Lalá e Dalmo deram a idéia da paradinha no pênalti para o Rei

Dondinho é o “guia” mais famoso de Pelé. Afinal, foi aos ensinamentos do pai que o ex-atleta atribuiu o seu sucesso. Mas a carreira do maior jogador de todos os tempos não foi provida apenas pelo talento próprio e pelas heranças paternas.

Lalá, ex-goleiro que peregrinou pelos gramados brasileiros, mexicanos e venezuelanos, é um dos veteranos que guarda, entre títulos, fama e reconhecimento, o gostinho de dizer que “aperfeiçoou” o Rei.

Entre treinos, concentrações, viagens e jogos pelos idos dos anos 60, Lalá era mais do que um mero camisa 1. Assim como Dalmo, foi um mentor de Pelé. Foi ele, por exemplo, quem deu início a uma brincadeira que mais tarde se tornaria a marca registrada do Rei: a paradinha.

“Depois dos treinos, nós tínhamos o costume de ficar batendo bolas no gol e depois íamos para os pênaltis. Ficávamos eu, o Pepe, o Guerra, o Dalmo e o Pelé geralmente. O Dalmo queria me enganar, e então parava antes de chutar. E, com o tempo, o Pelé pegou isso e foi se aprimorando”, conta.
O milésimo gol do Rei teve uma ” meia ” paradinha:
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“Já que eu estava no gol, cabia a mim dar uns toques para ele. A gente sempre tentou aperfeiçoar o Pelé. Eu e o Dalmo tentávamos ajudá-lo em várias coisas, e uma delas era essa”.
Por falar no Dalmo, quem fez o gol do título do Bi em 1963, no Maracanã, contra o Milan? Foi Dalmo, é claro, de pênalti. Santos 1 x 0 Milan.
Realmente tinha categoria e era um grande batedor de pênalti.

Quem era Dalmo:
Foi integrante titular do maior e melhor time do mundo de todos os tempos. Dalmo jogou também no Guarani FC, como quarto-zagueiro. “Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo. Zito e Calvet. Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe jamais serão superados”, diz Dalmo. Abaixo foto de Dalmo jogando no Parque São Jorge contra o Corinthians em, 1962.
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Os treinos começaram realmente em 1959 e as brincadeiras após os treinos e o aprimoramento da “paradinha” sempre levava o Rei ao gol antes do final da atividade. E, em 1959, ele literalmente vestiu a camisa de goleiro para substituir Lalá.

Em 1959 Lalá levou uma pancada na cabeça em um jogo contra o Comercial, e continuou jogando, mas estava muito tonto e não agüentou por muito tempo. Em um momento, sentou no pé da trave e desmaiou.
Aí, como o Pelé gostava de brincar no gol durante os treinos, ele foi jogar no lugar de Lalá naquela partida.
E completa Lalá: e hoje eu posso dizer que se há alguém que poderia jogar como goleiro, era ele. O Pelé era fenomenal no gol, até melhor do que no ataque”, brinca.

O que fica é a curiosidade de como o Rei começou a paradinha nos pênaltis.
Foto de Lalá e Dalmo
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Pelé.Net
Foto de Milton Neves

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