Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Dois eventos importantes em 18 de setembro de 1955

1955

18 de Setembro:
É realizada a primeira transmissão externa direta pela (Record – SP), com a transmissão do jogo entre Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro.

18 de Setembro:
Manoel dos Santos ficou mundialmente conhecido como “Mané Garrincha”. Considerado o 2º maior jogador brasileiro de todos os tempos, ele estreou na seleção brasileira no dia 18 de setembro de 1955, em uma partida contra o Chile.
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18/9/1955
Brasil 1×1 Chile
Tipo: Oficial de competição
Competição: Taça Bernardo O’Higgins
Local: Estádio do Maracanã
Cidade: Rio de Janeiro
Árbitro: C. Williams (Inglaterra)
Técnico: Zezé Moreira
Brasil: Castilho, Paulinho, Pinheiro e Nílton Santos; Ivan e Dequinha; Garrincha, Walter, Evaristo, Didi e Escurinho.
Gol: Pinheiro.

O Grande Gilmar

Depois veio para o Corinthians e se consagrou. Mas, Gilmar, teve dias difíceis nessa dificil profissão de goleiro.
O goleiro naqueles anos, era um perseguido . No lugar que ele pisava nem grama nascia, naqueles anos de um futebol ainda primitivo, em qua havia terra proximo a trave e quando chovia ficava com muito barro.
Quando o time perdia o, culpado quando não era só o Juiz, era o goleiro, que era chamado de “frangueiro” ou “gaveteiro”.
Gaveteiro, era o termo usado para quem levava dinheiro para deixar passar bola dos times adversários, facilitando a vitória do adversario. Era só o time perder feio para que as más línguas falar que o goleiro tinha entregado o jogo ao adversário.
Gilmar veio de graça para o Corinthians numa transação entre os clubes, Corinthians e Jabaquara de Santos.

Foto inicio de carreira, Diario Popular 1951
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O Jabaquara tinha sido rebaixado para a segunda divisão e o jovem Gilmar, tinha sido o goleiro mais vazado do campeonato paulista de 1950, com 53 gols sofridos.
Na contratação de Ciciá, um negro magro e centro médio do Jabaquara para o time de Parque São Jorge os dirigentes do clube de Santos disseram aos diretores do Corinthians:
-Olha temos esse goleiro que não nos interessa mais. Pode levar ele de contra peso.
E ele foi pois o Corinthians tinha Luiz Moraes (Cabeção) como titular e sempre é bom ter um goleiro a mais. Foi assim que ele desembarcou em São Paulo, a caminho “da fazendinha” , Rua São Jorge, zona leste da cidade de São Paulo.
E lá estava Gilmar, que logo foi batizado pelos jogadores corintianos de “girafa” por ser alto.
Um dia Cabeção o goleiro titular se machucou, e Gilmar que vinha fazendo bons treinos foi para o gol. Aquele desconhecido goleiro, que o povo só sabia de sua existência por ter sido o goleiro mais vazado do campeonato paulista do ano anterior, com 53 gols sofridos, estava como titular no campeonato paulista, no lugar de Cabeção.
Um dia a tragédia aconteceu na carreira de Gilmar dos Santos Neves.
Era um jogo com a Portuguesa de Desportos, naquele novembro de 1951, um dia que o ponteiro direito Julinho estava com o diabo no corpo, marcando quatro gols, naqueles inesquecíveis 7 a 3 para a Portuguesa.
Gilmar foi considerado culpado pela fragorosa derrota. Porem teve algo que podia ser levado como desculpa. Num lance ele teve uma fratura no pulso e assim mesmo foi até o final do jogo. Naquele tempo não se podia fazer alteração.
Gilmar foi vitima daquela conversa fiada e, foi acusado formalmente até mesmo por diretores de “entregar o jogo”.
Foi afastado, e execrado publicamente. Acusado de gaveteiro. Ficou um ano na reserva. Nunca reclamou de nada.
Ficou muito tempo na reserva treinando normalmente no parque São Jorge. Quando o goleiro titular Cabeção se machucou, Gilmar voltou, mas ainda com desconfiança dos diretores, e da torcida, e também comentários da imprensa de um novo fracasso.
Gilmar sempre um homem tranquilo, foi para o gol e se firmou novamente como titular e nunca mais saiu do time. Gilmar foi o responsável por varias vitórias e títulos do Corinthians.
Em 1953 foi convocado para defender a seleção brasileira no Sul Americano de Lima, (Peru). Entrando no segundo tempo no lugar de Castilho. Defendeu um pênalti. Também na seleção Paulista foi o goleiro titular.

Na decisão do titulo do campeonato brasileiro de seleções no Pacaembu, Gilmar fez miséria de baixo das traves. Os paulistas ganharam e foram campeões. Ao final do jogo Otavio Muniz, repórter da radio pan-americana (a emissora do esporte) foi entrevistar Newton Santos (Nilton Santos), zagueiro esquerdo dos cariocas. Respondendo a pergunta do repórter disse:
-Com esse monstro debaixo da trave não tem Cristo que ganhe.

Em 1954, Gilmar foi o responsável pelo titulo maior do Corinthians. O de campeão paulista do IV Centenário. Antes do jogo contra o Palmeiras no empate de 1 x 1 que lhe deu o titulo, o Corinthians jogou contra a Ponte Preta em Campinas. Gilmar fez miséria debaixo da trave, pegou tudo o que veio pela frente. Foi um ponto importante de vantagem sobre o Palmeiras, o que deu tranquilidade para ser campeão pelo empate já na penultima rodada do campeonato.

Canhoteiro marca o segundo gol do São Paulo na final de 1957
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A única vez que vi Gilmar perder a esportiva foi em 1957, na final contra o São Paulo, onde o Corinthians perdeu por 3 x 1. Provocado por Maurinho, ponta direita do tricolor dizendo durante o transcorrer da partida que ia botar uma bola dentro de sua rede. Quando isso aconteceu inclusive num lance muito contestado por impedimento, ao final do jogo de cabeça quente, Gilmar correu atras do ponteiro, que fugiu para o tunel.

Maurinho vai marcar o terceiro gol do São Paulo naquela final de 1957.
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Dizem que o ponteiro do São Paulo colocou a bola por entre o meio das pernas de Gilmar. Eu acho que foi ao lado da perna esquerda do goleiro, esse foi o lance que deixou o grande goleiro Gilmar irritado. Ao marcar o gol, Maurinho teria, segundo linguas, passado a mão no rosto de Gilmar dizendo: – Não falei que botava uma ai dentro?

Gilmar fez seu batismo na seleção brasileira em 1953, no sul americano de Lima (Peru), Gilmar era apenas o goleiro reserva, mas teve que substituir o titular Castilho. Defendeu um pênalti. Em Wembley 1956, num jogo amistoso contra a Inglaterra, o Brasil perdeu da Inglaterra por 4 x 2, mas Gilmar, fez defesas impressionantes e o placar poderia ser muito maior. Só não foi porque Gilmar defendeu dois pênaltis. Ali já estava escrito que o Brasil teria um goleiro fenomenal em futuras disputas.

Foi bi campeão do mundo pela seleção brasileira e varias vezes, campeão, pelo Corinthians e Santos.
Alem de um grande jogador, foi um cavalheiro, Tinha uma coisa que poucos mostraram, Ética.
Na copa de 1966 da Inglaterra, ficou na reserva de manga do Botafogo.

Devido ao fracasso do goleiro Manga, ele jogou contra a Hungria. Era constantemente provocado por parte de alguns da imprensa para criticar o goleiro Manga pelo fracasso do jogo contra Portugal. Mais uma vez foi ético defendendo seu colega de profissão.

Depois de muitos anos de Corinthians, Gilmar teve seu passe vendido ao Santos F.C, em Dezembro de 1961.
Clubes que jogou: Jabaquara, Corinthians e Santos; Títulos: Campeão paulista em 1951, 1952 e 1954 e do Rio-São Paulo em 1953 e 1954, pelo Corinthians.
Pelo Santos, foi campeão paulista em 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968, Rio-São Paulo em 1963, 1964 e 1966, Taça Brasil em 1962, 1963, 1964 e 1965, Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1968 e Libertadores e Mundial interclubes em 1962 e 1963,pelo Santos e Copa do Mundo em 1958 e 1962, pela seleção brasileira.

Em 1969, o técnico do selecionado brasileiro João Saldanha, convocou o goleiro Gilmar dos Santos Neves, só estava sendo convocado por um motivo: – Completar 100 jogos com a camisa de goleiro da seleção, camisa essa, que ele já vestiu por 99 vezes, segundo os arquivos da C.B.D. (confederação brasileira de futebol). Ia jogar pelo menos 10 minutos e depois cederia seu posto a, Felix, que estava cotado para ser o titular do gol brasileiro para a copa do mundo de 1970.
Gilmar já estava pensando em sua aposentadoria no futebol, pois já estava com 38 anos e, ia completar 39 em agosto. O jogo que ele vestiria a camisa da seleção pela ultima vês, seria em 12 de Junho daquele ano de 1969, contra a Inglaterra. Nesse ano havia um a novidade em termos de seleção brasileira. O radialista e comentarista esportivo da Radio e TV Globo foi indicado como técnico. Alguma coisa diferente já estava acontecendo. Os jogadores tinham sido convocados, e o time titular era anunciado com antecedência.

Gilmar treina duro para jogar pela ultima vez pela seleção 12 junho 1969. (foto jornal da tarde)
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Fonte: Mario Lopomo que comenta:
Apesar de eu ser palmeirense, Gilmar foi meu grande ídolo.

Jamais vi um goleiro fazer defesas tão sensacionais como ele.

Era um goleiro de grande elasticidade.

Qualquer um de agora não chegou aos pés dele.

Walter Silva, o Pica Pau

A entrevista de Walter Silva foi feita em janeiro de 2005. O grande jornalista morreu na sexta-feira, dia 27 de fevereiro de 2009, aos 75 anos. Nossa homenagem a este grande corintiano e excelente profissional.
Walter Silva (São Paulo, 7 de março de 1933 – 27 de fevereiro de 2009) foi um jornalista e produtor musical brasileiro.

Também conhecido como “Pica-Pau”, iniciou a carreira profissional em 1952, em São Paulo, como locutor comercial da Rádio Piratininga. Desde então exerceu intensa atividade como jornalista das seguintes rádios:

Rádio 9 de Julho (1973), emissora oficial do IV Centenário de São Paulo, como locutor e apresentador
Rádio Cultura (1954), como locutor e apresentador
Rádio Mayrink Veiga e Rádio Mundial (1955), no Rio de Janeiro
Rádio Nacional do Rio de Janeiro (1956), como apresentador dos espetáculos musicais do Departamento de Intercâmbio
Em 1960, conquistou o prêmio de melhor repórter esportivo da televisão (TV Tupi). Foi o primeiro a narrar um jogo de futebol americano na América latina.
Qual o seu time?
Corinthians.

Qual o jogo marcante?
Corinthians 4×3 Palmeiras, no Morumbi, em 71. A vitória de virada foi inesquecível.

Qual a sua seleção de todos os tempos?
A de 1970 reforçada por dois jogadores: Robinho e Sócrates.

Qual a camisa mais bonita?
Eu gosto muitos das camisas brancas, principalmente a do Corinthians, a do Santos e a do Real Madrid.

Qual o melhor e o pior esporte?
Futebol, o melhor, e automobilismo, o pior.

Em que rádio você ouve futebol?
Eu não ouço futebol em nenhuma rádio. Eu ouviria se o Pedro Luiz e o Mário Moraes estivessem vivos. Sofro pela TV.

A revista que você lê.
Revista é como pão amanhecido. Prefiro ler jornais.

Qual o melhor e o pior presidente da história do Brasil?
JK foi o melhor. E o pior foi o Getúlio Vargas, o presidente que exerceu a ditadura mais nojenta da América.

A personalidade marcante em sua vida.
Paulo Francis.

Narrador esportivo de TV e de rádio.
De TV, Milton Leite. Uma das falhas da televisão brasileira foi ter empregado o Galvão Bueno. De rádio, eu escutava o Pedro Luiz.

Comentarista esportivo de TV e de rádio.
De TV, Maurício Noriega. De rádio, Mário Moraes.

Repórter esportivo de TV e de rádio.
Acho que na TV só tem aprendiz. De rádio, eu fico com Wanderley Nogueira, um homem ético, trabalhador e bom caráter.

Apresentador esportivo de TV e de rádio.
Eu não voto no Milton Neves porque ele é criador de polêmicas e eu sou contra este artifício. Não voto em ninguém.

Apresentador de auditório de TV.
César de Alencar.

Jornalista de TV.
José Nêumanne Pinto, Roberto Dávila e Renata Fan, que é culta e tem ética.

Programa esportivo de TV.
“Terceiro Tempo”, da Record.

Quem melhor escreve sobre esporte no Brasil?
José Roberto Torero e Tostão.

O melhor e o pior cartola.
Acho que ninguém se salva. Eu gostava apenas do Márcio Braga, mas só quando ele começou no Flamengo.

O melhor e o pior técnico.
O melhor foi o Luxemburgo, campeão por onde passou. O pior? Não me lembro.

Wikipedia e Milton Neves

Texto sobre o ” Constellation ” Pompéia, grande goleiro do América RJ

Quem conhece o Rio de Janeiro e o conglomerado de bairros que dividem a zona sul do início da zona norte da Cidade Maravilhosa, ou seja, Rio Comprido, Andaraí, Tijuca, Vila Isabel, Maracanã, Usina, Grajaú, Méier e segue em frente até Santa Cruz, a poucos minutos de Itaguaí sabe, também, a importância da poética Rua Campos Sales no contagiante Andaraí dos anos 50, 60 e 70. Mas há quem diga que – por questão de conforto e status – o então estádio do América ficava na Tijuca.
Pois, ali na Rua Campos Sales, por muito tempo predominou a elite social da zona norte, na sede social do América Futebol Clube. Era o marco que dividia a transformação dos bairros encravados na subida da Usina, mais precisamente na praça Saens Peña.

Historiadores esportivos asseguram que, na década de 40, muitos pensavam em construir um grande estádio de futebol, na Rua Álvaro Chaves, nas Laranjeiras (sede do Fluminense), mas a idéia foi abortada com a construção do Palácio Laranjeiras, muito próximo ao Palácio do Catete. Surgiu a idéia de construir esse grande estádio no local onde um dia foi o estádio Wolney Braune, campo do América Futebol Clube.
A sede da Tijuca possui parque aquático com três piscinas, sendo uma olímpica, outra semi-olímpica e uma infantil, além lanchonetes, quadras de areia e grama sintética, saunas, entre outros espaços dedicados ao esporte e ao lazer.

Finalmente, no fim da década de 40, a poucos metros da sede do América, na Rua Campos Sales, foi construído o Maracanã, sede principal da Copa do Mundo de 1950 e até hoje um dos principais estádios de futebol do Brasil e do mundo.

Chegou a década de 50 e, com ela, a Copa do Mundo. Com apenas 7 anos de idade, o autor destas linhas não viu o “maracanazzo”. Mas tem muitas informações, por ter trabalhado jornalisticamente na área do esporte por 23 anos no Rio de Janeiro. E o que se fala mais – quando se fala de futebol da Copa de 50 – é que Barbosa falhou. Isso para não dar tanto crédito ao belo gol de Gighia, ou à tremedeira que tomou conta de Danilo, Ademir Menezes, Zizinho, Chico, Bauer, Augusto e tantos outros daquele selecionado brasileiro.

Culpando Barbosa, os gestores do futebol brasileiro começaram a investir em novos goleiros. Castilho, Cabeção, Oberdã, Veludo começaram a aparecer, enquanto os clubes investiam até em outros países. O Flamengo trouxe Garcia, Chamorro.

E o ponto alto da posição começou a aparecer nos clubes que não “procuravam tanto” nem tinham aspirações com convocação para a seleção brasileira. O América, por exemplo, tinha Ari e Osni como goleiros titulares e resolveu investir num destaque do Bonsucesso que começou a chamar a atenção pela beleza plástica das suas acrobáticas defesas: Pompéia.

Nascido José Valentim da Silva, em Itajubá/MG no dia 27 de setembro de 1934, Pompéia, segundo contam alguns, não dava muita atenção às aulas na escola que freqüentava em Itajubá. Passava quase todo o tempo das aulas, rabiscando, desenhando. Seus desenhos preferidos eram Olívia Palito e Popeye, o marinheiro, personagens que, por anos a fio fizeram a alegria de muitas crianças.

De tanto desenhar o marinheiro, Zé Valentim ganhou o apelido de Pompéia, porque seus amigos de escola não sabiam pronunciar o nome do marinheiro comedor de espinafre. Ainda adolescente, começou a fazer gols atuando de centroavante no Itajubá, clube da segunda divisão do futebol mineiro extensão de lazer para funcionários da Fábrica de Itajubá.

O artilheiro Pompéia mudou de vida e foi colaborar com as vitórias do São Paulo, clube da mesma cidade mineira e também da segunda divisão. Mas, foi numa partida que o São Paulo foi fazer na cidade de Três Pontas, que o goleiro titular adoeceu. Tal como se pensa hoje no futebol profissional, o treinador entendeu que seria melhor não tomar gols, que fazê-los. Resolveu arriscar, escalando Pompéia como goleiro.

A ótima atuação do ex-centroavante como goleiro, não só assegurou a demissão do ex-titular que havia adoecido, como deu ao São Paulo e ao Brasil um dos melhores goleiros de todos os tempos. O time mineiro começou a enfrentar dificuldades para manter Pompéia no elenco, tamanha era a procura de grandes clubes interessados na sua contratação.

Fã incondicional do futebol carioca, Pompéia foi contratado pelo Bonsucesso no dia 1º de abril de 1953, depois de ter sido visto atuando como goleiro por um juiz que acompanhava o clube da zona leopoldinense do Rio de Janeiro numa excursão pelo interior mineiro.

Assinou o primeiro contrato de profissional com o Bonsucesso, ganhando 3.000 cruzeiros, moeda da época. Empolgou e chamou a atenção e, finalmente, em 1954 teve seu passe adquirido pelo clube da Rua Campos Sales, do poético bairro do Andaraí, hoje com suas entranhas cortadas pelas linhas do metrô carioca. Passou a ganhar no “Mequinha” exatos 8.000 cruzeiros.

Seis anos como titular absoluto, em poucas oportunidades Pompéia cedeu a vaga para Ari. Foi campeão carioca pelo América, em 1960, no então recentemente criado estado da Guanabara, com a seguinte formação: Pompéia (Ari); Jorge, Djalma Dais, Wilson Santos e Ivan; Amaro e João Carlos; Calazans, Antoninho, Quarentinha e Nilo.

Ainda defendendo as cores do time rubro, Pompéia chegou à seleção brasileira, quando a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) montou um combinado para defender a camisa canarinho em competições sul-americanas. Ali a seleção formou com: Pompéia; Djalma Santos e Edson; Formiga, Zózimo e Hélio; Canário, Romeiro, Leônidas, Zizinho e Ferreira.

Pompéia ainda defendeu as cores do São Cristóvão do Rio de Janeiro; do Galícia de Salvador/BA; do Clube do Porto, de Portugal e do Deportivo Português, da Venezuela, onde encerrou carreira, sendo campeão venezuelano em 1967. Pompéia faleceu no Rio de Janeiro, no dia 18 de maio de 1996.

Texto de José Maria Gonçalves e foto de Milton Neves
A seguir foto do goleiro em um de seus vôos espetaculares que lhe valeram um comercial da rádio Globo do Rio de Janeiro, comandada por Waldir Amaral.
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Intolerância das torcidas

Blog do Marcelo Damato postado no site LANCENET em 22.02.2009 com o título de Intolerância em vantagem:

Esse é o resultado da primeira enquete deste blog.

Você odeia algum desses times abaixo?

São Paulo 2.790 votos – 44,49%
Corinthians 2.453 votos – 39,12%
Palmeiras 572 votos – 9,12%
Santos 103 votos – 1,64%
Nenhum 353 votos – 5,63%
Total: 6.271 votos

Certamente os grandes derrotados são aqueles que veem o futebol como algo para reunir as pessoas, não para separá-las. Fomos apenas 5,63% dos eleitores, um resultado desanimador.

Como esperado, São Paulo e Corinthians foram os mais detestados, mas a presença do São Paulo à frente é uma surpresa. O Corinthians há muito tempo era o líder na rejeição.

É claro que as vitórias recentes incentivaram alguns dessa maneiras. Mas isso está longe de explicar a rejeição. Basta lembrar do São Paulo de Telê.

O Palmeiras ficou fora do foco, o que é bom para eles. Com essa rejeição tão baixa, se alcançarem conquistas importantes poderão dar um salto em sua torcida mirim, como o São Paulo fez nos anos 70 e 80.

Obviamente essa pesquisa não tem valor científico.

JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS

JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS
I – FICHA DO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS :

*FUNDAÇÃO : 11 DE MAIO DE 1919, BRASIL 6 X 0 CHILE.
*PRIMEIRO GOL : FRIEDENREICH, DA SELEÇÃO BRASILEIRA (DOS QUADROS DO C.A. PAULISTANO-SP),
AOS 19′ DO 1º TEMPO.
*CAPACIDADE INICIAL : 19.000 ESPECTADORES.
*AMPLIAÇÃO : 25.000 ESPECTADORES EM 17/09/1922, BRASIL 1 X 1 CHILE.
*REDUÇÃO DA CAPACIDADE : DEMOLIÇÃO DE PARTE DA ARQUIBANCADA EM 1961, PARA OBRAS DE CONSTRUÇÃO
DO VIADUTO DA RUA PINHEIRO MACHADO, DIMINUINDO A CAPACIDADE DO ESTÁDIO PARA 8.000 PESSOAS.
*RECORDE DE PÚBLICO : EM ALGUMAS OCASIÕES, ESTIMARAM-SE MAIS DE 30.000 ESPECTADORES,
COMO ACONTECEU JÁ NA 1ª PARTIDA APÓS A AMPLIAÇÃO, BRASIL 1 X 1 CHILE E NA PARTIDA
BRASIL 0 X 0 URUGUAI, PELO MESMO CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES.
*RECORDE DE PÚBLICO PAGANTE DO FLUMINENSE : FLUMINENSE 3 X 1 FLAMENGO, 25.718, 14/06/1925.
*MUDANÇA DE NOME : EM 2004, O ESTÁDIO RECEBEU O NOME DE MANOEL SCHWARTZ, EX-PRESIDENTE
DO CLUBE.
*JOGOS DO FLUMINENSE : SEGUNDO O SITE www.fluzao.info (EM 27/03/2008), O FLUMINENSE REALIZOU
800 JOGOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS, COM 513 VITÓRIAS (64,12%), 146 EMPATES (18,25%),
141 DERROTAS (17,62%), 2.126 GOLS PRÓ ( MÉDIA DE 2,65) E 1.007 CONTRA (MÉDIA DE 1,25) .
ÚLTIMO JOGO CONSIDERADO : FLUMINENSE 3 X 3 AMERICANO, 26/02/2003, PELO CAMPEONATO CARIOCA.

II – JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS ( PROPRIEDADE DO FLUMINENSE FOOTBALL
CLUB ), SEJAM DECISÕES OU JOGOS QUE DEFINIRAM ESTES TÍTULOS :

* Incluindo partidas disputadas no antigo Campo da rua Guanabara, antes da construção do
Estádio de Laranjeiras propriamente dito.
** Torneios oficiais, exceto torneios inícios do Campeonato Carioca.

1) CAMPEONATO CARIOCA DE 1907 : FLUMINENSE 2 X 0 PAISANDU, 27/10/1907 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
*** Ratificado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro em Junho de 2006, com o
Botafogo igualmente declarado campeão.
2) CAMPEONATO CARIOCA DE 1908 : FLUMINENSE 5 X 1 PAISANDU, 04/10/1908 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
3) CAMPEONATO CARIOCA DE 1911 : FLUMINENSE 2 X 0 AMÉRICA, 01/10/1911 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
4) CAMPEONATO CARIOCA DE 1912 : FLUMINENSE 2 X 4 PAISANDU, 20/10/1912 (PAISANDU CAMPEÃO).
5) CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES 1919 : BRASIL 1 X 0 URUGUAI, 19/05/1919
(BRASIL CAMPEÃO).
****Primeiro título disputado após a inauguração do Estádio de Laranjeiras .
*****O Campeonato Sul-Americano de Seleções era o nome anterior da atual Copa América de
Seleções Nacionais.
6) CAMPEONATO CARIOCA DE 1913 : AMÉRICA 1 X 0 SÃO CRISTÓVÃO, 30/11/1913 (AMÉRICA CAMPEÃO).
7) CAMPEONATO CARIOCA DE 1919 : FLUMINENSE 4 X 0 FLAMENGO, 21/12/1919 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
8) CAMPEONATO CARIOCA DE 1921 : FLAMENGO 2 X 1 AMÉRICA, 04/09/1921 (FLAMENGO CAMPEÃO).
9) CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES 1922 : BRASIL 3 X 0 PARAGUAI, 22/10/1922
(BRASIL CAMPEÃO).
10) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1923: SEL. CARIOCA 0 X 4 SEL. PAULISTA, 28/10/1923
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
11) CAMPEONATO CARIOCA DE 1924 : FLUMINENSE 7 X 0 SPORT CLUB BRASIL, 12/10/1924
(FLUMINENSE CAMPEÃO).
12) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1924: SEL. CARIOCA 1 X 0 SEL. PAULISTA, 21/12/1924
(SEL. CARIOCA CAMPEÃ).
13) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1925: SEL. CARIOCA 3 X 2 SEL. PAULISTA, 20/09/1925
(SEL. CARIOCA CAMPEÃ).
14) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1926: SEL. CARIOCA 2 X 3 SEL. PAULISTA, 07/11/1926
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
15) CAMPEONATO CARIOCA DE 1929 : VASCO 5 X 0 AMÉRICA, 24/11/1929 (VASCO CAMPEÃO).
16) CAMPEONATO CARIOCA DE 1930 : FLUMINENSE 2 X 2 BOTAFOGO, 07/12/1930 (BOTAFOGO CAMPEÃO).
17) CAMPEONATO CARIOCA DE 1933 : FLUMINENSE 0 X 4 BANGU, 12/11/1933 (BANGU CAMPEÃO).
18) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1934: SEL. CARIOCA 1 X 3 SEL. PAULISTA, 18/11/1934
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
19) TORNEIO ABERTO DE 1935 : FLUMINENSE 3 X 1 AMÉRICA, 14/07/1935 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
20) CAMPEONATO CARIOCA DE 1935 : AMÉRICA 2 X 2 FLAMENGO, 10/11/1935 (AMÉRICA CAMPEÃO).
21) CAMPEONATO CARIOCA DE 1936 : FLUMINENSE 1 X 1 FLAMENGO, 27/12/1936 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
22) TORNEIO MUNICIPAL DE 1938 : FLUMINENSE 6 X 0 BONSUCESSO, 06/08/1938 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
23) CAMPEONATO CARIOCA DE 1938 : FLUMINENSE 2 X 2 AMÉRICA, 30/12/1938 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
24) TORNEIO RIO-SÃO PAULO DE 1940 : FLUMINENSE 3 X 2 SÃO PAULO, 11/09/1940 (*).
(******) O torneio foi interropido em virtude das fracas rendas, os clubes declararam
Fluminense e Flamengo campeões, mas estranhamente a C.B.D. (atual C.B.F.) até hoje não
ratificou a decisão dos clubes (ver artigo mais abaixo).
25) CAMPEONATO CARIOCA DE 1942 : FLUMINENSE 1 X 1 FLAMENGO, 11/10/1942 (FLAMENGO CAMPEÃO).
26) TORNEIO MUNICIPAL DE 1944 : VASCO 2 X 2 FLAMENGO, 24/06/1944 (VASCO CAMPEÃO).
27) TORNEIO RELÂMPAGO DE 1945 : AMÉRICA 2 X 1 VASCO, 18/04/1945 (AMÉRICA CAMPEÃO).
28) TORNEIO MUNICIPAL DE 1951 : BOTAFOGO 3 X 0 VASCO, 20/06/1951 (BOTAFOGO CAMPEÃO).
29) TAÇA GUANABARA DE 1991 : FLUMINENSE 0 X 0 AMÉRICA, 29/09/1991 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
30) TAÇA GUANABARA DE 1993 : FLUMINENSE 1 X 0 VOLTA REDONDA, 11/04/1993 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
31) COPA RIO DE 1994: FLUMINENSE 0 X 1 VOLTA REDONDA (4X5PEN), 14/12/1994 (VOLTA REDONDA CAMPEÃO).

(******) Campeão, sem taça.

Em 1940, foi realizada a segunda edição do Rio-São Paulo, que foi, no mínimo, curiosa. Nove
equipes, cinco cariocas e quatro paulistas, se enfrentariam em dois turnos. Mas como as rendas
foram pequenas, o torneio foi abandonado pelos clubes paulistas ao término do primeiro turno.

Resultado: ao desistirem do returno, declararam os então líderes Fluminense e Flamengo como os
campeões. E o que fez a Confederação Brasileira de Desportos? Não aceitou a decisão dos clubes
e deu o torneio como inacabado, uma das primeiras vergonhas do futebol brasileiro.

Além do triste fato de não ter sido concluída, a edição de 1940 do Rio-São Paulo teve outra
peculiaridade: como em 1933, os jogos realizados entre Flamengo, Botafogo, Fluminense e América
também valeram pelo Campeonato Carioca. O Fluminense venceu cinco partidas e empatou três.

Trecho retirado do livro Fluminense Fotball Club, História, Conquistas e Glórias no Futebol
(Antonio Carlos Napoleão Duarte, Ed. MAUDAD, 2003), página 28.

(Obs: No Torneio Rio-São Paulo de 1940 (assim como já havia acontecido em 1933), os jogos entre
os clubes paulistas também foram válidos simultaneamente pelo campeonato estadual.)

III – RELAÇÃO DE CAMPEÕES :

1) FLUMINENSE : 12
2) AMÉRICA E SELEÇÃO PAULISTA: 3
4) BOTAFOGO, FLAMENGO, SELEÇÃO BRASILEIRA, SELEÇÃO CARIOCA E VASCO : 2
9) BANGU, PAISANDU E VOLTA REDONDA : 1

IV – JOGOS DECISIVOS DE TORNEIOS NACIONAIS QUE NÃO DEFINIRAM TÍTULOS :

1) FLUMINENSE 4 X 2 GRÊMIO, 19/10/1960, 2º JOGO (DE UM TOTAL DE 3), ZONA SUL DA TAÇA BRASIL
DE 1960.
2) FLUMINENSE 2 X 1 INTERNACIONAL, 10/12/1992, 1º JOGO (DE UM TOTAL DE 2), COPA DO BRASIL
DE 1992.

(C) Copyright Alexandre Magno Barreto Berwanger, RSSSF and RSSSF Brazil 2005/09

Obs: Bem a carater, o globoesporte.com fez matéria sobre o azar que o estádio das Laranjeiras dá ao Flamengo, Vasco e Botafogo……..
Times que treinam no campo do Fluminense levam a melhor em jogos decisivos contra os rivais do Tricolor:
A eliminação do Flamengo na Taça Guanabara deste ano, na derrota de 3 a 1 para o Resende, sábado passado, no Maracanã, fez surgir uma curiosa coincidência no futebol carioca. Recentemente, os times que escolhem as Laranjeiras como local de preparação para jogos decisivos contra os rivais do Fluminense têm levado vantagem nesses confrontos.

Quem mais sentiu isso na pele foi o Flamengo. Em 2004, quando perdeu a final da Copa do Brasil para o Santo André, o time do ABC Paulista treinou nas Laranjeiras e comemorou o título com a vitória por 2 a 0. Ano passado, pela Libertadores, o América, do México, treinou no mesmo lugar e deixou o Brasil com a vaga nas quartas-de-final da competição na bagagem depois da vitória por 3 a 0.

Em 2009, o Resende também repetiu a história e se deu bem. O Gigante do Vale treinou nas Laranjeiras na véspera da semifinal da Taça Guanabara e, no dia seguinte, derrotou o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, e se garantiu na final do primeiro turno.

Mas não é só com o Flamengo que as Laranjeiras dão sorte. Também no ano passado, Vasco e Botafogo sentiram a força da sede tricolor. Na semifinal da Copa do Brasil, o Sport se preparou no campo do Fluminense e eliminou o Vasco, em São Januário, nos pênaltis. No segundo semestre, o Estudiantes, da Argentina, confirmou a regra e empatou em 2 a 2 com o Botafogo, no Engenhão, pela Copa Sul-Americana, e se classificou para a semifinal.

O meia Thiago Neves acredita que exista uma carga de energia positiva nas Laranjeiras e revela o motivo:
– Este é um dado interessante que você está me passando. Acredito sim em boas energias, e além disso, todos os times que treinam nas Laranjeiras, independentemente de ser o Fluminense, são abençoados pelo Cristo Redentor, que está de braços abertos e de frente para o gramado – disse Thiago Neves.

Sinal dos tempos. O “coringa” Lima do Santos F.C. na Revista do Esporte

O perfil de Lima traçado por um órgão de imprensa em 1962 trazia o ordenado que recebia e até o nome da rua em que morava…..
[img:raio_x_de_corpo_inteiro.jpg,resized,vazio]

Li certa vez que Lima ainda estava jogando pelo Juventus naquela tarde de 1959 quando Pelé marcou seu gol mais bonito.
Dorval desceu pela direita e cruzou a bola. Pelé dominou e chapelou 3 zagueiros e depois o goleiro e tocou de cabeça para o gol.
Nunca conheci ninguém que esteve neste jogo.
Dados do Jogo: Santos x Juventus Local: Rua Javari Data : 02/08/1959 Público: aproximadamente 10 mil torcedores Renda: Cr$ 622.225,00 Árbitro: Sebastião Mairinque

Primeiro tempo: Santos 1 x 0 (Pelé aos 23 minutos) Final: Santos 4 x 0 (Pelé, aos 8 e 36 e Dorval aos 27 minutos).

Times: Santos: Manga, Ramiro, Pavão, Mourão e Formiga; Zito e Jair; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

Juventus: Mão-de-Onça, Julinho, Homero, Pando e Clovis; Lima e Zeola; Lanzone, Buzone, Cássio e Rodrigues.
Uma das formações do Juventus de Lima
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Em pé: Riogo, Mão de Onça, Clóvis, Homero, Lima e Pando e massagista Bianchi. Agachados: Lanzoninho, Zeola, Buzzone, Cássio e Rodrigues Tatu.
Deste ataque, Lanzoninho jogou no São Paulo e Corinthians. Zeola e Buzzone no Palmeiras. Cassio no Corinthians e Rodrigues, se não me engano, no Palmeiras.

A única vez que a Fiel aplaudiu um gol contra o Corinthians

Em um domingo, 17 de maio de 1989, fui ao Pacaembu ver pelo campeonato paulista Corinthians x Juventus.

Jogo de uma única torcida, com 23071 pagantes, entre eles eu, minha esposa e meus dois filhos, um com 11 anos e outro 8 anos.

Existem fatos inexplicáveis, até agora não consigo entender como eu e toda a torcida do Corinthians aplaudiu um gol contra o nosso time. A resposta talvez seja o “Sobrenatural de Almeida”, nome dado por Nelson Rodrigues a uma espécie de fantasma que assola o futebol, mudando os rumos de partidas e campeonatos como o vento muda de direção.

E foi o “Sobrenatural” que guiou, aos quarenta minutos do primeiro tempo, em um cruzamento na meia lua da grande área, o então jovem Silva do Juventus a acertar uma bicicleta, de primeira, como somente, dizem, Leônida da Silva sabia fazer.

O comportamento da torcida do Corinthians ao tomar um gol contra segue duas tendências: ou fica quieta e amargurada ou começa a gritar o nome do time para a virada do placar.

Desta vez, em uniformidade incrível, todos na Pacaembu bateram palmas para o rapaz.

Procurei na minha coleção de ingressos e vi que paguei para ver o jogo NCZ 2,00, ou seja, 2 cruzados novos.

Assim falou Ronaldo, goleiro do Corinthians sobre este gol:
-“Como pessoa achei o gol lindo. Como goleiro, detestei”.