Arquivo da categoria: 01. Sérgio Mello

Foto Rara, de 1960: Clube de Regatas Flamengo – Rio de Janeiro (RJ)

EM PÉ (esquerda para a direita): Nelinho, Ari, Jadir, Décio Crespo, Carlinhos Violino e Jordan;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (Massagista), Joel Martins, Gerson, Henrique Frade, Dida e Babá.

FONTES: site Harpya Leilões

Estádio Nielsen Louzada, o Louzadão, em Mesquita (RJ): história e ficha do jogo inaugural diante de equipe suíça

Por Sérgio Mello

Como não há em nenhum lugar, a história do estádio do Mesquita Futebol Clube, resolvi ir a fundo e pesquisá-lo. O Estádio Nielsen Louzada – localizado na Rua Ambrósio, nº 1.111, na Vila Emil, em Mesquita, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro.

Entre o sonho de erguer um estádio para 50 mil pessoas, a realidade ficou em 6 mil pessoas, mas o que vale é resgatar a história do campo. A partida inaugural foi diante de um clube europeu e o Mesquita goleou de forma contundente. Assim, essa história merece ser contada! Boa leitura!    

Quem foi Nielsen Louzada?

Natural da cidade capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, Nielsen Ferreira Louzada, nasceu na terça-feira, do dia 08 de Abril de 1930. Formado em Direito, foi várias vezes eleito como Deputado e Vereador.

Na década de 80, o Deputado Federal Nielsen Louzada (do PP de Nova Iguaçu) foi presidente do Mesquita Futebol Clube. Em 1981, na sua gestão, já tinha construído quatro salas para a administração, um salão de reuniões, uma entrada social com escadarias de mármore, uma área, um salão para shows, um restaurante (inaugurado na sexta-feira, do dia 10 de abril de 1981), organizou a secretaria do clube, adquiriu uma máquina de autenticação de recibos, 60 ventiladores, sete aparelhos de ar condicionado para as salas de trabalho e mobiliário moderno para o salão.

O título invicto da Terceirona em 1981, despertou o desejo de ter a “casa própria”   

No mesmo ano, o Mesquita se sagrou Campeão Invicto do Campeonato Carioca da 3ª Divisão de profissionais ao vencer o Rubro, de Araruama, duas vezes pelo mesmo placar: 1 a 0. Time base de 1981: Reinaldo (Orlando); Bira Gomes (José Luís), Jofre, Malaquias e Arialdo (Ananias); Beto, Jorge Luís e Pitita; Luisinho, Gélson e Jorge. Técnico: Nélson Corrêa, preparador físico Marcos César e Diretor de Futebol Odésio Amorim.

Em 1984, o sonho começou a ganhar forma

O acesso iniciou o desejo para a construção de um estádio para 20 mil pessoas, mas depois o planejamento aumentou a capacidade. Num clima muito festivo, o sonho saiu do papel e começou a ganhar forma na quinta-feira, do dia 09 de Agosto de 1984.

O presidente da construtora responsável pela construção do estádio, Miguel de Macedo Cordeiro, garantiu que o campo seria entregue em perfeitas condições a partir de fevereiro de 1985.

Naquele momento, o clube já tinha vendido 8 mil títulos de sócios-proprietários (5 mil da Série Bronze, já esgotada, e 3 mil da Série Prata). Por isso, a diretoria já estudava lançar a Série Ouro.

Naquele momento, Mesquita contava com uma população de 180 mil pessoas, na qual fazia parte do município de Nova Iguaçu, sendo a 9ª arrecadação de ICM do país

Clube possuía uma estrutura promissora

A sua sede em frente a Estação de Mesquita, com dois amplos salões de bailes abrigavam tranquilamente 10 mil pessoas, que de sábado e domingo superlotam o clube, proporcionando uma renda mensal de Cr$ 150 milhões.  

O número de sócios era de 30 mil (isso devidamente provado por documentos e dados bancários da conta do clube). Enfim, uma arrecadação de Cr$ 300 milhões, para uma despesa (entre o futebol e empregados) em torno de Cr$ 120 milhões.

Descrição de como seria o Estádio Nielsen Louzada

Assim, a matéria do Jornal do Brasil destacou: “O seu novo estádio, com capacidade para 50 mil pessoas sentadas confortavelmente, é uma replica do Maracanã, mais moderno e funcional. O novo estádio começa a mudar a arquitetura local.

Imponente, ele ocupa um espaço de 250 mil metros quadrados a pouco mais de 20 metros da estação de Mesquita. Construído de forma circular, terá 26 lances de arquibancada de cimento armado, com altura superior a 9 metros. 

Totalmente coberto em material metálico, apresenta uma distância do alambrado até o gramado de 14 metros, o campo tem dimensão oficial da FIFA, de 110 por 75, não poderá ser apontado como culpado por possíveis derrotas de grandes por lá.

Os jornalistas (rádio e televisão) terão à sua disposição 12 cabines fechadas, com ar refrigerado e outras facilidades. Para os fotógrafos, está sendo construído um fosso, na lateral do gramado, com dois metros de profundidade, coberto, inédito em campos do país.

Os jogadores e juízes, terão a seu dispor três túneis (iguais ao Maracanã), onde ficarão os vestiários, sala de aquecimento, massagens e demais facilidades. Uma obra que, se não tivesse a assistência permanente do presidente Nielsen Louzada, certamente não ficaria em Cr$ 5 bilhões e sim em Cr$ 12 bilhões”.

Mesquita conquista o inédito acesso à Primeira Divisão do Carioca 

Se nos bastidores, a diretoria trabalhava para ter a sua casa pronta, dentro das quatro linhas, o Mesquita Futebol Clube fez bonito e terminou como vice-campeão do Campeonato Carioca da 2ª Divisão de 1985 (o Campo Grande Atlético Clube se sagrou campeão), assegurando o inédito acesso à Elite do Futebol Carioca em 1986. Abaixo, o time base, elenco, comissão técnica e diretoria:

Time base de 1985: Ricardo; Lútio, Celso, Moura e Manicera; Paulo César, Godói e Carlos; Renan, Antônio Carlos e Caldeira. Técnico: Renê Simões.

Elenco de 1985

Goleiros – Ricardo, Ricardo Pereira e Valdenir;

Laterais – Catinha, Lútio e Paulo Roberto;

Zagueiros – Marco Antônio, Celso e Bira;

Apoiadores – Manicera, Godói, Fernando Moura e Cléber;

Pontas – Oman, Miranda, Caldeira, Márcio e Júnior;

Atacantes –  Antônio Carlos e Fábio.

Comissão Técnica

Presidente – Nielsen Louzada;

Vice-presidente de Esportes – Sebastião Machado;

Coordenador Geral de Esportes – Josafá Ramacciotti Ribeiro;

Supervisor – Paulo Ferreira;

Médico e Psicólogo – Ézio de Oliveira Rocha;

Técnico – Renê Simões;

Preparador Físico – Waldemar Lemos;

Massagista – Malvadeza;

Auxiliar Geral do Departamento de Futebol – Antônio Melo;

Roupeiro – Reinaldo.

Inauguração projetava reunir as três maiores torcidas do país

Em julho de 1986 – A ideia era realizar um Quadrangular com as três maiores torcidas do futebol brasileiro: Flamengo, Corinthians, Vasco da Gama e Mesquita. O presidente Nielsen Louzada garantiu, com dados finais insofismáveis, que o Estádio Louzadão, localizado no bairro da Vila Emil, seria definitivamente o 2º maior do Rio de Janeiro. 

Além de uma excelente iluminação, vamos construir também, 50 camarotes, que serão vendidos depois de inaugurado. No momento não estamos precisando de dinheiro. O nosso material já está quase todo pago e nossa arrecadação continua subindo.

Se alguém disser que é um desperdício de tempo e dinheiro, posso explicar que durante a semana o estádio será usado (uma de suas dependências) como ginásio gratuito para os estudantes do local“, disse Nielsen Louzada.

Inauguração do Estádio Louzadão teve clube suíço

No entanto, após idas e vindas, finalmente a data para a inauguração da sua “nova casa” foi marcada: domingo, às 16 horas, do dia 26 de Janeiro de 1986, o Mesquita Futebol Clube enfrentou o Sport-Réunis de Delémont, da Suíça.

A delegação aurinegro suíça, desembarcou na terça-feira, às 7 horas, do dia 21 de janeiro de 1986, no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador. Depois seguiu para o Hotel Plaza, no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, onde ficou hospedado.

Segundo a diretoria mesquitense, a expectativa esse jogo era para a presença entre 15 a 25 mil torcedores. A partida, além de inaugurar o Estádio Louzadão, também serviu de preparação para a inédita estreia no Campeonato Carioca da 1ª Divisão, no domingo, às 16 horas, do dia 16 de fevereiro de 1986, contra o Americano, em Campos dos Goytacazes.  

A Escola de Samba Beija-Flor serviu de inspiração

O planejamento previa que o estádio com capacidade para 50 mil pessoas ficaria pronto em agosto de 1986. O entusiasmo do presidente Nielsen Louzada era grande.

A intenção era transformar o Mesquita em um grande clube do futebol carioca, seguindo o exemplo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, de Nilópolis, que fez no Carnaval Carioca.

Para isso, o dirigente contava com o apoio de todos os torcedores da Baixada Fluminense e áreas adjacentes, para lotar as dependências do Estádio Louzadão.   

Quem é o S.R. de Delémont?

A sua sede fica na cidade de Delémont, e manda os seus jogos no Stade De La Blancherie, com capacidade para 5.263 pessoas. Fundado na terça-feira, do dia Em 17 de agosto de 1909, por meio da fusão entre duas equipes: “Delémont Football Club(fundado em 1905) e “L’union sportive Delémont-Gare(fundado em 1907).

Por muitos anos o clube aurinegro jogou no Campeonato Suíço da 2ª e 3ª Divisões. A 1ª vez na sua história, quando o Delémont ascendeu a Elite do Futebol Suíço foi em 1999/2000. Em 1986, o SR Delémont se encontrava no Campeonato Suíço da 2ª Divisão.

A permanência na Primeira Divisão Suíça durou apenas uma temporada e após terminar em 12º lugar, na 1ª fase, acabou rebaixado. Retornou á Elite, em 2002/2003, mas acabou caindo na mesma temporada para a Série B.

Mesquita arrasa clube suíço na inauguração do Louzadão

A estréia da nova casa, não poderia ser inaugurada de forma melhor. O Mesquita Futebol Clube não tomou conhecimento do o Sport-Réunis de Delémont, da Suíça, e aplicou uma sonora goleada de 6 a 0, levando a torcida ao delírio. O jogo contou com a presença do presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Eduarda Viana, ‘Caixa D’Água’.

Descrição dos gols

Os suíços, que saíram do intenso frio europeu para o forte calor do verão fluminense aguentaram meia-hora. Depois, Miranda, aproveitando rebote do goleiro, após chute de Delacir, abriu o placar.

Cinco minutos depois, Antônio Carlos lançou Oman que tocou na saída ampliou de Farine, ampliando o marcador. Assim o Mesquita foi para o intervalo com o placar favorável de dois a zero.

Na etapa final, logo aos 8 minutos, Fernando Moura cobrou falta indireta, em direção ao gol. Em vez do goleiro suíço deixar a bola passar, rebateu para frente e Antônio Carlos só escorou para o fundo das redes.

Aos 14 minutos, Oman, em jogada individual, marcou um golaço! Aos 33 minutos, Antônio Carlos aproveitou o vacilo da defesa suíça e marcou o quinto gol mesquitense. Dois minutos depois, Oman entrou livre, dentro da área, e fuzilou a meta de Farine, para marcar o sexto gol do jogo e o seu “hat trick“, dando números finais a peleja.

MESQUITA F.C. (RJ)         6          X         0          S.R. DELÉMONT (SUI)

LOCALEstádio Nielsen Louzada, ‘Louzadão’, no bairro Vila Emil, em Mesquita/RJ
CÁRATERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 26 de Janeiro de 1986
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 25.455.000,00
PÚBLICOCerca de 3.500 mil pagantes
ÁRBITROCarlos Elias Pimentel (FERJ)
AUXILIARESGino Jorge Viana (FERJ) e José Inácio Teixeira (FERJ)
MESQUITASanderson (Ricardo); Milton Mendes, Celso, Bira (Joel) e Paulo Roberto (Toninho); Manicera, Delacir (Lazinho) e Fernando Moura; Oman, Antônio Carlos e Miranda (Gilson). Técnico: Renê Simões.
 DELÉMONTFarine; Sambinello, Sabot, Bron (Gorrada) e Stenllet; Chapius, Germann (Sandoz) e Kohler (Mottl); Herti, Rebetes (Kalim) e Joliat. Técnico: Brow.
GOLSMiranda aos 30 minutos (Mesquita); Oman aos 35 minutos (Mesquita), no 1º Tempo. Antônio Carlos aos 8 e 33 minutos (Mesquita); Oman aos 14 e 35 minutos (Mesquita), no 2º Tempo.

Após uma atuação de gala, o Mesquita voltou aos treinos para realizar outro amistoso na semana seguinte: no domingo, às 17 horas, do dia 02 de fevereiro de 1986, contra o poderoso Bangu Atlético Clube, então vice-campeão do Brasileirão de 1985.

Pelo lado dos Mulatinhos Rosados, foi a estreia do meia Tobi, contratado ao Coritiba (campeão Brasileiro de 1985). Antes do jogo, a diretoria do Mesquita ofereceu uma “Placa de Prata” ao ponta-direita Marinho por ter sido eleito o melhor jogador do Brasileirão de 1985. Pelo jogo, o Bangu recebeu a cota de Cr$ 35 milhões, livres de impostos.

MESQUITA F.C. (RJ)         1          X         2          BANGU A.C. (RJ)

LOCALEstádio Nielsen Louzada, ‘Louzadão’, no bairro Vila Emil, em Mesquita/RJ
CÁRATERAmistoso Estadual
DATADomingo, do dia 02 de Fevereiro de 1986
HORÁRIO17 horas
RENDACr$ 82.120.000,00
PÚBLICO6.007 pagantes (12 mil presentes)
ÁRBITROReinaldo Farias (FERJ)
AUXILIARESDilermando Sampaio (FERJ) e Nicodemus Vidal (FERJ)
MESQUITARicardo (Sanderson); Toninho (Lazinho), Marco Antônio, Celso e Paulo Roberto; Manicera, Delacir (Flávio Renato) e Fernando Moura; Oman, Antônio Carlos e Miranda (Gilson). Técnico: Renê Simões.
 BANGUGilmar (Júlio Galvão); Perivaldo, Márcio Rossini (Jair), Oliveira (Cardoso) e Márcio (Velto); Israel (Robson),  Mario (Marcelino) e Arturzinho (Fajardo); Marinho (Tobi), Fernando Macaé e Ado (Gilson). Técnico: Moisés.
GOLSFernando Macaé aos 42 e 44 minutos (Bangu), no 1º Tempo. Oman aos 39 minutos (Mesquita), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports – Acervo pessoal

FONTES: site do SR Delémont – Wikipédia – Jornal do Brasil (RJ) – Jornal dos Sports (RJ)

Escudo raro, de 1991: Esporte Clube 9 de Julho – Cornélio Procópio (PR): seis participações no Estadual

modelos de 1991

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube 9 de Julho é uma agremiação do município de Cornélio Procópio (população de 47.840 habitantes, segundo a estimativa do IBGE/2021), localizado a 440 km da capital (Curitiba) do Norte Pioneiro do estado do Paraná.

O “Orgulho do Povo” foi Fundado na terça-feira, do dia 10 de Dezembro de 1974, por grupo de desportistas liderados pelos senhores: Laurindo Miyamoto e José Lagana.

A sua antiga Sede ficava na Rua Minas Gerais, nº 272, no Centro de Cornélio Procópio. A Sede atual está situada na Rua Presidente Castelo Branco, nº 197, no bairro Jardim Vitória Régia, em Cornélio Procópio. A equipe procopense manda os seus jogos no Estádio Independência e o Estádio Municipal Ubirajara Medeiros, com Capacidade para 5 mil pessoas.

Ao longo da sua história o Esporte Clube 9 de Julho disputou a Elite do Futebol do Paraná, em seis oportunidades: 1976, 1977, 1978, 1979, 1990  e 1991.

camisa de 1991

Campeão da Segundona de 1975

O 9 de Julho debutou na esfera profissional no Campeonato Paranaense da 2ª Divisão de 1975, organizado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol). Com uma excelente campanha, o  9 de Julho se sagrou campeão, assegurando o seu acesso para a Elite do Futebol Paranaense.    

Debutante na Elite, 9 de Julho fez uma campanha modesta

Na sua estreia no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1976, organizado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol), a equipe procopense terminou na 11ª posição, com 17 pontos em 26 jogos: cinco vitórias, sete empates e 14 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 35 e um saldo de menos 10 tentos.

Com Coutinho no comando, o 9 de Julho não foi longe

O ex-atacante Coutinho, famoso parceiro do rei Pelé, no Santos, iniciou a carreira de treinador em 1977, comandando o Esporte Clube 9 de Julho. No Estadual daquele ano, a equipe ficou no Grupo B. Num total de oito clubes, o 9 de Julho terminou na 6ª colocação, com 10 pontos em 14 jogos: três vitórias, quatro empates e sete derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 20 e um saldo de menos oito tentos. O clube jogou a repescagem, porém acabou não se classificando.  

No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1978, o “Orgulho do Povo” ficou no Grupo B, com sete equipes. No final, terminou em 4º lugar, com seis pontos em seis jogos: duas vitórias, dois empates e duas derrotas; marcando três gols, sofrendo quatro e um saldo de menos um. Com isso, o 9 de Julho ingressou no Grupo E, mas acabou na lanterna.

Clube acaba rebaixado

No Estadual de 1979, o Esporte Clube 9 de Julho voltou a fazer uma campanha discreta. Num total de 18 equipes, o clube ficou na 13ª posição, com 27 pontos em 34 jogos: oito vitórias, 11 empates e 15 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 42 e um saldo de menos 17 tentos.

O clube só retornou a elite do futebol paranaense 11 anos depois. No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1990, que contou com a participação de 22 equipes. O Esporte Clube 9 de Julho ficou no Módulo Azul (com 11 times), terminando na última colocação, com 12 pontos.

time posado do 9 de Julho de 1991

No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1991, que contou com a participação de 24 equipes. O Esporte Clube 9 de Julho ficou no Grupo B (com seis times), terminando na 3ª posição, com 10 pontos em 10 jogos: três vitórias, quatro empates e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 12 e um saldo zero.

Assim, o 9 de Julho avançou para o Grupo E (com sete equipes), ficando na 2ª colocação, com 16 pontos em 12 jogos: cinco vitórias, seis empates e uma derrota; marcando 13 gols, sofrendo 11 e um saldo de dois.

Dessa forma, o clube passou para a Fase Final do Estadual, que reuniu 14 equipes. No entanto, o desempenho não foi bom, com o Esporte Clube 9 de Julho terminando na penúltima colocação, o que determinou o rebaixamento: com 15 pontos em 26 jogos: quatro vitórias, sete empates e 15 derrotas; marcando 15 gols, sofrendo 36 e um saldo negativo de 21.

Em 1992, a diretoria do Esporte Clube 9 de Julho solicitou o licenciamento junto a Federação Paranaense de Futebol. E até hoje não retornou.

último modelo de 2021

Curiosidade do escudo postado

Nessa postagem em destaque do História do Futebol, se refere ao ano de 1991, quando o Esporte Clube 9 de Julho fez a sua última aparição na esfera profissional.

Historicamente, o clube tricolor utilizava as cores em azul, branco e vermelho. No entanto, nesse ano, o clube virou Quadricolor, agregando a cor preta. O seu escudo recente a cor preta aparecia nas letras do distintivo.  

Sai… O “9 de Julho” e entra… O “Athletico Cornélio Procópio”

Nesse ano, no mês de maio, o Esporte Clube 9 de Julho alterou o nome, passando a se chamar: Club Athletico Cornélio Procópio. Assim como antigo distintivo era inspirado no Fortaleza (CE), o novo também é semelhante ao modelo alternativo da equipe cearense.

O intuito da mudança é uma estratégia para ter uma identificação com o município e atrair o interesse do torcedores procopenses. Se vai funcionar ou não,só o tempo dirá.

Clube trabalha para retornar ao futebol profissional

Após mudar o nome, o clube ressurge após um período de inatividade. No dia 13 de maio foi realizada a apresentação do futebol profissional da equipe. Depois de muito tempo sem um representante, Cornélio Procópio vê com expectativa o retorno à esfera profissional.

O processo começou em 2016. No ano seguinte, o Clube deu início aos treinamentos da categoria de base, fazendo desde o início, um trabalho social com os atletas. Em 2018, nas suas primeiras competições, sagrou-se campeão municipal das categorias sub 13 e sub 15, e representou a cidade nos jogos abertos e da juventude.

Neste mesmo ano, participou também da copa londrinense, com uma ótima campanha, e conquistou o 3º lugar, sempre com muita responsabilidade e buscando auxiliar todas as crianças e jovens ao sonho de se tornar um atleta profissional.

Em 2019, um ano movimentado com duas avaliações técnicas, uma do Athletico Paranaense e outra do Clube de Regatas Flamengo (RJ), e através de uma parceria com o tricolor procopense, vários atletas se destacaram e foram avaliados em Curitiba e também no Rio de Janeiro.

Já em 2020, um ano atípico em todo o mundo pelo coronavírus, o clube ainda conseguiu sobressair perante as dificuldades, e o atleta Bruno Bianconi, revelado pelas categorias de base do clube, foi transferido para o Guarani de Campinas SP, e que hoje está integrado ao elenco profissional. O clube segue trabalhando com calma e buscando subir um degrau de cada vez até o retorno ao futebol profissional.   

Paraná Clube x 9 de Julho, em 1991

Algumas formações

Time base de 1977: Zico; Poli, Sidney, Luís Carlos e Nelson; Divino, Cacá e João Regina; Jonas, Ney e Wilson. Técnico: Coutinho.

Time base de 1978: Everton; Poli, Barra Mansa, Mirão e Rosquinha; Haroldo (Reinaldinho) e Chicão; Cacá, Jonas, João Luiz e Lourival (Roberto). Técnico: Maldana.

Time base de 1979: Rosaldo (Jabá ou Clarindo); Poli (Baltazar), Barra Mansa, Marmita e Nelson; Arnaldo (Mirão), Vassil (Nilson ou Menga) e Zé Antonio (Carlos Leite); Kleber (Mazinho), Paulinho (Lourival) e Ramirez (Batata). Técnico: Iracy Martins.  

Estádio Municipal Ubirajara Medeiros, com Capacidade para 5 mil pessoas.

Pesquisa, texto, desenho do escudos e uniformes: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Rodrigo S. Oliveira

FONTES: site oficial do clube – PENEWS.com.br – Rsssf Brasil – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR)

Copa Santa Catarina de 2022: Clube Náutico Marcílio Dias se sagrou Bicampeão!

A Copa Santa Catarina de 2022 foi realizado entre os dias de 27 de agosto a 13 de novembro, e contou com a participação de seis equipes. Na primeira fase da competição as equipes jogaram entre si, em turno e returno, se classificando para a segunda fase as quatro melhores colocadas.

Na segunda fase (semifinais) as quatro equipes classificadas foram divididas em dois grupos de duas equipes cada, onde jogaram em jogos de ida e volta, se classificando para a terceira fase a vencedora de cada grupo. Na terceira fase (final) as duas equipes classificadas jogaram entre si em jogos de ida e volta, sendo considerada campeã do torneio catarinense.

As seis equipes que fizeram parte da Copa Santa Catarina de 2022:

Clube Atlético Carlos Renaux (Brusque);

Clube Náutico Marcílio Dias (Itajaí);

Figueirense Futebol Clube (Florianópolis);

Hercílio Luz Futebol Clube (Tubarão);

Joinville Esporte Clube (Joinville);

Nação Esportes Futebol Clube (Joinville).

1ª RODADA

27/08/2022Joinville0X0Marcílio DiasArena Joinville, em Joinville
28/08/2022Carlos Renaux0X0Hercílio LuzAugusto Bauer, em Brusque
30/08/2022Nação0X1FigueirenseGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama

2ª RODADA

03/09/2022Hercílio Luz3X0NaçãoAníbal Torres Costa, em Tubarão
03/09/2022Marcílio Dias2X2Carlos RenauxDr. Hercílio Luz, em Itajaí
06/09/2022Figueirense1X4JoinvilleOrlando Scarpelli, em Florianópolis

3ª RODADA

07/09/2022Marcílio Dias3X2Hercílio LuzDr. Hercílio Luz, em Itajaí
14/09/2022Carlos Renaux0X1FigueirenseAugusto Bauer, em Brusque
14/09/2022Joinville1X1NaçãoArena Joinville, em Joinville

4ª RODADA

09/09/2022Nação0X2Carlos RenauxGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
10/09/2022Joinville2X1Hercílio LuzArena Joinville, em Joinville
21/09/2022Figueirense1X4Marcílio DiasOrlando Scarpelli, em Florianópolis

5ª RODADA

18/09/2022Carlos Renaux1X0JoinvilleAugusto Bauer, em Brusque
18/09/2022Marcílio Dias0X0NaçãoDr. Hercílio Luz, em Itajaí
28/09/2022Hercílio Luz3X2FigueirenseAníbal Torres Costa, em Tubarão

6ª RODADA

24/09/2022Joinville2X0Carlos RenauxArena Joinville, em Joinville
26/09/2022Nação0X5Marcílio DiasGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
06/10/2022Figueirense1X0Hercílio LuzOrlando Scarpelli, em Florianópolis

7ª RODADA

29/09/2022Carlos Renaux2X1NaçãoAugusto Bauer, em Brusque
1º/10/2022Hercílio Luz1X1JoinvilleTorres Costa, em Tubarão
03/10/2022Marcílio Dias3X2FigueirenseDr. Hercílio Luz, em Itajaí  

8ª RODADA

07/10/2022Nação2X1JoinvilleGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
09/10/2022Figueirense0X0Carlos RenauxOrlando Scarpelli, em Florianópolis
09/10/2022Hercílio Luz1X1Marcílio DiasAníbal Torres Costa, em Tubarão

9ª RODADA

12/10/2022Carlos Renaux1X1Marcílio DiasAugusto Bauer, em Brusque
12/10/2022Joinville1X2FigueirenseArena Joinville, em Joinville
12/10/2022Nação1X2Hercílio LuzGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama  

10ª RODADA

16/10/2022Figueirense2X0NaçãoRenato Silveira, em Palhoça
16/10/2022Hercílio Luz1X0Carlos RenauxAníbal Torres Costa, em Tubarão
16/10/2022Marcílio Dias2X0JoinvilleDr. Hercílio Luz, em Itajaí

Classificação da 1ª Fase

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Marcílio Dias2010550210912
Figueirense16105141315-2
Hercílio Luz151043314113
Carlos Renaux131034308080
Joinville121033412111
Nação05101270519-14
                        *Em negrito os classificados para as semifinais.

SEMIFINAIS

23/10/2022Carlos Renaux1X5Marcílio DiasAugusto Bauer, em Brusque
23/10/2022Hercílio Luz1X0FigueirenseAníbal Torres Costa, em Tubarão
28/10/2022Figueirense1X1Hercílio LuzOrlando Scarpelli, em Florianópolis
28/10/2022Marcílio Dias0X2Carlos RenauxDr. Hercílio Luz, em Itajaí
*Em negrito os classificados para as finais.

FINAIS

06/11/2022Hercílio Luz0X0Marcílio DiasAníbal Torres Costa, em Tubarão
13/11/2022Marcílio Dias2X1Hercílio LuzDr. Hercílio Luz/Itajaí

C.N. MARCÍLIO DIAS (SC)           2          X         1          HERCÍLIO LUZ F.C. (SC)

LOCALEstádio Dr. Hercílio Luz, “Gigantão das Avenidas“, situado na Rua Gil Stein Ferreira, nº 261, no Centro de Itajaí (SC)
CARÁTERúltimo jogo da final da Copa Santa Catarina de 2022
DATADomingo, do dia 13 de Novembro de 2022
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDAR$ 224.495,00 (Duzentos e vinte quatro mil e quatrocentos e noventa e cinco reais)
PÚBLICO5.739 pagantes
ÁRBITRORamon Abatti Abel (FCF)
AUXILIARESThiaggo Americano Labes (FCF) e Henrique Neu Ribeiro (FCF)
4º ÁRBITROEdson da Silva (FCF)
ÁRBITRO ASSISTENTEAndré Eduardo da Silveira (FCF)
DELEGADOJosé Carlos Goulart Júnior (FCF)
INSPETORCantucho João Setúbal (FCF)
CARTÕES AMARELOSRafael Lima, Oliveira, Cleiton, Luan e Emanuel (Hercílio Luz)
CARTÕES VERMELHOSDener e Nando (Marcílio Dias) e Rafael Lima; Wellington; o auxiliar-técnico, André Walter e o treinador de goleiros, Danilo de Souza Carvalho (Hercílio Luz)
MARCÍLIO DIASRenan; Victor Guilherme, Éverton, Léo Rigo e Matheus Müller (Cesinha); Dener (Cap.), Alisson, Juninho (Moisés) e Jean Dias (Allan Roden); André (Daniel Dias) e Nando (João Carlos). Técnico: Rogério Corrêa
HERCÍLIO LUZ Matheus; Cleiton, Rafael Lima (Cap.), Willian Rocha e Oliveira (Ítalo); Emanuel (Gusso), Raynan (Luan), Jonathan Cabeça e Giovani; Da Silva (Wellington) e De Paula. Técnico: Raul Cabral
GOLSNando aos 3 minutos (Marcílio Dias); João Carlos aos 15 minutos (Marcílio Dias); Rafael Lima aos 29 minutos (Hercílio Luz), no 2º Tempo.

O Clube Náutico Marcílio Dias pela segunda vez na sua história se sagrou Campeão da Copa Santa Catarina (2007 e 2022)!! A Campanha foi de 27 pontos em 14 jogos; com sete vitórias, seis empates e uma derrota; marcando 28 gols, sofrendo 13 tentos e um saldo positivo de 15 gols.

Estádio Dr. Hercílio Luz foi o palco do jogo final

Colaborou: Nilson Santos

FONTES E FOTOS: site da Federação Catarinense de Futebol (FCF) – Página do clube no Facebook

Inédito!! Bento Ribeiro Football Club – Rio de Janeiro (RJ): existiu entre 1938 a 1949

Por: Sérgio Mello

O Bento Ribeiro Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Alviverde Bentoribeirense foi Fundado na quinta-feira, do dia 06 de Janeiro de 1938, graças ao Sr. Luiz Silva, um dos maiores comerciantes do local, que usou o seu prestigio para conseguir um grande número de adesões entre proprietários  e moradores, a fim de criar uma nova agremiação.

A sua Sede ficava localizada na Rua Gita, nº 2, no Bairro de Bento Ribeiro – Zona Norte do Rio (RJ). Dentre os comerciantes, que fazem parte do quadro social do Bento Ribeiro, estão: Arthur Esteves, Thomaz Castro Blanco, Manoel da Silva, Ezequiel Casimiro, Joaquim Louzada da Rocha, entre outros.

Antonio Aurino dos Santos, Raphael Palermo, José Bonilha, Roque Lazaroni, Aldevino Vasconcellos, Luiz Domingues, Donato Lanzoni e outros, são os proprietários que aderiram  a brilhante iniciativa de Luiz Silva.

A 1ª Diretoria foi constituída da seguinte forma: 

Presidente – Octacilio Thompson;

Secretário – Rodolpho  Martins;

Tesoureiro – Leoncio Ribeiro Machado;

Procurador – Manoel José de Mello;

Técnico – Luiz Domingues.

Obras de melhorias da Praça de Esportes da Rua Sapopemba

 Entre 1939 a 1940, o clube mandava os seus jogos na Praça de Esportes na Rua Sapopemba, s/n, em Bento Ribeiro. O local, apesar de amplo, tinha condições precárias.

Em 1940, disputou o Campeonato, organizado pela ASD (Associação Suburbana de Desportos). Visando ter um local de bom nível para os jogos, entre fevereiro a março de 1941, o clube fez obras de melhorias para ter uma Praça de Esportes de bom nível. Foram feitas melhoras, como por exemplo, o serviço de terraplanagem, cercar o terreno por meio de placar de cimento armado. 

Na quinta-feira, do dia 08 de maio de 1941, o Bento Ribeiro solicitou filiação a Federação Metropolitana de Football, para ingressar no Campeonato da Segunda Divisão da entidade.     

Entre o final de agosto e início de setembro de 1941, foi veiculado no jornal ‘A Manhã‘ uma possível fusão com o Estrela Futebol Clube também do bairro de Bento Ribeiro. O procurador dos “AmarelinhosOrlando Morais apresentou a sugestão a Diretoria do Estrela após entendimentos com o presidente do Bento Ribeiro, Sr. Nicolau Moreno.

No entanto, um dos vice-presidentes do Estrela, Sr. Artur Piedade Filho, se manifestou contrário a fusão,  conseguindo dissuadir os demais membros da diretoria. Assim, de forma oficial, o diretor do Estrela, Carlos Gomes Ribeiro afirmou que cada clube seguiria o seu caminho de forma independente.

A bandeira do clube do lado da bandeira do Brasil

1ª vez que o clube enfrentou uma equipe da Elite do Futebol Carioca

O Bento Ribeiro marcou um importante momento na sua história, no domingo, dia 05 de outubro de 1941, quando enfrentou, amistosamente, às 15h40min, o Madureira Atlético Clube, no Estádio da Rua Rolando Delamare (campo do Estrella Futebol Clube), em Bento Ribeiro.

Sob a presidência do Sr. Nicolau Moreno e o diretor Coronel João Rodrigues, foi a primeira peleja que a equipe Alviverde encarou um clube da Primeira Divisão do Rio. No final, melhor para o Alviverde Bentoribeirense que venceu o Tricolor Suburbano por 2 a 1.

No final de maio de 1942, o clube se filiou a FAS (Federação Athletica Suburbana).

Em amistoso, no domingo, do dia 06 de Dezembro de 1942, o Bento Ribeiro foi à Nilópolis e venceu o Nova Cidade por 2 a 0.

No fim de maio de 1943, o Alviverde Bentoribeirense se filiou na Federação Metropolitana de Football (FMF), na terceira categoria, “ad-referendum” da Assembléia Geral. Porém a FMF teria o compromisso de apresentar uma praça de esportes (própria ou arrendada).

Na sexta-feira, do dia 23 de agosto de 1946, o presidente Nicolau Morenoconfirmou que a partir dessa data o Sr. José Canuto, o ‘Juca’ (centroavante do Alvinegro) passaria ser o novo Diretor Técnico (traduzindo: novo treinador da equipe).

Participou do CampeonatoOctacílio Resendede 1949, promovido pelo Esporte Clube União de Marechal Hermes, onde fez um bom papel. Conquistando resultados expressivos, como a goleada em cima do Estrela Nova por 9 a 2, no domingo, dia 17 de abril de 1949, no Estádio de Marechal Hermes (atualmente o local, que já foi o Estádio Mané Garrincha, pertence ao Botafogo). Neguinho e José marcaram quatro tentos cada um; Ari fez um tento; enquanto Pau Queimado e Barcelos fizeram os gols do Estrela Nova.

No domingo, no dia 1º de Maio de 1949, venceu o Aliados Futebol Clube, também de Bento Ribeiro, pelo placar de 2 a 1. A renda da partida superou os 1.700 cruzeiros

No domingo, no dia 15 de Maio de 1949, goleou o Universidade por 7 a 3. Boca de Fogo foi o destaque com três gols, enquanto Juca, Paulo, Devanir e Waldir (contra) completaram os tentos para o Bento Ribeiro Futebol Clube. Gordinho, duas vezes, e Nilo Prata marcaram para o Universidade.

No domingo, no dia 12 de Junho de 1949, nova goleada. Dessa vez a vitima foi o Progresso Futebol Clube, que tombou pelo placar de 6 a 2. Wanderlei e Erasmo marcaram duas vezes, Boca de Fogo e Odir, com um tento cada, completaram para o Bento Ribeiro. Lasqueiro e Walter fizeram os gols do Progresso.

A partir do começo da década de 50, infelizmente, não foi mais encontrado notícias do modesto clube de Bento Ribeiro. E assim, se dizer adeus a agremiação desapareceu em definido, deixando um vazio até hoje não preenchido para o simpático bairro homônimo.         

Carteirinha de Sócio do Bento Ribeiro Futebol Clube (FOTO): 1952, a sede ficava na rua Gita e o campo na rua Apodi, este o senhor Antônio Mariano, morador do outro lado da linha do trem.

Diversas formações ao longo dos anos

Time base de 1938: Osmar; Jurandyr e Tuta; Andrade (Elzo), Pilão (Durval) e Reynaldo (Decio); Jahu, José, Orlando, Tim e Passos.

Time base de 1939: Osmar (Dizinho); Jurandyr e Tuta; Elzo, Andrade (Ary) e Reynaldo (Decio); Jahu (Durval), José (João), Orlando (Benedcito), Tim (Emílio) e Passos (Oswaldinho).

Time base de 1940: Russo (Bililim); Laércio (Lourival) e Tuta; Charuto (Reynaldo), Quíquito (Fausto) e Gerson; Mirinho, Nalva (Juca), Annibal, Alfredo e Pacheco (Passos).

Time base de 1941: Russo(Bililim); Lourival (Macumba) e Tuta (Heitor I); Camboré (Reinaldo), Fausto (Ney) e Gerson (Oscarino); Mirinho (Tide), Alfredo (Heitor II), Bichinho (Djalma), Annibal (Lemos) e Passos (Juca).

Time base de 1942: Russo; Princeza e Tuta; Terrozo, Fausto (Annibal) e Gerson; Amaral (Mirinho), Heitor (Julinho), Vavá, Dentinho e Passos.

Time base de 1943: Paulo; Tuta e Aloísio; Altair, Pires e Didico; Amaro, Oscar, Juca, Valdo e Querozene.

Elenco de 1946: Paulo, Tuta, Vilas Boas, Marcelino, Paulista, Bengala, Waldemar, Jair, Devanir, Tuma, Zequinha, Hilton, Odilon, Malhado e Mineirinho.  

Elenco de 1948: Paulo, Odilon, Juca, Wilson, Valdir, Mario C., Venício, Hildo, Marcelino, Jair, Baiano e Devanir.  

Time base de 1949: Osmar (Malhado); Tuta (Mauro) e Juca (Walter); Bengala (Marcelino), Odir e Erasmo (Natalino); Ari, Hildo (Wanderlei), Neguinho (Zequinha), Boca de Fogo (José) e Devanir.

FONTES: Jornal dos Sports – A Manhã – Diário Carioca  – Diário da Noite – Jornal do Brasil – Diário da Manhã – O Radical – O Jornal – Diário de Notícias – A Noite – Correio da Manhã – Sport Illustrado – Página no Facebook “Bento Ribeiro – Cultural”

Foto posada de 2022: Seleção Brasileira de Futebol (CBF)

Em pé (esquerda para a direita): Alex Sandro, Bruno Guimarães, Casemiro, Fabinho, Bremer, Weverton, Ederson, Alisson, Eder Militão, Rodrygo, Pedro, Daniel Alves e Gabriel Martinelli.

Comissão técnica (esquerda para a direita): Luis Vagner, Ricard Sasaki, Guilherme Passos, Ricardo Rosa, Fabio Mahseredjian, Rodrigo Lasmar, Juninho Paulista, Ednaldo Rodrigues, Tite, Cléber Xavier, César Sampaio, Matheus Bachi, Taffarel, Thomaz Araújo e Bruno Baquete

Sentados (esquerda para a direita): Everton Ribeiro, Danilo, Gabriel Jesus, Lucas Paquetá, Thiago Silva, Neymar, Marquinhos, Antony, Richarlison, Raphinha, Fred, Alex Telles e Vinicius Júnior.

FONTE E FOTO: Divulgação Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Inédito!! America Suburbano Football Club  – Rio de Janeiro (RJ): 4 edições no Campeonato Carioca da 2ª Divisão, na década de 30

Por: Sérgio Mello

O America Suburbano Football Club foi uma agremiação do Bairro de Bento Ribeiro, situado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 22 de Julho de 1917, por um grupo de rapazes formados por: Annibal da Silva Cabral, Paulo da Silva, José Raymundo Maia, Misthon Galvão, Telmo Medeiros, Santos, Estanislau Cabral, Pedro Correa, Euclydes Martins, Antenor de Medeiros e Manoel Bonifácio. As suas cores era o vermelho e branco.

Campos e Sedes

O seu 1º Campo, em 1918, ficava na Rua Estrada de Sapopemba, nº 20, na estação Prefeito Bento Ribeiro. Depois, o seu 2º campo ficava na Rua Bento Ribeiro, próximo a Estação do bairro. A partir de 1927, adquiriu o terreno na Rua Rolando Delamare (antiga Rua Estrada de Sapopemba), n° 03, em Bento Ribeiro. Em outubro de 1930, o clube se mudou para a Sede provisória na Rua Emilia Ribeiro, nº 17, em Bento Ribeiro.

Ingressou na AAS e depois na LMDT

Ainda em 1918, ingressou na Associação Athletica Suburbana (AAS), faturando o título dos Terceiros Quadros, em 1919. O clube rubro ficou até 1927, quando se sagrou Campeão dos 1º Quadros (22 pontos em 16 jogos: com 10 vitórias, dois empates e quatro derrotas); nos 2º Quadros a campanha foi: 17 pontos em 17 jogos: com oito vitórias, um empate e oito derrotas; nos 3º Quadros a campanha foi: 22 pontos em 18 jogos: com nove vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

Caiu nas semifinais

Em 1928, ingressou na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Na tarde de domingo, do dia 20 de Abril de 1930, o America Suburbano disputou o Torneio Início Carioca da Divisão Emmanuel Nery, da LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres), patrocinado pela Associação Chronistas Desportivos, realizado no campo do Retiro Saudoso (propriedade do Mavilis), situado na Rua Carlos Seidl, no bairro do Caju.

Na estreia, com arbitragem de Honorato José Barbosa (do Brasil), o America Suburbano empatou sem gols com o Magno Football Club, mas superou nos escanteios: 1 a 0.

Nas semifinais, o America Suburbano acabou eliminado ao ser derrotado pelo Sport Club America (do bairro Méier e Lins), por 1 a 0, após uma bobeada do goleiro Princeza. O time formou com: Princeza; Bernardo e Botão; Álvaro, Mario e Euclydes; Allemão, Urbano, Nicastro, Abdias e Aristheu.

Praça de Esportes e a Sede inaugurados em 1931

Sob a presidência do Sr. Alfredo Luiz Pereira, a sua Praça de Esportes, localizado na Rua Rolando Delamare, n° 03 (próximo à Estação – Estrada Santa Isabel e Travessa D. Rosa), em Bento Ribeiro foi inaugurado no domingo, do dia 07 de Junho de 1931.

Na ocasião, o America Suburbano enfrentou, amistosamente, o Modesto, que venceu por 4 a 0. O jogo teve arbitragem de Haroldo .Dias da Motta. Nos Segundos Quadros, o Modesto também levou a melhor: 2 a 1.

Curiosidades: o terreno onde foi construído a Praça de Esportes era de propriedade do 2º tesoureiro e benemérito do clube: Annibal Cabral. O mesmo alugou o espaço do a construção do campo. (contrato estendido de 1932 a 1939).

Vale lembrar que o paraense Rolando De Lamare (natural de Belém do Pará, nasceu em 10 de novembro de 1988 e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de Julho de 1963), jogador e médico. Atuou pelo Botafogo, onde foi Campeão Carioca em três oportunidades: 1907, 1910 e 1912.

Rolando De Lamare se destacou e chegou a defender as cores da Seleção Brasileira de Futebol em 1914. Em 1912, se formou em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Longe dos gramados trabalhou como professor universitário e médico especialista em urologia. Nos anos 20, o então jogador recebeu uma homenagem no bairro de Bento Ribeiro, onde a Rua Estrada de Sapopemba, mudou de nome, passando a se chamar: Rua Rolando Delamare (atual Rua Sapopemba com a Rua Upiara), n° 03, em Bento Ribeiro.

No sábado, do dia 11 de Outubro de 1930, o clube inaugurou a sua nova Sede, situada na Rua Emília Ribeiro, nº 17, na Estação de Bento Ribeiro. A Sede foi inaugurada no sábado, do dia 20 de Junho de 1931, na Rua Rolando Delamare, nº 03, na Estação de Bento Ribeiro, onde ofereceu aos seus associados um grandioso baile.

Do campo do America Suburbano nada sobrou. Ficava entre as Ruas Sapopemba e Upiara

Curiosidades de 1932

Na segunda-feira, do dia 06 de Junho de 1932, a diretoria do America Suburbano foi na AMEA, a fim de inscrever o “center-half(médio-volante) Bernardino Lino. No entanto, Associação Metropolitana acabou recusando o registro, pelo fato do jogador ser analfabeto (não sabia ler e nem escrever).

Já no começo do mês de dezembro de 1932, alguns elementos do America Suburbano fundaram o bloco carnavalesco com um nome: “De Mim Ninguém Se Lembra“. 

Quatro participações na Segunda Divisão Carioca

Na terça-feira, do dia 24 de Março de 1931, ingressou na AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athleticos), onde disputou quatro edições do Campeonato Carioca da Segunda Divisão: 1931, 1932, 1933 e 1934.

A estreia aconteceu no Torneio Início da AMEA da 2ª Divisão de 1931, no domingo, do dia 19 de Abril, e o America Suburbano caiu diante do Engenho de Dentro por 2 a 0. O time jogou assim: Silva; João e Machado; Geraldino, Primeiro e Sylvio; Pedro Ary, Santos, Waldemiro, José e Braz.

Para a sequencia do campeonato, a diretoria trouxe um militar para reforçar o time: Waldomiro Bastos, o ‘Vavá’, vindo da Marinha de Guerra

No Torneio Início da AMEA da 2ª Divisão de 1934, no domingo, do dia 15 de Abril, realizado no campo do Rua Engenho de Dentro, o America Suburbano mesmo atuando com apenas 10 jogadores passou pelo Municipal por 1 a 0, gol de Landinho. O árbitro do jogo foi o Sr. Jacintho Macario Firmino dos Santos.

Time formou: Carlos; Escoteiro e Gaiola; Cheiro, Santana e Passarinho; Issú, Landinho, Bibinho e Mario.

Porém, na fase seguinte, o America Suburbano, ainda com um atleta a menos, deu adeus ao ser derrotado pelo o Brasil Suburbano pelo placar de 3 a 0. O árbitro foi Julio Gonzalez Fernandez.

Em 1933, a 1ª tentativa para mudar o nome

Na terça-feira, às 20 horas, do dia 30 de Setembro de 1933, foi realizado uma grande reunião com os sócios, na Rua Carolina Machado, nº 1.456 (sede do Club Recreativo Ala Direita), a fim de decidir a definição da nova diretoria e também mudança de nome da agremiação para Bento Ribeiro Football Club. A reunião foi remarcada para sexta-feira, às 20 horas, do dia 06 de Outubro de 1933, no mesmo endereço anterior.  

Em 1935, nova proposta para alterar o nome

Na quarta-feira, do dia 30 de Janeiro de 1935, foi realizado uma assembléia, às 20 horas, para tratar da fusão com o Gymnasio Bento Ribeiro. Contudo, devido a mal tempo foi transferida para a quarta-feira, dia 06 de Fevereiro de 1935, a Assembléia Geral, às 19 horas, na Sede social, na Rua João Vicente, nº 953 / Sobrado. Objetivo é a mudança de nome para Bento Ribeiro Football Club, e da fusão com outros clubes da localidade.

Reorganização do clube em 1936

No final do mês de outubro de 1936, após um período longe do futebol sofreu uma reorganização por meio de um grupo formado por João Moreira, o “Bocage”; Manoel Piedade; Apulchro Jacarandá; João Terra Nova; Annibal Cabral; João Annibal, o “Bohemio”; Estanisláo Cabral, Oswaldino Fernandes, Oswaldo Piedade, entre outros antigos associados reativaram a agremiação.

A diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Zonostro dos Santos;

1º Vice-Presidente – Arthur Martins du Piedade;

2º Vice-Presidente – Bernardo Ferreira do Amparo;

1º Secretário – Floriano Casemiro Filho;

2º Secretário – Joaquim Dias Duarte;

1º Thesoureiro – Annibal da Silva Cabral;

2º Thesoureiro – Ernesto da Silva;

Commissão de Sports – João Moreira dos Santos, João Marques de Lima e João Annibal Bueno;

Commissão de Syndicancia – Apulchro Jacarandá, Estandislau da Silva Cabral e Antonio Garcia.

Ingressou na FAS em 1936

Na sexta-feira, do dia 18 de Dezembro de 1936, solicitou filiação à FAS (Federação Athletica Suburbana). O 1º reforço foi no gol: Waldemar Fausto dos Santos, mais conhecido por Princeza, que já figurou nos grandes clubes da cidade.

Campeão do Torneio Início de 1937

O America Suburbano faturou o seu 1º título após o retorno. No domingo, do dia 21 de Março de 1937, no campo da Rua João Pinheiro (propriedade do River), se sagrou Campeão do Torneio Início da FAS (Federação Athletica Suburbana), da Divisão Dr. João Machado.

No decorrer do Campeonato Carioca da FAS, a relação da diretoria para com a entidade foi se desgastando, por não concordar com a forma com a qual a competição estava sendo gerida.

Então, no dia 10 de Setembro de 1937, apesar do clube liderar tanto no 1º quanto nos 2º Quadros, a direção do America Suburbano comunicou o seu desligamento da FAS

 Na estreia, com arbitragem de Alvarino de Castro, o Alvirrubro venceu o Kosmos por 1 a 0. Na segunda fase, com Manoel da Silva Barbosa no apito, bateu o Avacelli também pelo placar de 1 a 0.

Na final, Agarino Sant’Anna foi o árbitro,  o America Suburbano venceu o Santíssimo pelo placar de 1 a 0, faturando um título inédito! O quadro campeão jogou com: Feliciano; Chico e Assis; Passarinho, Januário e Gaiola; Ary, Moacyr, Ernani, Delio (Walter) e Doca.

Algumas formações do America Suburbano

Time base de 1918: Mister (Cap. ou Antonio); Paschoal (Gabriel) e Anacleto (Horacio); Camello (Manoel), Nestor (Napoleão) e Julio (Maneco); Minas (Colou), Laurentino (Americano), Miguel (Aviador), Pé de Braza (Edmundo) e Nicotranco (Miguel).

Time base de 1919: Joca (Casemiro); Horacio e Gabriel; Napoleão (Cap.), Anacleto (Cantharina) e Miguel (Almeida); Americano, Dino, Meudo, Minas (Fausto) e Maneco (Oswaldino).

Time base de 1920: Affonso; Gabriel e Santos; Horácio, Durinho e Meudo; Oswaldino, Miguel, Boluca, Lima e Minas.

Time base de 1927: Euclides (Luiz); Arnaldo Silva (Oswaldino) e China; Dola, Mario e Neném; Marquellê, Gastão, Minas, Rubens e Adbias.

Time base de 1930: Princeza (Rubens); Ratto (Bernardo) e China (Bolão); Octacilio (Bom Cabello), Mario (Álvaro) e Euclydes (Aragão); Allemão (Mica), Tubano (Abdias), Nicastro (Gastão), Alcides (João) e Aristeo (Rubens Silva).

Time base de 1931: Chile (Durval); China (Oswaldo) e Aragão (Santos ou Machado); Pedro Ary (Waldemiro Bastos, o ‘Vavá’ ou Geraldino), Cirio (Mario ou Primeiro) e Galdino (Parafuso ou Sylvio); Braz (Mandureba), Manoelzinho (Gastão), Ernani (João), Reducino e Doca (José).

Time base de 1932: Chile (Euclydes ou Moyses); Waldomiro (Aragão) e Aganipio (Cap.); Mário, Mamede (Guimarães) e Oswaldo (Simão); Waldemar (Maria), Carioca (Roseira), Gereba (Faustino), Nelson Dolla (Landoleth) e Gastão (Ernani).

Time base de 1933: Chile (Durval); Aragão (Waldemiro) e Mário; Waldemar, China (Alamede) e Passarinho (Churria); Sobina (Moderato), Didinho (Donga), Peru (Gereba), Bola (Ernani) e Barton (Mario II).

Time base de 1934: Carlos (Rochinha); Escoteiro (Mario) e Gaiola (Ernani); Cheiro (Jayme), Santana (Virgilio) e Passarinho (Waldemar); Issú (Enéas), Landinho (Oliveira), Bibinho (Machado), Neto (Umbelino) e Waldemiro.

Time base de 1937: Princeza (Chico); Cheringa (Dantas) e Escoteiro (Dozinho); Sales (Jurandyr), Januário (Chico Preto) e Passarinho (Vicente ou Mario); Moderato (Escoteiro), Ary (Vieirinha ou Elmano), Passos (Gaiola), Ernani (Durval ou Rato) e Doca (Ismael).

FONTES: Google Maps – Página do Facebook: “Bento Ribeiro – Cultural” – A Batalha (RJ) – A Noite (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Gazeta Suburbana (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Paiz (RJ) – O Radical (RJ)