Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

O Lokomotive, de Leipzig, caiu junto com o muro de Berlim

O Lokomotive, de Leipzig, é hoje um timeco de bairro

Em Leipzig ainda tem Trabant, o carrinho fabricado pela ex-Alemanha Oriental. No centro da cidade há um painel do Marx. Existem prédios deteriorados e muito a reconstruir. Na periferia da cidade, a ruína maior dos tempos do comunismo é o 1. FC Lokomotive Leipzig, o time de futebol (escrito assim mesmo, com esse “1.” para distinguir a equipe principal). Diga a qualquer um – até ao presidente do clube – que você é um jornalista brasileiro interessado em saber mais sobre a história do time, e essa pessoa vai rir de você. “Lok Leipzig??? Isso ainda existe?” O Lok, para a cidade de Leipzig, é uma piada de mau gosto.

O Lokomotive Leipzig, que antes se chamava VFB Leipzig, foi o primeiro campeão da Alemanha, em 1903. Nessa época, a importância de Leipzig para o futebol do país era tanta que a própria Associação de Futebol Alemã (DFB) foi fundada na cidade três anos antes. Com a Alemanha dividida, os comunistas decidiram transformá-la de vez numa meca do esporte. Em 1956, inauguraram o Zentralstadion, onde acontecem hoje os jogos da Copa. Era o Estádio dos 100 mil, o maior das duas Alemanhas, no qual hoje cabem de 44 mil espectadores. O VFB ganhou o patrocínio da companhia estatal de trens. E virou Lokomotive Leipzig.

O Lok, porém, jamais ganhou coisa alguma. Viveu sua melhor fase entre o começo dos anos 70 e 1989, quando caiu o Muro de Berlim. Enfrentou o Barcelona, o Manchester United, o Napoli de Maradona. Em 87, jogou a final da Eurocopa contra o Ajax. Perdeu de 1 a 0. É a sua maior glória. Com a queda do comunismo alemão, acabou o dinheiro. O time não conseguiu se qualificar para a Bundesliga, a principal liga de futebol criada da Alemanha. Foi direto para a segundona. De lá despencou até a 11ª divisão, que vem a ser o fundo do poço. Hoje joga na sétima. Ao invés de ser rival do Bayern ou do Borussia, seus torcedores – que este ano puseram 12.500 pessoas em um jogo no Zentralstadion – saem no tapa com o pessoal do Saxon, um time do bairro.

Na última temporada, o Lokomotive chegou em primeiro lugar, 18 pontos à frente do segundo. Jogam umas peladas de tal proporção que outro dia meteram 21 a 0. Seus jogadores ganham 150 por mês – R$ 400. Um é padeiro, outro conserta telhado, um italiano tem uma pizzaria. Agora estão de férias. Apenas o 2. FC Lok Leipzig continua treinando. Depois do treino seus “atletas” ficam no bar do clube bebendo cerveja.
Fonte: O Estado de São Paulo

As glórias do futebol português

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Matateu , o Diamante Negro, chegou em Setembro de 1951, viu e venceu. Estreou-se uma semana depois, a 16/09/51, contra o Futebol Clube do Porto (3-3), e deslumbrou o público das Salésias oito dias mais tarde, a 23 de Setembro – dia de aniversário do clube -, dando uma vitória ao Belenenses com dois golos da sua autoria.Foi levado em ombros. Conquistou a primeira “Bola de Prata”, na época de 1952/53 (29 golos), e outra em 1954/55, com 32 golos.

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Mário Esteves Coluna, grande referência do futebol dos anos 50 e 60 do Benfica e da famosa selecção portuguesa que obteve o 3º lugar no Mundial de Inglaterra (1966). O moçambicano voltou para a terra pátria, vivendo os anos exaltantes e difíceis do pós independência. Actualmente é Presidente da Federação Moçambicana de Futebol. . Ele é sem dúvidas o “monstro sagrado “do futebol moçambicano, português, e internacional.

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Vicente, mais uma Glória nascida em Moçambique, com equipamento dos veteranos do Belenenses. Um dos maiores marcadores de Pelé.

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Eusébio, atacante, representou em Portugal o Benfica, Beira-mar, e União de Leiria. Títulos: Campeonato Nacional: 11, Títulos: (60/61, 62/63, 63/64, 64/65, 66/67, 67/68, 68/69, 79/71, 71/72, 72/73 E 74/75). Campeões Europeus: 1 vitória: (61/62). Taça de Portugal: 5 vitórias (61/62, 63/64, 68/69, 69/70, 71/72). Campeonato dos EUA: 1 titulo (75/76). Campeonato do México (Vice Campeão 75/76). Melhor marcador do Mundial 66 (9 GOLS). Bola de Ouro (1965). Bola de Prata (1962 E 1966). Bota de Ouro: (67/68 – 42 gols) e (72/73 – 40 gols). Internacionalizações: 64, gols: 40.
MGM@groups.msn.com

Quem é o maior campeão brasileiro?

O futebol brasileiro é recheado de “histórias e estórias”, fatos e curiosidades. Mas de uma coisa jamais terão certeza: Quem realmente foi o primeiro campeão Brasileiro da história? O que se sabe é que a CBD (antiga denominação da CBF) realizou o primeiro Torneio Interestadual de Clubes no ano de 1920 que reuniu, no estado do Rio de Janeiro, os campeões de três estados: Paulistano, de São Paulo, Brasil de Pelotas, do Rio Grande do Sul, e Fluminense, campeão carioca. Todos os jogos foram realizados nas Laranjeiras, o maior estádio do Brasil na época. O campeão foi o Club Athletico Paulistano.

Depois, em 1936, Portuguesa de Desportos, de São Paulo, Atlético Mineiro, de Minas Gerais, Fluminense, do Rio de Janeiro e Rio Branco, do Espírito Santo, disputaram o II Torneio Interestadual de Clubes. Desta vez o campeão foi o Atlético Mineiro, que por conta disso, colocou o verso “nós somos campeões dos campeões” em seu hino.

Muitos outros torneios interestaduais estavam em disputa no Brasil, mas nenhum deles pode-se dizer, com status de campeonato nacional – o mais importante de todos era o Torneio Rio-São Paulo.

O Campeonato Brasileiro (como era conhecido a Taça Brasil) começou por “quase” que uma imposição da Confederação Sulamericana de Futebol – a Conmebol.

Com o início das competições continentais, principalmente na Europa, a Conmebol, viu-se na obrigação de ter o seu clube “campeão” – o melhor da América – dando inicio a Copa Libertadores da América em 1960. Com isso, muitas das federações filiadas viram-se obrigadas a ter oficialmente uma competição de nivel nacional a fim de indicar seu representante na disputa.

O Brasil, por ser um país “continente”, sempre teve dificuldades de realizar seu campeonato nacional. Mas a necessidade obrigou a CBD – Confederação Brasileira de Desportos – a criar uma competição de nivel “realmente nacional”. Para se indicar o representante brasileiro na Libertadores foi criada a Taça Brasil, em 1959, que reunia os campeões estaduais do ano. Os clubes se enfrentavam em jogos de ida e volta. O campeão da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro. O Torneio teve dez edições e durou até 1968.

Antes da extinção da Taça Brasil, em 1968, deu-se inicio ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa ou Robertão – como era conhecido – no ano de 1967. Era a continuidade do Torneio Rio-São Paulo que teve inicio em 1933, porém como passou a abrigar clubes de outros estados, ganhou esta nova denominação. Dele participavam clubes do eixo Rio-São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 1970, ano de sua última edição, passou a se chamar Taça de Prata.

Finalmente em 1971 teve inicio o campeonato brasileiro como conhecemos hoje, apesar de sua grande desorganização e interesses politicos, chegando a ter dois campeões num mesmo ano (1987) – O Sport Recife, considerado pela CBF como o verdadeiro campeão daquele ano e o Flamengo, campeão da Copa União que foi realizada pelo chamado “clube dos 13”. Sem contar a bagunça que foi o Torneio João Havelange em 2000.

O fato é que a CBF ignora a história não reconhecendo os campeões nacionais antes da criação do Brasileiro de 1971. Ingratidão à parte da CBF, fica a nós torcedores, a responsabilidade e o bom senso para “exigir” que se faça justiça e reconheça os campeões brasileiros ao longo da história.

A Confederação Brasileira de Futebol até que vê a possibilidade de reconhecer os títulos das equipes que venceram torneios nacionais antes de 1971. Caso venha o reconhecimento oficial da CBF, o CA Paulistano que teve seu departamento de futebol “extinto em 1929”, poderia comemorar 77 anos depois o título de primeiro Campeão Brasileiro, assim como o Botafogo/RJ poderia ter comemorado o seu segundo brasileiro em 1995. Já o Palmeiras e Santos passariam a ser os maiores vencedores do Brasil, com oito conquistas cada. Resta apenas aguardar que o bom sendo prevaleça na CBF.
» Veja abaixo como ficaria a “verdadeira” relação dos campeões nacionais, “caso a CBF reconheça o erro”:
Os Campeões Brasileiros
(unificando os titulos anteriores a 1971)

1° – Palmeiras (1960/67/67/69/72/73/93/94) 08
1° – Santos (1961/62/63/64/65/68/2002/04) 08
3° – São Paulo (1977/86/91/2006/07)………..05
3° – Flamengo (1980/82/83/87/92)……………05
5° – Vasco da Gama (1974/89/97/2000)…….04
5° – Corinthians (1990/98/99/2005)…………..04
7° – Internacional (1975/76/79)……………….03
8° – Grêmio (1981/96)……………………………02
9° – Fluminense (1970/84)……………………..02
10° – Bahia (1959/88)…………………………….02
11° – Botafogo/RJ (1968/1995)………………..02
12° – Atlêtico/MG (1936/71)…………………….02
13° – Cruzeiro (1966/2003)……………………..02
14° – Guarani (1978)……………………………..01
15° – Coritiba (1985)……………………………..01
16° – Atlêtico/PR (2001)…………………………01
17° – Sport Recife (1987)……………………….01
18° – CA Paulistano (1920)…………………….01

por Sidney Barbosa
www.campeoesdofutebol.com.br

O mortífero Luis Artime

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Antes de jogar pelo Palmeiras, Artime defendeu o River Plate e o Independiente, ambos da Argentina, além de ter disputado a Copa da Inglaterra, em 1966, pela seleção de seu país.

Artime, o argentino Luiz Artime, centroavante matador do Palmeiras entre 1968 e 1969, brilhou no Uruguaio Nacional de Montevidéo (URU) ao lado do goleiro Manga e de Ubiñas, Mujica, Cubilla, Morales, Esparrago, Monteiro Castillo e etc… e foi artilheiro do campeonato nacional do uruguai ppor três anos seguidos.
Sempre tive admiração por este centroavante. Toda vez que eu ia ver o Derbi Corinthians x Palmeiras sabia de antemão que se sobrasse algum rebote na área, era caixa na certa. Estou inserindo este artigo movido pela admiração que hoje tenho de alguns jogadores argentinos. Deixo de lado a rivalidade para falar de quem realmente merece destaque. Por acaso não vimos ontem, 21/05/2008, o excelente futebol praticado pelo Conca do Fluminense?
Voltando a Luis Artime, dentro da área somente um era mais mortífero: Coutinho do Santos Futebol Clube. Portanto, digno de destaque este argentino.
Abaixo segue os números do título mundial ( intercontinetal ) do Nacional do Uruguai, com Artime de centroavante.

A Copa Intercontinental quase não foi jogada devido aos graves incidentes ocorridos na edição anterior, na Argentina, entre o Estudiantes e Feyenoord, da Holanda.
O representante Europeu, indicado pela UEFA para a disputa de melhor do mundo, foi o clube grego do Panathinaikos, vice-campeão europeu, na recusa do Ajax.

A primeira partida foi jogada em 15 de dezembro, na Grécia, no Estádio Karaiskaki del El Pireo, com empate em 1 a 1 – os gols foram marcados por Luis Artime e Fylakouris. Na segunda partida, realizada em Montevideu, no dia 28 de dezembro de 1971, o Nacional vence por 2 a 1, com gols de Luis Artime, e conquista o título de melhor do mundo. Eis a ficha da partida:
Nacional: Manga, Ángel Brunell, Juan Masnik, Luis Ubiña, Julio Montero Castillo, Juan Carlos Blanco, Luis Cubilla (Juan Martín Mujica), Ildo Enrique Maneiro, Víctor Espárrago, Luis Artime, Juan Carlos Mamelli (Ruben Bareño).
Panathinaikos: Oikonomoupoulos, Mitropolus, Athanassopoulos, Eletherakis, Kapsis, Sourpis, Dimitrou, Kamaras (Fylakouris), Antoniadis, Domazos, Kouvas.

Nascido na cidade argentina de Mendoza, no dia 25 de novembro de 1941, Artime vestiu a camisa do Palmeiras em 57 jogos (32 vitórias, 13 empates, 12 derrotas), marcou 48 gols e conquistou o Robertão de 1969.

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Artime teve também uma passagem pelo Fluminense do Rio quando o Flu formou um grande time. Na época, Gérson, o Canhotinha de Ouro, dizia o seguinte: – Agora é mole! Eu recebo a bola do Denilson, lanço para o Cafuringa e corro para abraçar o Artime, pois é gol na certa.
Só que no Fluminense o Artime não teve tanta notoriedade.
Gilberto Maluf

Rivaldo, o melhor das Copas de 1998 e 2002.

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Noves fora, terminada a Copa da Alemanha, cabe uma constatação em forma de homenagem: o melhor jogador brasileiro de sua geração é Rivaldo. Não é Ronaldo, não é Cafu, não é Ronaldinho Gaúcho. No início desta semana, aos 34 anos, o meia do Olympiakos, da Grécia, anunciou sua despedida dos gramados. Joga mais uma temporada na Europa, e pronto. É hora, portanto, de repararmos a injustiça que o transformou em atleta normal e não em um gênio da bola, o melhor da Seleção em duas Copas do Mundo, em 1998 e 2002. Rivaldo, o Zidane brasileiro, só não tem o tamanho merecido porque é tímido, avesso ao marketing, não gosta de holofotes. José Miguel Wisnik, poeta, compositor e crítico literário, escreveu o seguinte a respeito do camisa 10 de 2002 em um artigo publicado logo depois do Mundial da Coréia e Japão na revista Época: “A foto de Rivaldo chutando diz tudo: os braços e as pernas se arremessam num espasmo de direções contrárias, em X – pião barroco em pleno equilíbrio. Pode ir rápido quando conduz a bola (muitas vezes sem olhar o jogo ) e parecer lento quando volta bamboleando com ela, como se sofresse de uma longínqua esquistossomose. Mas é antes de tudo um forte. A frase de Euclides da Cunha serve para ele não propriamente como sertanejo, mas como nordestino temperado de litoral, capaz de converter fraquezas em capacidades inacreditáveis.. Lembremos, pois, de alguns instantes mágicos do pernambucano Rivaldo em Mundiais:

1)Ele fez oito gols em Copas do Mundo – 3 em 1998 e 5 em 2002

2)Sua atuação nos 3 a 2 diante da Dinamarca, nas quartas-de-final de 1998, foi antológica, fez lembrar Didi no apogeu.

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3)O gol contra a Bélgica, nas oitavas de 2002, virando em voleio depois de matar no peito, é outro lance de rara beleza estética

4)Se é preciso uma reação semelhante a de Zidane e sua já lendária cabeçada, para incluir na lista um instante menor, Rivaldo tem uma também: foi aquela encenação, na bandeirinha de escanteio, fingindo ter levado na cara uma bola que lhe bateu nas canelas, jogado pelo turco Hakan Unsal, na primeira partida de 2002. Ali o Brasil começou a erguer a taça do penta.

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Salve Rivaldo, o homem a quem o sentimento de rejeição o afastou da fama. Esse sim, lembremos, joga bonito.
Por Fábio Altman

Agora, quando eu morava em São Paulo lembro-me muito bem como era rejeitado o Rivaldo. Também falei que foi o melhor jogador da copa de 2002. Só faltaram me execrar. Mas eu sabia do estava falando.
Gilberto Maluf

Alguns comentários/elogios/adjetivos do Blog Fotolog.terra.com.br
-Ele foi, simplemente MARAVILHOSO!!!

-Ele foi o maior da copa de 2002, e todos queriam que o Ronaldo fosse escolhido o melhor da copa, se não fosse o Rivaldo o Ronaldo não seria nada em 2002. Ele marcou 5, o Ronaldo 8 gols em 2002, e isso conta tudo pois ele não era o matador do time.

— Considero Rivaldo um dos maiores jogadores brasileiros. Basta levantar a “ficha corrida” dele. Esta, deve estar carregada, mas não de situações desagradáveis como jogadores desta Copa e sim de muitos títulos e gols ao redor do mundo.

-Rivaldo, sem marketing ou com marketing, é simples,eficiente e mágico dentro das quatro linhas.Nunca precisou nem precisará de Galvão Bueno para ser o craque que é.

-Simplesmente injustiçado pela midia e pelos brasileiros. Um grande jogador.

-Ufa! Até que enfim alguém faz justiça neste país sem justiça. Rivaldo foi (para mim) nos anos 90/2000 o que Zico foi nos anos 80/90. Era só jogar a bola no pé dele que o encanto começava. Ronaldo foi artilheiro da Copa em 2.002? Deveria ajoelhar-se aos pés de Rivaldo. Se era para ter um capitão na Copa da Alemanha que não falasse em campo(Cafu) era melhor este calado ter sido o craque Rivaldo. Pelo menos teríamos a chance de agradecer a ele tudo que fez por nós, brasileiros e palmeirenses. Pensando bem, os anjos do céu o protegeram da mediocridade da Copa e, principalmente, de nossa seleção. Um craque como Rivaldo nunca pára de jogar, apenas descansa. O seu lugar já está garantido no sonho daqueles que adoram ver o futebol como arte e espetáculo. Parabéns Rivaldo! E apareça para jogar uma pelada com a gente!

-Depois de Pele, Zico, Falcao e Cerezo, Rivaldo foi o melhor. O resto pode ate ser bom de bola, mas dai a chamar de fenomeno, ai ja é demais .

-Ele sera’ sempre lembrado,trata-se de um gênio da bola e de um grande homem de carater.Bom de bola sempre………
Já estamos com saudades, do nosso grande astro tímido, porém muito … especial!

-Eu vi Rivaldo jogar no início da carreira no meu Santa Cruz; foi neste clube onde ele começou e despontou para o Mundo. O resto da história vcs sabem.

-Sem dúvida alguma é um dos maiores craques do futebol brasileiro. E aqui falo de craques de verdade, não daqueles que pagam para ter o nome em evidência na mídia.

-Por outro lado, se não foi à Alemanha, certamente isto não lhe fará falta no currículo, posto que esse bando que se juntou lá nunca representou, de fato e de direito, a gloriosa Seleção Brasileira.

-Rivaldo foi um craque que não precisou de bajuladores e marqueteiros para mostrar o grande jogador que foi para o Brasil. Lamento que vai abandonar o futebol. Grande perde. Mas que se faça a homenagem que ele merçe de todos brasileiros.

-Sabe cabecear, marcar gols de bicicleta, chutar de longe de perto, bater penaltis, puxar a responsabilidade de um jogo para si e virar o placar e quando esta no time os outros correm mais atras da bola porque nao tem outro jeito.

Major Puskas – o maior nome da seleção húngara que encantou o mundo

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Puskas era o maior nome da seleção húngara que encantou o mundo nos anos 50, quando ganhou os Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinki, na Finlândia e provocou a primeira derrota da história da Inglaterra no Estádio de Wembley, em Londres (6 a 3, em 1953).

Após tais feitos, em 1954, na Copa da Suíça, a Hungria despontou como favorita, principalmente após a goleada por 8 a 3 sobre a Alemanha Ocidental, logo na primeira fase. A final foi contra a seleção alemã, que dessa vez levou a melhor vencendo por 3 a 2. Assim como a seleção brasileira de 1982, a Hungria de 54 também faz parte de uma dessas “injustiças do futebol”.

Nascido no dia 2 de abril de 1927, Ferenc Puskas defendeu a seleção húngara em 84 oportunidades e marcou 83 gols, adquirindo a excelente média de aproximadamente 0,99 gols por jogo. Nos clubes, o sucesso maior veio no Real Madrid, onde jogou de 1958 a 66, e ao lado de Di Stéfano fez parte um dos melhores times que o clube espanhol já formou em sua história, conseguindo seis títulos espanhóis (1958, 1961/62/63/64/65), duas Taças da Europa (atual Liga dos Campeões – 1959/60), um Mundial de Clubes (1960) e uma Copa da Espanha (1962).

Ferenc Puskas, o “Major Galopante” da Hungria, um dos mitos do futebol, está em algum lugar muito próximo de Pelé, Cruyff e Maradona na história do esporte. Recordista de gols pela seleção magiar, marcou 83 vezes em 84 jogos, em uma média de 0,98 tento por partida. O camisa 10 do Brasil fez 95 nas 115 oportunidades em que vestiu a canarinho (média de 0,88). Puskas foi, nos anos 1950, capitão de uma das maiores equipes de todos os tempos, vice-campeã mundial de 1954 e campeã olímpica de 1952. Aos 79 anos, internado em um hospital de Budapeste com uma doença degenerativa semelhante ao Mal de Alzheimer, Puskas caminhou para a vizinhança de um outro craque: Garrincha, o gênio das pernas tortas que morreu pobre, o homem que fizera os brasileiros sorrir e não conseguiu driblar a decadência física e financeira.

A família do húngaro pôs 100 objetos pessoais do ex-jogador a leilão, de modo a arrecadar dinheiro para o tratamento. O martelo bateu em 2 de novembro, na casa inglesa Bonhams, fundada em 1793. Entre as peças, estava a chuteira de ouro ganha pelo recorde como goleador, com lance inicial de US$ 2, 6 mil. Tinha ainda um troféu entregue pela Federação Húngara de Futebol pelos 511 gols marcados nos campeonatos europeus, avaliado em US$ 5,3 mil. Despontaram curiosidades como uma camisa presenteada por Pelé no aniversário de 75 anos , cujo lance inicial é de US$ 1760.

“O lote foi posto a venda a pedido da mulher de Puskas”, disse Dan Davies, responsável pelo departamento de coleções olímpicas e de futebol da Bonhams. Não há um cálculo final para o montante amealhado, mas ele atingiu pelo menos US$ 180 mil. É valor que ajudou a apagar a triste imagem de evento denunciado pelo diário inglês Daily Telegraph. Debaixo da manchete, “Insulto a uma lenda”, revelou-se uma tramóia. Em agosto, uma equipe de atletas húngaros enfrentou o Real Madrid, time pelo qual Puskas atuou de 1958 a 1967. Mais de 40 mil pessoas foram ao estádio em Budapeste para ver em campo Ronaldo, Zidane e Beckham, em prol do conterrâneo. O time espanhol ganhou cachê de US$ 1,5 milhão, de modo a pagar hotel e outros custos. A mulher de Puskas, porém, recebeu meros US$ 12 mil.

Assim que o escândalo explodiu, dirigentes do Real prometeram entregar outros US$ 98 mil. Contudo, nada havia chegado às mãos da companheira. Como se não bastasse, no hospital Puskas recebeu a notícia de que a emblemática equipe do Honved, comandada por ele no auge, caíra para a segunda divisão em virtude de uma dívida com um treinador. Foram péssimas notícias que o leilão tentou reverter. Foi o caminho possível para salvar a história do supercraque de uma seleção que, a seu tempo, declamava-se como poesia, em um verso de 11 palavras: Grosics; Buzansky, Lorant, Lantos e Zakarias; Bozsik e Hidegkuti; Budai, Kocsis, Puskas e Czibor.
Puskas morreu em 2006.

Alguns comentários/adjetivos sobre Puskas:

-Melhor atacante depois de Pelé;

-Um dos craques galopantes e alegre que sabia usar a magia da bola;

-Uma lenda viva do futebol mundial, maestro do escrete húngaro no início dos anos 50. Apenas Pelé foi melhor, hoje com tristeza nos despedimos da máquina de fazer gols, maior recordista em gols em estatística de jogos;

– Que pena! Vai-se um gigante, do mesmo nível de Di Stéfano, Pelé e Maradona. Quem puder, assista a um vídeo chamado “The gold team”, e terá uma “pequena” noção de seu talento;

– Mais um craque que vai jogar o jogo das estrelas lá no céu. Felizes aqueles que puderam vê-lo jogar;

– Dêem uma parada na década de 60 e 70… Pelé, Rivelino, Eusébio, Boby Charlton, Gerge Best, Beckembauer, Gigi Riva, Johann Cruyf, Beatles, Woodstock, Rolling Stones, Pink Floyd, Bee Gees, Santana, Deep Purple, Black Sabath, Fidel Castro, Chê ,Rinus Mitchel… o que estes caras fizeram….melhoraram para sempre a vida inteligente do Planeta.

Fotolog.terra.com.br
Fábio Altman
Milton Neves

Mazurkiewicz, o polaco goleiro do Uruguai

No Brasil, exceção à torcida do Atlético Mineiro, ele é lembrado por um dos lances mais conhecidos do futebol: a sensacional meia-lua de Pelé sobre ele na semifinal entre Brasil x Uruguai Copa de 70, que infelizmente para nós, brasileiros, não terminou em gol.
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Porém, Mazurkiewicz é um ícone no futebol uruguaio, equiparando-se a nomes como Roque Máspoli e Rodolfo Rodriguez.

Filho de um imigrante polonês, Ladislao Mazurkiewicz Iglesias nasceu em 14 de fevereiro de 1945 em Piriápolis. Começou a jogar em 1962 no Racing Club de Montevidéu e, mesmo atuando num time pequeno, foi convocado para a seleção uruguaia juvenil, ajudando a equipe a conquistar o sul-americano da categoria, em 1964. Suas atuações, nas quais demonstrava agilidade e segurança, chamaram a atenção dos dirigentes do Peñarol e logo ele foi contratado por 500 mil pesos para ser reserva de Maidana.

Sua primeira prova de fogo ocorreu em 1965 quando o Peñarol disputou a partida-desempate das semifinais da Libertadores da América contra o Santos. Maidana teve problemas disciplinares e foi afastado. Sua atuação no Monumental de Nuñez foi sensacional e com a vitória por 2 a 1 o time garantiu vaga na final contra o Independiente. Infelizmente, o Peñarol perdeu a decisão. Mas ganhou um novo goleiro, pois Mazurkiewicz nunca mais perdeu a titularidade.

Em 1966, o Peñarol venceu a Libertadores e foi campeão mundial interclubes ao bater o Real Madrid por 2 a 0, no Santiago Bernabeu, repetindo o placar do primeiro jogo em Montevidéu. Mazurkiewicz foi protagonista de uma defesa inesquecível ao defender um tiro de Amâncio à queima-roupa. Também naquele ano, defendeu a Celeste na Copa do Mundo da Inglaterra, onde os uruguaios foram até as quartas-de-final, sendo eliminados pela Alemanha.

Mas no ano seguinte, ajudou o Uruguai a conquistar o Campeonato Sul-Americano de Seleções. E ainda em 1967 obteve um recorde, até agora não superado no seu país, ao permanecer 985 minutos sem tomar gols.

Na Copa de 70, Mazurkiewicz atingiu seu ápice. Fez uma partida memorável contra URSS pelas quartas-de-final e só não conseguiu parar o fantástico Brasil de Pelé, Rivelino, Jairzinho e Cia. O Uruguai terminou em quarto lugar, mas ele foi considerado o melhor goleiro da competição – o último uruguaio a conseguir tal façanha.
Na Copa de 1970, contra o Uruguai, Pelé aplicou um inacreditável drible de corpo no goleiro Mazurkievicz e chutou para fora. O Brasil venceu por 3 a 1, mas até hoje a partida é lembrada pelo lance. Foi o mais belo gol perdido da história do futebol.

Em 1972, transferiu-se para o Atlético Mineiro. Chegou com pompa de ídolo e uma aposta dos dirigentes para conquistar a torcida feminina de Minas, cujos olhos voltavam-se à época para os cabelos loiros e olhos claros de Raul, goleiro do rival Cruzeiro. Apesar de ter defendido a meta atleticana com correção, não ficou marcado por grandes atuações.

Em 1974, defende o Uruguai pela terceira e última vez numa Copa do Mundo, mas como o restante da equipe, sucumbe ao carrossel holandês. Depois do Mundial, transfere-se para o Granada, da Espanha. Por problemas de documentação, jogou poucas partidas. Voltou em 1976 à América do Sul para atuar pelo América de Cali. Em 1980, aos 35 anos, retornou ao Peñarol, mas logo pendurou as luvas e até hoje dá saudades nos torcedores do Peñarol.

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE FIGURINHAS

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Nem Pacaembu em dia de jogo do Timão, nem domingão na praia, nem circo. Quando eu era pequeno, meu programa preferido era acompanhar meu pai ao trabalho dele, na padaria. Eu ajudava a fazer pão, a carregar caçulinhas e comia muita coisa boa. Era a padoca Santa Marcelina, no Brooklin (SP). Sabe quem ia lá? Roberto Rivelino, que gostava da simpatia e o bom papo de papai. O bigode me deu uma bola autografada, um vinho de sua grife particular e sempre nos deixava entrar no vestiário da “Seleção de Masters”, do Luciano do Valle.

Uma das coisas boas dessas excursões era poder ficar pertinho das caixas de chiclete Ping-Pong e pegar quantos eu quisesse. Menos pela goma e mais pelo que ela trazia: figurinhas da Copa, lembra? Ainda me recordo da alegria de desembrulhar o Éder (que, sei lá por que, acabou virando Éder Aleixo; na minha época era só Éder) e finalmente completar o Brasil de 82. Quem tem aquele álbum levanta a mão aí.

Naranjito, Mora (goleiro de El Salvador), N’Kono (de Camarões), Dasaev, Aleinikov e Demianenko (da URSS), Litibarski (Alemanha Ocidental), Butragueño (Espanha), Colovatti, Conti e Tardelli (Itália)… Putz, que saudade… Nada pode ser mais inesquecível do que passar um dia nos bastidores do trabalho do pai e ainda por cima tirar a figurinha do Éder.

Pois dias atrás acho que dei um presente desses pra minha filha. Deixei-a faltar na escola e levei-a comigo à Panini, que produz as (difíceis de achar, segundo meu amigo Fábio Altman) figurinhas da Copa de 2006. Para mim era trabalho; eu ia entrevistar o presidente da empresa para a revista “IstoÉ Dinheiro”. Para minha pequenina, pura farra. Só que eu acabei me divertindo à beça também. Vi como funciona a fantástica fábrica de figurinhas e fiz todas aquelas perguntas que a gente se faz quando coleciona cromos:

Será que os caras guardam os craques para vender só lá na frente, depois que a gente já gastou uma fortuna comprando repetidas?
Quem define os jogadores que vão para o álbum, já que ele é sempre lançado bem antes de os técnicos soltarem a lista final dos convocados?

Vou contar procês o que me explicaram e o que eu vi lá.

O José Eduardo Martins, presidente da Panini, jurou que não existem figurinhas difíceis. Sai tudo na mesma quantidade e eles não escondem Ronaldinhos, Henris e Riquelmes. A produção é mais ou menos assim:

Fase 1
A figurinhas chegam de uma gráfica terceirizada já impressas. Uma enorme folha de papel traz, lado a lado, todas os 596 cromos. A disposição deles na folha é calculada por computador.

Fase 2
A enorme folha entra em uma máquina que a corta e diversos pedaços menores com 20 figurinhas cada um. Eles chamas essas folhas menores de pranchas.

Fase 3
Uma outra máquina embaralha as pranchas e as faz uma grande pilha com elas. Uma terceira máquina dá o último corte, parindo as figurinhas individuais. É complicado explicar, mas é por causa desses cortes e desses embaralhamentos que nunca vêm figurinhas repetidas no mesmo pacotinho, diz o Martins.

Fase 4
Mais uma máquina – sempre elas – empacota as figurinhas.

Fase 5
Enfim, mãos humanas (sempre femininas) separam os pacotinhos em bolos de 50, envolvem tudo em um filme plástico e guardam em caixinhas de papelão.

Fase 6
Uma outra empresa terceirizada entrega o ouro às bancas de jornal.

Certo dia , um jornaleiro da Avenida Paulista me contou que as figurinhas da Copa estavam saindo como pão quente (da Santa Marcelina?). Ele havia recebido 800 pacotinhos (sexta) de manhã. “E não durou nem até a hora do almoço”, disse.

Sorte que, além de boas lembranças e muita diversão, na época o passeio/trabalho à Panini me rendeu um álbum da Copa 2006 + todas (TODAS!) as figurinhas. Só veio uma repetida, o escudo da Holanda.
Por Christian Cruz
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