Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Resumo das Capas das Revistas Placar de 1970 a 1975

A revista foi semanal ao longo dos anos 70 e 80, e assim permaneceu até agosto de 1990. Lançada pouco antes da Copa do Mundo de 1970, para preencher a lacuna de uma publicação nacional sobre o esporte, a revista levantou como bandeira a estruturação e modernização do comando do futebol brasileiro. Pelé foi o personagem da capa da primeira edição, que vendeu quase 200 mil exemplares e trouxe como brinde uma moeda cunhada em latão com a efígie do jogador.

N°1 – 20/03/70 – Aimoré, exclusivo: Meus favoritos no méxico; Receita para ganhar a Copa; Seleção vive o seu pior momento; Iustrich dopa com amor.
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N°56 -9/04/1971 – Azar no Maracanã: Pernas quebradas e MENGO sem gols +PARANÁ: Na bola e na bala + CORINTIANS já não tem medo, a Raça voltou + Tabelão + POSTER CENTRAL do EVERALDO do GRÊMIO + TOSTÃO+ Pro lugar de Pelé, sou mais o DIRCEU + Ele é um prato especial para os psiquiatras: Só IUSTRICH gosta de IUSTRICHE+ F2+ figurinhas).
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N°100 – 11/2/1972- O “LAUDO NATEL” : Juventos, Guarani, Botafogo, e Marilia na frente + O TORNEIO DO POVO: Timão e Galo perseguem o lider, Mengo + O SANTOS de novo: O Ultimo Titolo para PELÉ + FIGURINHAS DA ENCICLOPÉDIA: Uniforme, Escudos,Bandeira, Times, Seleção, etc. + Um premio para a FERRARI + POSTER DO CORINTIANS
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N°148 – 12/1/1973 – Um Domingo no Futebol brasileiro (14 páginas) + II Capitulo do Livro Eu e o Futebol de Almir o Pernambuquinho ( O Retrato sem medo do nosso Futebol) + Como se joga Futebol (parte 5 ) + MINI-POSTER DO TONI (dono da coroa do Euzebio /Portugal) +Tabelão + POSTER CENTRAL c/ tabela do Campeonado Mundial de Pilotos de F1 – 1973 ( Carros e Pilotos: Emerson, Stewrt, Jachye Ickx e outrosd).
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N°211 – 5/4/1974 – César Seleção Brasileira em nova fase +Quem move a Portuguesa + A invasão do Fluminense + Torino: Acordou o Grêmio + Formula 1: GP da africa + POSTER CENTRAL DA ASSOCIAÇÃO OLIMPICA DE ITABAIANA + Mini-Poster do RAMON ( Artilheiro do brasileirão de 73) +.SUPLEMENTO ESPECIAL + ESCUDINHOS.
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N°251 – 17/01/1975 – Falcão (inter), Zico (Mengo), Zé carlos (S.Paulo), Osni (Mengo) Uma nova seleção + Rivelino: Desta briga o Reizinhoi não foge +Loteria: Informe total +Série: Os maiores times do século + F1: A largada da Argentina + Poster Central:Curitiba Tetracampeão Paranaense + Miniposter do Geraldo do Botafogo: Artilheiro Paulista/74 +Miniposter do BIBI do Nacional, Artilheiro do Campeonato amazonense + Figurinhas da Enciclopédia do Futebol: Escudo da Itália+Escudo do Grêmio+ Jogadores: Sima e Jangada+Formação dos Times: São Paulo, Vice CAmp. da Libertadores + Seleção Alemã +Seleção Polonesa + Santos 3º colocado no Brasileiro e muito mais.
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06/03/1958 – SANTOS 7 X 6 PALMEIRAS – O maior espetáculo do futebol.

Palmeiras e Santos se enfrentavam pelo Torneio Rio-São Paulo naquela noite de 06 de março no Pacaembu. Era apenas mais um jogo do torneio, que não decidiria nada. Mas o que aconteceu naquela noite, era algo inacreditável. Quem começou a festa foi o Palmeiras com um gol do ponta-esquerda Urias. Não tardaria a resposta do Santos e o menino Pelé empatou. E ainda no primeiro tempo, uma seqüência impressionante de gols. Foi só Pagão fazer 2 x 1 para o Santos que, inflamado, o Palmeiras correu à frente para empatar (gol de Nardo) levando, em seguida, três golpes que pareciam mortais – como num deboche, Dorval, Pepe e Pagão estabeleceram 5 x 2. No intervalo, Oswaldo Brandão pediu vergonha aos palmeirenses, trocou o goleiro e colocou em campo o uruguaio Carballo. Com ele ao seu lado, Mazola transformou-se no diabo loiro e o milagre aconteceu: com gols de Mazola, Paulinho, Urias e Ivan, o Palmeiras virava para 6 x 5! “Milagre no Pacaembu!” gritava Édson Leite, testemunhando o que classificava de “o maior espetáculo que já vi no futebol”. Só que com a máquina do Santos, o milagre duraria pouco. Pepe empatou o jogo e, logo depois, virou-o para 7 x 6.
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Santos 7 x 6 Palmeiras – Veja detalhes do maior jogo da história entre os dois clubes

Escalações:

Santos: Manga; Hélvio e Dalmo; Fioti, Ramiro (Urubatão) e Zito; Dorval, Jair, Pagão (Afonsinho), Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Palmeiras: Edgar (Vitor), Edson e Dema; Waldemar Carabina, Valdemar Fiúme e Formiga (Maurinho); Paulinho, Nardo (Caraballo), Mazzolla, Ivan e Urias. Técnico: Oswaldo Brandão.

Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. Data: 07/03/1958.

Horário: 21h00.

Árbitro: João Etzel Filho (SP)

Renda: CR$ 1.676.995,00

Público: 43.068 pagantes

Gols: Urias, aos 18, Pelé aos 21, Pagão aos 25, Nardo ao 26, Dorval aos 32, Pepe aos 38 e Pagão aos 46 minutos do primeiro tempo. Paulinho aos 16, Mazola aos 19 e 27, Urias aos 34, Pepe aos 38 e 41 minutos do segundo tempo.

Considerações do jogo segundo um site palmeirens,o palestrino.sites.uol:

► Esse time do Palmeiras foi o último da grande depressão dos anos 50, quando ficamos (e foi um escândalo à época) quase 9 anos na fila.

► Foi o último ano de Mazzola no Palmeiras. ele foi vendido ao futebol italiano onde fez história como um dos maiores artilheiros daquele país, usando o seu sobrenome: (José João) Altafini.

► Esse nosso time, apesar de fraco, já encarava em pé de igualdade o Santos de Pelé e companhia. Aliás, o Palmeiras foi o único grande que o Santos de Pelé respeitava àquela época.

► A partir desse ano, 1958, o Palmeiras iniciava uma remodelação total em seu elenco e partia para a grande reação que trouxe o Super-Campeonato de 1959.

► Jogadores como Julinho Botelho, Romeiro, Djalma Santos, Zequinha, Aldemar, Geraldo Scotto, Valdir, Chinesinho, Enio Andrade, Américo iam se juntar a Valdemar Carabina, Nardo e outros, e formariam o maior de nossos times de todos os tempos: a primeira academia, que ainda não tinha Ademir da Guia.

► Um dos maiores ídolos de todos os tempos, com direito a estátua e tudo no Parque Antártica, começava a se despedir do futebol e da única camisa que defendeu em toda a vida: Waldemar Fiúme, o “Pai da Matéria”, slogan copiado depois por Osmar Santos, (um palmeirense que aderiu ao Corinthians) no rádio.

► Há um erro histórico de avaliação das linhas do Santos. A melhor linha do Santos não tinha Mengálvio e Coutinho. Foi a que o Palmeiras enfrentou, formada por Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe, o mesmo ataque que bateu o recorde de gols do paulistão em 58, com 143 gols, e o aumentou em 59 para 151 gols. com Mengálvio e Coutinho o Santos sequer chegou perto dessas marcas históricas. Os números não mentem.
Quem viu Pagão jogar sabe: no quesito habilidade foi estupendo, mas era um jogador frágil, de vidro, como se dizia antigamente, tipo Pedrinho, que se contundia com muita facilidade. Jair é o mesmo Jair da Rosa Pinto, falecido em 2005 e grande ídolo da torcida do Palmeiras, nessa época ele já tinha cerca de 40 anos.
Pepe é o segundo artilheiro da história do Santos, ou o primeiro, como ele gosta de dizer, porque segundo Pepe, os gols de Pelé não valem para essa contagem.

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milton neves

Grandes Clássicos – Botafogo x Flamengo

Nenhum outro jogador mexeu mais com a rivalidade entre botafoguenses e rubro-negros que o mitológico goleiro Manga. Ele defendeu o Alvinegro por dez anos, de 1959 a 1969, sagrando-se duas vezes bicampeão carioca, em 1961/62 e 1967/68.

Naqueles tempos em que craques como ele, Nílton Santos, Didi, Garrincha, Amarildo, Zagallo e, depois, Gérson, Jairzinho e Paulo César defendiam o Fogão, as vitórias nos clássicos contra o Flamengo eram favas contadas. Tão contadas que às vésperas de cada encontro Manga repetia uma frase hoje imortalizada: “Já mandei a ‘nega véia’ fazer a feira, porque o bicho do jogo de amanhã está garantido…”

Ficou famosa, também, a troca de faixas entre as duas torcidas em função das goleadas de 6 a 0 que um time já aplicou no outro. Depois do jogo de 15 de novembro de 1972, pelo Brasileiro, em que o Botafogo goleou com direito a um dos gols marcados de letra por Jairzinho, os botafoguenses passaram a levar para o estádio uma faixa com os seguintes dizeres: “6 a 0 é igual a 5, porque gol de letra não vale…”

Nove anos depois, pelo Campeonato Carioca de 1981, no dia 8 de novembro de 1981, a vingança rubro-negra: o Mengão devolveu os 6 a 0, para satisfação de seus torcedores. Que nos jogos contra o Botafogo passaram a responder à provocação dos rivais com uma outra faixa: “Nós gostamos de v0 x 6…”

PRINCIPAIS CLÁSSICOS – [img:escudos_1.jpg,thumb,vazio]

10/09/1944 – BOTAFOGO 5 X 2 FLAMENGO – O brilho eterno da estrela.
O Campeonato Carioca de 1944 corria empolgante. O Fluminense liderava a três pontos do Flamengo; o Botafogo vinha logo atrás, com um a menos que o Fla. Naquele 10 de setembro, General Severiano estava lotado para ver desfilar no seu gramado Heleno de Freitas, Zizinho, Geninho, Jaime de Almeida… Heleno faz o primeiro e, dez minutos depois, Jaime empata. Ninguém quer perder o Fluminense de vista. Outra vez o Botafogo fica em vantagem com o gol do argentino Valsek. Depois de mais 3 gols do Botafogo e um do Flamengo, o estádio assiste a um lance insólito: o Flamengo rebela-se contra a arbitragem, o time inteiro senta no meio do campo, e sentado fica até o derradeiro apito do juiz, 14 minutos depois do gesto injustificável.

15/12/1962 – BOTAFOGO 3 X 0 FLAMENGO – Show de Garrincha e Cia.
Se o Botafogo empatasse, adeus ao título carioca de 1962. Mas com um time daqueles (Manga, Paulistinha, Jadir, Nilton Santos e Rildo, Aírton e Édson, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagalo), o alvinegro era o favorito contra o Flamengo. Tarde de gala no Maracanã e o Brasil inteiro ligado na partida, que começou com uma investida fulminante de Dida, a bola raspando a trave de Manga. A pressão rubro-negra durou até que Garrincha, ganhando na corrida de Jordan, chutou cruzado e rasteiro no canto, sem defesa para Fernando: 1 x 0. Aos 35, Amarildo, mesmo com um estiramento na coxa, toca para Garrincha, que dribla dois, cruza para Quarentinha que emenda para o gol: 2 x 0. O Botafogo estava á vontade, imprimia ao jogo um ritmo cadenciado, na base do toque. Aos 2 minutos do segundo tempo, Garrincha fecha o placar, 3 x 0. E tome festa alvinegra.

15/11/1972 – BOTAFOGO 6 X 0 FLAMENGO – A histórica goleada.
Certamente nenhum botafoguense ou flamenguista jamais irá esquecer aquele 15 de novembro de 1972. Era feriado nacional e aniversário do Flamengo quando o Maracanã assistiu à uma das maiores goleadas do time de General Severiano sobre o rubro-negro. Uma goleada humilhante, que certamente Zagalo, técnico do Flamengo, nunca sonhou sofrer um dia no Maracanã. Jairzinho, logo aos 15 minutos de jogo, fez 1 x 0 para o Fogão. O segundo gol, aos 35, veio com um chute fulminante do argentino Fischer. Seis minutos depois, o mesmo Fischer fez 3 x 0, completando de cabeça um cruzamento de Zequinha. Jairzinho e Fischer faziam a festa na defesa rubro-negra. Aos 23 do segundo tempo, Jairzinho chutou no canto direito de Renato e levou a torcida do Botafogo à loucura. O quinto gol foi marcado também pelo “Furacão” Jairzinho, aproveitando outro passe de Zequinha e concluindo de letra. E era demais para o Flamengo. A torcida do Botafogo gritava “chega, chega” gozando o adversário. Para fechar a goleada, o grandalhão Ferreti, que entrara no lugar de Fischer, fez o sexto gol. Para ninguém esquecer mais. Essa goleada foi motivo de gozação dos botafoguenses para com os flamenguistas por anos. Até que veio a vingança.

29/04/1979 – FLAMENGO 2 X 2 BOTAFOGO – Campeão Invicto.
O Flamengo já era campeão carioca quando chegou ao último jogo contra o Botafogo no Macaranã. Se não perdesse, seria campeão invicto. O Botafogo vinha para pôr água no chopp do Flamengo. Mas os rubro-negros tinham Zico. E numa tarde inspirada, o “Galinho” fez dois gols em uma de suas melhores exibições com a camisa rubro-negra. Gil e Luisinho Lemos ainda empataram para o Botafogo, mas Zico, acalmando sua defesa, que queria partir pra cima e vencer o jogo, segurou o empate até o apito final. O Flamengo era campeão invicto.

08/11/1981 – FLAMENGO 6 X 0 BOTAFOGO – Nove anos depois, a vingança.
E a vingança veio, nove anos depois daquele 15 de novembro de 1972, pelo Campeonato Carioca. O primeiro gol foi aos 6 minutos de jogo: Nunes, emendando um cruzamento de Adílio da direita. Aos 27, tabela de Nunes e Adílio, a bola que estoura na defesa e volta para Zico fazer 2 x 0. O Botafogo não consegue passar do meio-de-campo. Aos 33 minutos, Lico aumenta, 3 x 0. Seis minutos depois, Adílio faz o quarto, escorando de cabeça uma falta de Zico. “Seis, queremos seis”, grita a torcida rubro-negra. Quando a bola sobrava para Jairzinho, único remanescente do Botafogo vitorioso, a torcida silenciava em respeito aos 3 gols que fizera naquele dia. Aos 29 minutos, Rocha derruba Adílio na área, Zico bate o pênalti com raiva e converte: 5 x 0. Faltando apenas 3 minutos, Adílio centra da esquerda, Zico sobe na área, Jorge Luís rebate para fora, mas na medida para Andrade, o camisa 6, que fulmina no ângulo esquerdo de Paulo Sérgio. Eram 6 x 0.

21/06/1989 – BOTAFOGO 1 X 0 FLAMENGO – A noite de 21 anos depois.
Aquele 21 de junho, certamente, foi um dos dias mais felizes na história do Botafogo. O time alvinegro estava há 21 anos sem conquistar um título e há três sem vencer um clássico carioca. Do outro lado, entretanto, estava o Flamengo de Zico, campeão de tudo na década de 80. O primeiro jogo terminara empatado, 0 x 0. O Botafogo vinha invicto, mas o Flamengo foi quem começou pressionando, tentando reviver o rolo compressor que marcara invejáveis 50 gols até então. No primeiro tempo, apesar da marcação ferrenha de Luisinho, Zico consegue levar perigo para o gol de Ricardo Cruz. Por sua vez, o Botafogo não consegue incomodar o arqueiro Zé Carlos. Começa o segundo tempo e Zico bate uma falta que passa raspando a trave de Ricardo Cruz. Mas a torcida alvinegra previa que algo de especial estava para acontecer. E o lançamento do herói Luisinho para Mazolinha na ponta-esquerda desencadeia uma série de incríveis coincidências: é o dia 21, o marcador do Maracanã marca 21 graus e Mazolinha prepara-se para fazer o 21º cruzamento do jogo aos 12 (21 invertido) minutos. A bola vem alta e cai no pé direito de Maurício que chuta. Era o primeiro chute do Botafogo ao gol de Zé Carlos. É gol! Era o que faltava para coroar a campanha rumo ao título invicto, depois de 21 anos de sofrimento.

19/07/1992 – BOTAFOGO 2 X 2 FLAMENGO – Pentacampeão Brasileiro.
Houve momentos em que só mesmo a fanática torcida rubro-negra parecia acreditar no título de 1992. O Flamengo terminava a fase de classificação em quarto lugar, atrás de Vasco, Botafogo e Bragantino. Fazendo-se valer da mítica capacidade de reação, o Mengo eliminou Vasco, Santos e São Paulo, chegando à final contra o Botafogo. O alvinegro, que se considerou melhor durante toda a competição, sucumbiu por 3 x 0, um show de Piá, Nélio e do onipresente Júnior. No jogo seguinte, quando o Fogão precisava de três gols de diferença, o empate em 2 x 2 bastou. O “vovô” Júnior, comandando a nação rubro-negra, abiu o placar aos 42 do primeiro tempo. Júlio César aumentaria a vantagem para o Flamengo aos 10 do segundo. O Botafogo reagiu e empatou com Pichetti e Valdeir. Mas de nada adiantou. O Flamengo conquistava seu quinto título brasileiro.

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celso unzelte

Lalá e Dalmo deram a idéia da paradinha no pênalti para o Rei

Dondinho é o “guia” mais famoso de Pelé. Afinal, foi aos ensinamentos do pai que o ex-atleta atribuiu o seu sucesso. Mas a carreira do maior jogador de todos os tempos não foi provida apenas pelo talento próprio e pelas heranças paternas.

Lalá, ex-goleiro que peregrinou pelos gramados brasileiros, mexicanos e venezuelanos, é um dos veteranos que guarda, entre títulos, fama e reconhecimento, o gostinho de dizer que “aperfeiçoou” o Rei.

Entre treinos, concentrações, viagens e jogos pelos idos dos anos 60, Lalá era mais do que um mero camisa 1. Assim como Dalmo, foi um mentor de Pelé. Foi ele, por exemplo, quem deu início a uma brincadeira que mais tarde se tornaria a marca registrada do Rei: a paradinha.

“Depois dos treinos, nós tínhamos o costume de ficar batendo bolas no gol e depois íamos para os pênaltis. Ficávamos eu, o Pepe, o Guerra, o Dalmo e o Pelé geralmente. O Dalmo queria me enganar, e então parava antes de chutar. E, com o tempo, o Pelé pegou isso e foi se aprimorando”, conta.
O milésimo gol do Rei teve uma ” meia ” paradinha:
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“Já que eu estava no gol, cabia a mim dar uns toques para ele. A gente sempre tentou aperfeiçoar o Pelé. Eu e o Dalmo tentávamos ajudá-lo em várias coisas, e uma delas era essa”.
Por falar no Dalmo, quem fez o gol do título do Bi em 1963, no Maracanã, contra o Milan? Foi Dalmo, é claro, de pênalti. Santos 1 x 0 Milan.
Realmente tinha categoria e era um grande batedor de pênalti.

Quem era Dalmo:
Foi integrante titular do maior e melhor time do mundo de todos os tempos. Dalmo jogou também no Guarani FC, como quarto-zagueiro. “Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo. Zito e Calvet. Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe jamais serão superados”, diz Dalmo. Abaixo foto de Dalmo jogando no Parque São Jorge contra o Corinthians em, 1962.
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Os treinos começaram realmente em 1959 e as brincadeiras após os treinos e o aprimoramento da “paradinha” sempre levava o Rei ao gol antes do final da atividade. E, em 1959, ele literalmente vestiu a camisa de goleiro para substituir Lalá.

Em 1959 Lalá levou uma pancada na cabeça em um jogo contra o Comercial, e continuou jogando, mas estava muito tonto e não agüentou por muito tempo. Em um momento, sentou no pé da trave e desmaiou.
Aí, como o Pelé gostava de brincar no gol durante os treinos, ele foi jogar no lugar de Lalá naquela partida.
E completa Lalá: e hoje eu posso dizer que se há alguém que poderia jogar como goleiro, era ele. O Pelé era fenomenal no gol, até melhor do que no ataque”, brinca.

O que fica é a curiosidade de como o Rei começou a paradinha nos pênaltis.
Foto de Lalá e Dalmo
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Pelé.Net
Foto de Milton Neves

ARTIGO DA SEMANA N°18/2009 90 anos do Estádio das Laranjeiras

No dia 21 de janeiro de 1919, para socorrer a Confederação Brasileira de Desportos que queria sediar o Campeonato Sul Americano de Futebol ( vencido pela primeira vez pelo Brasil ), o tricolor deu mais uma demonstração de força e prestígio. Em tempo recorde, ergueu o Estádio das Laranjeiras com capacidade para 15 mil pessoas. Veja na sequência de fotos históricas a construção desde o canteiro de obras.
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Foto do canteiro de obras do Estádio. As arquibancadas sendo construídas. Ao fundo o Palácio Guanabara .
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Parte das arquibancadas e tribuna quase prontas
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Parte externa do Estádio ainda em construção
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No centenário da Independência, realizou-se novo Sul Americano e o Fluminense, mais uma vez não decepcionou. Ao ser acionado, construiu mais um lance de arquibancadas aumentando sua capacidade em 5 mil lugares.

Segundo depoimento dado em 1988 pelo Grande Benemérito e ex-Presidente tricolor Marcos Carneiro de Mendonça a construção do segundo lance de arquibancadas do Estádio foi feita a pedido do Presidente Epitássio Pessoa apesar da diretoria ser contra, tendo o Fluminense mais uma vez arcado com todos os custos.
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O Patrono – Arnaldo Guinle
Arnaldo Guinle é o patrono do Fluminense Football Club, sem qualquer dúvida uma feliz escolha, pois dedicou parte de sua vida ao clube.
Aceito como sócio no dia 10 de outubro de 1902, Arnaldo recebeu o número 48 entre os sócios e desde este dia nada que se fez no Fluminense não contou com sua colaboração. Remido em 30 de maio de 1915 e benemérito a 4 de janeiro de 1916, no dia 18 de abril do mesmo ano assumia a presidência do clube devido a renúncia de Joaquim da Cunha Freire Sobrinho.
Permaneceu como presidente de 1916 a 1930, e em seu primeiro mandato, Arnaldo Guinle procurou apenas completar o plano de expansão iniciado por Cunha Freire.
Posteriormente realizou a grande revolução dentro do clube: o grande estádio, a sede, a piscina, as quadras de tênis, o stand de tiro, o departamento médico e o apoio total ao futebol que acabou dando ao F.F.C. seu primeiro tricampeonato.
Com apenas 4 anos de administração, Arnaldo Guinle transformou o clube e recebeu a mais alta distinção dentro dele, o título de Patrono, aprovado em Assembléia Geral no dia 17 dejulho de 1920.
Em 1922, com a ampliação do estádio e a construção do ginásio, o patrono completou o desenvolvimento tricolor.
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Em 11 de maio de 1919, o Estádio de Álvaro Chaves, propriedade do Fluminense Football Club era inaugurado com a partida entre Brasil e Chile. Este foi o primeiro estádio construído no Brasil para grandes espetáculos, com capacidade para 18.000 espectadores. O Brasil venceu a partida por 6 a 0 e, ao final do Campeonato Sul Americano de Seleções, em decisão contra o Uruguai, a Seleção Brasileira conquistava seu primeiro título internacional relevante.

Em 1922, o Estádio de Laranjeiras teve a sua capacidade aumentada para 25.000 espectadores, para sediar dois eventos de grande porte comemorativos do Centenário da Independência do Brasil, os Jogos Olímpicos Latino-Americanos (precursor dos Jogos Pan-Americanos) e o Campeonato Sul Americano de Seleções Nacionais, daquele ano, também conquistado pela Seleção Brasileira, sendo este , o segundo título internacional relevante da seleção canarinho. Em duas das partidas, contra Chile e contra o Uruguai, o público foi calculado em 30.000 pessoas .Na final, o Brasil venceu o Paraguai por 3 a 0, conquistando o título continental.

Em jogos do Fluminense e da Seleção Brasileira, algumas vezes, o público excedeu a lotação oficial deste estádio, com mais de 30.000 torcedores presentes, conforme estimativas da imprensa.

A Seleção Brasileira jogou 18 jogos nesta sua primeira casa, ganhando 13 e empatando 5, entre 11 de Maio de 1919 e 6 de Setembro de 1931 e incluindo o primeiro jogo da história da Seleção Brasileira contra o Exeter City, antes da construção das novas arquibancadas. Assim como o jogador do Fluminense e capitão da Seleção, Preguinho, viria a fazer o primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo,o também jogador tricolor Oswaldo Gomes, veio a fazer neste estádio o primeiro gol das História da Seleção Brasileira, na vitória por 2 a 0 sobre o Exeter City F. C. da Inglaterra aos 28 minutos de jogo, em 21 de Julho de 1914, aniversário de 12 anos do Fluminense Football Club .

No final da década de 1950, a administração carioca entrou em conflito com o clube por causa das obras de duplicação da Rua Pinheiro Machado, cujo novo traçado passaria pelo terreno do estádio. Em 1961, após 2 anos de entendimentos iniciados com a Prefeitura do antigo Distrito Federal e, posteriormente com o Governo do então Estado da Guanabara, o Fluminense teve parte de seu terreno desapropriado pela Sursan, em uma faixa de terreno situada na Rua Pinheiro Machado.

O Fluminense Football Club, pela desapropriação de uma área de 1.084,95 metros quadrados, recebeu a quantia em dinheiro de Cr$ 49.703.000,00 e mais as áreas remanescentes dos terrenos da esquina das Ruas Álvaro Chaves e Pinheiro Machado, no valor de Cr$ 31.355.000,00. Embora perdendo uma lateral de arquibancada, o Fluminense prestava novamente à cidade mais um serviço, embora com o sacrifício de seu próprio patrimônio.

Ao Estádio de Laranjeiras foi concedido o nome de Manuel Schwartz, vitorioso ex-presidente do Fluminense na década de 1980, em 2004.[2]

Hoje em dia, a capacidade do estádio apresenta-se reduzida para 8 mil torcedores e o campo mede 72 x 105 metros. Tal redução deveu-se a uma desapropriação para a duplicação da Rua Pinheiro Machado, necessária para o escoamento do trânsito do Túnel Santa Bárbara e o crescimento do bairro de Laranjeiras.

O Estádio é anexo ao Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro e antiga sede da República do Brasil. Apesar de toda a tradição de Laranjeiras, entretanto, foi no Maracanã que o Fluminense conquistou suas maiores glórias: a Copa Rio de 1952 (contra o Austria Viena, o Peñarol e o Corinthians), o Roberto Gomes Pedrosa de 1970 (contra o Atlético-MG), e o campeonato Brasileiro, em 1984, obtido em partida disputada contra o rival Vasco da Gama.

O Fluminense não joga mais partidas oficiais no Estádio das Laranjeiras, onde disputou 839 partidas, com 531 vitórias, 158 empates, 150 derrotas, 2.206 gols pró e 1049 gols contra, até o último jogo disputado, em 26 de fevereiro de 2003, empate de 3 a 3 contra o Americano Futebol Clube, pelo Campeonato Carioca .O Fluminense, quando tem o mando de campo, utiliza principalmente o Estádio do Maracanã.

Jogos da Seleção Brasileira nas Laranjeiras
1)Brasil 2 a 0 Exeter City F.C.(Ing.), 21 de Julho de 1914, p.3.000 .
Obs.1: Antes da construção das novas arquibancadas, antigo campo da Rua Guanabara .
Obs.2: Primeiro jogo da história da Seleção Brasileira .
Obs.3: Oswaldo Gomes do Fluminense, autor do primeiro gol do Seleção Brasileira .
2)Brasil 6 a 0 Chile, 11 de Maio de 1919, p.20.000 .
Obs.:Primeiro jogo da Seleção do Chile no Brasil .
3)Brasil 3 a 1 Argentina, 18 de Maio de 1919, p.21.000 .
Obs.: Primeiro jogo da Seleção da Argentina no Brasil .
4)Brasil 2 a 2 Uruguai, 25 de Maio de 1919, p.23.000 .
Obs.:Primeiro jogo da Seleção do Uruguai no Brasil .
5)Brasil 1 a 0 Uruguai, 29 de Maio de 1919, p.28.000 .
Obs.: Brasil Campeão Sul Americano .
6)Brasil 3 a 3 Argentina, 1 de Junho de 1919, p.22.000 .
Obs.: Brasil campeão da Taça Roberto Cherry .
7)Brasil 1 a 1 Chile, 17 de Setembro de 1922, p.30.000 .
8)Brasil 1 a 1 Paraguai, 24 de Setembro de 1922, p.22.000 .
Obs.: Primeiro jogo da Seleção do Paraguai no Brasil .
9)Brasil 0 a 0 Uruguai, 1 de Outubro de 1922, p.30.000 .
10)Brasil 2 a 0 Argentina, 15 de Outubro de 1922, p.22.000 .
11)Brasil 3 a 0 Paraguai, 22 de Outubro de 1922, p.25.000 .
Obs.: Brasil Campeão Sul Americano .
12)Brasil 5 a 0 Motherwell F.C.(Esc.), 24 de Junho de 1928, p.19.266 .
13)Brasil 2 a 0 Ferencváros T.C.(Hun.), 10 de Julho de 1929, p.18.667 .
14)Brasil 3 a 2 França, 1 de Agosto de 1930, p.15.000 .
Obs.:Primeiro jogo de uma seleção européia no Brasil e contra a Seleção da França na história .
15)Brasil 4 a 1 Iugoslávia, 10 de Agosto de 1930, p.8.000 .
Primeiro jogo da Seleção da Iugoslávia no Brasil .
16)Brasil 4 a 3 Estados Unidos, 17 de Agosto de 1930, p.16.500 .
Obs,: Primeiro jogo contra a Seleção dos Estados Unidos na história .
17)Brasil 2 a 0 Uruguai, 6 de Setembro de 1931, p.15.000 .
Obs.: Brasil campeão da Copa Rio Branco .
18)Brasil 7 a 2 Andarahy F.C.(RJ), 27 de Novembro de 1932 .

www.flumania.com.br
wikipedia
Alexandre Magno Barreto Berwanger

O primeiro parceiro de Pelé

Resolvi procurar algo sobre o primeiro parceiro de Pelé, o craque Pagão. Vi alguns jogos dele antes da chegada do Coutinho . Dois fatos memoráveis do Santos Futebol Clube eu acompanhei mesmo sendo corintiano. Um deles quando Pelé substituiu o goleiro machucado e ainda defendeu um pênalti. O outro fato aconteceu em 14 de agosto de 1963, o famoso jogo do cai cai e eu também estava no Pacaembu. A torcida do Santos na capital era pequena naquela época e agente ia para ver o Pelé jogar.
Interessante reparar no estribilho final da música que Chico Buarque fez para Pagão
Segue abaixo texto de Viviane Cordeiro Domingos da Silva jornalista, pesquisadora da história do Santos e santista apaixonada.

Paulo César Araújo pode existir muitos, mas Pagão só existiu um. Adepto do futebol-arte, este centroavante foi um dos maiores futebolistas do Brasil na década de 50, ao lado de outros grandes jogadores como Pelé e Pepe.

Rapaz franzino e com o toque de bola refinado, ficou conhecido pelos torcedores adversários como “Canela de vidro”, pois sofria muito com os choques dos zagueiros.

Pagão iniciou sua carreira no Jabaquara Atlético Clube, levado pelo Papa, um descobridor de talentos na cidade de Santos. Depois, passou pela Portuguesa Santista, indo para o Santos no ano de 1955, saindo da Vila Belmiro em 1963 e retornando em 1965. Neste mesmo período teve uma passagem pelo São Paulo, onde deu continuidade ao sucesso que conquistara no time da baixada santista.
[img:famosa_foto_de_Pag__o.jpg,resized,vazio]

Dono da camisa nove, Pagão conquistou inúmeros títulos no Santos: Campeão Paulista em 1955, 56, 58, 60, 61 e 62; Campeão Brasileiro (Taça Brasil) em 1961 e 62; Campeão Sul-Americano (Taça Libertadores) em 1962 e Campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1959. Com 59 partidas disputadas em 1957, Pagão foi o artilheiro do time, com 34 gols. Já no ano seguinte, o atacante balançou 33 vezes as redes adversárias, sendo o terceiro jogador mais assíduo do Santos, e está dentre os 10 primeiros artilheiros da história do Peixe.

Como ele próprio afirmava, gostava de jogar fora da área. Não ficava estático na frente do ataque – armava e preparava as jogadas, que quase sempre resultava em gol, ou dele, ou do Pelé. Pagão foi o primeiro grande parceiro de Pelé, e sempre servia o Rei praticamente na cara do gol.

Todos estes frutos lhe renderam um admirador digno de ser admirado por toda a nação, o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda. Para ele, Pagão é o seu maior ídolo. A paixão era tão grande que Chico, ainda menino e sem dinheiro, ia aos jogos do Santos, no Pacaembu, e ficava esperando a abertura dos portões, após o intervalo, só para ver as incríveis jogadas de Pagão. Até declarou sua admiração pelo jogador em seu DVD Chico Buarque – O Futebol, em sua canção intitulada Futebol.

Após vitórias e conquistas, Pagão teve um fim um tanto desagradável. O jogador, de belos passes, de leveza a cada toque na bola, veio a falecer por falência do fígado em 4 de Abril de 1991, aos 56 anos.

Letra da música escrita por Chico Buarque de Holanda – Futebol

Para estufar esse filó
Como eu sonhei

Se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual
Ao jogador
Qual
Compositor
Para aplicar uma firula exata
Que pintor
Para emplacar em que pinacoteca, nega
Pintura mais fundamental
Que um chute a gol
Com precisão
De flecha e folha seca

Parafusar algum João
Na lateral
Não
Quando é fatal
Para avisar a finta enfim
Quando não é
Sim
No contrapé
Para avançar na vaga geometria
O corredor
Na paralela do impossível, minha nega
No sentimento diagonal
Do homem-gol
Rasgando o chão
E costurando a linha

Parábola do homem comum
Roçando o céu
Um
Senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu
Para anular a natural catimba
Do cantor
Paralisando esta canção capenga, nega
Para captar o visual
De um chute a gol
E a emoção
Da idéia quando ginga

(Para Mané para Didi para Mané para Didi para Mané para
Didi para Pagão para Pelé e Canhoteiro).

Viviane Cordeiro Domingos da Silva é jornalista, pesquisadora da história do Santos e santista apaixonada

Esquema tático de Corinthians 3 x 1 Santos

O Corinthians venceu o Santos por 3 a 1 na Vila Belmiro e ampliou sua vantagem na final do campeonato paulista, já que pode até perder por dois gols de diferença no segundo jogo. Os gols foram de Chicão e Ronaldo (2).

O Santos teve mais posse de bola e jogou praticamente o tempo todo no campo de ataque, mas perdeu o jogo em uma bola parada e em dois contra-ataques.
[img:Esquema_Santos.png,thumb,vazio]
Atuando no 4-3-3, variando para o 3-4-3. A linha defensiva foi formada por Luizinho pela direita (praticamente não sobe ao ataque e atua como terceiro zagueiro), Fabão, Fabiano Eller e Triguinho (que, na maior parte do tempo, atuou como ala pela esquerda. Dois volantes marcadores pelo centro (Pará e Germano) e um meia-armador (Paulo Henrique, o Ganso) que caia mais pela esquerda.

O ataque, dessa vez, não contou com a recomposição de meio-campo feita normalmente por Neymar (pela direita) e, principalmente, Madson (pela esquerda, às vezes trocando de posição com Neymar). O time não atuou no 4-2-3-1, que normalmente vinha apresentando, mas no 4-3-3 e no 3-4-3, porque o Corinthians jogou muito recuado e permitiu que os pontos jogassem enfiados.

O Corinthians jogou num 3-6-1 que, por vezes, se transformava num 5-4-1. O time começou o jogo com três volantes e, no final, estava com cinco. Se bem que, antes das substituições, Alessandro executou três funções: zagueiro pela direita (na maior parte do tempo), volante e lateral direito. Cristian foi o volante mais centralizado (por vezes sendo o terceiro zagueiro, quando Alessandro transformava-se em lateral), Elias, o volante pela direita e Morais cumpriu os papéis de volante pela esquerda e meia-esquerda.

[img:Esquema_Corinthians.png,thumb,vazio]
Douglas armou pelo meio, Ronaldo ficou isolado no ataque e André Santos teve mais liberdade pela ala-esquerda (embora tenha se posicionado também como lateral-esquerdo, marcando Neymar por aquele setor).

Jorge Henrique, assim como Alessandro, também cumpriu três funções: atuou como lateral-direito (sua principal função), ala-direito e atacante pela direita. Como lateral, Jorge Henrique marcou Triguinho, que subiu muito ao ataque por aquele lado.
http://www.esquemastaticos.blogspot.com/

Juan, o craque?

Recebi do meu amigo e torcedor do Bangu, Jairo Salles :

Domingo, 26.04.2009, assisti ao jogo Flamengo x Botafogo. Hoje, em face do exagerado mercantilismo do futebol, assisto a qualquer jogo sem a paixão de torcedor.
Viram a reação do lateral do Flamengo ao ser driblado por um outro companheiro de profissão cujo nome parece o da rua Maxwell, no bairro da Tijuca? Creio que no cartório a intenção de quem batizou o menino fosse o nome referenciado mas, foi pronunciado errado.
Fiquei imaginando qual seria a reação do rapaz se tivesse a incumbência de marcar ponteiros como Garrincha, que driblava o mesmo marcador várias vezes, Julinho, Joel (Fla), Paulo Borges (Bangu), Canário (América), Sabará (Vasco) e tantos outros. Imagino que entraria em campo de revólver. Mas, entendamos o rapaz se acha um “cracaço” e não pode ser driblado. Pergunto se ele ele figuraria na galeria onde estão: Nilton Santos, Marinho Chagas (Botafogo), Leonardo (Flamengo), o próprio Roberto Carlos, enquanto jogou seriamente? Mas, são os valores de hoje que contagiaram também ao outrora criativo e artístico futebol brasileiro que tanto encantou o mundo. Prevalece, como diria Nelson Rodrigues, o idiota.
Juan se acha craque porque certamente vive a era mais medíocre do nosso futebol. Aquele dedo em riste significou para mim: não repita isto. Nós pertencemos a geração e a era dos jogadores que se notabilizam por chutões, carrinhos por trás, e passes para os lados. Não me venha aqui querer exibir arte. Te encho de porr……..
Por essas e outras é que ainda ontem o Ronaldo do Corinthians provou que mesmo com cem quilos ainda é melhor dos que todos esses que andam por aí. Em face do mar de mediocridades se Romário resolver voltar ainda será o artilheiro nestes campeonatozinhos de brincadeirinha.

Depois do Juan, vejam esta e comparem.
Viva a cultura e a esportividade.

Corrigindo Erro – Gol sem querer

Existem situações na vida que nos fazem acreditar que é sempre possível sermos melhores do que somos!
Temos aqui um bom exemplo:
Durante um jogo de futebol, na Holanda, um jogador da equipe de vermelho – O Ajax Amsterdã – sofreu uma falta e ficou contundido, caído no chão.
Um dos jogadores da equipe adversária – de amarelo – como é hábito, atirou a bola para fora para que o jogador fosse atendido.
Quando o jogador ficou recuperado, o lançamento pertenceu ao Ajax (de vermelho) e, como manda o desportivismo, um jogador do Ajax tentou devolver a bola para o campo do adversário. Só que o fez de forma
desajeitada e, sem querer, acabou por meter a bola no gol.
Todos, incluíndo o jogador que, sem querer, fez o gol, ficaram atrapalhados. Mas o árbitro considerou o gol válido!
A bola voltou ao centro para o jogo ser retomado com aquele injusto resultado.
Foi nesse momento que os jogadores do Ajax, com grande espírito desportivo, rapidamente tomaram uma resolução: ficarem todos quietos para permitir que os adversários – os de amarelo – fizessem eles também um gol para repor a justiça no resultado. E foi isso que aconteceu!!!
É impressionante o sentido de justiça da equipa do Ajax – de vermelho – e o bom entendimento entre todos eles para que nenhum se movimentasse. Eles queriam ganhar, mas a vitória teria que ser “limpa” e “justa”!
Para que chegue a todos: às Famílias, às Escolas, às Empresas…
Quem sabe se chega também ao congresso, ao Governo, aos Tribunais…
Todos precisamos aprender com exemplos de honestidade…

Cabe a nós ensinar.