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Sport Club Mackenzie – Rio Janeiro (RJ): fundado em 1914, nas cores roxa e branca!

Texto, pesquisa, desenhos (escudo e uniforme): Sérgio Mello

O Sport Club Mackenzie é uma agremiação do bairro do Méier, situado na Zona Norte, da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Um clube com uma história riquíssima, entre descobertas inesperadas, como o clube ter surgido com outra cor, e, talvez ele seja mais antigo, tendo nascido com outro nome.       

No futebol, jogou a Primeira Divisão (de 1921 a 1924), Segunda e Terceira Divisões; participações com destaque no Basquete (campeão em 1984); Futsal, sendo campeão Metropolitano em 1975; Natação, entre outros. Vamos contar um pouquinho desse imponente clube do querido bairro do Méier!  

História: O começo com o nome de Odeon F.B.C.

Um grupo de rapazes fundaram no sábado, do dia 1º de Junho de 1912, o Odeon Foot-Ball Club, cuja Sede (casa dos irmãos Dário Augusto e Floriano Peixoto) e a Praça de Esportes ficavam situados na Rua Salvador Pires (esquina com a Rua Getúlio), nº 21, em Todos os Santos (atual: Méier).

Essa equipe foi o embrião do Mackenzie. No sábado, do dia 1º de Novembro de 1913, quando o jornal O Imparcial colocou uma nota sobre a eleição que definiu a nova diretoria desse clube.

E, dos membros citados, oito fizeram parte da grupo que ajudou a fundar o Sport Club Mackenzie, 135 dias depois: José Rabello Leite Júnior (presidente reeleito em novembro de 1913), Alfredo José Gonçalves Ribeiro (vice-presidente), Thomaz Amaral de Vasconcellos (secretário e depois 1º Tesoureiro), Antonio de Mello Catalão (2º secretário e zagueiro), Floriano Lopes Rodrigues (1º Tesoureiro), Euclydes José Ferreira (Captain geral), Mathias Pinto Ribeiro (Captain do 1º Team), Jayme Ribeiro (ground committée).

Odeon Foot-Ball Club é dissolvido em 1914

No entanto, quatro meses e 13 dias depois, as condições precárias do clube, fizeram com que o grupo de rapazes, reunidos numa festa, a dissolver a agremiação, no sábado, do dia 14 de Março de 1914.  

No time Infantil do Odeon, alguns jogadores que depois jogaram no time de adulto do Mackenzie: Floriano, Oswaldo e Guaracy. Além de tudo isso, outros dois fatos que chamam a atenção: José Rabello Leite Júnior que era o presidente do Odeon também se tornou o 1º presidente do Mackenzie! A Praça de Esportes (Rua Salvador Pires) do Odeon depois passou a ser do Mackenzie.

A 1ª Bandeira do Sport Club Mackenzie

Nasce o Sport Club Mackenzie

O “Alvinegro Mackenzista” foi Fundado na tarde de domingo, do dia 15 de Março de 1914, por um grupo de 14 desportistas do bairro do Méier, da zona Norte do Rio:

Alfredo José Gonçalves Ribeiro, Álvaro Valverde, Arydeu Telles de Souza, Benjamin Blume, Cícero Roberto de Oliveira, Dario Xavier de Brito, Euclydes de Carvalho, M, Floriano Lopes Rodrigues, Floriano Xavier de Brito, Jayme Ribeiro, José Rabello Leite Júnior, Thomaz Amaral de Vasconcellos e Tobias Rabello Leite.

A 1ª Assembléia foi realizada no prédio da Rua Getúlio, nº 153, no Meyer (atualmente: bairro de Todos os Santos). Na ocasião foi definidos a diretoria provisória, com os seguintes associados:

Presidente – Dario Xavier de Brito;

Secretário – Floriano Xavier de Brito;

Thesoureiro – Euclydes José Ferreira;

Capitain – Octacílio Braz.

Esse grupo foi responsável em organizar, a fim de que fosse definido a 1ª Diretoria do clube. Isso aconteceu no domingo, do dia 09 de Agosto de 1914, onde ficou constituída dessa forma:

Presidente – José Rabello Leite Júnior;

Vice-Presidente – Floriano Xavier de Brito;

Secretário – Antonio Janorot;

Thesoureiro – Tobias Rabello Leite;

Capitain – Octacílio Paz.

Você Sabia? 1º Uniforme: roxo e branco

Vida Sportiva (RJ) 1918

Na mesma reunião que definiu a primeira diretoria, foram escolhidas as cores roxa e branca para os uniformes dos jogadores, assim distribuídas: calção branco e jaqueta roxa.

Não foi possível descobrir, com exatidão, quando o clube alterou as suas cores. A data mais próxima, em 25 de abril de 1916, quando foi encontrado a menção do Mackenzie, sendo citado por alvinegro.

Nome foi uma homenagem ao clube paulista Mackenzie College

O nome do clube escolhido, foi uma sugestão de um dos fundadores: o Sr. Benjamim Blume, que propôs o Mackenzie, em homenagem a agremiação futebolística e tradicional instituição paulista da Associação Athletica Mackenzie College. A ideia foi colocada em votação e acabou sendo aprovado na assembléia geral.

Sedes Sociais

A 1ª Sede foi da Rua Salvador Pires (esquina com a Rua Getúlio), nº 21, em Todos os Santos (atual: Méier), que pertencia ao Odeon Football Club. A 2ª Sede era na Rua Ferreira de Andrade, nº 99 (atualmente no local há vários imóveis, inclusive a Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida), no Méier.

A partir de 1917, a Sede social fica até os dias de hoje, na Rua Dias da Cruz, nº 561, no bairro do Méier. É importante esclarecer que: com o passar dos anos, o número (começou com o 107), foi mudando (153, 156, 177), de acordo com o crescimento do bairro. Em abril de 1947, o Mackenzie comprou o terreno do lado da sede, onde foi construído o ginásio.

O clube chegou a ter Sub-sedes, como em 1928, localizado na Aristides Caire (do lado da linha do trem), nº 5, no Méier. Em 1929, alterou a entrada do local, passando para a Rua Arquias Cordeiro, nº 434, no Méier.

Em novembro de 1930, a Sub-Sede passou para o palacete da Rua Mossoró, nº 17 {esquina da Rua Imperial (atual: Rua Aristides Caire)}, no Méier.

No sábado, do dia 30 de Janeiro de 1932, nova mudança: inaugurou a sua Sede (na realidade uma Sub-Sede), na Rua Aristides Caire, nº 162 ou 221, no Méier.

Em 1934, o local possuíam: salão de festas (lindamente decorado), biblioteca, sala da diretoria, secretaria, salão de leitura, bar, vestiários para damas, além de dois confortáveis salões para banho, com todos os aparelhos sanitários exigidos pelo Departamento Nacional de Saúde Pública.

Circunda sua Sede uma vasta varanda que serve de descanso durante os intervalos das contradanças, tendo ainda um parque de diversões, com balanços, etc., para os filhos dos associados e crianças que freqüentavam a sede.    

Praças de Esportes

1914 – A 1ª Praças de Esportes, ficava na Rua Salvador Pires, nº 21 (esquina com a Rua Getúlio), na Estação de Todos os Santos (Atual: Méier). No domingo, do dia 29 de Novembro de 1914, O Imparcial deu uma nota, citando um jogo amistoso entre o Mackenzie e o Sport Club Bohemios.

Na preliminar entre os Segundos Quadros, terminou empatado em 1 a 1. Já no Primeiro Quadros, o Mackenzie atropelou seu adversário pelo placar de 10 a 3.

1916 – o campo do Mackenzie ficava na Rua Mauá (atual Rua Ferreira de Andrade, situado no bairro Cachambi), na estrada do Meyer. Na temporada seguinte mudou de endereço.

1917 – Na tarde de domingo, do dia 16 de Setembro de 1917, o clube inaugurou a sua Praça de Esportes, no Cachambi (hoje é um bairro, mas na época fazia parte do bairro do Méier).

Às 10h30min, o Mackenzie enfrentou o Sport Club Rio de Janeiro. No Segundo Quadros, o time Mackenzista venceu por 4 a 2. Já no 1º Quadros acabou derrotado pelo placar de 1 a 0.

O 1º Quadros formou assim:Ivan de Vasconcellos; Othelo e Alfredo Silva; J. Silva, Hemeterio e Oswaldo; Mathias, Agenor, Gilberto, Murillo e Washington. Capital: Othelo Medeiros.

No jogo enfrentou de fundo, às 16 horas, o São Christovam (do Carioca da 1ª Divisão) venceu por 3 a 0, o Americano Football Club, do bairro Riachuelo, do Carioca da 3ª Divisão.

Um excelente público presente compareceu para o jogo. O Jornal do Brasil assim descreveu: “Revestiu-se de grande brilhantismo a festa sportiva. A concorrência era avultada, notando-se a presença de um número crescido de senhoritas que emprestaram o encanto de sua graça e a bizarria de seus trajes claros, ao aspecto de recinto em festa todo engalanado de bandeirolas.

Na sexta-feira, do dia 1º de Julho de 1927, a diretoria do Mackenzie estava em vias de obter o arrendamento de um terreno, localizado na Rua Jockey Club (atual: Rua Licínio Cardoso), nº 42, no bairro de São Francisco Xavier, a fim de construir a sua Praça de Esportes, cuja dimensão é de 120×90.

1930 – No domingo, do dia 20 de janeiro de 1929, foram iniciadas as obras para a construção do campo e também das quadras de voleibol, basquete e tênis. Cerca de 16 meses depois, a Praça de Esportes foi inaugurada, na terça-feira, às 14h40min., do dia 13 de Maio de 1930, com vitória do Olaria Atlético Clube sobre Mackenzie por 2 a 1. Gols de Norival e Vieira para os olarienses e Athayde para a equipe Mackenzista. O árbitro foi Haroldo Motta (do Mackenzie).

Mackenzie: Manoelzinho; Norival e Palmeira; Ultramar, Napoleão e Taquara; Waldemar, Athayde, Augusto, Luiz e Campista.

Olaria: Amaury; Campos e Aristeu (Nicanor); Aristolino, Bolinha e Claudionor; Fernando, Rubens, Horácio, Vieira e Norival.    

1938 – Na sexta-feira, do dia 29 de Julho de 1930, a diretoria confirmou o contrato de arrendamento do terreno situado na Rua Magalhães Couto, nº 92, no Méier, onde pretendem construir a sua nova Praça de Esportes, tendo o campo de futebol e também a quadra de basquete. A inauguração aconteceu na terça-feira, do dia 18 de outubro de 1938.

Mackenzie ajudou a fundar três Ligas

Na sexta-feira, do dia 28 de Maio de 1915, foi Fundado a Associação Carioca de Football (ACF), tendo a Sede provisória situado na Rua da Saúde, nº 333, no Centro do Rio.

Os clubes fundadores foram: Mackenzie, Pereira Passos Football Club, Municipal Football Club, Confiança Athletico Club, Avenida Football Club e Botafogo Athletico Club.

No ano seguinte, novamente o Mackenzie se fez presente e ajudou na fundação da Liga Municipal de Football (LMF), na quinta-feira, do dia 24 de Fevereiro de 1916 (no mesmo jornal O Imparcial, apresentou outra data de fundação: 13/03/1916), juntamente com Sport Rio Club, Verein Zur Bemegungispide, Club Sportivo Leme e Lisboa Rio Football Club.

No sábado, do dia 22 de Agosto de 1936, foi Fundado a Federação Athletica Suburbana (FAS), pelos seguintes clubes: Engenho de Dentro Atlético Clube (Engenho de Dentro), Sport Club Mackenzie (Méier), Del Castilho Football Club (Del Castilho), Modesto Football Club (Quintino), River Football Club (Piedade), Adélia Football Club (Engenho de Dentro), Sport Club Abolição (Abolição), Club Atlético Central (Engenho Novo), Mavílis Football Club (Caju), Sport Club Oposição (Pilares), Magno Football Club (Madureira) e Argentino Football Club (Cascadura).

Desempenho dentro das quatro linhas de 1914 a 1916

Em 1914, os jogadores mackenzistas realizaram 18 jogos, obtendo 15 vitórias e três derrotas. Podemos citar, no domingo, do dia 24 de Maio de 1914, o Mackenzie venceu o Universal Athletico Club.

E, no domingo, do dia 25 de Outubro de 1914, quando amistosamente, nos seus domínios, o Mackenzie goleou o São João Football Club pelo placar de 9 a 1. O Sr. Floriano Peixoto Xavier de Brito foi o árbitro da partida.

Em 1915, o nível dos seus adversários aumentou, mas o desempenho também: foram 23 jogos, com 16 vitórias, dois empates e cinco derrotas. Em 1916, ajudou a fundar a Liga Municipal de Football (LMF). No Campeonato da LMF foram quatro jogos, com duas vitórias e dois empates. No geral, sob a enérgica direção de Euclydes Ferreira, em 25 jogos, venceu 21 vezes e quatro empates, terminando a temporada sem derrota. 

Vice-campeão do Campeonato Carioca da 3ª Divisão de 1917

Em dezembro de 1916, se filiou na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Em 1917, Othelo de Medeiros foi o capitão do Mackenzie na Liga Metropolitana.

Coube a Othelo o preparo dos conjuntos mackenzistas para a conquista da hegemonia divisional: o que foi extraordinário trabalho dos 22 jogadores de Jaqueta alvinegra, obteve vitória sobre o Esperança, na estreia do Torneio Início de 1917, por 1 a 0, gol de Washington.

No 2º jogo, diante do Hellenico, o Mackenzie venceu por 2 a 0, gols de Mathias e Heitor. Na semifinal, acabou sendo superado pelo Americano por 1 a 0 (gol de Coelho, de pênalti). Na decisão, o Americano e Tijuca empataram sem gols, mas os tijucanos venderam por 3 a 0, em escanteios, ficando com o título.

Ao todo, em 1917, Othelo com seus disciplinados, jogaram 32 vezes, onde conquistaram 22 vitórias, cinco empates e cinco derrotas; marcando 109 gols (média de 3,4 gols por partida)

No Torneio Início da LMDT de 1917, realizado no campo do Smart Athletico Club, em Villa Isabel, o Mackenzie não teve uma boa atuação. Porém, no Campeonato Carioca da 3ª Divisão de 1917, terminou como vice-campeão (26 pontos, em 16 jogos: 13 vitórias e três derrotas; 58 gols pró, 23 gols contra e um saldo positivo de 35), só atrás do Americano Football Club (bairro do Riachuelo), com 27 pontos, em 16 jogos: 12 vitórias, três empates e uma derrota; 64 gols a favor; 14 gols contra e um saldo pomposo de 50 tentos.

Vice-campeão nos Segundos Quadros de 1918

Nos Segundos Quadros, o Mackenzie também terminou em 2º lugar (23 pontos, em 16 jogos: nove vitórias, cinco empates e duas derrotas; 51 gols pró, 30 gols contra e um saldo de 21). O Campeão foi o Esperança (25 pontos, em 15 jogos: 11 vitórias, três empates e uma derrota; 49 gols pró, 17 gols contra e um saldo de 32).

Campeão da Taça Alfredo Siqueira de 1918

No domingo, do dia 27 de Janeiro de 1918, veio uma vitória se tornou celebre na vida desportiva do Mackenzie, sobre o Americano Football Club (bairro do Riachuelo), que vinha de conquistar o título da Terceirona na temporada anterior.

As duas equipes decidiram o título da Taça Alfredo de Siqueira, e a equipe mackenzistas bateu o seu oponente por 2 a 1. Esse jogo, foi realizado no Estádio General Severiano (de propriedade do Botafogo Football Club, atual Futebol e Regatas), na preliminar do amistoso internacional da Seleção Brasileira, que perdeu por 1 a 0 para o Dublin, do Uruguai.

Acesso inédito para a Segundona de 1918, veio com goleada de 10 a 1

Apesar de ter ficado na 2ª posição da Terceirona em1917, o Mackenzie precisou decidir o acesso com o Paladino Football Club, que ficou em último no Carioca da 2ª Divisão de 1917.  

A partida derradeira, aconteceu na tarde de domingo, às 14h45min., do dia 24 de Fevereiro de 1918, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O Mackenzie não tomou conhecimento do adversário e aplicou uma sonora goleada de 10 a 1 (lembrando que o mesmo Paladino, dois anos antes aplicou uma goleada no Vasco da Gama pelo mesmo placar. Até hoje essa foi a pior derrota sofrida pelo clube de São Januário). Com esse triunfo, o clube do Méier conquistou o direto de disputar a Segundona da Metropolitana de 1918.

O grande nome do jogo foi o atacante Mathias, autor de seis gols; Guaracy marcou dois; Agenor e Washington  assinalaram um tento cada. Portella fez o único gol do Paladino.

Na etapa final, Mathias fez aos 2 e 7 minutos, marcando quarto gol do Mackenzie. Aos 17 minutos, Portella, de pênalti, fez o tento de honra do Paladino. Aos 21 minutos, adivinha quem fez o quinto gol? Mathias! Três minutos depois, Agenor fez o 6º gol.

Aos 34 minutos, Washington, cobrando pênalti, fez o 7º tento. Aos 36 minutos, foi à vez Guaracy elevar o marcador para 8 a 1. Era um gol atrás do outro e aos 37 minutos, o artilheiro da partida, Mathias fez o 9º gol. Aos 39 minutos, Guaracy aumentou o placar para dois dígitos, dando números finais ao jogo.

Mackenzie: Ivan de Vasconcellos; Othelo e Pinheiro; Hemeterio, Almeida e Oswaldo; Murillo, Guaracy, Mathias, Washington e Agenor. Capital: Othelo Medeiros.

Paladino: Fernando; Octavio e Fernando II; João, José e Jayme; Alberto, Rydio, Ferreira, Atila e Portella.

No primeiro tempo, o Mackenzie abriu o placar logo aos 3 minutos por intermédio de Mathias. Aos 28 minutos, novamente Mathias, cobrando pênalti, ampliou.

Debutou na Segundona de 1918, ficando com o vice-campeonato

No Campeonato Carioca da 2ª Divisão de 1918, da LMDT, o Mackenzie terminou em 2º lugar, tendo o Americano Football Club (bairro do Riachuelo), como o campeão.

No geral na temporada, tendo como capitão, Othelo de Medeiros foram 23 vitórias e 101 gols marcados. O centroforward (atacante) Mathias foi o artilheiro do Mackenzie na temporada com 18 gols assinalados.

De novo: Vice-campeão da Segundona de 1919

O Sport Club Mackenzie no seu terceiro ano voltou a figurar na mesma posição! No Campeonato Carioca da 2ª Divisão de 1920, da LMDT, terminou como vice-campeão. Lembrando que em 1917, ficou em 2º lugar na Terceirona, somando mais três vezes na Segundona.

Ao todo, foram 18 jogos oficias, com 14 vitórias e quatro derrotas (para Palmeiras, Americano e SC Rio de Janeiro). Além disso, triunfou três amistosos: Villa Isabel Football Club (Vila Isabel), Hélios Football Club (Catumbi) e Canto do Rio Football Club (Niterói).

No final da temporada, o capitão, Othelo de Medeiros solicitou licença, sendo substituído pelo desportista Euclydes Motta, então vice-diretor esportivo do clube Mackenzista.

Tri-vice da Segundona em 1920

No Campeonato Carioca da 2ª Divisão de 1919, da LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres), novamente o Mackenzie bateu na trave! Ficando com o vice-campeonato, pelo terceiro ano consecutivo.

O Mackenzie fechou com 24 pontos (18 jogos, com 10 vitórias, quatro empates e quatro derrotas; marcando 51 gols, sofrendo 31 e um saldo positivo de 20) juntamente com o Americano (24 pontos em 18 jogos: com 11 vitórias, dois empates e cinco derrotas; marcando 51 gols, sofrendo 27 e um saldo positivo de 24). O Campeão foi o Carioca que somou 29 pontos (18 jogos, com 13 vitórias, três empates e uma derrota; marcando 52 gols, sofrendo 18 e um saldo positivo de 34).

Nos Segundos Quadros, o Mackenzie ficou na 4ª colocação (21 pontos em 18 jogos: com 10 vitórias, um empate e sete derrotas; marcando 52 gols, sofrendo 46 e um saldo positivo de seis). O Hellenico foi o Campeão com 32 pontos; o Vasco da Gama ficou com o vice (30 pontos) e o Rio de Janeiro em 3º lugar com 22.

Nos Terceiros Quadros, o clube do Méier também fechou na 3ª posição com 10 pontos; atrás do Rio de Janeiro em 3º lugar com 15; o Americano em 2º com 17; e o Campeão Hellenico com 23 pontos.

Foto Rara, meados dos anos 50: Sport Club do Recife (PE)

Escalação do Sport Recife: Carijó; Bria e Ney Pavão; Zé Maria, Wilson e Pinheirense; Traçaia, Claudinho, Gringo, Soca e Eliezer.

EM PÉ (esquerda para a direita): Bria, Carijó, Ney Pavão, Claudinho, Wilson e Pinheirense;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Zé Maria, Traçaia, Gringo, Soca e Eliezer.

FOTO: site Levy Leiloeiro

Fotos Raras, de 1928: Estádio do Fluminense Football Club – Rio de Janeiro (RJ)

Fotografias tiradas, em 1928, por dois ângulos distintos do estádio do Tricolor das Laranjeiras, na partida entre o Fluminense e o Botafogo, tendo em 1º plano as quadras de tênis e ao fundo o casario do bairro do Flamengo com as palmeiras da Rua Paissandu, tomada do Morro Mundo Novo.

Berço do futebol nacional, o campo das Laranjeiras, localizado na sede do Fluminense, foi o palco do primeiro jogo da história da Seleção Brasileira, em 1914. A partida foi um amistoso contra os ingleses do Exeter City e os brasileiros levaram a melhor, vencendo por 2 a 0.

Ali, cinco anos depois, seria erguido o histórico Estádio das Laranjeiras, também conhecido como Estádio Manoel Schwartz. Construído para que o Brasil pudesse sediar o Campeonato Sul-Americano de Seleções em 1919, o Estádio das Laranjeiras foi o 1º do país.

A iniciativa da construção partiu de Arnaldo Guinle, patrono e presidente do Fluminense de 1916 a 1931. No 1º jogo do Sul-Americano de Seleções, competição hoje denominada Copa América, o Brasil enfrentou e goleou o Chile por 6 a 0. Realizada em 11 de maio de 1919, a partida marcou o primeiro jogo oficial do estádio.

Sete dias depois, as Laranjeiras receberia o primeiro Brasil x Argentina no país. Vitória do Brasil por 3 a 1. Mais tarde, a Seleção se sagraria campeã diante do Uruguai.

Em 1922, com recursos próprios e novamente por iniciativa do presidente Arnaldo Guinle, o Tricolor ampliou seu estádio, com capacidade de 18 mil para 25 mil torcedores, para sediar os jogos Latino-Americanos, evento que celebrava o centenário da independência do Brasil.

A sede das Laranjeiras foi o palco da competição, que foi realizada com pouco auxílio do poder público. Ainda naquele ano, o Brasil seria novamente o anfitrião do Sul-Americano de Seleções com as Laranjeiras como cenário. O bicampeonato veio com uma vitória por 3 a 0 sobre o Paraguai.

Parte importante da história da Seleção Brasileira, o Estádio das Laranjeiras é conhecido como o estádio onde o Brasil jamais perdeu. Entre 1914 e 1918, foram 18 jogos da verde e amarela nas Laranjeiras e nenhuma derrota.

A última conquista do Seleção no Estádio das Laranjeiras foi a Copa Rio Branco em 1931, quando o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 2, com gols de Nilo, jogador com brilhante passagem pelo Fluminense.

Já o Tricolor disputou partidas no estádio até 2003, totalizando 842 jogos nas Laranjeiras. O estádio recebeu os treinos, as coletivas de imprensa e toda a preparação dos jogadores do Fluminense até 2016, quando foi inaugurado o CT da Barra da Tijuca.

FOTOS: site Levy Leiloeiro

FONTE: site do Fluminense F.C.

Seleção Brasileira: a história dessa foto rara de 1963!

Uniforme de treino

A CBD (Confederação Brasileira de Desportos), por meio do técnico Aymoré Moreira convocou 29 jogadores, na terça-feira, do dia 05 de Fevereiro de 1963, para o Sul-Americano da Bolívia (atual Copa América), que transcorreu entre os dias 10 a 31 de março daquele ano.

O chefe da delegação Canarinho foi Edgar Leite de Castro; secretário, Edson de Oliveira; delegado, Abílio de Almeida; médico e supervisor, Hilton Gosling; técnico, Aymoré Moreira; assistente, Mario Celso de Abreu, o Marão; dentista, Mário Trigo; massagista, Eduardo Santana, “Pai Santana”; sapateiro e cozinheiro, Aristides; roupeiro e almoxarife, Ubirajara Ferreira.    

 A relação dos jogadores convocados:

Mineiros: Marcial (goleiro, Atlético-MG); Procópio (zagueiro, Atlético-MG); Massinha (lateral-direito, Cruzeiro); Geraldino (lateral-esquerdo, Cruzeiro); Hilton Oliveira (ponta-esquerda, Cruzeiro); Rossi (atacante, Cruzeiro); Luís Carlos (atacante, Cruzeiro); Amaury (cabeça-de-área, Cruzeiro); Marco Antonio (atacante, América Mineiro); Ari (América Mineiro); Nerival (meia, Cruzeiro); Fifi (meia-atacante, Atlético-MG).

Cariocas: Ubirajara (goleiro, Bangu); Mario Tito (zagueiro, Bangu); Itamar (lateral-esquerdo, America); Jorge (lateral-direito, America); Altamiro (atacante, São Cristóvão).

Paulistas: Henrique (goleiro, Corinthians); Ferrari (lateral-esquerdo, Palmeiras); Tarciso (zagueiro, Palmeiras); Píter (zagueiro, Comercial de Ribeirão Preto); Ílton Vaccari (meia, Guarani); Almir da Silva (atacante, Taubaté); Tião Macalé (meia, Guarani); Joaquinzinho (Juventus); e Oswaldo (atacante, Guarani)

Gaúchos: Flávio Minuano (atacante, Internacional); Cláudio Danni (zagueiro, Internacional).

Seleção Brasileira de Futebol (1963)
EM PÉ (esquerda para a direita): Henrique (Corinthians/SP), Jorge (America/RJ), Mario Tito (Bangu/RJ), Ílton Vaccari (Guarani/SP), Píter (Comercial-SP) e Itamar (Madureira);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Altamiro (São Cristóvão/RJ), Flávio Minuano (Inter/RS), Joaquinzinho (Juventus/SP), Tião Macalé (Guarani/SP), Oswaldo (Guarani/SP) e  “Pai” Santana (massagista).

O treinador no Sul-Americano foi Mario Celso, o ‘Marão’, tendo Aymoré Moreira na supervisão.

Os convocados se apresentaram no domingo, do dia 10 de Fevereiro de 1963, na Sede da CBD, de onde seguiram para a Colônia de Férias do SESC, em Venda Nova, em Belo Horizonte/MG para o início dos treinos.

Curiosidade

Na lista apresentada pela CBD, o lateral-esquerdo Itamar, constava como jogador do Madureira Atlético Clube, porém, um mês antes da convocação o atleta tinha sido vendido para o America Football Club

No sábado, do dia 02 de Fevereiro de 1963, a diretoria do Tricolor Suburbano recebeu o valor de Cr$ 3 milhões e mais os passes de dois jogadores: Nai e Domingos e o direito de escolher outro jogador do elenco do America, caso Domingos não quisesse se transferir para Conselheiro Galvão.  

Segundo o contrato firmado, O America pagou a Itamar Cr$ 1 milhão, a título de luvas, e mais um salário mensal de Cr$ 70 mil. 

Sobre a foto: Brasil A x Cruzeiro e Brasil B x Atlético-MG  

Na tarde da segunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963, a Seleção Brasileira foi divida entre A (titulares) e B (reservas). Então, a Seleção A enfrentou o Cruzeiro, empatando em 1 a 1. Já a Seleção B jogou e venceu o Atlético Mineiro pelo placar de 3 a 1.

Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em BH

Ambos os jogos-treinos, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira (capacidade para 15 mil pessoas, de propriedade do Cruzeiro), no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte.

Um público regular, que gerou uma Renda de Cr$ 336.600,00, com ingresso vendidos a Cr$ 100,00.

O ensaio constou de quatro etapas, a primeira e terceira reservada a Seleção A x Cruzeiro e as demais para a Seleção B x Atlético-MG.

1ª Etapa

Na primeira fase, que teve a duração de 30 minutos, Seleção A e Cruzeiro empataram em um tento, com gols de Ari para o Escrete Canarinho aos 10 minutos, em jogada individual, iludiu vários adversários, terminando por passar por Norival e chutar, sem defesa para Tonho. Em seguida, após boa troca de passes entre Elmo e Emerson, culminou com ótimo lançamento para Antoninho que marcou para Raposa.

2ª Etapa

Depois, foi à vez da Seleção B x Atlético-MG, que durou meia-hora, sem abertura de contagem.   

3ª Etapa

Retornaram a Seleção A e Cruzeiro, por mais 30 minutos, o melhor momento foi um pênalti a favor do Brasil, aos 8 minutos, mas que o goleiro Mussula voou, espalmando para escanteio. O placar permaneceu inalterado, ficando em 1 a 1.

4ª Etapa

Para finalizar, mais meia-hora para Seleção B x Atlético-MG. Logo aos 5 minutos, o Brasil abriu o placar. Joaquinzinho fez excelente passe para Altamiro que driblou o goleiro e colocou  a bola rente a trave.

Aos 26 minutos, Oswaldo escapou pela direita e deu passe para Flávio Minuano, que se aproveitou da indecisão de Bueno para marcar o segundo da Seleção.  

Dois minutos depois, era a vez de Flávio Minuano fazer ótimo lançamento para Joaquinzinho que tocou na saída do arqueiro atleticano. Nos acréscimos, Mario Jorge deu chute fraco, mas o goleiro Ubirajara falhou, permitindo o gol de honra do Galo.

Treinador gostou do que viu

O técnico Aymoré Moreira não pode contar com o zagueiro Procópio Cardoso, Almir e Luís Carlos, todos lesionados. O treinador gostou do desempenho: “Pouco a pouco, vamos armando a seleção ideal“, completou Aymoré, que no dia seguinte dispensou o meia Fifi, do Atlético-MG, por não ter se apresentado juntamente com os demais atletas.

Sul-Americano de 1963: Brasil faz campanha ruim

Apesar da satisfação de Aymoré Moreira, o desempenho no Sul-Americano de Futebol, na Bolívia, foi decepcionante. Sete países participaram do torneio onde se enfrentaram em turno único.

A Seleção Brasileira terminou na 4ª posição, com cinco pontos em seis jogos: duas vitórias, um empate e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 13 e um saldo negativo de um. A campeã invicta foi a Bolívia (11 pontos), com o Paraguai em segundo (nove), e a Argentina na 3ª colocação (sete).

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘A’        1          X         1          CRUZEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL AMarcial (Henrique); Massinha, William, Cláudio e Geraldino; Ílton Vaccari e Amaury; Nerival, Rossi, Marco Antônio e Ari. Técnico: Aymoré Moreira
CRUZEIROTonho (Mussula); Juca, Raul (Vavá), Benito Fantoni (Dilsinho) e Jairo; Nuno e Nelsinho (Raul); Antoninho, Elmo, Émerson (Dirceu) e Norival. Técnico: Leonízio Fantoni, ‘Niginho’
GOLSAri aos 10 minutos (Brasil); Antoninho aos 11 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘B’        3          X         1          ATLÉTICO MINEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL BHenrique (Ubirajara); Jorge, Mario Tito, Píter e Itamar; Ílton Viccari e Tião Macalé; Altamiro, Joaquinzinho, Flávio Minuano e Oswaldo.
ATLÉTICO-MGFábio; Coelho, Eduardo, Bueno e Klébis; Dinar (Zico) e Fifi (Afonsinho); Toninho (Maurício), Nilson (Carlinhos), Mário Jorge e Noêmio. Técnico: Wilson de Oliveira
GOLSAltamiro aos 5 minutos (Brasil); Flávio Minuano aos 26 minutos (Brasil); Joaquinzinho aos 28 minutos (Brasil); Mário Jorge aos 37 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

Pesquisa, texto e redesenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Memória Setembrina (@setedesetembrofcbh)

FONTES: Jornal dos Sports – Diário de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

1º Campeonato Suburbano de Rio Branco (AC): Atlético Acreano foi o campeão de 1951

Atlético Acreano o 1º Campeão Suburbano de 1951

Em 1951, a Liga Suburbana de Desportos (LSD), realizou o 1º Campeonato Citadino da Liga Menor, que teve o Atlético Acreano como o 1º campeão. A classificação final ficou assim: 

1º lugar – Atlético Acreano (dois pontos perdidos);

2º lugar – Rodoviário Esporte Clube e Seis de Agosto Esporte Clube (ambos com três pontos perdidos);

4º lugar – Botafogo Futebol Clube (quatro pontos perdidos);

5º lugar – Nacional Futebol Clube (oito pontos perdidos);

6º lugar – Palmeiras Futebol Clube (10 pontos perdidos).

EM PÉ (esquerda para a direita):Valdemar Maciel, Zé Cláudio, Edimburgo, Pedrito, Benedito e Reinaldo;
 AGACHADOS (esquerda para a direita): Fernando Diógenes, Aldemar, Rivaldo Patriota, Félix e Cidico.

FOTO: Acervo Francisco Dandão

FONTES: A Reforma (AC) – O Acre (AC) – O Rebate (AC) – O Liberal (AC) – O Juruá (AC)

Lista de clubes do estado do Acre, entre as décadas de 10 a 60

Fazendo um somatório dos clubes futebol Acreano, entre as pesquisas nos jornais do estado e mais com a lista que disponibilizei em 2018, cheguei num levantamento de 68 clubes.   

Abaixo a lista de clubes que encontrei nos jornais acreanos, devidamente citados ‘em fontes‘. Além disso, a Fundação em 1921, da Liga Acreana de Esportes Terrestres (LAET), existiu até o início da década de 30, que era a entidade responsável em organizar os esportes em geral (inclusive o futebol).

Na terça-feira, do dia 21 de Janeiro de 1947, foi criada a Federação Acreana de Desportos (FAD). Nos anos 50, que cuidava do futebol amador era a Liga Suburbana de Desportos (LSD), que na prática equivalia a uma Segunda Divisão.

DECADÁ DE 10

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
Acreano Sporting ClubPor Mario de OliveiraRio Branco  
Associação Athletica Acreana Rio BrancoRubro-anil 
Associação Athletica Militar Rio BrancoAlvianil 
Catuaba Sport Club1920Rio Branco  
Rio Branco Football Club08/06/1919Rio BrancoalvirrubroEstrelão
Ypiranga Sport ClubPor Jayme Plácido de Paiva e MelloRio Branco  

DECADÁ DE 20

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
6 de Agosto Futebol Clube 1929Rua 6 de Agosto, s/n – Seis de Agosto – Rio BrancoVermelho, branco e azul 
Náuas Esporte Clube1923Cruzeiro do Sul  
Parahyba Football Club Tarauacá  
Rio Negro Athletico Club1922Rio Branco  
Sociedade Sportiva e Dramática Tarauacaense16/08/1925 Tarauacá S.S.D.T.
Tarauacá Football Club TarauacáAlviverdeT.F.C.

DECADÁ DE 30

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
America Football Club1935Rio BrancoAlvirrubro 
Comercial Sport Club1939Rio Branco  
Empreza Football Club1930Rio Branco  
Independência Sportiva Rio Branco  
Mercantil Football Club Rio Branco  
Militar Foot-Ball Club1938Rio Branco  
Pennapolis Sport Club1930Rio Branco  
Usina Acreana Football Club Rio Branco  

DECADÁ DE 40

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
Acriano Futebol Clube1943Rodrigues Alves  
America Esporte Clube06/08/1946Rio BrancoAlvirrubroDiabos Rubros
Botafogo Football Club Rio BrancoAlvinegro 
Duque de Caxias Sport Club1942Rio Branco  
Fortaleza Football Club1946Rio BrancoVermelho, branco e azul 
Independência Football Club02/08/1946Rio BrancoVermelho, branco e verde 
Juruá Esporte Clube1941Cruzeiro do SulRubro-negro 
Satélite Club1947Rio Branco  
Sport Club Brasília BrasiléiaÁureo-verde 

DECADÁ DE 50

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
15 de Novembro Rio Branco 15 de Novembro
7 de Julho Rio Branco  
Associação Atlética Acreana1959Rio Branco  
Associação Desportiva Vasco da Gama28/06/52Rio BrancoAlvinegro 
Acre Esporte Clube Tarauacá  
Atlético Acreano1952Bairro Quinze – Rio BrancoAlvianil 
Bangu Rio Branco  
Bosque Rio Branco  
Boulevard Futebol ClubeInício de 50Bairro Quinze – Rio BrancoAlvianil 
Brasil Esporte Athletic1950Rio Branco  
Brasília Futebol Clube Tarauacá  
Canto do Rio Rio Branco  
Gaúcho Rio Branco  
Imperial Futebol Clube1950Rio Branco Rapazes da Faixa Azul
Morro Rio Branco  
Murú Futebol Clube Tarauacá  
Nacional Futebol Clube Rio Branco  
Palmeiras Futebol Clube Rio Branco  
Pantanal Futebol Clube Rio BrancoAlviverde 
Plácido de Castro Rio Branco  
Rodoviário Esporte Clube Rio Branco Rubro-negro Acreano
União Esporte Clube1958Rio BrancoRubro-negro 
Veteranos Esporte Clube Rio Branco  
Ypiranga Futebol Clube1950Rio Branco  
Vila Ivonete Futebol Clube1951Rio Branco  

DECADÁ DE 60

CLUBESFUNDAÇÃOCIDADECORESALCUNHA
Andirá Esporte Clube1964Rio Brancoalvinegro 
Amapá Futebol Clube1969Rio Branco  
América Futebol Clube Cruzeiro do Sul  
Aratucho Futebol Clube Cruzeiro do Sul  
Atlético Clube Juventus15/08/1966Rio Branco  
Atlético Môa Cruzeiro do Sul  
Associação Atlética Cruzeiro do Sul Cruzeiro do Sul  
Esporte Clube Fronteira04/04/1962Plácido de Castro  
Floresta Futebol Clube1965Senador Guiomard  
Grêmio Atlético Sampaio1964Rio Branco  
Grêmio Esportivo Acreano1965Sena Madureira  
Grêmio Machado de Assis Cruzeiro do Sul  
Internacional Sport Club1968Rio Branco  
São Francisco Futebol Clube1967Rio Branco  

PS: Importante! Caso você possua algum material dessas equipes, mesmo extintas, como fotos, documentos, flâmulas, compartilhem conosco para que possamos contar um pouco da histórias dessas agremiações acreanas. Contamos com a ajuda de vocês!

FONTES: A Reforma (AC) – O Acre (AC) – O Rebate (AC) – O Liberal (AC) – O Juruá (AC)

Torneio Início de 1956 – Cruzeiro do Sul (AC): Juruá Esporte Clube foi o grande campeão!

O Jornal O Juruá (AC), assim destacou o título do Juruá Esporte Clube:

Sob o patrocínio da LCD (Liga Cruzeirense de Desportos), realizou-se no domingo, do dia 03 de Junho, o Torneio Início de futebol de 1956, tendo participado do mesmo, todos os clubes filiados. Foi sem dúvida uma grande tarde esportiva, uma das maiores já verificadas na cidade de Cruzeiro do Sul/AC.

Os resultados do Torneio início foram esses:

1º Jogo

Juruá0 (2)X0 (0)Cruzeiro do SulEscanteios: 2 x 0

2º Jogo

Náuas1X0Atlético MôaEscanteios: 0 x 1

3º Jogo

Juruá2X1GrêmioEscanteios: 1 x 0

FINAL

Juruá1X1NáuasPênaltis: 3 x 2
Foto de 1958

Com esses resultados, o Juruá Esporte Clube foi proclamado Campeão do Torneio Início de Futebol de Cruzeiro do Sul de 1956.

FOTO: Acervo de José Orcy Nogueira Jucá

FONTE:O Juruá (AC)

Inédito!! Aymoré Sport Club – Curitiba (PR): disputou o Campeonato Suburbano de 1919

O Aymoré Sport Club foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). Sobre a Fundação deste clube foi encontrado três datas: Fundado no domingo, do dia 18 de Abril de 1915; Fundado na quarta-feira, do dia 28 de Abril de 1915; Fundado na segunda-feira, do dia 24 de Maio de 1915.

A sua Sede estava localizada na Rua Riachuelo, nº 65, no Centro de Curitiba. As suas cores: verde e branco. Um clube voltando para os eventos sociais, enveredou no futebol bretão, uma vez, no final dos anos 10.

Sede do clube nos anos 10

O Aymoré disputou o Campeonato Suburbano de Curitiba em 1919, organizado pela Liga Sportiva Municipal (LSM). Na ocasião, dez clubes curitibanos participaram da competição:

Americano Sport Club;

Aymoré Sport Club;

Bello Horizonte;

Brasil Sport Club;

Elite Football Club;

Paraná Sport Club;

Pinheiro Sport Club;

Tiradentes Football Club;

Torino Sport Club;

Ypiranga Football Club.

A Liga Sportiva Municipal (LSM), foi Fundado no domingo, do dia 20 de Maio de 1917, na Sede da Sociedade Beneficente dos Trabalhadores, na Herva Matte. Os cinco clubes fundadores foram os seguintes: EsperançaBotafogoGuaranyBello HorizonteVilla Izabel. Generoso Nascimento Teixeira foi o 1º Presidente da LSM.

Nos veículos de comunicação, algumas matérias relacionadas ao Aymoré (eventos sociais) até 1926. A partir daí não foi encontrado mais nada desta briosa agremiação curitibana.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

Imagem: Luís Venke Dyminski

FONTES: A República (PR) – Diário da Tarde (PR) – O Estado do Paraná (PR) – O Dia (PR) – Commercio do Paraná (PR) – Google Maps