Arquivo da categoria: 36. Marcos Galves Moreira

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. IX

1955: Deu Ferrinha!

O campeonato de acesso desse ano teve como campeã a representação da Ferroviária de Araraquara. O certame contou com 24 equipes e a exemplo dos anos anteriores teve 2 fases.

A 1ª fase apresentou as equipes sendo divididas em 4 grupos, começando em meados de Outubro e se encerrando no final de Dezembro. Nessa fase as equipes jogavam entre si dentro de seus respectivos grupos. Classificavam para a 2ª fase as duas melhores equipes. Nesse ano houve a estréia do Catanduva, equipe fundada em 1953 e que lutou arduamente nos bastidores para ser incluída na divisão de acesso.  O Juventus como rebaixado da primeira divisão, mesmo não sendo campeão acabou integrando-se à elite do futebol paulista. A equipe paulistana era “forte” nos bastidores. O Ituano como campeão da terceira divisão não participou do acesso desse ano, pois a população de Itu era inferior a 50.000 habitantes.

O “Torneio dos Finalistas” começou em Janeiro de 1956 e encerrou em Abril do mesmo ano. Como no ano anterior, as equipes classificadas para a 2ª fase jogariam entre si em turno e returno e o clube que acumulasse mais pontos seria o campeão.

A primeira fase apresentou a seguinte classificação:

Setor Verde

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
JUVENTUS 15 5 10 7 1 2 23 10 13
PORTUGUESA 14 6 10 6 2 2 20 11 9
SÃO BENTO (SOR) 14 6 10 6 2 2 20 10 10
ESTRELA DA SAUDE 8 12 10 2 4 4 18 24 -6
CORINTHIANS (SA) 5 15 10 0 5 5 5 17 -12
UNIÃO (MOGI) 4 16 10 1 2 7 6 20 -14
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 92
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,1

Classificados: Juventus e Portuguesa, após esta eliminar o São Bento.

Setor Amarelo

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
FERROVIÁRIA (ARQ) 15 5 10 7 1 2 43 11 32
ARARAQUARA 12 8 10 5 2 3 18 16 2
CATANDUVA 11 9 10 5 1 4 23 17 6
PAULISTA (JUN) 9 11 10 4 1 5 20 20 0
INTERNACIONAL (LIM) 8 12 10 3 2 5 15 19 8
VELO CLUBE 3 17 10 1 1 8 11 47 -36
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 130
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 4,3

Classificados: Ferroviária e Araraquara

Setor Branco

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
MARILIA 15 5 10 6 3 1 28 10 18
AMÉRICA 14 6 10 6 2 2 21 11 10
GARÇA 12 8 10 5 2 3 17 9 8
PRUDENTINA 7 13 10 3 1 6 12 20 -8
RIO PRETO 6 14 10 2 2 6 17 23 -6
ARAÇATUBA 6 14 10 2 2 6 6 28 -22
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 101
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,4

Classificados: Marília e América

Setor Azul

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
COMERCIAL (RP) 14 6 10 5 4 1 23 14 9
BOTAFOGO 13 7 10 6 1 3 28 13 15
BARRETOS 11 9 10 4 3 3 17 19 -2
INTERNACIONAL (BEB) 10 10 10 4 2 4 27 18 9
RADIUM 8 12 10 3 2 5 17 21 -4
FORTALEZA 4 16 10 1 2 7 10 35 -25
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 122
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 4,1

Classificados: Comercial e Botafogo

O “Torneio dos Finalistas” apresentou a seguinte classificação:

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
FERROVIÁRIA (ARQ) 24 4 14 10 4 0 44 27 17
BOTAFOGO 18 10 14 7 4 3 34 26 8
MARÍLIA 15 13 14 6 3 5 23 25 -2
AMÉRICA 15 13 14 6 3 5 23 25 -2
PORTUGUESA 12 16 14 5 2 7 22 28 -6
COMERCIAL (RP) 12 16 14 4 4 6 30 28 2
JUVENTUS 9 19 14 3 3 8 18 30 -12
ARARAQUARA 8 20 14 3 2 9 21 31 -10
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 215
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,8

O jogo que decidiu o campeonato:

Ferroviária 6 X 3 Botafogo

Data: 15/4/1956

Local: Araraquara

Árbitro: Paulo Simões

Gols: Bazani (2), Gomes (2) e Cardoso (2) para a Ferroviária.

Fernando, Amorim e Brotério para o Botafogo.

Ferroviária: Fia; Izan e Ferracioli; Dirceu, Pixo e Elcias; Paulinho, Cardoso, Gomes, Bazani e Boquita. Técnico: Clóvis Van Dick, o Capilé.

Botafogo: Machado; Fonseca e Antonio Julião; Wilsinho, Oscar e Chorete; Laerte, Amorim, Brotério, Neco e Fernando. Técnico: Floreal Garro.

Campanha do Campeão

1ª fase – Setor Amarelo

1º turno 2º turno

16/10/55: Ferroviária 4 x 2 Paulista                       20/11/55: Paulista 1 x 1 Ferroviária

23/10/55: Catanduva 2 x 4 Ferroviária                    27/11/55: Ferroviária 0 x 1 Catanduva

30/10/55: Ferroviária 3 x 1 Internacional (L)            4/12/55: Internacional (L) 1 x 3 Ferroviária

6/11/55: Velo Clube 2 x 6 Ferroviária                    11/12/55: Ferroviária 15 x 1 Velo Clube

13/11/55: Ferroviária 5 x 0 Araraquara                 18/12/55: Araraquara 2 x 0 Ferroviária

 

2ª fase – Torneio dos finalistas

1º turno 2º turno

15/01/56: Araraquara 2 x 4 Ferroviária                11/03/56: Ferroviária 4 x 1 Araraquara

22/01/56: Ferroviária 2 x 1 Comercial                 18/03/56: Comercial 3 x 4 Ferroviária

29/01/56: Marília 2 x 2 Ferroviária                       25/03/56: Ferroviária 2 x 2 Marília

5/02/56: Ferroviária 2 x 1América                      01/04/56: América 2 x 3 Ferroviária

19/02/56: Ferroviária 5 x 2 Juventus                    08/04/56: Juventus 1 x 2 Ferroviária

26/02/56: Botafogo 2 x Ferroviária                      15/04/56: Ferroviária 6 x 3 Botafogo

4/03/56: Ferroviária 1 x 1 Portuguesa                  22/04/56: Portuguesa 4 x 5 Botafogo

Balanço Geral: Jogos: 24; Vitórias: 17; Empates: 2; Derrotas: 5; Gols marcados: 87, Gols sofridos: 38; Saldo: 49.

Equipe base do campeão

Fia; Elcias e Ferracioli, Dirceu, Pixo e Itamar; Paulinho, Cardoso, Gomes, Bazani e Boquita. Também jogaram: Basílio, Tiana, Izan, Jaime, Jarbas e Marinho. Técnico: Clóvis Van Dick, o Capilé.

Destaques: Valdomiro Barboza de Oliveira (30/6/26-?), o Fia, foi o grande responsável pela brilhante campanha da Ferroviária. Disputou 23 jogos e sofreu 34 gols. Dirceu Siqueira, na época com 25 anos fez um excelente campeonato. Formaria uma célebre dupla de meia cancha com Olegário Tolói de Oliveira (1939-), o Dudu, em 1959. João Carlos Cardoso (15/11/32-), irmão de Maria Helena antiga jogadora e técnica de basquete. Junto com Gomes formou uma dupla de ataque que infernizou os adversários. Olivério Bazani Filho (3/6/35 -13/10/2007), vindo de uma família de futebolistas, seu pai Olivério Bazani (1906-?) jogou no Corinthians e seu irmão Oliver Roberto Bazani (1941-), o Bazaninho, jogou 10 anos no São Bento de Sorocaba. Bazani chegou à Ferroviária em fins de 1954 e com apenas 20 anos já despontava como um excelente jogador. Jogou ainda no Corinthians (62/64) e retornou à sua querida Ferroviária, onde encerraria a sua brilhante carreira em 1971. Eventualmente colaborou com Ferrinha, seja na revelação de atletas ou dirigindo interinamente a equipe principal. Por tudo isso que o “Rabi” é o atleta símbolo do clube.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Cardoso (Ferroviária) com 29 gols, sendo 14 no Torneio dos Finalistas;
  • Outros goleadores: Gomes (Ferroviária) com 20 gols, Bazani (Ferroviária) e Laerte (Marília) com 17 gols, Dozinho (América) com 16 gols. Cuca (América) com 15 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase:

Francesco (Velo Clube): 32 gols, Motore (Estrela da Saúde): 25; China (Araçatuba): 24 gols, Garibaldi (Fortaleza): 22, Brazão (Radium): 21 gols;

  • Goleiros menos vazados na primeira fase:

Vilera (Juventus), Vítor (São Bento), Hugo (América), Velasco (Garça) e Zeferino (Marília): 9 gols, Ceci (Portuguesa): 11;

  • A maior goleada registrada em jogos do Acesso aconteceu no jogo Ferroviária 15 x 1 Velo Clube, realizada em 11/12/1955;
  • Equipes que se destacaram:

Botafogo: Machado; Fonseca (Vastinho) e Benedito Julião (Pavão), Wilsinho (Osvaldo) (Mário), Oscar (Chorete) e Nino (Jair); Tico (Ponce), Neco, Brotério (Amorim) Paulinho (Laerte) e Fernando (Guina). Técnico: Floreal Garro;

Marília: Zeferino (Aníbal); Teixeira (Procópio) (Nélson) e Atílio; Alzemiro (Geraldo), Zé Gonçalves (Maurinho) e Luiz Valente (Vicente); Aldo (Raul), Maércio (Zinho), Laerte (Tana), Jonas (Artur) e Henrique (Mendonça). Técnico Florindo Alves Ferreira;

América: Hugo (Dimas) (Barrela); Xatara (Hudson) e Martin; Tuca (Ambrósio), Aldo (Bertolino) e Dicão (Eraldo); Cuca (Feijão), Lero, Dozinho (Toninho), Nilsinho e Urias (Vidal). Técnicos: João Avelino e depois Bindo;

  • Seleção do Campeonato, segundo o semanário “O Mundo Esportivo”:

Fia (Ferroviária); Ditão (Juventus) e Monte (Araraquara); Rivetti (Portuguesa), Bertolino (América) e Roberto (Internacional – Limeira); Nelsinho (Barretos), Neco (Botafogo), Cardoso (Ferroviária), Bazani (Ferroviária) e Alípio (Catanduva);

  • Geraldo de Freitas Nascimento (1938-1994), o Ditão era um vigoroso zagueiro. Vindo de uma família de esportistas, seu pai – Benedito de Freitas Nascimento, o Ditão – foi zagueiro do Juventus nos anos 40. Seu irmão Gilberto (1942-?), que também era chamado de Ditão, fez relativo sucesso também como zagueiro no Flamengo nos anos 60 e chegou a ser convocado pela Seleção Brasileira. Seu outro irmão, Adilson de Freitas Nascimento (1951-2009), foi um consagrado jogador de basquete, defendendo inclusive a Seleção Brasileira nos anos 70. Já Flávio de Freitas Nascimento (1940-), foi um esforçado zagueiro que defendeu várias agremiações que disputaram a Divisão de Acesso e que costumava fazer muitos gols.

Ditão (Geraldo) foi preterido uma vez na convocação do selecionado a favor de seu mano Gilberto. Na realidade era o Geraldo que deveria ser chamado e a confusão dos nomes gerou o engano (nunca comprovado). Defendeu posteriormente a Portuguesa de Desportos e Corinthians. Encerrou a carreira em 1971;

  • Martin Mansano (1945-) (América) no meio da fase final transferiu-se para o Palmeiras onde atuaria por dois anos;
  • João Batista Carlos Dias (1935-1997), o Fioti (São Bento), fez um excelente campeonato que acabou sendo contratado pelo Santos;
  • Zaluar Torres Rodrigues (? – 1995), ficaria famoso por ter tomado o primeiro gol de Pelé no profissionalismo, defendia o Corinthians de Santo André e nesse ano tomou 17 gols;
  • Benedito Leopoldo da Silva (1935-2001), o Benê, ex-craque do S. Paulo dos anos 60 e Seleção Brasileira, despontou nesse ano no Paulista;
  • No Torneio dos Finalistas, dois dos goleiros que atuavam eram argentinos: Bonelli (Comercial) e Vilera (Juventus). Bonelli atuou no ano seguinte no São Paulo;
  • Joel de Souza Martins (1930-?) (São Bento) foi o maior artilheiro da história do São Bento no período profissional. Veio do Fluminense onde havia sido campeão carioca em 1951;
  • Revelação do Campeonato: Bazani (Ferroviária).

Trabalho que contou com a colaboração do Júlio Diogo

Ferroviaria

Em pé da esquerda p/ direita: Capilé (técnico), Fia, Izan, Ferracioli, Dirceu, Pixo e Elcias.

Agachados na mesma ordem: Paulinho, Cardoso, Gomes, Bazani e Boquita

Santos FC – O Inaugurador de Estádios

1 – 23/04/1916 – Santos FC 1 x 1 São Cristóvão – Estádio do Figueira de Melo, no Rio de Janeiro;

2 – 22/10/1916 – Santos FC 2 x 1 CA Ypiranga – Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), em Santos (São Paulo);

3 – 21/04/1918 – Santos FC 3 x 7 CA Paulistano – Estádio do Jardim América, na cidade de São Paulo;

4 – 15/03/1925 – Santos FC 3 x 0 AA São Bento – Estádio do Alpheu Paim, na cidade de Santos (campo do AA Americana);

5 – 21/03/1927 – Santos FC 5 x 3 CR Vasco da Gama – Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro;

6 – 20/09/1927 – Santos FC 4 x 3 América FC – Estádio de Campos Salles, na cidade do Rio de Janeiro;

7 – 14/07/1935 – Santos FC 2 x 1 XV de Novembro de Jaú – Campo da Vila Santa Terezinha, na cidade de Jáu-SP;

8 – 01/05/1950 – Santos FC 6 x 0 AE Santacruzense – Estádio Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo (São Paulo);

9 – 15/08/1960 – Santos FC 3 x 2 Itaú – Estádio Governador Jorge de Oliveira, na cidade mineira de Itaú;

10 – 14/08/1964 – Santos FC 3 x 1 Comercial FC – Estádio Palma Travassos, na cidade de Ribeirão Preto (São Paulo);

11 – 14/05/1965 – Santos FC 2 x 2 C. Olímpia – Estádio Manoel Ferreira, em Assunção no Paraguai;

12 – 01/02/1967 – Santos FC 2 x 1 CA River Plate – Estádio Nou Camp na cidade de Léon, no México;

13 – 15/02/1970 – Santos FC 3 x 1 Seleção Amadora de Cornélio Procópio – Estádio Ubirajara Medeiros, na cidade de Cornélio Procópio (Paraná);

14 – 02/09/1970 – Santos FC 2 x 0 Grêmio FPA – Estádio Colosso da Lagoa, na cidade de Erechim (Rio Grande do Sul);

15 – 25/10/1970 – Santos FC 5 x 0 Seleção de Alagoas – Estádio Rei Pelé, em Maceió (Alagoas);

16 – 30/04/1978 – Santos FC 3 x 0 Sobradinho EC – Estádio Agostinho Lima, em Brasília (Distrito Federal);

17 – 11/11/1986 – Santos FC 1 x 1 EC Vitória – Estádio Barradão, na cidade de Salvador (Bahia);

18 – 14/11/1988 – Santos FC 1 x 1 GE Catanduvense – Estádio Alfredo Luís Jorge, em Catanduva (São Paulo);

19 – 20/05/2001 – Santos FC 2 x 1 Seongnam Ilhwa – Estádio de Taegu, na Coréia do Sul.

20 – 11/11/2009 – Santos FC  1 x 2 Santos Laguna – Estádio Território Santos Modelo, em Torreón, no México.

21 – 20/3/2010 – Santos FC 1 x 3 Red Bull NY – Arena Red Bull, em Harrinson, NY, Estados Unidos

Fonte: Site Oficial do Santos FC

JOGO HISTÓRICO: EC SÃO BENTO 1 X 0 ARÁBIA SAUDITA

SÃO BENTO 1 X 0 ARÁBIA SAUDITA

LOCAL: ESTÁDIO MUNICIPAL ‘WÁLTER RIBEIRO” (CIC)

DATA: 30/8/1981

ÁRBITRO: ALCIR AGOSTINHO

RENDA: Cr$ 436.900,00

PÚBLICO PAGANTE: 2.280 PESSOAS

GOL: SERELEPE

ECSB: PAULO; MARCELO, JUAN, NILSON ANDRADE (JORGE) E VICENTE; SERELEPE, ALEXANDRE (HERTZ) E PERES (COCA); CREMILSON, CALADA E CACÁ (CARLINHOS ZIROLDO). TÉCNICO: WILSON FRANCISCO ALVES, O CAPÃO

ARÁBIA SAUDITA: KHALIFA; KHALEA, SAGA, BAKIT E SAMIR ISMAIL; KATHAMI, ALI RAMES E ABADI (HUSSAINI); KAHLED, IBRHIM E FAIÇAL BEDIN (NASSER). TECNICO: OSVALDO SAMPAIO JÚNIOR, O PAULISTINHA

JOGO HISTÓRICO: EC SÃO BENTO 2 X 2 NACIONAL (UR)

Em 1956 o Nacional de Montivédeo fez uma excursão ao Brasil onde disputou um Torneio Internacional e alguns amistosos. Um desses, foi contra o EC São Bento de Sorocaba.

EC São Bento 2 x 2 Nacional (Ur)

Data: 1/4/1956

Local: Estádio do São Bento (chamado na época de “Da Rua Coronel Nogueira Padilha”)

Árbitro: Juan Carlos Armental (AUF)

Renda: aproximadamente Cr$ 120.000,00 (recorde)

Gols: Joel, Reis (penal), Caraballo e Villamides

ECSB: Wálter “Jacaré”; Domingos (Julião) e Cidoca (Domingos); Lanzudo, Fiote e Sérgio e ; Reis, Joel, Ubirajara, Zinho (Procópio) e Cilno. Técnico: Moacir dos Santos

CNF: Taibo; Marechal e Santamaria; Cantos, Carballo (Bruchezzi) e Cruz (Grolla); Chagas, Kuntz (Messias), Buenza (Mendez) (Di Fabio), Caraballo (Romerito) e Romerito (Villamides). Técnico: Ondino Vieira

Comentário: A diferença de categoria entre as equipes era gritante a equipe uruguaia contava com jogadores que haviam defendido a “celeste olímpica” no Mundial de 1954:  José Santamaria, Luiz Alberto Cruz, Nestor Carballo e Omar Pedro Mendez. Porém, a equipe sorocabana atuou com garra e se fez prevalecer em casa. Joel era o maior nome sambentista, campeão carioca pelo Fluminense em 1951, teve poucas chances na equipe tricolor. Aportou em Sorocaba em 1955 e jogou no grêmio alvi celeste até 1959. Seu maior feito foi ter assinaldo 7 gols num jogo contra o Catanduva EC pela “segundona” de 1958. Dono de um chute portentoso, alguns que assistiram o jogo dizem que Taibo, arqueiro uruguaio, após levar uns “pelotasos” gritava com a sua zaga: “No lo deje patear, no lo deje patear”

Foi o primeiro jogo internacional disputado pela equipe sorocabana

Jogo Histórico – Brasil 7 x 1 São Bento

O São Bento na década de 60 armou boas equipes para a disputa do campeonato paulista da divisão principal. Em 1963 foi o quarto colocado, em 1965 e 1968  foi o sexto, sendo que em 1965 foi a melhor equipe do interior. Em 1966 a FPF realizou um torneio entre as equipes “chamadas pequenas” e o São Bento foi o campeão.

Pelo seu bom retrospecto, o São Bento serviu de “sparring” para a Seleção Brasileira que se preparava para o Mundial daquele ano.

Brasil 7 x 1 São Bento

Local: Estádio Municipal de Serra Negra

Data: 26/5/1966

Árbitro: Aurélio Hohu (Liga de Serra Negra)

Renda: Cr$ 7.990.000,00

Público pagante: aproximadamente 2000 pessoas

Gols: Servílio, Pelé, Picolé; Dias, Gerson, Dino Sani, Amarildo e Gibe (contra)

Brasil: Gilmar; Carlos Alberto, Brito (Belini), Leônidas (Dias) e Rildo; Denilson (Dino Sani) e Gerson; Garrincha, Servílio, Pelé e Amarildo. Técnico: Vicente Feola

São Bento: Wálter Gonzales (Mariano); Fernando (Valdir Caruso), Marinho Peres, Gibe e Salvador; Gonçalves (Nei Silva) e Bazaninho; Copeu (Carlinhos Costa), Almir (João Carlos II), Picolé e Afonsinho. Técnico: Wilson Francisco Alves, o Capão.

Comentários: O primeiro tempo terminou com a vitória da Seleção por 2×1. A ofensiva benetitina, com deslocações rápidas conseguia ludibriar a retaguarda da Seleção. Brito e Leônidas tiveram muitas dificuldades para conter o rápido Almir. Copeu deu um suadouro em Rildo. Para a segunda etapa, Feola substituiu a dupla de zaga, colocando o experiente Belini e o versátil Dias. Aliás, foi dele o terceiro gol do Brasil que mostraria o domínio do selecionado. Após o terceiro gol o São Bento começa a desmontar a sua equipe principal, sai Wálter, goleiro ágil, para entrar o desconhecido e inesperiente Mariano. Segundo a lenda, Feola pediu para Capão retirar Copeu para dar sossego a Rildo. Nei Silva, Carlinhos Costa e João Carlos II eram jovens e sem experiência para o porte daquela partida. Sem Gonçalves para marcá-lo, Gerson deitou e rolou. Não foram à Copa (mas deveriam ter ido): Carlos Alberto, que perdeu a vaga para o limitado Fidélis; Leônidas, que perdeu a vaga para o eficiente Altair; Dias, que perdeu a vaga para o veterano e já lento Orlando; Dino Sani, que foi substituído pelo Zito que se contundiu e nem jogou; Servílio, que foi substituído pelo limitado Alcindo e Amarildo, que por “motivo de contusão” foi cortado e levaram o imberbe Edu, que foi o único que não jogou partida alguma nesse Mundial.

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. VIII

1954: Deu Burro na cabeça!

Coube ao Taubaté a primazia de ganhar o Campeonato de Acesso justamente no ano da morte de seu idealizador, Roberto Gomes Pedrosa (1913-1954). Pedrosa faleceu no dia 6 de janeiro e segundo alguns, foi o melhor presidente que a Federação Paulista já teve. Dinâmico e arrojado, conseguiu consolidar a competição do Acesso, apesar das inúmeras correntes contrárias. Passados mais de 50 anos da sua morte, o Acesso é hoje uma realidade inconteste nas várias divisões do Estado de São Paulo. O número de participantes permaneceu o mesmo do campeonato do ano anterior. A FPF seguiu à risca o regulamento com referência a população das cidades. Só aceitava comprovação com um documento do IBGE. O Catanduva EC chegou a apresentar 27 documentos atestando que a cidade que ele representava tinha mais de 50.000 habitantes. Mas não teve jeito, o documento principal (do IBGE) ainda era do ano de 1950 e apontava uma população inferior ao estabelecido. O Jabaquara que deveria participar do campeonato, novamente não compareceu em nenhum jogo. Houve alterações dos integrantes: a Araraquara e o Nacional (que fora rebaixado no ano anterior), pediram licença. O Comercial (Ribeirão Preto) fez a sua estréia e o Radium retornou da licença. O Velo Clube também reaparece e a Portuguesa Santista, rebaixada no ano anterior, disputa o seu primeiro Acesso. O certame só começou em dezembro e avançou até meados de 1955.

A primeira fase apresentou a seguinte classificação:

Série Nóbrega

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BOTAFOGO 15 5 10 7 1 2 32 11 21
FERROVIÁRIA (ARQ) 12 8 10 6 0 4 27 13 14
AMÉRICA 12 8 10 6 0 4 28 20 12
COMERCIAL (RP) 12 8 10 5 2 3 22 14 8
RIO PRETO 9 11 10 4 1 5 10 20 -10
PAULISTA (ARQ) 0 20 10 0 0 10 3 44 -41
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 122
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 4,1

Classificados: Botafogo e Comercial, após eliminar a Ferroviária e América.

Série Piratininga

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
TAUBATÉ 15 5 10 6 3 1 30 12 18
SÃO BENTO (SOR) 13 7 10 6 1 3 22 17 5
PAULISTA (JUN) 12 8 10 6 0 4 22 15 7
PORTUGUESA (SAN) 10 10 10 4 2 4 20 24 -4
RADIUM 9 11 10 4 1 5 19 19 0
VELO CLUBE 1 19 10 0 1 9 14 40 -26
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 127
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 4,2

Classificados: Taubaté e S. Bento (Sorocaba).

Série Anchieta

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
MARÍLIA 17 7 12 7 3 2 33 17 16
ARAÇATUBA 17 7 12 6 5 1 26 12 14
TUPÃ 17 7 12 8 1 3 25 11 14
PRUDENTINA 11 13 12 3 5 4 16 20 -4
GARÇA 8 16 12 2 4 6 29 29 0
CORINTHIANS (PP) 8 16 12 2 4 6 12 32 -20
BAURU 6 18 12 1 4 7 13 33 -20
JOGOS REALIZADOS 42
GOLS ASSINALADOS 154
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,7

Classificados: Araçatuba e Tupã, após a eliminação do Marília.

O “Torneio dos Finalistas” apresentou a seguinte classificação:

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
TAUBATÉ 14 6 10 6 2 2 27 12 15
COMERCIAL (RP) 13 7 10 6 1 3 16 21 -5
SÃO BENTO (SOR) 11 9 10 4 3 3 16 11 5
BOTAFOGO 9 11 10 4 1 5 10 20 -10
ARAÇATUBA 9 11 10 3 3 4 17 21 -4
TUPÃ 4 16 10 1 2 7 8 24 -16
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 94
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,1

Como no ano anterior, a 2ª fase foi por pontos corridos e o jogo decisivo foi disputado na última rodada, onde o Comercial esperava um tropeço do Taubaté frente ao seu arqui-rival, o Botafogo. Mas não teve jeito, a equipe do “pantera” não foi páreo para o “burro” e o acesso estava garantido.

Jogo decisivo: Taubaté 4 x 1 Botafogo

Data: 26/6/1955

Local: “Estádio da Praça Monsenhor Silva Barros”

Renda: Cr$ 112.000,00

Árbitro: Luís Botini

Gols: Berto (11/1T), Silvio (33/1T); Benedito (7/2T), Perseu (14/2T)

Taubaté: Sergio; Rubens e Ananias; Can Can, Zé Américo e Ivan; Silvio, Taino, Berto, Benedito e Alcino. Técnico: Joaquim Loureiro

Botafogo: Ênio; Fonseca e Vastinho; Diógenes, Mário e Perseu; Neco, Brotério, Elvio, Américo Salomão e Dorival. Técnico: nd

Campanha do Campeão

Série Nóbrega – 1ª fase

1º turno                                                           2º turno

19/12/1954: Taubaté 4 x 0 S. Bento (Sor)           13/02/1955: S Bento (Sor) 1 x 1 Taubaté

26/12/1954: Velo Clube 2 x 4 Taubaté                27/02/1955: Taubaté 9 x 2 Velo Clube

2/1/1955: Taubaté 2 x 1 Paulista (Jun)                6/03/1955: Radium 0 x 0 Taubaté

16/01/1955: Portuguesa 1 x 1 Taubaté                3/03/1955: Taubaté 5 x 1 Portuguesa

23/01/1955: Taubaté 2 x 1 Radium                     27/03/1955: Paulista (Jun) 3 x 2 Taubaté

Torneio dos Finalistas – 2ª fase

1º turno                                                           2º turno

1/05/1955: Taubaté 6 x 3 Comercial       (1)        5/06/1955: Comercial 0 x 0 Taubaté

8/05/1955: Araçatuba 2 x 2 Taubaté                   9/06/1955: Taubaté 1 x 0 Araçatuba

15/05/1955: Taubaté 2 x 1 S. Bento (Sor)           12/6/1955: S Bento 2 x 1 Taubaté (Sor)

22/05/1955: Taubaté 4 x 0 Tupã                         19/06/1955: Tupã 2 x 4 Taubaté

29/05/1955: Botafogo 1 x 3 Taubaté                   26/06/1955: Taubaté 4 x 1 Botafogo

(1) O Taubaté perdeu os pontos dessa partida

Balanço Geral: Jogos: 20, Vitórias: 13, Empates: 5, Derrotas: 2, Gols marcados: 57, Gols sofridos: 29, saldo: 28.

Equipe base do campeão

Sérgio; Rubens e Porunga; Can-Can, Zé Américo e Ivan; Silvio, Toninho Taino, Berto, Benedito e Alcino. Também jogaram: Floriano, Diogo, Ananias, Celso, Manteiga, Minelli e Durval. Técnico: Joaquim Loureiro

Destaques: Os “pratas da casa” Silvio, Zé Américo, Ivan da Silva Cunha (1930-?) e Toninho Taino. Berto e Alcino que haviam atuado pelo São Paulo e Sergio, vindo do Palmeiras.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Berto (Taubaté), 23 gols;
  • Outros goleadores: Mairiporã (Comercial), 16 gols; Pagão (Portuguesa Santista), 14 gols; Brotério (Botafogo), 13 gols; Benedito (Taubaté), 12 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase:

Mingau (Paulista – Araraquara) com 28; Velasco (Garça) com 24 e Cabeção (Velo Clube) com 20 gols sofridos;

  • Goleiros menos vazados na primeira fase:

Garito (Botafogo): 10 gols, Sorocaba (Tupã): 11 gols; Sérgio (Taubaté) e Hugo (Araçatuba): 12 gols e Fia (Ferroviária), Mário (Comercial): 13 gols;

  • Maior goleada do campeonato: Marília 10 x 2 Corinthians (PP), em 30/1/1955;
  • Equipes que se destacaram:

Comercial (Ribeirão Preto): Mário (Pinin); Toninho e Sula; Assunção (Aldo), Lola (Bié) e Laércio; Silas (Servilinho), Ademar, Mairiporã, Maneca e Clive (Orestes). Técnico: Alcides Manay;

São Bento (Sorocaba): Vítor (Gibi) (Jaime) (Nélson); Domingos (Cafisso) e Cidoca (Sidney); Fioti, Falco e Lanzudo (Sérgio); Reis (Robertinho), Agostinho (Acosta) (Pedrinho), Nicácio (Odácio), Rato e Fortaleza. Técnico: Hélio Geraldo Caxambu;

Botafogo (RP): Garito; Fonseca (Mexicano) (Vastinho) e Kelé (Chorete); Diógenes (Wilsinho), Oscar e Mário; Barra Mansa (Dorival) (Elvio), Neco (Ponce), Brotério, Américo Salomão (Laerte) e Guina. Técnico: nd

  • A equipe do Paulista (Araraquara), já extinta, fez um péssimo campeonato. Não pontuou e tinha a seguinte formação:

Mingau; Ferraz e Pinho; Bruno, Braga e Negão; Didier, Desastre (Ditinho), Teixeira (Nino), Canhoto (Tom Mix) e Dino (Gonçalves). Técnico: nd

Didier jogaria na Ferroviária, da mesma cidade e seria campeão do acesso no São Bento em 1962. Também com um avante chamado Desastre, a campanha do time só poderia resultar numa catástrofe!

  • Paulo César de Araújo, o Pagão (1934-1991) se transferiria no ano seguinte para o Santos FC, onde faria muito sucesso como parceiro de Pelé. Era um jogador de rara habilidade que se machucava com extrema facilidade, daí o apelido de “canela de vidro”. Jogou ainda no São Paulo e encerraria a carreira em 1968 na mesma Portuguesa Santista;
  • Gonçalo Gonçalves (1935-) formava dupla de ataque com Pagão na Portuguesa Santista. Como o parceiro, também jogaria no Santos e São Paulo. Abandonou o futebol com 30 anos de idade;
  • Rubens Francisco Minelli (1928-) (Taubaté), se consagraria como técnico mais tarde, dirigindo várias equipes como o São Paulo, Palmeiras e Internacional (PA). Encerraria a carreira como jogador em 1955 no São Bento (Sorocaba), após sofrer fratura na perna;
  • Antonio Júlio Taino (1930-), foi um dos grandes jogadores da história do Taubaté. Além de jogador, foi técnico da equipe em várias oportunidades. Seus filhos Antonio Júlio Taino Júnior (Toninho Taino) e Éder Taino também defenderam o “burrão”;
  • Luís Campana (1933-?), o Luís Valente (Marília) após defender o Catanduva por três anos, transferiu-se para o São Paulo em 1961;
  • O atacante Américo Salomão (1920-1997) (Botafogo) apareceu no São Paulo e não realizou nenhuma partida no time profissional. Resolveu tentar a sorte nas equipes do interior e a sua trajetória pode justificar a de um jogador azarado. Vejam só:

1949: Jogou a final pelo Batatais e perdeu;

1950: Jogou a final pelo Botafogo e perdeu;

1951: Jogou a final pelo Linense e perdeu;

1952: Jogou pelo Radium na 1ª Divisão e a equipe foi rebaixada;

1953: Jogou na AD Araraquara e ao final do campeonato a equipe se licenciou;

1954: O Botafogo resolveu deixá-lo na “cerca” por algumas rodadas devido a sua baixa produtividade. Será que o retrospecto ajuda?

  • O recorde de expulsões: Ocorreu no jogo São Bento 1 x 1 Taubaté, realizado em Sorocaba no dia 13/2/1955. O árbitro Sr. José Trabold expulsou 7 jogadores – Manteiga, Benedito, Minelli e Alcino, do Taubaté. Cidoca, Nicácio e Fortaleza do São Bento;
  • Taubaté o eterno “Burro da Central”

O apelido carinhoso foi dado por Tomás Mazzoni (1900-1970), famoso cronista esportivo. Em virtude da perda dos pontos no primeiro jogo da fase final (Taubaté 6 x 3 Comercial),

o Taubaté escalou irregularmente o avante Alcino. Sorte que essa derrota não comprometeu a conquista do título (mas poderia!). Ficou famosa a frase de Mazzoni “time que ganha no campo e perde os pontos nos tribunais e assim mesmo ganha o campeonato só pode ser burro”. A Central do Brasil era a antiga estrada de ferro que passava pela cidade;

  • O jogo da vergonha: Tupã 2 x 4 Taubaté – 19/6/1955

Como dissemos anteriormente a perda de pontos do Taubaté para o Comercial, no primeiro jogo da 2ª fase, quase compromete o sonho da equipe do Vale de se tornar campeã.

O “jogo da vergonha” se referiu à penúltima rodada da 2ª fase e foi responsável pelo episódio mais lamentável do campeonato daquele ano.

A diretoria do Tupã encabeçada pelo seu presidente o Sr. Mauro Pacheco Alves, “entregou o jogo”, como se diz na gíria futebolística. Ao que consta, em troca de alguma quantia monetária. Em relação a este fato, conversamos com Caetano Martins Filho (1928 -) mais conhecido como Sorocaba, na época defendia a meta do tricolor da alta paulista.

“O Tupã mesmo que vencesse o campeonato não teria condições de subir, pois o nosso estádio necessitaria de uma ampla reforma. Naquela época, como hoje, as condições financeiras dos clubes do interior não eram boas, portanto não teríamos condições de arrumar o estádio em tempo hábil.

Fiquei sabendo por intermédio da diretoria da minha equipe que o Henrique, nosso atleta, iria jogar mesmo sem ter condições legais, pois estava suspenso.

Protestei e disse que dessa maneira não jogaria, o nosso técnico (Cid Ribeiro do Val) havia abandonado a equipe e a diretoria num ato de extrema insensatez, me convidou para dirigi-la. Logicamente não aceitei, pois se não atuaria como atleta não participaria como técnico”.

A FPF abriu inquérito para apurar o fato. O Tupã foi suspenso por 1 ano. Toda diretoria da equipe foi destituída uma semana após o final do campeonato. O ato administrativo puniu os corruptos e não os corruptores mais uma vez.

O depoente não atuou no último jogo de sua equipe, foi substituído por Seixas. Sorocaba pode não ter sido em sua carreira futebolística um goleiro de grandes predicados, mas o seu caráter, e a honradez são virtudes que valem muito e farão com que muitas pessoas se recordem mais do homem do que a de atleta.

  • Seleção do Campeonato (1ª fase)

Sérgio (Taubaté); Pedro (Araçatuba) e Ferracioli (Ferroviária – Araraquara); Diógenes (Botafogo), Cornélio (Portuguesa. Santista) e Luís (Marília); Paulinho (Ferroviária – Araraquara), Zigomar (Garça), Berto (Taubaté), Paulinho (Rio Preto) e Henrique (Tupã);

  • Revelação do Campeonato: Pagão (Portuguesa Santista);

Taubaté 54

Em pé da esquerda p/ direita: Joaquim Loureiro, Ivã, Zé Américo, Can-Can, Ananias, Rubens e Sérgio. Agachados na mesma ordem: Silvio, Tonho, Berto, Benedito e Alcino.

Trabalho inédito que contou com a colaboração do Júlio Diogo

Artigo da Semana 04/2010 – História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. VII

1953: Noroeste vence o campeonato e sobe!

Em 1953 a FPF decidiu modificar totalmente o campeonato de Acesso. Limitou o número de participantes através de uma resolução em que para uma agremiação participar, deveria estar numa cidade com população superior a 50.000 habitantes. O campo de jogo deveria ser cercado por alambrado; a partir desse ano seria criada a 3ª Divisão.

Com essas mudanças, o campeonato ficou bem “enxuto” e contou com apenas 20 equipes, divididas em três séries. Com a desistência do Votorantim, o São Bento de Sorocaba tomou o lugar, pois a cidade atendia às exigências de população da época. O Jabaquara que havia sido rebaixado da 1ª Divisão no ano anterior deveria integrar a Divisão de Acesso. Porém não compareceu a nenhum jogo e as partidas foram anuladas. Era a famosa “jabaquarada” expressão popular usada na época quando uma agremiação perdia em campo e ganhava nos tribunais.

As duas melhores equipes de cada série se classificavam para a 2ª fase – “Torneio dos Campeões” – que apontaria a equipe que ascenderia à elite do futebol.

A classificação da 1ª fase foi a seguinte:

Série Amarela

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
FERROVIÁRIA (ARQ) 17 7 12 7 3 2 33 13 20
BOTAFOGO 15 9 12 6 3 3 29 18 11
ARARAQUARA 15 9 12 5 5 2 33 20 13
AMÉRICA 15 9 12 5 5 2 17 8 9
FRANCANA 9 15 12 2 5 5 14 23 -9
PALMEIRAS (FRA) 7 17 12 2 3 7 15 37 -22
RIO PRETO 6 18 12 3 0 9 11 33 -22
JOGOS REALIZADOS 42
GOLS ASSINALADOS 152
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,62

Classificados: Ferroviária e América, após eliminar o Botafogo e Araraquara.

Série Verde

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BRAGANTINO 13 7 10 6 1 3 16 12 4
PAULISTA (JUN) 13 7 10 6 1 3 14 13 1
TAUBATÉ 11 9 10 4 3 3 18 14 4
SÃO CAETANO 9 11 10 3 3 4 16 14 2
CORINTHIANS (SA) 9 15 10 3 3 6 10 15 -5
SÃO BENTO (SOR) 5 15 10 1 3 6 10 15 -5
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 84
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 2,8
Classificados: Paulista e Bragantino

Série Azul

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
NOROESTE 15 5 10 6 3 1 22 12 10
SÃO PAULO (ARÇ) 12 8 10 5 2 3 23 16 7
MARILIA 12 8 10 5 2 3 19 14 5
PIRACICABANO 10 10 10 4 2 4 21 19 19
TUPÃ 10 10 10 3 4 3 23 19 4
BAURU 1 19 10 0 1 9 9 37 -28
JOGOS REALIZADOS 42
GOLS ASSINALADOS 117
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 2,79

Classificados: Noroeste e Marília, após eliminar o São Paulo.

O “Torneio dos Campeões” apresentou a seguinte classificação:

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
NOROESTE 16 4 10 8 0 2 18 11 7
FERROVIÁRIA (ARQ) 13 7 10 6 1 3 27 13 14
MARÍLIA 9 11 10 4 1 5 14 17 -3
PAULISTA 8 12 10 4 0 6 14 19 -5
AMÉRICA 8 12 10 3 2 5 14 15 -1
BRAGANTINO 6 14 10 2 2 6 10 22 -12
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 97
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,2

Pela campanha no “Torneio dos Campeões”, o Noroeste foi proclamado campeão do Acesso de 1953.

Jogo decisivo: Noroeste 2 x 0 Marília

Data: 23/5/1954

Local: Estádio “Alfredo de Castilho”

Árbitro: Abílio Ramos

Renda: Cr$ 118.240,00

Gols: Zeola e Artur (contra)

Noroeste: Sidnei; Osvaldo e Vila; Nélson Faria, Mingão e Amaro (Luís Marini); Colombo, Zeola, Brotério, Ranulfo e Luís Marini (Amaro). Técnicos: Mário Tavares Fernandes e Balbino Simões.

Marília: Aníbal; Atílio e Luís; Nélson Teixeira, Luís Valente e Artur; Hélio, Ditinho, Raulzinho, Dequinha e Cilno.

Campanha do Campeão

1ª fase – 1º turno                                                          1ª fase – 2º turno

23/11/1953: Marília 0 x 0 Noroeste                                 17/1/1954; Noroeste 3 x 1 Marília

6/12/1953: Noroeste 3 x 1 S. Paulo                               24/1/1954: S. Paulo 2 x 0 Noroeste

13/12/1953: Piracicabano 0 x 0 Noroeste                       31/1/1954: Noroeste 5 x 1 Piracicabano

27/12/1953: Tupã 1 x 1 Noroeste                                   14/2/1954: Noroeste 3 x 2 Tupã

13/1/1954: Noroeste 3 Bauru                                         21/2/1954: Bauru 3 x 4 Noroeste

2ª fase – 1º turno                                                          2ª fase – 2º turno

28/3/1954: Noroeste 4 x 2 Paulista                                2/5/1954: Paulista 0 x 1 Noroeste

4/4/1954: América 1 x 2 Noroeste                                  9/5/1954: Noroeste 1 x 0 América

11/4/1954: Noroeste 2 x 0 Ferroviária                              16/5/1954: Ferroviária 5 x 3 Noroeste

18/4/1954: Marília 1 x 2 Noroeste                                  23/5/1954: Noroeste 2 x 0 Marília

25/4/1954: Noroeste 1 x 0 Bragantino                             30/5/1954: Bragantino 3 x 0 Noroeste

Balanço Geral: Jogos: 20, Vitórias 14, Empates: 3, Derrotas: 3, Gols marcados: 40, Gols sofridos: 28, Saldo: 12.

Equipe base do campeão

Sidnei; Zulu e Vila; Nelson Faria, Mingão e Amaro; Colombo, Zeola, Brotério, Ranulfo e Luís Marini. Também jogaram: Aldo, Louro, Pelota, Tuim, Chocolate, Adolfrizes, Clóvis, Julinho, Dito, Mical, Antero, Paulinho e Mirtola. Técnicos: Balbino Simões (1918-) e depois José Pavesi, o Pepino.

Destaques: Mingão, Domingos Bainha Lopes (1924-?). Veio do Ginásio Pinhalense em 1951, como capitão era um dos veteranos e transmitia muita segurança aos mais novos. É considerado jogador símbolo do Noroeste. Amaro José dos Santos (1924-?). Militou durante um bom tempo no futebol carioca e também colaborou com a sua experiência. Ranulfo Pereira Machado (1925-?). Jogou emprestado pelo São Paulo e foi grande articulador das jogadas ofensivas do Noroeste. Brotério de Assunção (1926-1990) foi o artilheiro da equipe com 12 gols. Começou nas equipes amadoras de Sorocaba e atuou pelo Votorantim e São Bento (Sorocaba);

Agostinho Zeola (1934-?). O mais jovem da equipe e grande artilheiro, atuaria pelo Palmeiras e Juventus. José Colombo (1930-?), emprestado pelo Corinthians fez um bom campeonato, retornando logo a seguir ao seu clube de origem.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Amauri Brasilio de Araújo (1932-?), o Tec (Ferroviária – Araraquara) com 16 gols;
  • Outros goleadores: Jandir (Paulista) 13 gols, Brotério (Noroeste) 12 gols, Zé Amaro (Ferroviária), Cilno (Marília), Omar Albers (1930-?) (Ferroviária) e Zeola (Noroeste), todos com 11 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase:

Dudu (Bauru): 28 gols; Saci (Palmeiras – Franca) e Pacau (Rio Preto): 20 gols; Badê (Tupã): 19 gols;

  • Defesas menos vazadas na primeira fase:

Garito (América): 6 gols; Lourenço (Bragantino): 9 gols, Sidnei (Noroeste): 12 gols, Nicanor (Paulista) e Fia (Ferroviária): 13 gols

  • Maior goleada do campeonato: Palmeiras (Franca) 0 x 7 Ferroviária (Araraquara), em 13/12/1953;
  • Equipes que se destacaram:

Ferroviária: Fia (Ferro) (Basílio); Pierre e Pixo (Tato); Dirceu (Diógenes), Gaspar e Henrique (Elcias) (Izan); Augusto (Santo Cristo), Tec (Omar), Vaguinho (Odair Titica), Zé Amaro e Boquita. Técnicos: Caetano De Domenico e depois Aramando Renganeschi;

Marília: Tonico; Atílio e Xandu; Luiz, Valente e Artur; Doquinha (Raul), Ditinho, César, Hélio e Cilno (Vavo). Técnico: Florindo Alves Ferreira;

Paulista: Nicanor; Gaúcho (Chumbinho) e Martinelli; Léo (Pedrinho), Dalmo (Carmo) e Alcides (Artur); Agostinho, Sacadura, Jandir (Garcia), Alvair (Pinga II) (Nardo) e Moreno. Técnico: Arturzinho;

América: Garito (Barrela); Aguinaldo e Ferraciolli; Tuca, Aldo e Gamba; Amaral (Melinho), Vicente (Nelsinho), Dozinho (Miranda), Jonas (Haroldo) (Foguinho) e Urias (Osmar). Técnico: Túlio;

  • Seleção do Campeonato (1ª fase)

Fia (Ferroviária – Araraquara); Agnaldo (América) e Kelé (Botafogo); Baia (Botafogo), Aldo (América) e Nascimento (Botafogo); Colombo (Noroeste), Vaguinho (Ferroviária – Araraquara), Zé Amaro (Ferroviária – Araraquara) e Boquita (Ferroviária – Araraquara);

  • Odair “Titica” havia sido emprestado pelo Santos à Ferroviária e se esperava que com a sua experiência pudesse ajudar a equipe a vencer o campeonato. Criou caso e jogou pouco, foi devolvido ao Santos;
  • Walter Goulart da Silveira (12/9/1922-) o Santo Cristo (Ferroviária – Araraquara), também veio ajudar o time. Experiência ele tinha: Botafogo carioca, São Paulo, Fluminense, Vasco da Gama foram algumas das equipes que passou;
  • O técnico do Noroeste, José Pavesi (? -1954), faleceu no dia do jogo contra o Bragantino (24/4/54) os jogadores e a diretoria resolveram que não contrariam ninguém para substituí-lo até o término do campeonato. Balbino que atuara como técnico na primeira fase, o Sr. Mário Tavares Fernandes e mais alguns jogadores se encarregaram da função, tendo o falecido Pepino como o “treinador espiritual”;
  • No plantel do Noroeste estava Adolfrizes Novais (1925-?), jogador que havia sido campeão do interior em 1943 pelo mesmo Noroeste;
  • A Ferroviária era uma das equipes cotadas para a conquista do acesso. Armou uma boa equipe onde o destaque era o ataque que assinalou 60 gols na competição: Tec (16), Augusto (10), Vaguinho (8), Zé Amaro (11) e Boquita (9); A equipe foi mais uma vez vice – campeã;
  • Craque do Campeonato: Zé Amaro (Ferroviária – Araraquara);
  • Revelação do campeonato: Zeola (Noroeste).

Trabalho que contou com a colaboração do Júlio Diogo

Noroeste 53

Em pé, da esquerda para a direita: Nelson Faria, Mingão, Villa, Sidney, Zulu e Amaro. Abaixados, na mesma ordem: Colombo, Zeola, Brotero, Ranulfo e Luiz Marini

Artigo da Semana n°3/2010 São Bento x Marília, uma rivalidade com mais de 50 anos!go

O EC São Bento (97) e o Marília A C (68) vão protagonizar neste sábado (13/2), o 58º. embate da história dessas duas agremiações tradicionais do interior de São Paulo.

A primeira partida foi um amistoso realizado no antigo estádio do São Bento da rua Coronel Nogueira Padilha em 1/8/1954, o resultado foi uma vitória maqueana por 1×0.

Ao longo dos confrontos, o São Bento obteve 23 vitórias, 17 empates e 17 derrotas. Os jogos foram assim distribuídos: 34 para as competições da 1ª. Divisão Paulista, 1 jogo para a 2ª. Divisão, 9 jogos para a 3ª. Divisão, 2 jogos pelo Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, 6 jogos em Torneios de São Paulo e 5 jogos amistosos. O São Bento assinalou 74 gols e sofreu 65.

A maior goleada consignada pelo São Bento foi em 1/9/1971 por 6×1. A resposta do MAC viria 36 anos depois, em 4/3/2007 quando aplicou o mesmo placar.

Segue abaixo a cronologia completa dos confrontos entre as equipes:

1/8/1954 SÃO BENTO

0

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA AMISTOSO CAMPO DA RUA NOGUEIRA PADILHA
24/7/1955 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA AMISTOSO CAMPO DA RUA NOGUEIRA PADILHA
31/7/1955 SÃO BENTO

3

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA AMISTOSO MARÍLIA
1/9/1971 SÃO BENTO

6

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/72 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
17/10/1971 SÃO BENTO

2

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/72 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
18/9/1972 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/73 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
26/11/1972 SÃO BENTO

2

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/73 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
4/2/1973 SÃO BENTO

1

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA AMISTOSO BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
4/11/1973 SÃO BENTO

0

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/74 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
5/12/1973 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/74 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
13/4/1974 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/75 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
23/6/1974 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA PAULISTINHA/75 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
16/3/1975 SÃO BENTO

3

x

3

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/75 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
5/10/1975 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO J.E.M.F./75 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
15/11/1975 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO J.E.M.F./75 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
21/3/1976 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/76 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
13/2/1977 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/77 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
19/6/1977 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/77 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
12/3/1978 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO INCENTIVO/78 DR HUMBERTO REALE/SOROCABA
7/5/1978 SÃO BENTO

0

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO INCENTIVO/78 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
24/9/1978 SÃO BENTO

3

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/78 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
11/2/1979 SÃO BENTO

1

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/78 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
5/8/1979 SÃO BENTO

0

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/79 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
4/11/1979 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA DIV. ESPECIAL/79 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
23/3/1980 SÃO BENTO

4

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO INCENTIVO/80 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
27/4/1980 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA TORNEIO INCENTIVO/80 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
14/6/1980 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/80 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
5/10/1980 SÃO BENTO

0

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/80 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
25/2/1981 SÃO BENTO

3

x

3

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/81 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
15/3/1981 SÃO BENTO

0

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/81 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
13/5/1981 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/81 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
2/9/1981 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/81 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
21/4/1982 SÃO BENTO

4

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA AMISTOSO WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
22/9/1982 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/82 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
17/10/1982 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/82 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
7/8/1983 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/83 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
2/10/1983 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/83 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
5/9/1984 SÃO BENTO

1

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/84 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
3/10/1984 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/84 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
9/6/1985 SÃO BENTO

2

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/85 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
17/11/1985 SÃO BENTO

1

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/85 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
4/8/1991 SÃO BENTO

0

x

3

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/91 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
9/10/1991 SÃO BENTO

0

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA 1ª DIVISÃO/91 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
1/4/1992 SÃO BENTO

2

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA BRASILEIRO SÉRIE B BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
13/4/1992 SÃO BENTO

1

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA BRASILEIRO SÉRIE B WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
19/3/1995 SÃO BENTO

2

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/95 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
2/7/1995 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/95 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
10/4/1996 SÃO BENTO

2

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/96 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
23/6/1996 SÃO BENTO

3

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/96 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
26/1/2000 SÃO BENTO

0

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/00 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
9/2/2000 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/00 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
14/5/2000 SÃO BENTO

0

x

3

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/00 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
5/3/2001 SÃO BENTO

1

x

1

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/01 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA
17/5/2001 SÃO BENTO

0

x

0

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A3/01 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
20/1/2002 SÃO BENTO

2

x

3

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A2/2002 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
9/4/2006 SÃO BENTO

1

x

2

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A1/2006 BENTO DE A. S. VIDAL/MARÍLIA
4/3/2007 SÃO BENTO

1

x

6

MARÍLIA/MARÍLIA SÉRIE A1/2007 WÁLTER RIBEIRO/SOROCABA

Trabalho inédito, material coletado no acervo particular do autor.