino, Paulo e Givaldo; Manoel e Benedito; Bria, Talo, Dé e Pinga (Wilson). Técnico: Pedro Bruno.

Time-base de 1972: Juarez; Dé, Gildo, Paulo e Américo; Manoel e Didi; Dudé, Talu, Veras e Tito. Técnico: Dilson Andrade.

FONTES: – Jornal de Recife – A Província – Diário de Pernambuco – Diário da Manhã (PE) – Pequeno Jornal (PE)