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A MORTE DE ÉNEAS – O MAIOR ÍDOLO DA PORTUGUESA DE DESPORTOS

Sua morte dramática foi inacrediável.Um jovem de 34 anos morto tragicamente.

A sua morte prematura encerra um ciclo no futebol brasileiro.A geração de ouro cresceu na sua época.Éneas tinha uma torcida própria,que eram os trocedores de todos os outros times.

Todo torcedor no seu íntimo sonhava em ser uma gênio da bola como Éneas.Querido por todos,ele era uma éspecie de aglutinador de todas as torcidas.

A Portuguesa de Desportos representava uma nave espacial dourada que fazia com que todos os apaixonados por futebol imaginassem que Éneas,um dia, jogaria por seus times.Era bom pensa niosso,todos sonhavam junto por Éneas.

Sua morte deixou um vazio e uma cratera no sentimento do povo.

Éneas sofreu um gravíssimo acidente na Avenida Cruzeiro do Sul no dia 22 de agosto de 1988.

O seu carro,um Monza,se chocou contra a traseira de uma carreta Scania.

Éneas sofreu traumatismo cranioencefálico e ferimentos em várias partes do corpo,Ficou na UTI em estado de como durante 15 dias,obteve um ligeira melhora,mas não resitiu.Depois de quatro meses lutanato e sofrendo para recuperar os movimentos,a memória e a fala,faleceu no dia 27 de dezembro de 1988 de boncopneumonia e luxação cervical.

Éneas foi sepultado no cemitério da Quarta Parada.

Perdeu-se o homem bom,caronhoso,amigo de todos,digno e brincalhão,deixando sua filha Renata do primeiro casamento e Rodrigo,filho do segundo casamento.

Fonte:livro Rei Éneas,um gênio esquecido

A PRIMEIRA FASE DA VIDA DE GARRINCHA

Com pernas tortas que impressionaram dona Leonor, a parteira, nasceu no dia 28 de outubro de 1933, na rua do Chiqueiro, em Pau Grande, município de Magé, Rio de Janeiro, o quinto filho do pernambucano Amaro Francisco dos Santos, guarda da Companhia América Fabril, e de Maria Carolina. Batizado Manuel dos Santos. O menino, bisneto de índios fulniôs, cresceu solto, andando descalço pelo mato, montando cavalo em pêlo e nadando no rio Inhomirim. Pau Grande era um lugar sustentado pela América Fabril e abençoada pela natureza, onde o menino, mesmo pobre, podia ter uma infância de sonho.
O pai Amaro era um homem simples, mas extravagante. Duas maiores paixões eram mulher e bebida. Além dos nove filhos de seu casamento, estima-se que ele era pai de, no mínimo, 25 crianças na região. Mulheres solteiras ou casadas, jovens ou idosas, nada escapava da volúpia do seu Amaro. Que, certamente, passou essas duas paixões para seu filho Garrincha.
Garrincha é o nome que, no Nordeste, se dá à cambaxirra, pequeno pássaro marron que canta bonito, mas não se adapta ao cativeiro. Quem deu este apelido ao menino que aos quatro anos, já vivia andando sozinho pelo mato, foi sua irmã mais velha e madrinha de batismo, Rosa. As matas de Paulo Grande eram povoadas de garrinchas, para alegria de Manuel, cuja maior diversão era matar passarinhos.
Nas peladas, porém, é que demonstrava toda sua habilidade de driblador incorrigível. Ganhou sua primeira bola, de Rosa, no aniversário de sete anos, depois de ter jogado com bola de meia e fabricado uma com bexiga de cabrito. Na mesma época calçou sapatos pela primeira vez, para fazer a primeira comunhão. Abandonou a escola no terceiro ano primário, depois de ter aprendido a ler com dona Santinha. sua rigorosa professora do segundo ano na Escola Santana.
Aos 14 anos o moleque começou a trabalhar na América Fabril. Começou como varredor, passou a carregador de equipamento, mas nunca chegou a ser um bom funcionário. Faltava muito, chegava atrasado e tinha o hábito de dormir nas caixas de algodão.
O primeiro teste de Garrincha em um time grande aconteceu em 1950 quando ele foi levado ao Vasco da Gama por um diretor da América Fabril. Ele tinha 17 anos. Mas, esta já é outra história.

ROBERTO NUNES MORGADO

A discutida figura de Morgado sempre chamou a atenção. Fosse pelos trejeitos em campo, numa clara e assumida imitação do ídolo Armando Marques, fosse pela incontestável capacidade como arbitro de futebol. Esse paulista chegou rápido ao quadro de aspirantes da FIFA. Com ele, trouxe um currículo carregado de controvérsias. Por duas vezes foi internado na Clínica Maia, uma casa de tratamento para problemas psicológicos, em São Paulo. Em 1983, depois de expulsar até policiais do campo, num jogo Vasco e Fortaleza, no Ceará, a Cobraf exigiu um exame de sanidade mental para Nunes Morgado. Para complicar a imagem exótica, os parcos 59 kg espalhados na fina silhueta de 1,71 m lhe valeram o apelido de “Pantera Cor-de-Rosa”.
Entre os amigos, porém, Morgado gozava de outra fama. Nos quarteirões formados pelas ruas Rego Freitas e Marques de Itu, em plena Boca do Lixo, no centro de São Paulo, ele era uma espécie de rei. Seu castelo era a Churrascaria Boi na Brasa, aonde chegou a ser relações publicas. Seus súditos, um grupo entre cinco ou dez pessoas, boa parte homossexuais como ele. Na hora das farras, Morgado era quem pagava a conta. O pessoal explorava o Morgado. Depois do diagnóstico de Aids, todos se afastaram do ex-juiz. Nenhum deles doou 1 real sequer quando foi passada uma lista de contribuição para Nunes Morgado. Nenhum deles o visitou no hospital.
Antes de falecer, internado na Clinica Bezerra de Menezes, em São Bernardo do Campo, Numes Morgado pediu um novo exame de Aids. A entrega dos resultados acabou se transformando no pior momento de sua vida. Ele recebeu trêmulo o envelope lacrado com o resultado do exame. Ao ler o que todos já sabiam, começou a chorar e a gritar – “Eu não tenho aids coisa nenhuma! É meningite! É só um problema de pulmão! Quero um terceiro exame. Este aqui é fajuta” – acusa entre lágrimas.
Numes Morgado chegou a voltar para casa, ficar junto com a família. Uma semana depois, mesmo com proibição médica, ele tomou uma garrafa de pinga. Quando voltou para seu apartamento na Praia Grande, bateu na mulher e chutou o filho. Morgado estava completamente embriagado. Foi obrigado a se internar novamente na Clínica Bezerra de Menezes. Desde então seu estado de saúde foi piorando. Com o tempo ele ficava cada vez mais fraco. Sua morte foi inevitável.

FERENC PUSKAS-O ESQUERDA DE OURO

Era gorducho e barrigudo como um anãozinho de jardim. Untava de brilhantina os cabelos negros e os penteava para trás como um cantor de tango. Vestia-se com a deselegância de um balconista de subúrbio. E tinha os olhos gelados de um carteador de cassino.
Foi um dos craques mais deslumbrantes que o futebol já criou. Na quase impartível Seleção Húngara, tratavam-no de Major Galopante. Na fulgurante equipe do Honved de Budapest, conheciam-no como O Esquerda de Ouro. Chamava-se na verdade, Ferenc Puskas. Quem o conheceu, quem o viu jogar, à simples menção do nome, treme de saudade.
Os húngaros foram campeões olímpicos em 1952 jogando um futebol do outro mundo. Foi uma campanha assombrosa. Em cinco jogos, cinco vitórias com vinte gols marcados contra apenas um. Tocavam a bola com classe, rapidez e uma rara determinação de vencer a qualquer custo. Pareciam todos jogadores foras de série. Um, porém, se destacava acima dos demais. Era Puskas, o gordinho de aparência inofensiva. Sua genialidade pairava sobre o altíssimo nível dos próprios companheiros. Jogando pela seleção húngara chegou a uma média incrível de marcar 85 gols em 84 jogos.
A guerra acabou com a seleção húngara e o Honved. Mas, Puskas sobreviveu. Foi jogar no Real Madri onde começou uma vida nova. Ao lado de astros de primeira grandeza como Di Stéfano, Kopa e Gento, ele voltou a brilhou com toda intensidade. Ganhou nove títulos nacionais e internacionais, os quais vieram a somar com os cinco que havia conquistado na Hungria. Foi quatro vezes artilheiro dos campeonatos espanhóis. Naturalizado, vestiu a camisa da seleção espanhola na Copa do Mundo de 1962. Em 1954, pela seleção húngara, perdeu a final do mundial para a Alemanha, em um dos resultados mais incríveis da história do futebol.
Quando afinal parou aos 40 anos, tornou-se um treinador de sucesso, levando o misterioso Parathinaikos, da Grécia, a disputar a ambicionada finalisssima da Copa da Europa. Depois parou.

Fonte: Revista Placar

Obdulio Varera

Em 1950, onze uruguaios derrotam o Brasil inteiro sob o comando de um jogador que mostrava uma raça e amor a camisa do tamanho do maracanã. Era Obdulio Varela que sempre dizia a seus companheiros – “É só para ganhar que se vive e se joga”.
Obdulio Jacinto Nunes Varela nasceu em 1917, num humilde bairro de Lateja, em Montevidéu. Ajudava a sustentar a família de muitos irmãos trabalhando desde menino como engraxate, entregador de pão e mensagem. Freqüentou a escola primária por três anos e, depois, tornou-se pedreiro. Nas horas de folga, atuava pelo Fortaleza, um time do bairro comercial. Um dia surgiu a oportunidade para um teste no Wanderers. Obdulio ganhava a chance de vencer. Logo depois passou para o Penarol. Seu futebol de técnica aliada a uma incrível raça o levara, finalmente, a seleção uruguaia. Nos primeiros anos aprendeu várias lições. Para ganhar um jogo é preciso garra. É preciso ter em campo 11 homens. Um grito bem dado é um jogador a mais dentro do campo. O que importa é ganhar. Para isso se joga e se vive.
No dia 16 de junho de 1950, o Brasil era o franco favorito para a decisão da Copa do Mundo de 1950, no maracanã. Quando Friaça assinalou o primeiro gol, a torcida explodia onde duzentas mil pessoas acreditavam que ali ia começar a goleada. Obdulio foi buscar a bola no fundo das redes, passou pelo juiz e reclamou impedimento. Esbravejou, esperneou, pediu intérprete, tudo para esfriar o entusiasmo do Brasil. Depois, no caminho até o meio do campo, tratou de sacudir seu próprio time. Pôs-se a gritar com todos seus companheiros, exigindo raça e amor à camisa. Aos 25 minutos, ele dá um passe para Ghigia que cruza e Schiafino empata. Quando faltavam 10 minutos Ghigia vai a linha de fundo e, quase sem ângulo, faz 2×1 para o Uruguaio. O estádio é um túmulo. De longe se pode ouvir a comemoração de Obdulio – “Fue gol, Perrito, fue gol”, berrava ele para Ghigia e ambos se abraçam demoradamente.
Fim de jogo. A Jules Rimet demora a ser entregue. O capitão se irrita – “Com Copa ou sem Copa os campeões somos nós”. Enfim, recebe a Jules Rimet e comanda a volta olímpica. Com a mesma raça e alma de sempre. Obdulio Varele é um desses heróis do futebol que jamais será esquecido.

ZIZINHO QUEBRA A PERNA DE AGOSTINHO E FOI PRESO

No primeiro jogo da decisão do campeonato brasileiro de seleções de 1942, realizado no Pacaembu, em São Paulo, os paulistas venceram por 3×1.
Houve um lance, no primeiro tempo, que Zizinho quebrou, acidentalmente, a perna do zagueiro paulista Agostinho, que nunca o perdoou, a ponto de mandar um telegrama malcriado – tipo bem feito – para Zizinho, quando em 1946, teve sua perna fraturada em choque com o zagueiro Adauto do Bangu.
Depois do choque de Zizinho com Agostinho, o clima ficou pesadíssimo para o atacante carioca que sumiu do jogo. Ele foi condenado a oito dias de prisão pela Justiça de São Paulo por ter fraturado a perna de Agostinho. Zizinho, na época, com 20 anos, estava no exército e fardado foi pegar o sursis.
Cinco dias depois, Zizinho marcou o único gol dos cariocas na disputa do segundo jogo realizado em São Januário no Rio de Janeiro.

Heitor o maior artilheiro da história do Palmeiras

Heitor Marcelino Domingues (São Paulo, 20 de dezembro de 1898- São Paulo, 21 de setembro de 1972 foi um futebolista brasileiro e um dos mais importantes jogadores da história do Palmeiras, sendo até os dias atuais o maior goleador dessa equipe.

Carreira

Primeiros anos

Filho de espanhóis, começou a jogar no quadro infantil do Colégio Santo Alberto e depois no Colégio do Carmo, onde estudava. Em 1915 começou a disputar os torneios oficiais pelo segundo quadro do Sport Club Americano, e no ano seguinte, 1916, passou para o primeiro quadro. Ainda em 1916 passou a atuar pelo Palestra Itália onde tornou-se titular absoluto e destacou-se pela força física e pela capacidade de finalização, levando-o em poucos meses à Seleção Brasileira de Futebol onde estreou marcando gol, em 13 de maio de 1917.

Em São Paulo, tornou-se o rival de Arthur Friedenreich, mas juntos, formaram grande dupla de ataque da Seleção Brasileira notadamente no campeonato sul-americano de 1919. Estrearam contra a Argentina em 18 de maio de 1919, com gol de Heitor. A final do torneio também teve participação decisiva do Heitor, com o gol marcado brasileiro saindo após rebote do goleiro, de uma magnífica cabeçada sua.

Em 1920 comandou o Palestra ao seu primeiro título estadual, derrotando na final justamente o rival Paulistano de Friedenreich Ao longo do torneio chegou a marcar 6 gols em uma mesma partida, contra o Internacional da capital.

No biênio 1926-1927 tornou-se artilheiro e comandou o Palestra ao bi-campeonato paulista e estadual, além de outras conquistas como a Taça dos Campeões entre Rio de Janeiro e São Paulo, a Tala Ballor e Torneio Início.

Em 1928 conseguiu um feito notável: Artilheiro do campeonato paulista daquele ano, no intervalo entre os jogos treinava e atuava na equipe de basquete do clube, levando-a à conquista do campeonato estadual de basquete de 1928.

Em 1929 outro feito notável: convocado para a Seleção, em um dos jogos amistosos, contra uma equipe argentina, o goleiro da Seleção, Amado do Flamengo se contundiu entrando Jaguaré do Vasco, que no final do jogo também se contundiu. Heitor, que apesar da estatura mediana também possuía grande elasticidade, foi para o gol da Seleção e garantiu os últimos minutos de jogo sem sofrer nenhum gol da equipe argentina.

No Palmeiras jogou 330 vezes e marcou 284 gols, com um saldo de 225 vitórias, 54 empates e 51 derrotas. Pela Seleção Brasileira foram 11 jogos, 4 gols, 8 vitórias, 3 empates e nenhuma derrota.

Despedida e carreira como árbitro de futebol

Heitor jogou pelo Palestra até o final de 1931 quando fez sua despedida e retornou ao Americano onde jogou mais alguns amistosos. Sua versatilidade, que o levou da artilharia ao gol da Seleção Brasileira, e campeão de basquete pelo clube ao mesmo tempo em que se sagrava artilheiro no futebol, continuou após o fim da carreira como jogador, tornando-se árbitro muito bem sucedido. Entre outros momentos importantes, em 1935 apitou a decisão do Campeonato Paulista de 1935 entre Santos e Corinthians. Em 1940 arbitrou também a partida inaugural do Estádio do Pacaembu e o primeiro Derby Paulista(Corinthians/Palmeiras x Palmeiras/Corinthians) no local (Pacaembu), e a final da Taça Cidade de São Paulo no domingo seguinte.

Fonte: Wikipédia

A HISTÓRIA DE NIGINHO

 

 

Índice

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Niginho nasceu em uma família cruzeirense. Ao menos cinco familiares atuaram pelo Cruzeiro: ele, os irmãos João Fantoni (Ninão) e Orlando Fantoni, o primo Otávio Fantoni (Nininho) e os sobrinhos Benito e Fernando Fantoni atuaram todos pela Raposa: excetuando os sobrinhos, todos atuaram na época em que o clube era Palestra Itália e jogaram pela Lazio como em uma dinastia: Ninão foi Fantoni I, Nininho foi Fantoni II, ele foi Fantoni III e Orlando, Fantoni IV.[1] Fernando Fantoni também passaria pela equipe romana, como Fantoni V.[2]Com quatorze anos, já atuava nas categorias de base do Palestra.[1] “Niginho” não foi apenas seu único apelido. Ficou também conhecido como “Carrasco dos Clássicos”, por ter sido o palestrino/cruzeirense que mais marcou gols contra Atlético e América.[1] Outro era “Tanque”, fruto de sua especialidade, romper as defesas adversárias aproveitando-se de sua alta estatura e força física.[1] “Menino Metralha” foi outra alcunha, a primeira: chutava tanto a gol quando chegou ao time principal, aos 19 anos, que logo passou a ser chamado dessa forma.[1]

Em sua primeira passagem pelo Palestra, ganhou um tricampeonato mineiro, em 1928, 1929 e 1930.

Em 1931, foi contratado pela Lazio, que no ano anterior levara o irmão Ninão e o primo Nininho. A família Fantoni jogou ao lado de outro ítalo-brasileiro, Anfilogino “Filó” Guarisi, no elenco que ficou conhecido como “Brasilazio”. Sua partida mais memorável pela biancoceleste deu-se contra o Milan, quando marcou quatro gols.[1] A trajetória na Itália, terra das raízes familiares, acabou interrompida quando ele, que tinha dupla cidadania, foi convocado para lutar com as tropas fascistas na Abissínia, invadida pelo exército italiano por ordem de Mussolini.

A convocação deu-se em 1935, um mês após Niginho ter-se casado com uma húngara que conhecera em Roma, Ana.[1] Não querendo ficar longe de sua esposa e temendo uma guerra,[1] retornou ao Brasil com autorização de sua equipe, que inclusive pagou as despesas com a viagem de navio.[3] O ano foi difícil: em fevereiro, o primo Nininho, que chegara a atuar pela Seleção Italiana,[4] morreu em virtude de uma septicemia após decorrida de infecção em lesão que sofrera no nariz em uma partida.[4] Sem o consentimento formal da Lazio, foi jogar em outro Palestra Itália, o de São Paulo.[3]

Retorno ao Brasil

Sua passagem pelo atual Palmeiras foi curta porém vitoriosa: jogou as seis partidas finais da decisão do campeonato paulista, marcando seis vezes e sendo campeão.[1] Depois, foi jogar no Rio de Janeiro, contratado pelo Vasco da Gama. Pela equipe cruzmaltina chegou à Seleção Brasileira, convocado pelo técnico Ademar Pimenta para as disputas do Campeonato Sul-Americano de 1937.[1] Participou da estreia, contra o Peru, marcando na vitória brasileira por 3 x 1.[1]

Pimenta levou-o também à Copa do Mundo de 1938. Ali, seria o reserva de Leônidas da Silva.[1][3] E, mesmo quando Leônidas não jogou, na semifinal contra a Itália, Niginho não entrou em campo. Sabendo de sua presença na delegação brasileira, os italianos, embora não tivessem feito um protesto formal,[3] informaram a FIFA de que a situação do atacante era irregular, pois para jogar o torneio ele dependia de uma autorização da Lazio, e de que ele era um desertor do exército italiano.[1][3]

Em razão disso, Leônidas, que se machucou no empate em 1 x 1 contra a Tchecoslováquia, teve de jogar no sacrifício no jogo-desempate.[3] O Brasil venceu por 2 x 1, mas sua lesão agravou-se e o Diamante ficou sem condições de enfrentar os italianos.[3]

Em 1939, ele voltou ao Palestra mineiro, que se renomeou Cruzeiro em 1942. Foi novamente tricampeão estadual, em 1943, 1944 e 1945.[1] Encerrou a carreira em 1946, atuando ao lado do irmão Orlando – que no ano seguinte iria para a Lazio. Niginho deixou os gramados com 207 gols em 257 partidas pelo Palestra/Cruzeiro, firmando-se como o maior ídolo do clube na era pré-Mineirão.[1] É também o terceiro maior artilheiro da história do time, pelo qual seria novamente tricampeão estadual em 1959, 1960 e 1961, como treinador.[1]

Niginho manteve-se trabalhando no clube social do Cruzeiro até sua morte, em 1975, ocasionada por um mal súbito quando estava a caminho da Toca da Raposa para rever os amigos após afastar-se em virtude de recuperação de uma cirurgia.[1]