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Noves fora, terminada a Copa da Alemanha, cabe uma constatação em forma de homenagem: o melhor jogador brasileiro de sua geração é Rivaldo. Não é Ronaldo, não é Cafu, não é Ronaldinho Gaúcho. No início desta semana, aos 34 anos, o meia do Olympiakos, da Grécia, anunciou sua despedida dos gramados. Joga mais uma temporada na Europa, e pronto. É hora, portanto, de repararmos a injustiça que o transformou em atleta normal e não em um gênio da bola, o melhor da Seleção em duas Copas do Mundo, em 1998 e 2002. Rivaldo, o Zidane brasileiro, só não tem o tamanho merecido porque é tímido, avesso ao marketing, não gosta de holofotes. José Miguel Wisnik, poeta, compositor e crítico literário, escreveu o seguinte a respeito do camisa 10 de 2002 em um artigo publicado logo depois do Mundial da Coréia e Japão na revista Época: “A foto de Rivaldo chutando diz tudo: os braços e as pernas se arremessam num espasmo de direções contrárias, em X – pião barroco em pleno equilíbrio. Pode ir rápido quando conduz a bola (muitas vezes sem olhar o jogo ) e parecer lento quando volta bamboleando com ela, como se sofresse de uma longínqua esquistossomose. Mas é antes de tudo um forte. A frase de Euclides da Cunha serve para ele não propriamente como sertanejo, mas como nordestino temperado de litoral, capaz de converter fraquezas em capacidades inacreditáveis.. Lembremos, pois, de alguns instantes mágicos do pernambucano Rivaldo em Mundiais:
1)Ele fez oito gols em Copas do Mundo – 3 em 1998 e 5 em 2002
2)Sua atuação nos 3 a 2 diante da Dinamarca, nas quartas-de-final de 1998, foi antológica, fez lembrar Didi no apogeu.
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3)O gol contra a Bélgica, nas oitavas de 2002, virando em voleio depois de matar no peito, é outro lance de rara beleza estética
4)Se é preciso uma reação semelhante a de Zidane e sua já lendária cabeçada, para incluir na lista um instante menor, Rivaldo tem uma também: foi aquela encenação, na bandeirinha de escanteio, fingindo ter levado na cara uma bola que lhe bateu nas canelas, jogado pelo turco Hakan Unsal, na primeira partida de 2002. Ali o Brasil começou a erguer a taça do penta.
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Salve Rivaldo, o homem a quem o sentimento de rejeição o afastou da fama. Esse sim, lembremos, joga bonito.
Por Fábio Altman
Agora, quando eu morava em São Paulo lembro-me muito bem como era rejeitado o Rivaldo. Também falei que foi o melhor jogador da copa de 2002. Só faltaram me execrar. Mas eu sabia do estava falando.
Gilberto Maluf
Alguns comentários/elogios/adjetivos do Blog Fotolog.terra.com.br
-Ele foi, simplemente MARAVILHOSO!!!
-Ele foi o maior da copa de 2002, e todos queriam que o Ronaldo fosse escolhido o melhor da copa, se não fosse o Rivaldo o Ronaldo não seria nada em 2002. Ele marcou 5, o Ronaldo 8 gols em 2002, e isso conta tudo pois ele não era o matador do time.
— Considero Rivaldo um dos maiores jogadores brasileiros. Basta levantar a “ficha corrida” dele. Esta, deve estar carregada, mas não de situações desagradáveis como jogadores desta Copa e sim de muitos títulos e gols ao redor do mundo.
-Rivaldo, sem marketing ou com marketing, é simples,eficiente e mágico dentro das quatro linhas.Nunca precisou nem precisará de Galvão Bueno para ser o craque que é.
-Simplesmente injustiçado pela midia e pelos brasileiros. Um grande jogador.
-Ufa! Até que enfim alguém faz justiça neste país sem justiça. Rivaldo foi (para mim) nos anos 90/2000 o que Zico foi nos anos 80/90. Era só jogar a bola no pé dele que o encanto começava. Ronaldo foi artilheiro da Copa em 2.002? Deveria ajoelhar-se aos pés de Rivaldo. Se era para ter um capitão na Copa da Alemanha que não falasse em campo(Cafu) era melhor este calado ter sido o craque Rivaldo. Pelo menos teríamos a chance de agradecer a ele tudo que fez por nós, brasileiros e palmeirenses. Pensando bem, os anjos do céu o protegeram da mediocridade da Copa e, principalmente, de nossa seleção. Um craque como Rivaldo nunca pára de jogar, apenas descansa. O seu lugar já está garantido no sonho daqueles que adoram ver o futebol como arte e espetáculo. Parabéns Rivaldo! E apareça para jogar uma pelada com a gente!
-Depois de Pele, Zico, Falcao e Cerezo, Rivaldo foi o melhor. O resto pode ate ser bom de bola, mas dai a chamar de fenomeno, ai ja é demais .
-Ele sera’ sempre lembrado,trata-se de um gênio da bola e de um grande homem de carater.Bom de bola sempre………
Já estamos com saudades, do nosso grande astro tímido, porém muito … especial!
-Eu vi Rivaldo jogar no início da carreira no meu Santa Cruz; foi neste clube onde ele começou e despontou para o Mundo. O resto da história vcs sabem.
-Sem dúvida alguma é um dos maiores craques do futebol brasileiro. E aqui falo de craques de verdade, não daqueles que pagam para ter o nome em evidência na mídia.
-Por outro lado, se não foi à Alemanha, certamente isto não lhe fará falta no currículo, posto que esse bando que se juntou lá nunca representou, de fato e de direito, a gloriosa Seleção Brasileira.
-Rivaldo foi um craque que não precisou de bajuladores e marqueteiros para mostrar o grande jogador que foi para o Brasil. Lamento que vai abandonar o futebol. Grande perde. Mas que se faça a homenagem que ele merçe de todos brasileiros.
-Sabe cabecear, marcar gols de bicicleta, chutar de longe de perto, bater penaltis, puxar a responsabilidade de um jogo para si e virar o placar e quando esta no time os outros correm mais atras da bola porque nao tem outro jeito.