FONTES: Jornal A Noite – Diário A Noite
Arquivo da categoria: 17. Auriel de Almeida
Fotos Raras, de 1952: Byron Football Club – Niterói (RJ)
O Byron Football Club foi uma agremiação do bairro do Barreto, em Niterói (RJ). Fundado na terça-feira, no dia 21 de Outubro de 1913. A sua Sede, salão de festas, quadra poliesportiva e campo de futebol ficavam na Rua Dr. March, nº 170, no Bairro do Barreto, em Niterói.
Foi um dos maiores clubes do esporte fluminense pré-fusão com o Estado da Guanabara. Surgiu em um terreno alugado da Fábrica Manufatora de Tecidos, e seu nome, inspirado no poeta inglês Lord Byron, foi uma homenagem aos britânicos da fábrica. Seu maior rival era o Barreto, clube da Fábrica Fiat Lux de Fósforos de Segurança.
Sua decadência se iniciou em 1950, quando uma após briga judicial, foi despejado do terreno onde estava instalado, já que a fábrica formara o seu próprio time, denominado Manufatora Atlético Clube, posteriormente mudado para Associação Desportiva Niterói. O Manufatora simplesmente ficou com tudo o que o Byron construiu no terreno alugado.
Enfraquecido, enfrentou duas mudanças de sede, culminando por abandonar o futebol, em 1953, vindo a se dedicar apenas ao boxe, basquete e eventos sociais. Em 1978, a sede foi derrubada para a ampliação da BR-101, e seus sócios decidiram não reerguê-lo em outro local, encerrando uma história de mais de 60 anos.
Os títulos mais relevantes fora: Campeão Fluminense de Futebol; Campeonato da AFDT, em 1917;
LSF, em 1922, 1924 e 1925;
ANEA, em 1928;
LNF, em 1934 (este último na era profissional);
Campeonato Niteroiense de Futebol, em 1928 e 1934 (este último, profissional).
FONTES: O Imparcial – O Fluminense – Wikipédia – Diário do Povo
Foto Rara, de 1951: Seleção de São Gonçalo de Futebol (RJ)
A Liga Gonçalense de Desportos, desde 1931, representa o Município, este Estado e o Brasil nas competições de diversos esportes. Pois esta Liga é a única Entidade do Brasil com mais de 30 (trinta) modalidades esportivas, e que desenvolve um Projeto Social, hoje com 20.112 inscritos. Nossas seleções e nossos Clubes filiados muito Contribuíram para as várias conquistas, do Município, 1958 (futebol), 1971 (atletismo), 2002 e 2003 (kung-fú), 2006 (ultra triathion), três Pan-americano (handebol), há 13 (treze) anos somos Campeões Brasileiro de Kick Boxing, e em todas as Seleções de Representação do Brasil, o maior numero de atletas até este momento, foi deste Estado, seja nos Pan-Americanos ou Sul-Americanos o BRASIL sagrou-se Campeão. Isto fora fruto do trabalho da Diretoria desta Casa, de suas Agremiações filiadas, professores e atletas.
Todas as representações durante a existência dos Bingos foram custeadas por recursos que a Lei Zico, depois Lei Pelé permitiram, e os atletas tinham alimentação, hospedagem, transporte e inscrições nas Competições de disputa de Títulos Brasileiros ou Internacionais. Atletas representaram o Brasil, no Peru, no Equador, na China, nos EUA, na Grécia, Eslovênia, Iugoslávia, Itália, Argentina e tantos outros, sempre com todas as despesas pagas.
Durante treze anos, tiramos jovens e adultos das drogas, fizemos muito mais do que muitos Governos com os nossos projetos sociais. Com a perda dos BINGOS o esporte ficou órfão, os atletas desiludidos. Pedimos SOCORRO, para manter nosso Projeto Social, pois sem outra fonte de renda fica difícil a sua sustentação.
FONTES: Site da Liga Gonçalense de Desportos – Diário do Povo
Foto Rara, de 1951: Oliveiras Atlético Clube, de Santana – Niterói (RJ)
O Oliveiras Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). O clube Alvianil foi Fundado no Sábado, do dia 12 de Junho de 1926, por operários da Fábrica de Vidros Orion, denominado como Orion Football Club. O clube existiu com essa nomenclatura até 1929, quando a diretoria optou em dar outro nome com o intuito de não criar nenhum vinculo com a empresa, construindo assim uma identidade própria.
A Sede ficava na Travessa Carlos Gomes, nº 17, no Bairro Santana, e depois passou para a Travessa Nossa Senhora da Conceição, nº 08, em Niterói. Por um tempo ele teve um campo na Rua Dr. Benjamin Constant, no Bairro Largo do Barradas. O Oliveiras teve um rival ferrenho: Espírito Santo Futebol Clube, do Bairro da Engenhoca. Em 1937, o Oliveiras participou da fundação da Associação Nictheroyense de Atletismo junto com os grandes clubes da cidade.
A sua trajetória futebolística foi animadora, afinal Oliveiras disputou diversos amistosos, vencendo e empatando, inclusive diante das grandes forças. Em suma: vencer que é bom o Oliveiras, ninguém conseguia. Esse sucesso criou um incomodo. Então, nos bastidores os clubes grandes de Niterói se articularam a fim de alijar o Oliveiras, que no final das contas acabou saindo.
Posteriormente, o Oliveiras foi bicampeão do Campeonato Niteroiense da Segunda Divisão, nos anos de 1942 e 1943. Novamente, por “detrás dos panos”, os “homens da Cartola” mexeram os “paulzinhos” e não deixaram que o Oliveiras tivesse o direito legitimo do acesso.
Após muita luta, o clube conseguiu o acesso em 1947, e, de cara, ficou com o vice-campeonato do Campeonato Niteroiense da Primeira Divisão, daquele ano. Depois de três temporadas, o Oliveiras se sagrou campeão do Campeonato Niteroiense da 1ª Divisão, em 1951, e vice-campeão em 1952.
Em 1955, voltou a conquistar o título. Mas naquela edição, o futebol niteroiense tinha duas com competições: o Amador (vencido pelo Oliveiras), e o Profissional (onde o Fonseca foi o campeão).
O final da linha do Oliveiras Atlético Clube foi ironicamente o começo de uma das maiores obras feitas no Brasil: a Ponte Rio-Niterói, que iniciou as obras em janeiro de 1969 e foi concluída no dia 04 de março de 1974. As obras praticamente extinguiu o Bairro Santana. Quarenta e três anos depois, o Bairro de Santana se resume a um monte de pista de acesso e algumas casas pobres.
FONTES: O Fluminense – Diário do Povo
Campeonato Gonçalense de 1972 (São Gonçalo-RJ) – Bandeirante FC campeão
Por algum tempo eu havia entendido que o campeonato da cidade de São Gonçalo (RJ) não tinha ocorrido em 1972. Mas a competição foi realizada sim, e teve como grande campeão o Bandeirante Futebol Clube, o alvianil do bairro da Amendoeira (uniforme: camisas brancas com golas azuis e calções azuis).
Como o campeonato gonçalense sempre atrasava, a Liga Gonçalense de Desportos decidiu que a edição de 1972 seria relâmpago, com apenas três rodadas e quatro clubes, deixando para 1973 uma competição maior de 14 clubes!
Os inscritos para a edição de 1972 foram o Cordeiro, Pachecos, Nazaré e Bandeirantes. Todos os jogos seriam realizados no campo do Cordeiro, com um jogo servindo de preliminar do outro. O desfecho foi bizarro: em todas as rodadas um dos jogos terminou em wo! Na primeira rodada o Cordeiro estava desfalcado, e teve que entregar os pontos para o Bandeirante, e nas rodadas seguintes o Nazaré nem apareceu, talvez atordoado pela surra por 4 a 0 sofrida para o Pachecos na primeira rodada. O Bandeirante acabou sendo campeão invicto, com 100% de aproveitamento, tendo realizado apenas uma partida de fato. Eis a tabela:
10/12/1972 Pachecos 4-0 Nazaré Cordeiro wo-0 Bandeirante 17/12/1972 Bandeirante 0-wo Nazaré Pachecos 0-2 Cordeiro 24/12/1972 Bandeirante 2-0 Pachecos Nazaré wo-0 Cordeiro
Classificação final: Bandeirante 6 Cordeiro 4 Pachecos 2 Nazaré 0
FOTO: O Fluminense (sexta-feira, do dia 1º/10/1971 )
Campeonato Carioca de Futebol Feminino – todos os clubes campeões e vices desde 1983
Listo, abaixo, apenas os campeonatos oficiais, isto é, organizados ou chancelados pela FFERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro)
Ano Campeão Vice 1983 Radar Bangu 1984 Radar São José de Magalhães Bastos 1985 Radar São José de Magalhães Bastos 1986 Radar Portuguesa 1987 Radar Portuguesa 1988 Radar Vasco da Gama (*) 1989-1995 não realizado (**) 1996 Vasco da Gama Campo Grande 1997 Vasco da Gama Flamengo 1998 Vasco da Gama Grêmio de São Gonçalo 1999 Vasco da Gama Flamengo 2000 Vasco da Gama Flamengo 2001 Barra de Teresópolis Vasco da Gama 2002-2004 não realizado (***) 2005 CEPE-Caxias Olaria (****) (*****) 2006 CEPE-Caxias America (****) 2007 CEPE-Caxias America (****) 2008 Campo Grande Volta Redonda 2009 Volta Redonda CEPE-Caxias 2010 Vasco da Gama Duque de Caxias 2011 Duque de Caxias Vasco da Gama 2012 Vasco da Gama Duque de Caxias 2013 Vasco da Gama Duque de Caxias 2014 Botafogo Duque de Caxias 2015 Flamengo Barcelona 2016 Flamengo Vasco da Gama 2017 Flamengo Duque de Caxias 2018 Flamengo Duque de Caxias 2019 Flamengo Fluminense
(*) O campeonato de 1988 foi o último da antiga divisão feminina da FFERJ. Após a conquista do hexacampeonato o presidente do Radar, Eurico Lyra, anunciou que seu time se afastaria das disputas, para possibilitar o desenvolvimento dos outros times. Uma autêntica seleção, o Radar não dava chances às adversárias, e a competição havia perdido completamente o interesse por falta de competitividade das demais equipes. Contudo, a saída do Radar provocou uma debandada na categoria, e a FFERJ parou de organizar campeonatos por longos oito anos.
(**) A wikipédia e alguns sites da internet colocam o Vasco da Gama como campeão de 1995. Isso é um erro. Não houve campeonato em 1995, e qualquer pesquisa nos jornais da época mostra que o clube foi consagrado “apenas” pentacampeão em 2000, e não hexa.
(***) Em 2002 o campeonato deixou de ser organizado como parte do movimento nacional que quase promoveu a extinção de todos os estaduais.
(****) EM 2005 a competição foi organizada inteiramente pela Liga Niteroiense de Desportos, com aval da FFERJ. Em 2006 e 2007 o campeonato foi realizado pela FFERJ com a coordenação da Liga Niteroiense. A partir de 2008 o campeonato passou a ser inteiramente organizado pela FFERJ.
(*****) Algumas fontes dizem que o vice de 2005 é o Arturzinho, mas na verdade foi o Olaria. Explicando: o time de futebol feminino do Guadalupe passou para o Arturzinho, que disputou o Intermunicipal, mas pouco antes do Campeonato Estadual de 2005 todo o time passou para o Olaria (e, depois do Estadual de 2005, passou para o America FC).
MAIORES CAMPEÕES:
1) Vasco da Gama – 8 títulos (1996/97/98/99/2000, 2010, 2012/13) e 4 vices (1988, 2001, 2011, 2016)
2) Radar – 6 títulos (1983/84/85/86/87/88)
3) Flamengo – 5 títulos (2015/16/17/18/19) e 3 vices (1997, 1999/2000)
4) CEPE-Caxias – 3 títulos (2005/06/07) e 1 vice (2009)
5) Duque de Caxias – 1 título (2011) e 5 vices (2010, 2012/13/14, 2017)
6) Campo Grande (campeão em 2008 e vice em 1996) e Volta Redonda (campeão em 2009 e vice em 2008)
9) Barra FC (campeão em 2001) e Botafogo (campeão em 2014)
2 vices: America (2006/07), Portuguesa (1986/87) e São José (1984/85)
1 vice: Olaria em 2005, Bangu em 1983, Grêmio de São Gonçalo em 1998 e Barcelona em 2015
OBSERVAÇÃO: Em dezembro de 2018 a FFERJ reconheceu um pleito do Duque de Caxias FC e declarou que este clube passa a herdar todos os resultados do CEPE Caxias. Assim, oficialmente, o Duque de Caxias tem 4 títulos e 6 vices. A título de informação, deixei ambos separados.
O motivo para a “unificação dos títulos”? Em 2010 o CEPE Caxias e o Duque de Caxias fizeram uma parceria. O time passou a se chamar Duque de Caxias/CEPE, com a camisa do Duque de Caxias (dono da “identidade principal” do time) e um símbolo do CEPE Caxias (dono do Departamento de futebol feminino) do lado direito da camisa. Em 2011 a parceria foi extinta, com o departamento de futebol feminino do CEPE sendo inteiramente transferido para o Duque de Caxias. Desde então, o CEPE Caxias não tem mais time.
Comento que acho essa decisão, sem precedentes no futebol, equivocada e traz várias complicações. Algumas questões a partir dela:
1) Se o CEPE Caxias monta um novo departamento de futebol feminino e volta a disputar o campeonato, ele passa a ser considerado um clube sem títulos? Sob qual justificativa o passado do clube será apagado?
2) O Flamengo, atualmente, é na verdade o Flamengo/Marinha. O time de futebol feminino é da Marinha, o Flamengo entra na parceria com a camisa rubro-negra (com um símbolo da Marinha) e a “identidade principal” do time. Essa parceria começou em 2015, em 2014 a parceria da Marinha era com o Botafogo, e em 2012 e 2013 com o Vasco. Ou seja, o time de futebol feminino organizado pela Marinha vem sendo campeão carioca de forma ininterrupta desde 2012, através de várias parcerias: 2012/13 Como Vasco/Marinha, 2014 como Botafogo/Marinha e 2015/16/17/18/19 como Flamengo/Marinha. Baseado no precedente aberto pelo caso Caxias, se a Marinha acabar com o futebol feminino e o Flamengo assumir o time, como o Duque de Caxias fez com o CEPE, os títulos de Vasco e Bota passam ao Flamengo? Ou se a Marinha acabar com a parceria e passar a organizar um time independente, Vasco, Bota e Fla teriam seus títulos transferidos para esse novo time? Fica a reflexão.
Villa Guarany Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Campeão da Liga Municipal de Football de 1917
O Villa Guarany Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Rubro-Negro” foi Fundado no dia 13 de Julho de 1915, por um grupo de jovens desportistas da Villa Guarany, em frente da Rua da Praia Formosa. A sua Sede e a Praça de Esportes ficavam localizados na Rua Coronel Pedro Alves (antiga Rua da Praia Formosa), nº 287, no Bairro de Santo Cristo – Rio de Janeiro.
A conquista mais expressiva aconteceu no ano de 1917, quando o Rubro-Negro foi o Campeão da Liga Municipal de Football (LMF). O Villa Guarany atuou com a seguinte formação: Armando; Cabral e Nogueira; Hortencio, Dantas e Rubens; Carmos, Newton, Silva e Gabriel. Também esteve presente no certame da LMF em 1918.
FONTES: O Paiz – A Razão – Jornal do Brasil – Vida Sportiva
Americano FC (Campos) – Campeão Extra de Futebol do Interior do RJ de 1979
Em 1974 os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro se fundiram no atual Estado do Rio de Janeiro, mas suas federações permaneceram separadas até 1978, quando a Federação Carioca de Futebol e a Federação Fluminense de Futebol se uniram na atual Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ).
Em 1979 a FFERJ organizou o I Campeonato Estadual de Profissionais do Rio de Janeiro. Nesse ano, em respeito a tradição dos campeões fluminenses (atual interior do RJ), foi criado o Campeonato Extra de Futebol do Interior do RJ, com apoio da SPORT PRESS e do Jornal “O Fluminense”, que ofereceu ao campeão a Taça “O Fluminense”.
O regulamento era simples: seriam contabilizados todos os pontos conquistados pelos times de fora da capital – isto é, Americano (Campos), Goytacaz (Campos), Niterói, Volta Redonda, Serrano (Petrópolis) e Fluminense (Nova Friburgo) – contra qualquer adversário, em qualquer fase, em qualquer grupo. Foram essas as campanhas dos clubes:
1º Turno – Taça Guanabara (classificava 10 clubes para o grupo dos vencedores do 2º turno, os outros 8 iam para o grupo dos perdedores)
Americano – 22 pontos – classificado para o grupo dos vencedores
Goytacaz – 22 pontos – classificado para o grupo dos vencedores
Serrano – 18 pontos – classificado para o grupo dos vencedores
Fluminense – 12 pontos
Volta Redonda – 12 pontos
Niterói – 8 pontos
2º Turno – Taça Inocêncio Pereira Leal (grupo dos vencedores, classificava seis times para a fase final)
Americano – 9 pontos – classificado para a fase final
Goytacaz – 9 pontos – classificado para a fase final
Serrano – 7 pontos
2º Turno – Taça Inocêncio Pereira Leal (grupo dos vencedores, classificava seis times para a fase final)
Fluminense – 10 pontos
Volta Redonda – 6 pontos
Niterói – 2 pontos
Fase final
Americano – 4 pontos
Goytacaz – 3 pontos
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CAMPEONATO DO INTERIOR DO RJ:
1) Americano – 35 pontos – CAMPEÃO
2) Goytacaz – 34 pontos
3) Serrano – 25 pontos
4) Fluminense – 22 pontos
5) Volta Redonda – 18 pontos
6) Niterói – 10 pontos