Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Histórias das arquibancadas

Por Celso Unzelte
As três histórias a seguir aconteceram nos jogos Palmeiras x Deportivo Cali (final da Libertadores de 99), Corinthians x Inter (decisão da Copa do Brasil de 2009) e em um clássico entre Remo e Paysandu. Mas poderiam ter acontecido em qualquer arquibancada.

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A primeira me foi contada pelo amigo Walter Mazzuchelli, o popular Anjinho, velho companheiro na profissão e na vida desde os tempos de Placar. Foi presenciada por ele na noite de 16 de junho de 1999, quando o Palmeiras foi campeão da Libertadores.

Depois da vitória do Deportivo Cáli, na Colômbia, por 1 a 0, e dos 2 a 1 do Palmeiras naquela noite, no Parque Antarctica, a decisão teve que ir para os pênaltis. Nas arquibancadas, uma família de Sorocaba, interior de São Paulo, que havia viajado até a capital especialmente para assistir ao jogo, insistia para que um garoto de cerca de 10 anos ficasse de costas para o campo na hora em que Zinho se preparava para a primeira cobrança do Palmeiras. “Ele não pode olhar para o campo, de jeito nenhum”, explicava o pai, desesperado. “Toda vez que o Palmeiras cobra um pênalti e ele vê, a bola acaba não entrando.” Ninguém estava ligando muito para a superstição, até ver o chute de Zinho estourar no travessão.

Dali para a frente, não só o pai ou a família, mas todos os palmeirenses que estavam em volta passaram a pedir pelo amor de Deus para que o garoto ficasse de costas para o campo. Foi um sacrifico segurá-lo de uma maneira que, mesmo esperneando, ele não visse todas as outras cobranças, efetuadas por Júnior Baiano, Roque Júnior, Rogério e Euller. Mas valeu a pena: coincidência ou não, naquela noite, deu Palmeiras, 4 a 3.

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A segunda aconteceu comigo. No primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Inter, no Pacaembu, o torcedor corintiano assistia das arquibancadas, espremido entre uma jovem e uma senhora perto dos 80 anos. Naquela noite, o Corinthians chegou sem grande drama aos 2 a 0, mas a partir dali teve que fazer das tripas coração para não sofrer nenhum gol em casa e, assim, viajar com uma boa vantagem para Porto Alegre, conforme reza o regulamento.

A cada chute do Inter contra o gol de Felipe, o torcedor corintiano se contorcia. Até que, sem querer, roçou seu braço no da moça que estava à sua direita. E cismou que se não roçasse o braço também na velhinha que estava à esquerda, “igualando”, assim, as coisas, o Corinthians acabaria tomando um gol.

Foto: GazetaPress
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O problema é que, logo depois, foi a velhinha que roçou o braço no dele. E o rapaz se viu, então, na obrigação de roçar o dele novamente no da moça, igualando as coisas mais uma vez. E assim foi durante o resto dos 90 minutos, tudo para que o Corinthians não tomasse um gol.

O jogo, enfim, terminou com a vitória corintiana por 2 a 0, e só então o rapaz pôde se desculpar, explicando às duas que, se por acaso elas tivessem sentido todo aquele roça-roça durante a partida, havia sido por mera superstição da parte dele. “Ah, que pena… Então era só por causa disso?”, respondeu a velhinha, visivelmente decepcionada.

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Por último, uma história que vem do norte do País, contada por Amaro Klautau, o simpático presidente do Clube do Remo, que esteve em São Paulo para o lançamento do livro infantil Todo-Poderoso Timão em quadrinhos, do craque Ziraldo.

Na véspera de um clássico entre Remo e Paysandu, dois caboclos do interior paraense, ambos torcedores do Remo, resolveram ir para Belém ver o jogo. Para isso, tiveram que cruzar um rio com uma embarcação rudimentar, daquelas com péssima vedação, que têm mais água dentro do que fora. Por isso, combinaram que enquanto um ia remando o outro ia tirando a água de dentro da canoa com uma cuia. E assim acabaram chegando.

No estádio, os dois se sentaram por engano no meio da torcida do Paysandu. Pior: na hora do gol do Remo, não se aguentaram e levantaram para gritar. Logo apareceu por trás deles um enorme torcedor do Paysandu, que disse para a multidão: “Pessoal, esses dois são do Remo!”

Um deles, então, tratou logo de tirar o corpo fora: “Eu não sou, não senhor, eu não sou. Eu sou é o da cuia…”

Fonte: Jornalista e pesquisador, Celso é professor de jornalismo e comentarista do canal ESPN Brasil, no qual participa do programa “Loucos por Futebol”. Também colabora com especiais para as revistas Placar e Quatro Rodas. Celso escreve semanalmente para o Yahoo! Esportes.

Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer

O Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer foi um torneio internacional de futebol disputado entre 7 de Junho e 4 de Julho de 1953 em São Paulo e no Rio de Janeiro, e que teve o Vasco da Gama como campeão invicto. Esta competição foi uma tentativa de se manter um torneio internacional no Rio de Janeiro após a extinção da Copa Rio, que tinha este nome por ser patrocinada financeiramente pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Contou com a desistência do Real Madrid da Espanha e o Nacional do Uruguai. Os torcedores do Vasco e parte da imprensa consideram esta competição como sendo precussora do Mundial Interclubes assim como a Copa Rio de 1951/52. O modelo de realização deste Torneio foi copiado pela FIFA na realização do Mundial Interclubes FIFA 2000, disputado no Brasil.

Grupo do Rio de Janeiro
Botafogo Brasil Vice-campeão da Pequena Taça do Mundo 1
Hibernian Escócia Campeão escocês 1952/53 (temporada)
Fluminense Brasil Campeão da Copa Rio de 1952 2
Vasco Brasil Campeão carioca de 1952

Grupo de São Paulo
Corinthians Brasil Campeão da Copa Arroz 1953( ou 54), apos bater o São Paulo.
Olimpia Paraguai Vice-campeão paraguaio em 533
São Paulo Brasil Campeão Paulista de 1953
Sporting Portugal Tetra-campeão português 50/51 51/52, 52/53 e 53/54

Partidas

Grupo do Rio de Janeiro (todas as partidas no Maracanã)

7 de Junho de 1953 Rio de Janeiro A Vasco 3 – 3 Hibernian
13 de Junho de 1953 Rio de Janeiro B Botafogo 3 – 1 Hibernian
14 de Junho de 1953 Rio de Janeiro C Vasco 2 – 1 Fluminense
17 de Junho de 1953 Rio de Janeiro D Botafogo 2 – 2 Fluminense
20 de Junho de 1953 Rio de Janeiro E Fluminense 3 – 0 Hibernian
21 de Junho de 1953 Rio de Janeiro F Vasco 2 – 1 Botafogo

Classificação final

1 Vasco da Gama
2 Fluminense
3 Botafogo
4 Hibernian

Grupo de São Paulo (todas as partidas no Pacaembu)

7 de Junho de 1953 São Paulo G Corinthians 5 – 2 Olimpia
13 de Junho de 1953 São Paulo H São Paulo 4 – 1 Olimpia
14 de Junho de 1953 São Paulo I Corinthians 2 – 1 Sporting
17 de Junho de 1953 São Paulo J São Paulo 4 – 1 Sporting
20 de Junho de 1953 São Paulo L Olimpia 1 – 1 Sporting
21 de Junho de 1953 São Paulo M São Paulo 1 – 1 Corinthians
Neste jogo de 21 de junho de 1953 aconteceu o famoso gol espírita no Pacaembu. O São Paulo que já teve Bene um grande jogador, teve também o Benedito, autor do gol mais espírita do nosso futebol. Neste jogo contra o Corinthians já ao final do jogo, evitou que a bola saísse pela linha de fundo e cruzou a bola com efeito e a bola passou pela linha do gol e acabou entrando na meta corintiana aos 41 minutos do segundo tempo. Souzinha empatou a partida aos 44 minutos. Final 1 x 1. Benedito jogou apenas nove partidas pelo tricolor do Canindé. Apenas uma partida como titular. As outras oito, foram em substituição a Lanzoninho, inclusive o jogo do gol espírita.
Classificação final

1 São Paulo
2 Corinthians
3 Sporting
4 Olimpia

Semi-finais

Semi-final de São Paulo

24 de Junho de 1953 São Paulo N São Paulo 1 – 0 Fluminense
28 de Junho de 1953 São Paulo O São Paulo 0 – 1 Fluminense
São Paulo P São Paulo 1 – 0 Fluminense Prorrogação

Semi-final do Rio de Janeiro

24 de Junho de 1953 Rio de Janeiro Q Vasco da Gama 4 – 2 Corinthians
28 de Junho de 1953 Rio de Janeiro R Vasco da Gama 3 – 1 Corinthians

Final

1º de Julho de 1953 São Paulo S São Paulo 0 – 1 Vasco da Gama
4 de Julho de 1953 Rio de Janeiro T Vasco da Gama 2 – 1 São Paulo
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gol Espírita: Adaptado do texto de Mario Lopomo

Algumas lembranças do Rio-São Paulo de 1960

RIO-SÃO PAULO 1960

Em 1960 eu tinha 9 anos de idade e o que mais gostava era de ver futebol na TV ou ler as notícias esportivas nos jornais. Na época o futebol exercia um fascínio nos garotos talvez da mesma forma que os jogos eletrônicos hoje. Era o que tínhamos para fazer junto aos times de botão, jogar pião, bola de gude e empinar papagaios ( pipa ).
Quase todas as fichas técnicas abaixo, dos jogos do Corinthians, conforme http://brfut.blogspot.com/2009/08/rio-sao-paulo-1960.html, contem algumas lembranças que guardo na memória .

13/03
Corinthians 1×2 Fluminense
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 1.003.500,00
Juiz: Eunápio de Queiros.
Gols: Valdo 12’ e 77’, Cláudio 89’
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Oreco e Walmir; Zague (Bataglia), Higino, Joaquinzinho, Rafael e Cláudio.
Técnico: Alfredo Ramos
FFC: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro; Edmilson, Clóvis e Altair; Maurinho, Paulinho, Valdo, Wilson (Jair Francisco) e Escurinho (Almir).
Técnico: Zezé Moreira.

16/03
Flamengo 3×1 Corinthians
Local: Maracanã – Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 372.220,00
Juiz: João Etzel Filho
Gols: Luis Carlos 25’, Rafael 54’, Luis Carlos 83’ e Babá 90’.
CRF: Mauro, Bolero e Milton Copolillo; Jadir, Carlinhos e Jordan; Luis Carlos, Moacir, Henrique Frade, Roberto (Adalberto) e Babá.
Técnico: Modesto Bria.
SCCP: Gilmar, Walmir, Olavo e Ari Clemente; Roberto e Oreco; Zague (Bataglia), Higino, Joaquinzinho (Miranda), Rafael e Cláudio.
Técnico: Alfredo Ramos

20/03
Corinthians 1×1 Botafogo
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 788.565,00
Juiz: Antonio Viug
Gols: Zague 13’, Quarentinha 27’
SCCP: Gilmar, Walmir, Olavo e Ari Clemente; Roberto Belangero e Oreco; Lanzoninho, Joaquinzinho (Luizinho), Zague, Rafael e Cláudio.
Técnico: Alfredo Ramos
BRF: Ernani, Cacá, Zé Maria (Cetali) e Paulistinha; Pampolini e Ademar; Garrincha, Édson, Paulinho, Quarentinha e Amarildo.
Técnico : Paulo Amaral
Obs: Tarde de muita chuva no Pacaembu. Vi o jogo num bar da rua Domingos de Moraes na Vila Mariana, em frente a um Grupo Escolar. A lembrança que ficou foi de um chute de Joaquinzinho que parou numa poça dágua quase na linha do gol do Botafogo.

26/03
Corinthians 2×1 Portuguesa
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 658.800,00
Juiz: Anacleto Pietrobom
Gols: Zague 15’ e 68’, Ocimar 87’
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Roberto Belangero (Benedito) e Oreco; Lanzoninho (Bataglia), Joaquinzinho (Luizinho), Zague, Rafael e Evanir.
Técnico: Alfredo Ramos
APD: Chamorro, Mário Ferreira, Murilo (Dom Pedro) e Juths; Odorico e Vilela; Hélio (Babá). Ocimar, Servilio, Foguinho (Didi) e Raul Klein.
Técnico – Oto Glória

31/03
Corinthians 2×1 Santos
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 1.036.325,00
Juiz: Anacleto Pietrobom
Gols: Higino 10’, Zague 18’ e Nei 48’
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Benedito e Oreco; Lanzoninho (Bataglia), Higino (Luizinho), Zague, Rafael e Evanir.
Técnico: Alfredo Ramos
SFC: Lalá, Getúlio, Mauro e Zé Carlos; Zito (Urubatão) e Calvet; Dorval (Afonsinho), Sormani, Coutinho, Ney, Tite.
Técnico: Lula

03/04
América 1×2 Corinthians
Local: Maracanã – Rio de Janeiro
Renda: Cr$ 317.328,00
Juiz: Anacleto Pietrobom
Gols: Hilton 48’, Higino 78’ e 83’
AFC: Ary, Jorge, Décio e Djalma; Ivan e Jailton; Valença, Wilson Santos (Zé Maria), Hilton, Amaro e Antoninho.
Técnico: Jorge Vieira
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Benedito e Oreco; Bataglia (Luizinho), Lanzoninho, Higino, Rafael (Leonel) e Evanir.
Técnico: Alfredo Ramos
Obs:Neste jogo o Corinthians estreou o gaucho Higino, que veio com outro gaucho, o Cláudio. Não teve vida longa no time, mas estreou com os dois gols.

Corinthians 0x0 São Paulo
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 1.497.325,00
Juiz: João Batista Laurito
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Benedito e Oreco; Lanzoninho, Almir (Zague), Higino (Luizinho), Rafael e Evanir.
Técnico: Alfredo Ramos
SPFC: Poy, Gérsio, De Sordi (Vilásio) e Riberto; Dino Sani e Vitor; Vanderlei, Celso (Bibe), Gino, Paulo e Agenor.
Técnico: Vicente Feola

Corinthians 1×0 Palmeiras
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 4.237.850,00
Público: 65.243
Juiz: Anacleto Pietrobom
Gol: Lanzoninho 53’
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Benedito e Oreco; Lanzoninho, Joaquinzinho(Luizinho), Higino, Rafael (Leonel) e Zague.
Técnico: Alfredo Ramos
SEP: Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Zequinha e Aldemar; Julinho, Valter Prado (Parada), Américo (Romeiro), Chinesinho e Cruz.
Técnico: Oswaldo Brandão
Obs: Ouvi o jogo pelo rádio, o time do Corinthians era muito inferior ao do Palmeiras. Quando Lanzoninho fez o gol da vitória parecia difícil de acreditar. Na época quem narrava jogo em SP, que eu me lembro, eram Pedro Luiz, Fiori Gigliotti, Darci Reis e Haroldo Fernandes, pelas rádios Bandeirantes, Panamericana e Tupi.

Corinthians 1×1 Vasco
Local: Pacaembu – São Paulo
Renda: Cr$ 1.075.900,00
Juiz: Alberto da Gama Melcher
Gols: Zague 48’ e Delem 56’
SCCP: Gilmar, Egidio, Olavo e Ari Clemente; Benedito e Oreco; Lanzoninho (Bataglia), Joaquinzinho, Higino, Rafael e Zague.
Técnico: Alfredo Ramos
CRVG: Barbosa, Paulinho, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Pinga, Delem, Roberto Pinto e Roberto Peniche.
Técnico:

Fluminense x São Paulo – Torneio Rio-São Paulo de 1960

Ficha técnica: Fluminense 7 x 2 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo de 1960.
[img:gol_de_pinheiro.jpg,thumb,vazio]
gol de Pinheiro
Fluminense: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro e Altair; Edmilson e Clóvis; Maurinho, Paulinho (Almir), Waldo (Wilson Bauru), Telê (Jair Santana) e Escurinho. Técnico: Zezé Moreira.
São Paulo: Poy; De Sordi, Servílio e Riberto; Dino e Vítor; Peixinho, Paulo, Gino Orlando, Celsinho e Agenor. Técnico: Flávio Costa.
Árbitro: Olten Aires de Abreu.
Local: Maracanã.
Público: 19.599.
Renda: CR$ 684.567,00.

(com 6 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 22 gols feitos e 12 gols sofridos, o Fluminense sagrou-se mesmo campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1960. Waldo foi o artilheiro, com 11 gols.)

Comentário extraído do Livro “Os dez mais do Fluminense”, de Roberto Sander, pág. 121.

Com certeza, essa foi uma das maiores exibições de um time do Fluminense em toda a história. Com apenas 28 minutos de jogo, o placar já era de 4 a 0, dois de Waldo, um de Telê (com passe de Waldo) e outro de Pinheiro, de pênalti. O São Paulo diminuiu, mas Waldo fez o terceiro dele e o quinto da equipe após dar um lençol no goleiro Poy. Poucos minutos antes desse lance, lindíssimo, segundo os relatos dos jornais, Waldo torcera o joelho ao tentar fazer um giro com a bola. Por isso, foi substituído no intervalo. O placar final foi de 7 a 2! Imaginem quanto seria se o apetite de leão do artilheiro continuasse no gramado!
[img:Foto_do_jogo_no_Maracan__.jpg,thumb,vazio]

Fonte: Cronista esportivo nas horas vagas, eng° eletrônico e de computação, Paulo Cezar da Costa Martins Filho gosta de pesquisar sobre a história do futebol.
http://jornalheiros.blogspot.com/

Fichas técnicas em estádios pouco conhecidos do Rio São Paulo de 1933.

Conferindo o Rio São Paulo de 1933 no blog do Marcão, http://brfut.blogspot.com, (Marcos Nascimento e de seu irmão, Guilherme Nascimento), notei quatro estádios pouco ou quase nada divulgados, que serviram para vários jogos do campeonato. Abaixo seguem as fotos e fichas técnicas dos jogos realizados nos seguintes estádios:

[img:Ypiranga_estadio_da_rua_dos_sorocabanos_1.JPG,thumb,vazio]
Nome Oficial: Estádio Prof. Nami Jafet
Capacidade: 3.000
Endereço: Rua Sorocabanos – São Paulo (SP)
Inauguração:
Primeiro Jogo:
Primeiro Gol:
Recorde de Público:
Dimensões do Gramado:
Proprietário: Clube Atlético Ypiranga

Ypiranga 2-3 Corinthians
Local: Rua dos Ituanos – São Paulo (SP)
Juiz: Edgard da Silva Marques
Gols: Figueiredo 11′, Zuza, 24′, Figueiredo 43′, Zuza 50′, 84′
CAY: Vicente; Miro e Rovay; Nilo, Jorge e Tito; Figueiredo, Mário Silva, Pepico, Lalá e Pinheiro.
SCCP: Rede (Onça); Jaú e Segala; Brito, Laurindo e Munhoz; Boulanger, Baianinho, Hermes \(gambinha), Zuza e Rato
Técnico: Pedro Mazzulo.

Ypiranga 0-3 AA São Bento
Local:R. Sorocabanos – São Paulo (SP)
Juiz: Attilio Grimaldi
Gols: Bindo, Baiano e Aldo
CAY: Ratto; Tito e Miro; Nilo, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Mário (Moacyr), Lalá e Paulinho.
AASB: Jurandir; Mesquita e Cachimbinho; Paco, Martelette e Dicto; Aldo, Baiano, Farath (Juba), Bindo e Waldemar

Ypiranga 4-4 Bangu
Local:São Paulo (SP)
Juiz: Loris Valdetaro Cordovil
Gols: No 1º tempo: Figueiredo, Tião (2), Figueiredo e Tião. No 2º tempo: Ladislau, Caetano e Chiquito.
CAY: Ratto; Rovai e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Chiquinho, Caetano e Paulino
BAC: Euclides, Mário, Sá Pinto, Paulista, Santana, Médio, Sobral, Ladislau, Tião, Plácido (Gentil), Nelinho.
Técnico:

Ypiranga 0-1 Portuguesa
Local:Rua dos Ituanos – São Paulo (SP)
Juiz: Alzemiro Ballio
Gol: Luna
CAY: Ratto; Rovay e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Chiquito, Caetano e Paulinho.
APE: Batatais; Neves e Machado; Albino, Brandão e Rogério; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna

Ypiranga 2-1 Vasco da Gama
Local: São Paulo (SP)
Juiz: Solon Ribeiro
Gols: Caetano e Jorge – Quarenta
CAY: Ratto; Miro e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Chiquinho, Renato e Caetano
CRVG: Rey; Tuíco e Itália; Tinoco, Fausto e Gringo; Baianinho, Almir, Quarenta, Carnieri e Orlando

Ypiranga 0-1 AA São Bento
Local: R. Ituanos – São Paulo (SP)
Juiz: Vírgilio Pinto de Oliveira (Bilú)
Gol: Aldo
CAY: Ratto; Rovay e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Renato, Chiquito, Caetano e Paulinho.
AASB: Jurandir; Mesquita e Votorantim; Ruiz, Martelete e Paco; Aldo, Barrilote, Fidé, Bindo e Waldemar.

[img:est__dio_Cesario_Ramalho_1.jpg,thumb,vazio]
Nome Oficial: Estádio da Rua Cesário Ramalho
Capacidade: 3.000
Endereço: Rua Cesário Ramalho – Lavapés – São Paulo (SP)
Inauguração: 25/01/1925
Primeiro Jogo: Corinthians 4 x 0 Brás Atlética
Primeiro Gol:
Desativação: 1949
Recorde de Público:
Dimensões do Gramado:
Proprietário: Associação Portuguesa de Desportos

Portuguesa 4-2 Santos
Local:Rua Cesário Ramalho – São Paulo (SP)
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça
Gols:Luna (2), Alberto e Nabor – Negreiros (2)
APE: Teixeira; Neves e Machado; Joãozinho, Brandão e Gasparim; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna
SFC: Athiê; Arlindo e Solleto; Bisoca, Dino (Agostinho) e Alfredo; Vitor, Camarão, Negreiros, Pedrinho e Logu.

Portuguesa 2-2 São Paulo
Local: Cesario Ramalho – São Paulo (SP)
Juiz: Virgilio Fredrighi
Gols: Nabor 3′, 31′, Waldemar 65′ e Friedenreich 75′
APE: Batatais; Neves e Machado; Fiorotti, Brandão e Gasparim; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna
SPFC: Moreno; Silvio e Iracino; Orozimbo, Zarzur e Raffa; Luizinho, Waldemar de Brito, Araken, Friedenreich e Patrício.
Técnico: Rubens Salles.

Portuguesa 3-3 Bangu
Local: Cambuci (R. Cesário Ramalho) – São Paulo (SP)
Juiz: João Teixeira de Carvalho
Gols: No 1º tempo: Tião e Saci. No 2º tempo: Alberto, Nico, Plácido e Sobral.
APE: Batataes; Neves e Machado; Fiorotti, Brandão e Gasparim; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna
BAC: Euclides, Mário, Sá Pinto, Paulista, Santana, Médio, Sobral, Ladislau, Tião, Plácido, Gentil (Dininho).
Técnico:

Portuguesa 0-1 Corinthians
Local: Cesário Ramalho (Cambuci) – São Paulo (SP)
Juiz: Alzemiro Ballio
Gol: Zuza 33′
APE: Batatais; Neves e Machado; Albino (Gasperin), Brandão e Rogério; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna
SCCP: Onça; Jaú e Segalla; Brito, Nello e Carlos; Carlinhos, Baiano, Mamede (Gambarota), Zuza e Ratto.
Técnico: Pedro Mazzulo

Ypiranga 1-2 Palestra Itália
Local: Cesário Ramalho – São Paulo (SP)
Renda: 22:000$000
Pubnlico: 28.000
Juiz: Haroldo Dias da Mota
Gols: Chiquinho – Tunga (p) e Sandro
CAY: Ratto; Rovay (Miro) e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Chiquito, Caetano e Paulinho.
SEPI: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Sandro, Romeu Pellicciari (Gabardo), Lara e Armandinho.
Técnico: Humberto Cabelli

Portuguesa 3-5 AA São Bento
Local: R. Cesário Ramalho – São Paulo (SP)
Juiz: Virgílio Pinto de Oliveira
Gols: Machado (2) (P), Nico (2) e Frederico – Silvinho, Waldemar e Aldo
APE: Batatais; Neves e Machado; Firotti, Brandão e Gasperin; Sacy, Nico, Frederico, Alberto e Luna
AASB: Jurandir; Reginaldo e Votorantim; Ruiz, Martelete e Rubens; Silvinho, Aldo, Barrilote, Fidé e Waldemar.

Portuguesa 2-2 Fluminense
Local: R. Cesário Ramalho – São Paulo (SP)
Juiz: Jorge Marinho
Gols: Sacy e Luna – Walter Fortes e Tintas
APE: Batatais; Neves e Passerine; Firotti, Brandão e Gasperin; Sacy, Nico, Bastos (Frederico), Alberto e Luna
FFC: Armandinho; Ernesto e Félix Cabrera; Helio, Brant e Ivan Mariz; Walter Fortes, Russo, Tintas, Bermudez e Sálvyo (entrou Luciano)
Técnico: Artur Azevedo

Ypiranga 1-5 Portuguesa
Local: R. Cesário Ramalho – São Paulo (SP)
Juiz: Attilio Grimaldi
Gols: Figueiredo – Luna, Machado (p), Alberto, Brandão e Nico
CAY: Vicente; Miro e Tito; Gallet, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Alfredinho, Vasco e Floriano (Caetano).
APE: Batatais; Neves e Machado; Firotti (Rogério), Brandão e Gasperin; Frederico, Nico, Bastos, Alberto e Luna

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Reinaugurado em 9 de março de 1930, ficava no bairro Ponte Grande (Ponte das Bandeiras), na região central da cidade de São Paulo.

São Paulo 7-1 Ypiranga
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: Edgard Marques
Gols: Armandinho (2), Waldemar (2), Araken, Patrício e Fried – Figueira
SPFC: moreno; Silvio e Iracino; Ferreira, Zarzur e Raffa; Luizinho, armandinho, Waldemar de Brito, Araken (Friedenreich) e Patrício.
Técnico: Rubens Salles
CAY: Ratto; Ley e Rovay; Nilo, Santos e Américo; Figueiredo I, Figueiredo II, Pepico, Moacyr e Daniel.

São Paulo 5-0 AA São Bento
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: Virgílio Fredrighi
Gols: Luizinho 5′, Waldemar de Brito 11′, 13′, , Araken 31′ e Armandinho 68′
SPFC: Moreno;Agostinho e Bartô; Orozimbo, Zarzur e Raffa; Luizinho, Armandinho, Waldemar de Birto, Araken (Friedenreich) e Patrício.
Técnico: Rubens Salles.
AASB: Jurandir; Mesquita e Cachimbo; Paco, Martelette e Rubens; Mendes, Baiano, Barrilote (Aldo), Bindo e Waldemar

São Paulo 5-1 Vasco da Gama
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: João de Deus Candiota
Gols: Waldemar de Brito (5), Russinho
Técnico SPFC: Rubens Salles
CRVG: Jaguaré; Jucá e Itália; Maurão, Fausto e Molla; Orlando, Almir, Quarenta, Russinho e Carreiro

Palestra Itália 3-3 Bonsucesso
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Renda: 34:000$000
Publico: 25.000
Juiz: Luis Neves
Gols: Gabardo 4′, Imparato III 28′ e Carrazzo 38′ – Caldeira 15′, Cacy 39′ e Otho (p) 21′ (2º)
SEPI: Nascimento; Carnera e Junquera; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Carrazzo e Imparato III.
Técnico: Humberto Cabelli
BFC: Raymundo; Aragão e Heitor; Alfinete, Otto e Nico; Carlinhos, Caldeira, Gradim, Cecy e Miro (Eurico).

São Paulo 4-1 Santos
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: Haroldo Motta
Gols: Armandinho 11′, Waldemar de Brito 39′, Negreiros 54′, Junqueira 60′ e Luizinho 82′
SPFC: José; Silvio e Bartô; Orozimbo, Zarzur e Raffa; Luizinho, Waldemar de Brito, Araken, (Friedenreich), Armandinho e Junqueira.
Técnico: Rubens Salles.
SFC: Athiê; Arlindo e Garcia; Bisoca, Moacyr e Abreu; Victor G., Armandinho, Raul, Pedrinho (Negreiros) e Maroim.

São Paulo 3-0 Fluminense
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Publico: 20.000
Juiz: João Teixeira de Carvalho
Gols: Waldemar de Brito (2) e Hércules
Técnico SPFC: Rubens Salles
FFC: Dalberto; Ernesto e Nariz; Marcial, Brant e Ivan Mariz; Álvaro, Vicentino, Amaury, Féwlix Cabrera e Popó (entrou Russo)
Técnico: Luis Vinhaes

Ypiranga 1-4 São Paulo
Local: Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: Edgar da Silva Marques
Gols: Nelio – Hércules (2), Luizinho e Junqueira
CAY: Ratto; Rovay e Tito; Bilé, Jorge e Américo; Figueiredo, Nello, Chiquito, Caetano e Paulinho.
SPFC:José; Silvio e Bartô; Raffa, Zarzur e Orozimbo; Luizinho, Armandinho, Waldemar de Brito, Junqueirinha e Hercules.
Técnico: Rubens Salles

São Paulo 4-1 Bangu
Local: Estádio da Floresta – São Paulo (SP)
Juiz: Alderico Solon Ribeiro
Gols: No 1º tempo: Luizinho (2) e Plácido. No 2º tempo: Hércules e Waldemar.
BAC: Euclides, Mário, Camarão, Ferro, Santana, Médio, Paulista, Ladislau, Tião, Plácido, Orlandinho.
Técnico: Luiz Vinhaes.

São Paulo 6-1 Corinthians
Floresta- São Paulo (SP)
Juiz: Alzemiro Ballio
Luizinho (3), Armandinho, Waldemar e Araken – Zuza
SPFC: José; Silvio e Bartô; Raffa, Zarzur e Orozimbo; Luizinho, Armandinho, Waldemar de Brito, Araken e Hércules.
Técnico: Rubens Salles
SCCP: Onça; Jaú e Segala; Brito, Guimarães e Carlos; Boulanger, Baianinho, Tigre (Mamede), Zuza e Rato.
Técnico: Pedro Mazzulo

O Estádio da Floresta era na região da Ponte Grande, basicamente onde é hoje o Clube de Regatas Tietê. Talvez este outro nome, Ponte Grande refira-se ao estádio da Floresta

Portuguesa 3-3 AA São Bento
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Juiz: Cândido de Barros
Gols: Nico (2) e Nabor – Bindo (2) e Mendes
APE: Teixeira; Neves e Machado; Joãozinho, Brandão e Gasparim; Sacy, Nico, Nabor, Alberto e Luna
AASB: Jurandir; Mesquita e Cachimbinho; Paco, Martelette e Rubens; Mendes, Juba, Aldo (Adda), Bindo e Waldemar

Ypiranga 2-3 Bonsucesso
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Juiz: Solon Ribeiro
Gols: Paulino (2)- Vareta, Miro e Almeida
CAY: Ratto; Rovai (Gallet) e Miro; Nilo, Jorge e Tito; Figueiredo, Lalá, Nello, Moacyr e Paulino
BFC: Raymundo; Aragão e Heitor; Lolô, Otto e Claudionor; Carlos, Vareta, Gradim, Cecy (Almeida) e Miro.

AA São Bento 0-2 Palestra Itália
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Juiz: Virgílio Fredrigh
Gols: – Romeu 8′ e Tunga (p) 26′ (2º)
AASB: Jurandir; Mesquita e Votorantim; Ruiz, Martelette e Paco; Mendes, Jubá (Moacir), Aldo, Farath e Theodorico.
SEPI: Nascimento; Carnera e Junquera; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Carrazzo e Imparato III.
Técnico: Humberto Cabelli

AA São Bento 2-1 Bangu
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Juiz: Oswaldo Kropf de Carvalho
Gols: No 2º tempo: Ladislau e Barrillotti (2).
AASB: Jurandyr; Mesquita e Votorantim; Ruiz, Marteletti e Pacco; Aldo, Barrilete, Fidé, Bindo e Waldemar.
BAC: Newton, Mário, Camarão, Paiva, Santana, Médio, Gentil (Paulista), Ladislau, Tião, Plácido, Orlandinho.
Técnico:

Ypiranga 3-4 América-RJ
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Gols: Figueiredo (2) e Jorge – Telê, Manoelzinho e Curto (2)
CAY: Ratto; Miro e Tito; Gallet, Jorge e Américo; Figueiredo, Athayde, Alfredinho, Vasco e Chiquinho.
AFC: Aymoré; Vital e Jarbas; Agricola, Zezé e Baby (Oscarino); Chagas, Carola, Manoelzinho, Curto e Dentinho.

AA São Bento 0-2 Corinthians
Local: Ponte Grande – São Paulo (SP)
Gols: Gambinha e Tigre

Classificação final
1. Palestra Itália 22 17 2 3 67-25 36 – Campeão
2. São Paulo 22 16 2 4 75-31 34
3. Portuguesa (São Paulo) 22 12 6 4 57-33 30
4. Bangu 22 13 3 6 65-46 29
5. Vasco da Gama 22 10 4 8 44-31 24
6. Corinthians 22 10 2 10 31-51 22
7. Fluminense 22 8 4 10 38-41 20
8. América-RJ 22 8 2 12 47-65 18
9. Santos 22 7 3 12 46-57 17
10. Bonsucesso 22 5 6 11 35-50 16
11. AA São Bento 22 5 3 14 31-52 13
12. Ypiranga-SP 22 2 1 19 23-77 5

Fatos históricos e comentários poucos conhecidos do Rio-São Paulo de 1940

Torneio Rio-São Paulo 1940

TURNO ÚNICO

16.junho.1940.domingo

Portuguesa 0x3 Palestra Itália

30.junho.1940.domingo

Portuguesa 2×0 São Paulo

10.julho.1940.quarta

Botafogo 8×1 São Paulo

11.julho.1940.quinta

Palestra Itália 5×1 América

17.julho.1940.quarta

Corinthians 2×2 Fluminense

Vasco 2×0 Portuguesa

21.julho.1940.domingo

Botafogo 4×3 Vasco

Flamengo 6×3 América-RJ

24.julho.1940.quarta

Fluminense 5×3 Palestra Itália

São Paulo 1×1 Vasco

31.julho.1940.quarta

Corinthians 5×2 Botafogo

América-RJ 3×1 São Paulo

03.agosto.1940.sábado

Fluminense 2×1 Flamengo

04.agosto.1940.domingo

Corinthians 1×3 Portuguesa

07.agosto.1940.quarta

Vasco 1×4 Corinthians

Portuguesa 1×5 Fluminense

11.agosto.1940.domingo

Palestra Itália 3×1 São Paulo

Vasco 5×0 América-RJ

14.agosto.1940.quarta

São Paulo 2×2 Flamengo

Botafogo 1×4 Portuguesa

18.agosto.1940.domingo

Corinthians 2×0 Palestra Itália

América-RJ 2×2 Fluminense

21.agosto.1940.quarta

Portuguesa 2×2 América-RJ

Flamengo 3×1 Palestra Itália

25.agosto.1940.domingo

São Paulo 3×2 Corinthians

Vasco 2×4 Fluminense

28.agosto.1940.quarta

Palestra Itália 3×3 Vasco

Flamengo 3×1 Corinthians

01.setembro.1940.domingo

Flamengo 3×2 Botafogo

04.setembro.1940.quarta

América-RJ 1×2 Corinthians

Portuguesa 1×9 Flamengo

08.setembro.1940.domingo

Botafogo 2×2 Fluminense

11.setembro.1940.quarta

Palestra Itália 4×4 Botafogo

Fluminense 3×2 São Paulo

15.setembro.1940.domingo

Flamengo 3×0 Vasco

22.setembro.1940.domingo

América-RJ 3×2 Botafogo

CLASSIFICAÇÃO FINAL
Flamengo 13 8 30 12 6
Fluminense 13 8 25 15 5
Corinthians 9 8 19 15 4
Palestra Itália 8 8 22 19 3
Portuguesa 7 8 13 23 3
Botafogo 6 8 25 25 2
Vasco 6 8 17 19 2
América-RJ 6 8 15 25 2
São Paulo 4 8 11 24 1

Ficou assim:

Em virtude de o torneio não ter sido concluído, não houve campeão. Disputados 32 jogos com 163 gols, com média de 4,78 gols por partida.

PRINCIPAIS ARTILHEIROS

Leônidas (Flamengo) 13
Viladoniga (Vasco) 9
Pascoal (Botafogo) 8
Teleco (Corinthians), Echevarrieta (Palestra Itália),
Carreiro (Fluminense) e Hemédio (São Paulo) 7

NOTICIÁRIO DE ÉPOCA SOBRE O TORNEIO RIO-SÃO PAULO 1940 :

CONCLUSÕES DAS LEITURAS :

1) Havia reclamações dos clubes cariocas com relação às despesas administrativas no
no Estádio do Pacaembu, que consumiam grande parte da renda bruta (itens A e C) .
2) Aparentemente só o Fluminense tinha elenco suficiente para participar de duas
competições (item D e F).
3) Exceto o Fluminense, os outros clubes cariocas tinham rendas fracas, embora em
nenhum momento algum deles tenha reclamado disto publicamente (itens B e E) .
4) A iniciativa de abandonar o torneio foi dos clubes paulistas (item F) .
5) Havia problemas de calendário com a proximidade do Campeonato Brasileiro de
Seleções (item G) .

PERGUNTA NÃO RESPONDIDA :

1) Houve algum momento, após 22/09/1940 , que os clubes disputantes consideraram o
resultado como definitivo e declararam Fluminense e Flamengo campeões, como constam nos livros
Almanaque do Flamengo (ED. ABRIL, 2001), Fluminense Football Club, História, Conquistas e
Glórias no Futebol (ED.MAUAD, 2003) e o jornal Diário da Noite, de 07/04/1959 (item H) ?

A) TÍTULO DE “O GLOBO”, 26-07-1940 :
“MAIS DA METADE DA RENDA ABSORVIDA PELOS IMPOSTOS E DESPESAS” .
SUB-TÍTULO : ‘FLUMINENSE E CORINTHIANS RECEBERAM QUOTAS DE APENAS TREZE CONTOS NUM
JOGO QUE RENDEU CINCOENTA E QUATRO” .

B) TÍTULO DO JORNAL A TARDE (RJ), 04-08-1940 :
“DADOS ELOQUENTES DA CAPACIDADE DO FLUMINENSE” .
“DA QUANTIA APURADA NAS RENDAS DO CAMPEONATO CARIOCA E TORNEIO RIO-SÃO PAULO, ATÉ HOJE, METADE FOI ARRECADADA PELO TRICOLOR” (SEGUE TABELA DE RENDAS DE JOGOS)” .

C) TÍTULO DO JORNAL DOS SPORTS, 10-08-1940 :
“OS CLUBES CARIOCAS NÃO ESTÃO SATISFEITOS COM OS RESULTADOS FINANCEIROS DO TORNEIO
RIO-SÃO PAULO NA CAPITAL BANDEIRANTE” .
RESUMO DA REPORTAGEM: A RECLAMAÇÃO DOS CLUBES CARIOCAS ERAM REFERENTES ÀS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DOS ESTÁDIOS PAULISTAS, POIS MUITO ERA DESCONTADO DA RENDA BRUTA.
Tal explicação satisfaz a dúvida de que não eram as fracas rendas no Rio ou em
São Paulo, como apresentam alguns autores, o motivo da não continuidade deste torneio,
e sim as despesas administrativas nos estádios paulistas, diminuindo muito a renda líquida,
exceção aparente ao Estádio Palestra Itália, onde o Fluminense propôs jogar todas as suas
partidas na capital paulista.
TRECHO DA REPORTAGEM : “EXCESSIVAS AS DESPESAS REALIZADAS NO PACAEMBU – MAIS DE 17
CONTOS DESPENDIDOS NO MATCH COM A PORTUGUEZA (RENDA: 25:654$000) .

D) Revista SPORT ILUSTRADO Nº 124, 22-08-1940 :
“…..APENAS O FLUMINENSE ESTE ANNO PREPAROU-SE DE FORMA A EMPREEENDER UMA CAMPANHA
PROFISSIONALISTA DE MOLDE A NÃO SOFRER PREJUÍZOS DE ORDEM MORAL E MATERIAL. NA VERDADE O
GRÊMIO TRICOLOR EMPATOU UM CAPITAL ELEVADO, MAS, EM COMPENSAÇÃO, DISPÕE DE 23 JOGADORES CONTRATADOS E MARCHA À FRENTE DO TORNEIO RIO-SÃO PAULO E DO CAMPEONATO DA CIDADE. AS RENDAS AUFERIDAS PELO GRÊMIO DE ÁLVARO CHAVES ESTABELECEM UM NÍVEL DE EQUILÍBRIO, QUE FACILITAM UM CÁLCULO SEGURO.”

E) Revista SPORT ILUSTRADO Nº 126, 05/09/1940 :
“PELA RECEITA DE NOVE CONTOS APURADOS NO JOGO FLAMENGO X CORINTHIANS, DISPUTADO NO
PROSSEGUIMENTO AO TORNEIO RIO-SÃO PAULO, NÃO SERÁ DIFÍCIL AO LEITOR DEDUZIR O DESINTERESSE QUE VEM CERCANDO OS JOGOS DO CLUB MAIS QUERIDO DO BRASIL.”

F) JORNAL DOS SPORTS, 15-09-1940 .
TÍTULO DE CAPA : “ENCERRADO O TORNEIO RIO-SÃO PAULO” .
SUB-TÍTULO : “NENHUM CLUB BANDEIRANTE PROSSEGUIRÁ NA DISPUTA DO CERTAME INTERESTADUAL”. “-O QUE FOI A REUNIÃO DO PALESTRA , CORINTHIANS, S. PAULO E PORTUGUEZA- RESTA AINDA UMA POSSIBILIDADE …..CERRADO TAMBÉM, VIRTUALMENTE O CAMPEONATO INTERCLUBES.”
CONTINUAÇÃO, PÁGINA 6 : “ALEGAVAM OS DIRIGENTES LOCAES QUE A ESSES ENCONTROS VINHAM
ENTRANHANDO O DESENROLAR DO CAMPEONATO DA CIDADE, DECRETANDO ENORMES DESPESAS E INFLUINDO DECISIVAMENTE NA PRODUÇÃO DOS TEAMS. FICOU ASSENTADO QUE D’ÓRA AVANTE NENHUM GRÊMIO VIAJARÁ ATÉ O RIO COM ESTE OBJECTIVO.”

G) JORNAL DOS SPORTS, 22-09-1940 .
TÍTULO DE CAPA : “SUSPENSO O TORNEIO RIO-SÃO PAULO” .
SUB-TÍTULO : “UM SALDO IRRISÓRIO PARA OS CLUBS CONCORRENTES DAS DUAS CAPITAES” .
COMENTÁRIO NA PÁG. 1 : “…..ENTRE AS RAZÕES MAIS FORTES ALLEGADAS PELAS PARTES
INTERESSADAS, FIGURAM A APROXIMAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO, CUJA REALIZAÇÃO VIRIA A OBRIGAR O ENCERRAMENTO DO TORNEIO ANTES DE SEU FINAL” .
CONTINUAÇÃO, PÁGINA 6 :
SUB-TÍTULO 1 : “MAIS DE 700$00 PARA CADA CLUB”.
‘EXISTINDO UM SALDO DE POUCO MAIS DE RÉIS 7000$000 EM CIFRA, AQUELLES DELEGADOS
RESOLVERAM DISTRIBUIR CO-EQUITATIVAMENTE ENTRE OS CLUBS INSCRIPTOS NO TORNEIO, CABENDO DESTE MODO A CADA UM DELLES A QUANTIA DE POUCO MAIS DE SETECENTOS MIL RÉIS.”
SUB-TÍTULO 2 : “INTERROMPIDA A DISPUTA DAS TAÇAS “LUIZ ARANHA” E “CARLOS
GONÇALVES” .”TAMBÉM FICOU DECIDIDO NA REUNIÃO DE ONTEM QUE A DISPUTA DAS TAÇAS “LUIZ ARANHA” E “CARLOS GONÇALVES”, FICARIA INTERROMPIDA, ATÉ O REINÍCIO DO TORNEIO. ”
SUB-TÍTULO 3 : “PERMANECERÃO AS ATUAES COLLOCAÇÕES”.
“FINALMENTE OS REPRESENTANTES DAS DUAS ENTIDADES RESOLVERAM QUE SERÁ RESPEITADA A ACTUAL COLOCAÇÃO DO CERTAMEN, QUANDO ESTE VOLTAR A SER DISPUTADO.”

H) JORNAL DIÁRIO DA NOITE (ÓRGÃO DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS), 07-04-1959 .
TÍTULO DA REPORTAGEM : EM 1940 HOUVE “CHARIVARI”.
“Somente anos mais tarde voltou a ser disputado o certame interestadual. Em 1940, com
novos organizadores, porém com dois turnos, o Rio-São Paulo não chegou ao seu término por causa
dos conflitos havidos entre cariocas e paulistas, quando do início do returno. Os resultados
até ali foram considerados como definitivos e o Fluminense e o Flamengo, que ocupavam o
primeiro e o segundo pôsto foram apontados como campeões, sem se importarem com a realização de
um “match” de caráter desempate.”
http://www.chancedegol.com.br/rsssfbrasil/tables/rjsp1940.htm
alexfluzao@yahoo.com.br

Loteria Esportiva – Teste n° 9 – agosto/1970

[img:LOTERIA_ESPORTIVA__TESTE_9.jpg,resized,vazio]
Num incrível golpe de sorte, ao folhear um antigo livro guardado num canto da estante, eis que me cai de dentro dele nada mais nada menos do que o volante do Concurso Teste da Loteria Esportiva n. 9, de agosto de 1970 . O sistema de apostas de então estava engatinhando. Marcava-se na parte inferior do volante os palpites correspondentes aos treze jogos discriminados na parte superior (colunas 1, coluna do meio e coluna 2). Na “loteria esportiva” o funcionário introduzia o formulário (foto) juntamente com dois cartões rígidos num dispositivo com trinta e nove aberturas que se sobrepunham exatamente aos quadrinhos assinalados com um X pelo apostador. Com um estilete, perfurava simultaneamente o volante e os cartões que seriam posteriormente enviados à CEF, sendo que um deles era entregue ao apostador como comprovante. Na Caixa Econômica Federal, Rio de Janeiro, os cartões eram lidos e armazenados em carretéis de fitas magnéticas que seriam decodificados pelos “cérebros eletrônicos”, máquinas maiores do que uma geladeira. Realizados os jogos os resultados eram divulgados uns dois ou três dias depois. Não havia limite para o número de apostas.
Jamais ganhei um níquel nesta Loteria. Sempre tinha uma “zebra” atrapalhando… E você, já ganhou?
Adelino P. Silva, por http://maisoumenosnostalgia.blogspot.com

Eu fiz 13 pontos com apenas um duplo em 1975. Pensei que ia ganhar um dinheiro razoável, mas comigo foram outros 36.00 ganhadores. O dinheiro deu apenas para a lavagem completa e encher o tanque do meu carro. Mesmo assim é difícil os 13 pontos com apenas um duplo.
Gilberto Maluf

Chutar a bola com efeito

Chutar a bola com efeito (quando a bola faz uma curva) é um grande truque para passar pela barreira que está lá para impedir que a bola possa atingir o gol percorrendo uma linha reta. Acredita-se que o inventor do chute com efeito foi o jogador Valdir Pereira, o Didi, um dos maiores jogadores brasileiros das décadas de 40 e 50 do século passado. Conta a lenda que num certo jogo, Didi estava com o pé machucado e não podendo chutar normalmente, resolveu chutar com o lado do pé. Bom, o que aconteceu, todos sabem… A bola fez uma trajetória curva, nunca vista antes , pois a curva que a bola fazia lembrava o formato de uma folha seca.
[img:e_a_folha_seca.jpg,thumb,vazio]
O curso da bola deixou de ser previsível e a bola passou a traçar uma curva invertida em relação a que era tradicional. Além da curva invertida, a bola caía como se a lei da gravidade se aplicasse a apenas um certo ponto. Na época, o grande comentarista Luis Mendes, com sua percepção aguçada, batizou a novidade introduzida por Didi de “Folha Seca”.
Ouvi num destes domingos o Luiz Mendes falando no programa “Enquanto a Bola não Rola” da rádio Globo: ele estava deitado debaixo de uma árvore e observou a folha caindo. Percebeu qua a caída era em local ignorado. E deu assim o nome de Folha Seca para os chutes do Didi.

“Folha Seca” exatamente por isso: um movimento imprevisível de uma folha caindo no outono, que de repente deixava de obedecer ao balanço do vento, e caía. Talvez o exemplar mais espetacular de um chute de longa distância de “Folha Seca” tenha sido o gol que Didi marcou na Copa da França em 1958.
Desde então muito jogadores usam com maestria o chute de efeito.

No futebol todos sabem o que tem que acontecer com a bola para que ela tenha efeito: ao ser chutada ao mesmo tempo que ela percorre uma trajetória, a bola deve girar em torno de si mesma. Por isso você tem que bater no lado da bola, não no centro dela.
[img:trajet__ria_da_bola_1.gif,thumb,vazio]

1957, BRASIL 1 X 0 PERU: A FOLHA SECA
[img:o_gol_da_folha_seca.jpg,thumb,vazio]
Sem esse gol o Brasil não jogaria na Copa da Suécia.
Didi não precisaria ter feito mais nada.
Só esse gol…

Um pequeno exemplo pode ser medido pelo que disse após ver a Copa do Mundo de 1958 o francês Gabriel Hanor, do jornal “L’Equipe” e da revista “France Football”: “Esse homem é, na verdade, uma pérola negra muito rara e valiosa, que todo amante do bom futebol deve procurar ver e relembrar para todo o sempre. Afinal, não é muito comum aparecer um jogador com tais virtudes, em qualquer parte que seja. E Didi é a um só tempo artista, malabarista e jogador de futebol. Um passe seu de 50 metros equivale a meio gol. E quando chuta suas bolas fazem como o próprio mundo: giram, giram, giram… E traçam irremediavelmente, uma parábola fatídica para o melhor dos arqueiros”.
[img:recorda____es_da_copa_58.jpg,thumb,vazio]

Hanor viu o artista, o malabarista. O brasileiro Armando Nogueira viu a genialidade: “Com uma perfeita noção espacial, o exuberante Didi também é capaz de, com o seu profundo conhecimento do jogo, criar uma excepcional situação de gol. Onde, antes, ela aparentemente não existia. E esta é, sem dúvida, a grande virtude que distingue o gênio do simples talento do futebol: a capacidade de antever a jogada.”

O dramaturgo Nelson Rodrigues criou um apelido inesquecível: “O Príncipe Etíope”, tal a elegância com que Didi criava uma jogada. Elegância esta, que levava para fora de campo. Que criou ciúmes com a primeira mulher, e o levou à irresistível cantora baiana Guiomar, paixão de sua vida. Sim, por obra e graça do destino, Didi tinha o dom de ser elegante sem abrir mão da firmeza em suas convicções. Chegou a ser escândalo e ganhar página de revistas o fim do primeiro casamento e a união com Guiomar. Ele encarou a briga com a diretoria do Fluminense ao pedir que não descontassem de seu salário a parte que tinha que ser descontada para a sua primeira mulher. Queria ele, Didi, dar o dinheiro. No Fluminense não conseguiu e acabou de armas e bagagens no Botafogo, na maior transação do futebol brasileiro na época. Lá, ele recebia o salário e pagava religiosamente o que devia à primeira mulher. Mas não era descontado no salário. Personalidade forte, o novo e eterno amor com o Botafogo e a vida amorosa, animada e agitada com Guiomar, que lhe renderam dois belos frutos, as filhas Rebeca e Lia, marcaram uma grande fase de sua vida.

futebol.incubadora.fapesp.br/…/ conceitos/didi
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