Heitor Marcelino Domingues (São Paulo, 20 de dezembro de 1898- São Paulo, 21 de setembro de 1972 foi um futebolista brasileiro e um dos mais importantes jogadores da história do Palmeiras, sendo até os dias atuais o maior goleador dessa equipe.
Carreira
Primeiros anos
Filho de espanhóis, começou a jogar no quadro infantil do Colégio Santo Alberto e depois no Colégio do Carmo, onde estudava. Em 1915 começou a disputar os torneios oficiais pelo segundo quadro do Sport Club Americano, e no ano seguinte, 1916, passou para o primeiro quadro. Ainda em 1916 passou a atuar pelo Palestra Itália onde tornou-se titular absoluto e destacou-se pela força física e pela capacidade de finalização, levando-o em poucos meses à Seleção Brasileira de Futebol onde estreou marcando gol, em 13 de maio de 1917.
Em São Paulo, tornou-se o rival de Arthur Friedenreich, mas juntos, formaram grande dupla de ataque da Seleção Brasileira notadamente no campeonato sul-americano de 1919. Estrearam contra a Argentina em 18 de maio de 1919, com gol de Heitor. A final do torneio também teve participação decisiva do Heitor, com o gol marcado brasileiro saindo após rebote do goleiro, de uma magnífica cabeçada sua.
Em 1920 comandou o Palestra ao seu primeiro título estadual, derrotando na final justamente o rival Paulistano de Friedenreich Ao longo do torneio chegou a marcar 6 gols em uma mesma partida, contra o Internacional da capital.
No biênio 1926-1927 tornou-se artilheiro e comandou o Palestra ao bi-campeonato paulista e estadual, além de outras conquistas como a Taça dos Campeões entre Rio de Janeiro e São Paulo, a Tala Ballor e Torneio Início.
Em 1928 conseguiu um feito notável: Artilheiro do campeonato paulista daquele ano, no intervalo entre os jogos treinava e atuava na equipe de basquete do clube, levando-a à conquista do campeonato estadual de basquete de 1928.
Em 1929 outro feito notável: convocado para a Seleção, em um dos jogos amistosos, contra uma equipe argentina, o goleiro da Seleção, Amado do Flamengo se contundiu entrando Jaguaré do Vasco, que no final do jogo também se contundiu. Heitor, que apesar da estatura mediana também possuía grande elasticidade, foi para o gol da Seleção e garantiu os últimos minutos de jogo sem sofrer nenhum gol da equipe argentina.
No Palmeiras jogou 330 vezes e marcou 284 gols, com um saldo de 225 vitórias, 54 empates e 51 derrotas. Pela Seleção Brasileira foram 11 jogos, 4 gols, 8 vitórias, 3 empates e nenhuma derrota.
Despedida e carreira como árbitro de futebol
Heitor jogou pelo Palestra até o final de 1931 quando fez sua despedida e retornou ao Americano onde jogou mais alguns amistosos. Sua versatilidade, que o levou da artilharia ao gol da Seleção Brasileira, e campeão de basquete pelo clube ao mesmo tempo em que se sagrava artilheiro no futebol, continuou após o fim da carreira como jogador, tornando-se árbitro muito bem sucedido. Entre outros momentos importantes, em 1935 apitou a decisão do Campeonato Paulista de 1935 entre Santos e Corinthians. Em 1940 arbitrou também a partida inaugural do Estádio do Pacaembu e o primeiro Derby Paulista(Corinthians/Palmeiras x Palmeiras/Corinthians) no local (Pacaembu), e a final da Taça Cidade de São Paulo no domingo seguinte.
Fonte: Wikipédia