Arquivo da categoria: 03. Toninho Sereno

Associação Atlética Sucrerie – atual Clube Atlético Piracicabano – Piracicaba – SP

A Associação Atlética Sucrerie foi fundada em 8 de fevereiro de 1914 por funcionários da Société Sucrerie Brasiliene que era de origem francesa e dona do Engenho Central na Vila Rezende.

Segundo dizem, Angelo Filipini um dos seus fundadores confeccionou o primeiro carimbo do clube a mão, fazendo uso de um canivete.

Em 1942 em virtude da 2° Grande Guerra Mundial, por imposição governamental, os clubes com nomes estrangeiros foram obrigados a adotar nomes brasileiros, assim a A.A. Sucrerie passou a se chamar Clube Atlético Piracicabano.

Um dos grandes rivais do XV de Piracicaba foi um dos pioneiros do profissionalismo no interior e disputou a 2° divisão (atual série A2) até o ano de 1954, deixando o profissionalismo em 1955.

Por suas fileiras passaram grandes jogadores como Pepino, Rabeca, Strauss, Coringa (recebeu o Belford Duarte da CBD por nunca ter sido expulso), Tito Ducatti (o seu maior artilheiro), Benedito Julião que jogou muitos anos no Corinthians e chegou a ser convocado  para a Seleção Brasileira e Cuíca, ou melhor, Mazzola, campeão Mundial em 1958 na Suécia.

Foto do mestre Idálio Filetti, provavelmente dos anos 1940. Mostra a torcida do Estádio Dr. Kok. Interessante é saber que o estádio surgiu por intercessão de alguns desportistas, sendo a maioria deles funcionários do Engenho Central, que solicitaram emprestado terreno situado na av. Dona Francisca, através de seu proprietário Dr. Holger Jensen Kok, então diretor superintendente da Societé de Sucreries Bresiliennes – Engenho Central. No início do século passado, locou a área por valor ínfimo, para que pudessem construir um campo de futebol.

Uma campanha destinada a arrecadar fundos para a compra da área do estádio, foi desencadeada pelo Sr. Lázaro Pinto Sampaio, que contatou fornecedores, industriais, comerciantes, proprietários de engenhos, usineiros etc, além de contribuições dos funcionários da empresa Dedini S/A, a fim de buscar as verbas necessárias para a compra do referido terreno. Assim foi possível a efetivação da aquisição da área que foi denominada ESTÁDIO DR. KOK, em homenagem à memória do nobre ilustra patriarca, no dia 5 de agosto de 1941.

A foto mostra a sede administrativa do Clube Atlético Piracicabano, nos anos de 1960. Situava-se na avenida Barão de Serra Negra, ao lado da praça da Igreja Imaculada Conceição, na Vila Rezende. O clube representou por muitas décadas os rezendinos, senão toda Piracicaba. O prédio não existe mais.

Atualmente, o Clube Atlético Piracicabano possui sua sede na Avenida Brasília, número 571, no bairro de Vila Rezende, nessa cidade.

Clube Atlético Piracicabano em uma de suas formações no ano de 1956

                                    Outro modelo de escudo da Associação Atlética Sucrerie

 

Fontes:

fotoeahistoria.blogspot.com.br de Edson Rontani Junior

educandopeloesporte.com.br

Esporte Ilustrado – edição número 193 do dia 18 de dezembro de 1941

 

 

 

Itatiba Esporte Clube – Itatiba – SP

ITATIBA – “Princesa da Colina”

Situada a 80 km de São Paulo, na Serra da Jurema, Itatiba – que em tupi-guarani significa muita pedra, ou  “ajuntamento de pedras” (itá = pedra + tyba =ajuntamento), é carinhosamente chamada por seus moradores de ‘Princesa da Colina’, título que conquistou por seu relevo acidentado.

ITATIBA ESPORTE CLUBE

Data de fundação: 5 de março de 1937

Endereço da sede: Rua Piza e Almeida nº 592.

Endereço do estádio: Rua Jundiaí nº 360

Inicialmente chamou-se JUVENIL ITATIBA e posteriormente JUVENIL ITATIBA ESPORTE CLUBE. Somente em junho de 1940 passou a ser oficialmente chamado de ITATIBA ESPORTE CLUBE.

FUNDADORES DO ITATIBA ESPORTE CLUBE

Danton Ernesto de Lima, Alcides Gilli, Luís Machado, Vitório Polesi, José Casanova Neto, Armando e Luís Carra, Valter Schiavinatto, Ítalo e José Sesti, Jácomo Bedani, Osvaldo Coletti, Onofre “Pipi”, Alberto Passador, Joanin Prevedel, Anísio Consoline, Vai-Vai, Gervásio Dian, Varguinha, Nelito, Wilson Gianini, Onofre, Máximo Panzarin,Carleto, Dito Lau, Rabelo(de Jundiaí), Orestes Paganini, King, Valdomiro Mendonça, Carnevale, Zepo, Juca Machado, Luciano Cremonese, Orlando Marcondes “Pagode”, Acácio Panzarin, Luís Labriola, Caio Pires de Morais, Antonio Marciano, Wilson Rela, Pedro Dian, Campana, Juca e Benedito.

A PRIMEIRA DIRETORIA

 • Presidente de Honra: Paulo Abreu

• Presidente da Diretoria: Dr. José Fachardo Junqueira

• 1º Vice-Presidente: Dorival Moura Leite

• Secretário Geral: Dr. João B. Ottoni Bastos

• 1º Secretário: Octávio Pupo da Silveira

• 2º Secretário: Geraldo Ferraz Mello

• 1º Tesoureiro: José Faggiano Junior

• 2º Tesoureiro: Álvaro da Costa Saraiva

• Diretor Esportivo: Bruno Lazzarini

• Técnico Esportivo: Antonio Marrasco

• Conselho Consultivo: Luiz Machado, Armando Gianini E. Antonio Saccardi

No dia 20 de abril de 1941, aconteceu o primeiro jogo da nova fase do clube, contra o Marinheiros da Lapa, de São Paulo.

Ao time visitante foi pago 80$000 e a renda do jogo foi de 154$000. O técnico rubro-negro era Antonio Marrasco e o Itatiba E.C. venceu o jogo… É o que consta da ata do clube. Só esqueceram de colocar o placar!

Participações em campeonatos estaduais:

Terceira Divisão (atual  série A3) – seis vezes]

– 1961 – 1962 – 1963 – 1964 – 1965 – 1966

Quarta Divisão (atual série B) – uma vez

– 1960

Uma das formações do Itatiba Esporte Clube durante o ano de 1960

Hino Oficial do ITATIBA EC – “Vermelho e Preto”

Autor: Zé Beléu, na verdade José Manoel da Silveira Franco

Quem vem de lá,
Sou eu morena,
Abra a porteira
Que eu quero passar.

Vermelho e preto
Sinal de guerra
É o ITATIBA
Que estremece a terra!

No canto do rouxinol,
Anunciando a nossa chegada
Somos onze corações de ouro
Que entram em campo
E picam o couro

Quem vem de lá,
Sou eu morena,
Abre a porteira
Que eu quero passar.

Vermelho e preto
Sinal de guerra
É o ITATIBA
Que estremece a terra!

Evolução de escudos do Itatiba Esporte Clube

FONTES: Prefeitura Municipal de Itatiba – Site do clube – A História do Itatiba Esporte Clube de Celso Fernando Catalano

O dia em que o São Paulo Railway Athletic Club se tornou o Nacional Atlético Clube – São Paulo – SP

O São Paulo Railway Athletic Club foi fundado na data de 16 de fevereiro de 1919, pelo inglês Arthur J. Owen, superintendente da estrada de ferro São Paulo Railway, com a finalidade de fazer com que os funcionários pudessem praticar o esporte.

Em 1936, foi promovido para a divisão principal, ao lado do São Paulo Alpargatas (que mais tarde passou a se chamar ALBION), o verdadeiro campeão amador da Capital.

Tendo em vista a estrada de ferro passar a se chamar Santos-Jundiaí, o São Paulo Railway Athletic Club mudou seu nome para Nacional Atlético Clube.

E, para comemorar esse fato, no dia 23 de fevereiro de 1947, foi realizado um amistoso, no Estádio Municipal do Pacaembu, contra o Clube de Regatas do Flamengo de Luis Borracha, Nilton e Norival. Biguá, Bria e Quirino. Adison, Tião, Pirilo, Vaguinho e Vevé.

O São Paulo Railway Athletic Club contou com o empréstimo dos jogadores Bauer, do São Paulo, Lorico, da Portuguesa de Desportos, Cláudio, do Corinthians, e Lima do Palmeiras.

O jogo foi um sucesso e a renda chegou a 112.433 cruzeiros, muito boa para uma época em que São Paulo tinha 2 milhões e 198 mil habitantes.

Quem entrou em campo foi o SPR A.C., com as camisas brancas e calções azul escuro e o escudo com as três letras no peito. Lá estavam Ivo, Moacir e Dedão. Charuto, Wallace e Inglês. Crespo, Vicente, Jesus, Passarinho e Tim.

Vicente abriu a contagem aos 2 minutos, Vaguinho empatou aos 5 e fez o segundo aos 10. Por causa de um toque de mão de Charuto, Pirilo marcou de pênalti, aos 15. Vicente, outra vez, fez 3×2, aos 42 minutos.

No intervalo, os jogadores caminharam até o placar de bandeirinhas vermelhas, arriaram a bandeira do SPR A.C., que estava ao lado das dos outros clubes da Federação, e colocaram em seu lugar o novo pavilhão do Nacional.

No segundo tempo, o Nacional jogou com Ivo, Moacir e Lorico; Charuto, Bauer e Inglês; Cláudio, Lima, Jesus, Vicente e Tim.

O Flamengo fez mais dois gols (Adilson, aos 20 e Pirilo, aos 34), contra outro de Vicente (aos 19 minutos) e a partida terminou com o placar de 5 a 3 para o Clube de Regatas do Flamengo.

OBS: segundo a Flapédia, o C.R. do Flamengo jogou com Luís Borracha, Newton, Norival, Biguá (Jacy), Bria, Quirino, Adilson (Velau), Tião (Perácio), Pirilo, Vaguinho e Vevé. E os gols do rubro negro foram: Vaguinho(2), Pirilo(2) e Vevé.

Fontes: Fotos e texto parcialmente retirados do periódico “O Estado de S. Paulo – Jornal da Tarde”, de autoria do inesquecível jornalista Sérgio Baklanos, cujo caderno de esportes circulou no dia 4 de outubro de 1982.

Escudos: Wikipedia

União Agrícola Barbarense Futebol Clube – Santa Bárbara d´Oeste – SP – Centenário

O União Agrícola Barbarense Futebol Clube, da cidade de Santa Bárbara d´Oeste, Estado de São Paulo, está completando neste dia 22 de novembro de 2014, cem anos de vida.

Os apelidos “Leão da Treze” ou “Alvinegro da 13 de Maio” é uma alusão ao endereço onde sua sede está instalada: Rua Treze de Maio número 1269.

 

História

Fundado no dia 22 de novembro de 1914, inicialmente com o nome de União Foot-Ball Club, a equipe de Santa Bárbara d’Oeste teve diversos nomes até chegar ao que ostenta atualmente. Em 1918, passou a se chamar Athlético Barbarense Foot-Ball Club e, um ano depois, se chamou Sport Club Athlético Barbarense. No ano de 1920, o clube se fundiu com o 7 de Setembro da Fazenda São Pedro e, mais uma vez, alterou seu nome: Sport Club União Agrícola Barbarense. Por fim, ainda naquele ano, passou a portar a denominação que tem até hoje: União Agrícola Barbarense Futebol Clube.

No ano seguinte da definição do nome, em 1921, o União Barbarense se registrou na APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), que comandava o futebol do Estado. Vinte anos depois, em 1941, filiou-se à Federação Paulista de Futebol, ainda como amador, e no ano seguinte passou a ser membro da LBF (Liga Barbarense de Futebol), entidade do município de Santa Bárbara d’Oeste.

Apenas em 1964 é que o clube se profissionalizou nos quadros da Federação Paulista de Futebol e sua estréia não foi das mais felizes diante de Alumínio: derrota por 3 a 1 em partida válida pela 3ª Divisão de Acesso. Nesta partida, o autor do primeiro gol da equipe como profissional foi o atacante Mané de Campos. Três anos depois, o União decidiu adotar o “Leão da 13” como mascote do clube, em homenagem aos torcedores fiéis que apoiavam com garra o time (como leões) e à sede do clube, na Rua Treze de Maio.

O primeiro título do clube foi conquistado em 1946, quando ainda era amador, o de campeão da cidade pela Liga Barbarense de Futebol. Dois anos depois, mais uma conquista: Campeão amador da região, disputando o Campeonato Paulista do Interior pela FPF. Foi tricampeão da “Taça Cidade de Santa Bárbara” nos anos de 1957, 1961 e 1963. Nessse período, mais precisamente em 15 de novembro 1959, o Jornal D’Oeste publicou a composição do Hino Oficial do clube, de autoria do Professor José Dagnoni (letra) e Hermosa Hadad Baruque Murbach (música). Em 1967, já como profissional, foi Campeão Paulista da 2ª Divisão, conquistando o acesso à 1ª Divisão (uma abaixo da divisão principal).

A partir daí, o clube conquistou alguns títulos regionais, como o Torneio Intermunicipal Americana x Santa Bárbara d’Oeste em 1973 e passou por bons e maus momentos. Depois de ficar alguns anos sem disputar os campeonatos da FPF foi, finalmente, em 1990, vice-campeão Paulista da 2ª Divisão, conquistando mais uma vez o acesso à Divisão Intermediária. Em 1995 foi Campeão Paulista de Juniores da Série A3 e, em 1996, dos Jogos Abertos do Interior, com a equipe de Juniores. Em 1997, conquistou o vice-campeonato da Série A3 do Paulista. No ano seguinte, o maior trunfo até então: o título do Campeonato Paulista da Série A2 e o acesso à divisão principal estadual.

Em 1999, por terminar o Paulistão como melhor time do interior na tabela, o União Barbarense se tornou Campeão do Interior. Em 2001, foi vice-campeão da Copa Federação Paulista de Futebol e, em 2004, Campeão Brasileiro da Série C. Entretanto, um ano depois do acesso à Série B, foi novamente rebaixado à Terceira Divisão nacional, por três pontos.

Nas competições estaduais, o União Agrícola Barberense se manteve na principal divisão do campeonato paulista até 2005, quando foi rebaixado para a Série A2 de 2006. Um novo tropeço em 2006 levou a equipe à Série A3, quando terminou a competição de 2007 na décima colocação.

O estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães, também conhecido como “Toca do Leão” está localizado na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, no estado de São Paulo e pertence ao União Agrícola Barbarense Futebol Clube. Seu nome foi dado em homenagem a um ex-presidente e patrono do clube. Foi inaugurado em 21 de maio de 1921 e seu primeiro jogo foi União Barbarense 3 a 1 contra o EC Concórdia de Campinas. O estádio tem capacidade para 14.914 pessoas.

O estádio está situado na Rua 13 de Maio, 1269 – Santa Bárbara D’Oeste – SP

 

 

A Torcida Uniformizada Sangue Barbarense é a principal e a maior torcida uniformizada do União Agrícola Barbarense Futebol Clube.

Fundada na data de 11 de novembro de 1984, é a segunda torcida mais antiga do interior do Estado de São Paulo e a quinta, incluindo a capital.

Fontes:

História (site do clube);

Estádio (botoesparasempre.blogspot);

Foto da equipe: Gustavo Belofardi;

Mascote: flogao

 

Jabaquara Atlético Clube – Santos – SP – Centenário

O Jabaquara Atlético Clube também já é centenário.

No dia 15 de novembro de 1914,  um grupo de nove jornaleiros, ou vendedores de jornais, descendentes de espanhóis, do então chamado Largo do Rosário, atual Praça Rui Barbosa, fundaram em Santos o Hespanha Foot Ball Club.

O nome Hespanha, sugerido por um ex-escravo, virou Espanha e, por fim, Jabaquara Atlético Clube, nome adotado devido a proibição, durante a Segunda Guerra Mundial,  do uso de nomes de países estrangeiros.

O goleiro Gilmar dos Santos Neves foi uma das maiores revelações feitas pelo Jabaquara A.C.

Posteriormente, o Jabaquara mudou-se para o bairro do Macuco onde, devido a notáveis exibições que o levou a se sagrar várias vezes campeão de Santos e do Litoral, ganhou dos santistas um apelido imortal: Leão do Macuco.

Jabaquara A.C. em 1960

Algum tempo depois, mudou-se para a Ponta da Praia e por fim se estabeleceu no bairro da Caneleira, na Zona Noroeste da cidade.

Na Caneleira o Jabuca mantém seu estádio Espanha e também sua sede social. A mudança para esse bairro deu origem a um novo apelido: Leão da Caneleira.

 

ESTÁDIO ESPANHA

O Jabaquara Atlético Clube, um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol, atualmente se encontra na 2ª Divisão do Campeonato Paulista de Futebol.

Parabéns ao Jabaquara Atlético Clube que, na data de 15 de novembro de 2014, completou cem anos de existência.

 

Fotos: com o arqueiro Gilmar e Estádio Espanha: novo milênio / Jabaquara AC em 1960: arquivo pessoal de Sérgio Silveira – esporte.terra.com.br

Escudo digitalizado por Virginio Saldanha

 

 

O dia em que o C.A. Paulistano disse adeus ao futebol

 

O DIA EM QUE O PAULISTANO DISSE ADEUS AO FUTEBOL

 

Nenhum clube conquistou tantos títulos no regime amador deste país como o Clube Atlético Paulistano. Por tudo isto mereceu a alcunha de GLORIOSO. O alvirrubro do Jardim América, representando a elite paulistana no nascedouro deste jogo, chegou inclusive a uma façanha, inédita até hoje, seu tetra campeonato paulista (1916, 1917, 1918 e 1919). E além dos ONZE CAMPEONATOS levantados (1905, 1908, 1913, 1916, 1917, 1918, 1991, 1921 – todos na sua fase áurea, e mais os campeonatos de 1926, 1927 e 1929, na caída final,  jogando na Liga de Amadores, quando se revoltou contra os primeiros ensaios do profissionalismo em terras bandeirantes.

Além destes títulos, o Clube Atlético Paulistano assinalou a grande conquista do primeiro Campeonato Brasileiro de clubes na década de vinte, derrotando o Fluminense FC do Rio de Janeiro e o SC Brasil, do Rio Grande do Sul.

Isto para não falar na sua antológica e memorável excursão à Europa em 1925. Foi então o primeiro clube brasileiro e sul-americano a jogar em campos europeus, com grandes resultados, derrotando seleções e clubes importantes, perdendo apenas um jogo em dez partidas.

Muitos troféus, taças e lauréis em cotejos interestaduais e internacionais colecionou o Paulistano que possuiu sem dúvida os dois maiores e mais talentosos Monstros Sagrados das décadas de 10 e 20 do futebol brasileiro: Rubens de Moraes Salles – um centromédio de notável carreira e Arthur Friedenreich, um dos melhores atacantes e goleadores da história brasileira em todos os tempos.

1929 – A DESPEDIDA DOS CAMPEÕES

Quando o Paulistano se desentendeu na APEA, em fins de 1925, por ocasião da decisão do campeonato contra a A.A. São Bento, sua revolta era um grito de contestação ao futebol profissional que na última metade da década de vinte já começava a se pronunciar e que conflitava com os ideais do Paulistano. Foi aí que em sua sede nasceu a Liga de Amadores. Com ele se juntavam três outros clubes pioneiros do futebol paulista: o S.C. Germânia (hoje Pinheiros), S.C. Internacional de Antonio Casemiro da Costa, desaparecido no advento do novo regime, juntamente com a A.A. das Palmeiras, outro clube pioneiro. Alguns clubes pequenos se juntaram a eles nesta Liga de Amadores, o derradeiro grito de revolta dos adeptos do Amadorismo.

A Liga de Amadores teve curta duração, no entanto. O Profissionalismo já era uma realidade, da qual apenas alguns poucos tentavam se afastar. Quatro anos, quatro campeonatos. O Paulistano campeão em 1926, 1927 e 1929. No certame de 1928, ele teve que ceder as honras da liga ao S.C. Internacional, e mais uma vez numa decisão “extra”.  Além dos seus onze títulos de campeão paulista, o Paulistano esteve envolvido em outras decisões – como em 1920, por exemplo, quando seria penta campeão se vencesse – e perdeu todas.

No último ano de sua vida no futebol, o Paulistano foi absoluto na Liga. Com apenas 6 pontos perdidos, um time já cansado de glórias, chegou outras 6 vezes a f rente do segundo colocado, não sem certa surpresa, a modesta A.A. Portuguesa, da cidade de Santos. E neste campeonato já pontificam a A.A. Ponte Preta, de Campinas,  (3º lugar, com 15 pontos), a A. Portuguesa de Sports (4º lugar, com 16 pontos, o Hespanha F.C. (hoje Jabaquara A.C.). da cidade de Santos (6º lugar com 18 pontos); o veterano C.A. Santista, outro baluarte do amadorismo; a A.A. São Bento – também reduto de expressão do regime quase morto e do famoso Colégio de Padres; e o Paulista F.C., da cidade de Jundiaí, presente desde o primeiro Campeonato da Liga.

Uma agremiação quase de várzea – o Antárctica F.C. – um dos antepenúltimos colocados do certame, com 24 pontos perdidos foi o derradeiro adversário do Glorioso em sua trajetória no futebol.

A SÚMULA DO JOGO

Fazia mau tempo. Era um domingo 15 de dezembro de 1929. A partida teve lugar no campo do Jardim América (campo do Paulistano). O clube alvirrubro vinha de resultados negativos, mas mesmo assim uma ótima assistência lotava o campo. O Antárctica, adversário do campeão, era um time modesto do bairro da Moóca. No entanto, uma grande atuação dos companheiros de Arthur Friedenreich levou o Paulistano a sua consagradora vitória de 6 a 1. Era a derradeira exibição do Paulistano no futebol. Quem viu, viu, quem não viu não veria nunca mais aquela camiseta tradicional nos verdes gramados brasileiros.

Os dois quadros entraram em campo assim constituídos:

Paulistano – Nestor, Clodoaldo e Barthô; Romeu, Rueda e Abbate; Luizinho, Joãozinho, Fried, Milton e Zuanella.

Antárctica – Damião, Jahu e Roque; Romano, Mona e Coca; Delphim, Alfredinho, Maxa, Spitaletti e Mathinas.

No quadro do Paulistano aparecia o extrema-direita Luizinho. Era o hoje Doutor Luiz Mesquita de Oliveira – mais tarde um notável extrema-direita, campeão pelo Palestra Itália e pelo São Paulo F.C.. O árbitro do encontro foi o senhor Cecarelli do São Bento.

No primeiro tempo o Paulistano construiu praticamente sua grande vitória. Milton, no primeiro minuto de jogo, abriu a contagem e o mesmo Milton, aos oito minutos, fez 2 a 0. Ambos em lançamento de Fried; aos 26 minutos Fried marcou o terceiro gol e aos 28, outra vez Fried lançou Milton, goleador da partida, para estabelecer 4 a 0. Foi aí que surgiu aos 36 minutos aquele que viria a ser o “gol de honra” do Antárctica, de autoria de Spitaletti. Fried, aos 39 minutos, quase em cima do apito do árbitro, marca Paulistano 5 a 1 e assinala seu último gol pelo clube do Jardim América. Na fase final, um gol somente. O derradeiro gol da história do Paulistano no futebol: o menino Luizinho, aos 39 minutos, no finzinho da partida.

Assim se conta a derradeira página do futebol no Paulistano. No jogo preliminar pelo Campeonato de Segundos Quadros, a vitória pertenceu ao Antárctica F.C., por 5 a 2. E este time secundário do clube da Moóca foi campeão paulista da Liga de Amadores em sua divisão.

O resto é saudade. Saudade de tanta gente boa. Saudade dos remanescentes do futebol de ouro do Paulistano, como o goleiro Nestor, a zaga Clodô e Barthô; os médios Rueda e Abbate; o extraordinário Arthur Friedenreich.

 

Fontes: texto copiado, na íntegra, de um antigo recorte retirado do jornal “Popular da Tarde”, salvo engano dos anos setenta, que guardo em meu acervo. O texto não traz a assinatura do autor.

Fotos: http://acervoshistoricos.blogspot.com.br

Milionários Futebol Clube da Capital – São Paulo (SP)

(

O Milionários Futebol Clube da Capital foi fundado no ano de 1964, por João Mendes Toledo, na época porteiro da emissora TV Bandeirantes.

Após seu falecimento, o time passou a ser comandado por Marco Antonio Rodrigues, irmão do zagueiro Zé Maria (ex-Corinthians), que havia atuado por diversas equipes, tais como Corinthians, Paissandu, Noroeste, Comercial de Ribeirão Preto, Internacional de Limeira e Araçatuba.

Segundo informações trazidas pelo blog, no ano de 2012, o time era formado por cerca de oitenta ex-jogadores de futebol, os quais realizavam partidas por todo o Brasil.

Chicão, Rivelino e Zé Maria também atuaram pelo Milionários FC

 

Escudo digitalizado por Virginio Saldanha

Uniforme desenhado por Sérgio Mello

Origem da pesquisa: foto da camisa do time, postada por Rodrigo Santana

FONTE: http://milionariosfutebolclube.blogspot.com.br/

 

Vila Bandeirantes Esporte Clube – Cubatão (SP)

VILA BANDEIRANTES ESPORTE CLUBE

FUNDAÇÃO – 1º de maio de 1962

Cores – bordô e branco

Entre seus principais títulos está o de Bi-Campeão invicto do campeonato amador de Cubatão no ano de 1968.

VILA BANDEIRANTES ESPORTE CLUBE​

  • Fundação: O Vila Bandeirantes foi fundado no feriado de 01 de Maio de 1962, feriado nacional do dia do trabalhador, e dias antes de começar a Copa do Mundo da FIFA de Futebol,  em uma 1º reunião que ocorreu no bar do João Padeiro, nessa reunião estavam presentes Takasio Yamamoto, Paulo Pereira, Chico, Eliseu Garcia e Manoel Lessa(Panacho) entre outras pessoas
  • Presidentes: Sr. João Veiga, Armando Reis, Hildebrando Guimarães
  • Secretário: Walter​
  • Alguns Técnicos: Eliseu Garcia, Amando Reis e Sr. Oda, sendo na maior parte dos anos o Sr. Eliseu Garcia, campeão de 68
  • O Campo: À pedido de Panacho, o Sr. Basilio, homem influente na época em Cubatão conseguiu a liberação para a construção do Campo do Bandeirantes, hoje encontra-se o depósito da Perdigão e Maneco Açougueiro, conseguiu a liberação para a construção dos vestiários
  • Massagistas: João Trombada e João Lucas
  • Principal Título: Bi-Campeão Invicto 1968 – Divisão Principal de Cubatão​
  • Uniforme: Bordô e Branco​
  • Principais Adversários: EC Jardim Casqueiro e Comercial
  • ​Fim: Devido a saída de pessoas importantes na logística do time, na maioria por problemas pessoais, familiares e de trabalho, o clube foi ficando à deriva e acabando aos poucos.

“O Vila Bandeirantes foi tipo uma fogueira que a chama subiu e depois apagou”

Eliseu Garcia (Técnico)

FONTE: Acervo pessoal Sr. Eliseu Alberto Garcia

Fonte: ecvilabandeirantes.wix.com

Texto extraído na íntegra do site do clube

Escudo digitalizado por Virginio Saldanha

Arte do uniforme: Sérgio Mello