O São Bento na década de 60 armou boas equipes para a disputa do campeonato paulista da divisão principal. Em 1963 foi o quarto colocado, em 1965 e 1968 foi o sexto, sendo que em 1965 foi a melhor equipe do interior. Em 1966 a FPF realizou um torneio entre as equipes “chamadas pequenas” e o São Bento foi o campeão.
Pelo seu bom retrospecto, o São Bento serviu de “sparring” para a Seleção Brasileira que se preparava para o Mundial daquele ano.
Brasil 7 x 1 São Bento
Local: Estádio Municipal de Serra Negra
Data: 26/5/1966
Árbitro: Aurélio Hohu (Liga de Serra Negra)
Renda: Cr$ 7.990.000,00
Público pagante: aproximadamente 2000 pessoas
Gols: Servílio, Pelé, Picolé; Dias, Gerson, Dino Sani, Amarildo e Gibe (contra)
Brasil: Gilmar; Carlos Alberto, Brito (Belini), Leônidas (Dias) e Rildo; Denilson (Dino Sani) e Gerson; Garrincha, Servílio, Pelé e Amarildo. Técnico: Vicente Feola
São Bento: Wálter Gonzales (Mariano); Fernando (Valdir Caruso), Marinho Peres, Gibe e Salvador; Gonçalves (Nei Silva) e Bazaninho; Copeu (Carlinhos Costa), Almir (João Carlos II), Picolé e Afonsinho. Técnico: Wilson Francisco Alves, o Capão.
Comentários: O primeiro tempo terminou com a vitória da Seleção por 2×1. A ofensiva benetitina, com deslocações rápidas conseguia ludibriar a retaguarda da Seleção. Brito e Leônidas tiveram muitas dificuldades para conter o rápido Almir. Copeu deu um suadouro em Rildo. Para a segunda etapa, Feola substituiu a dupla de zaga, colocando o experiente Belini e o versátil Dias. Aliás, foi dele o terceiro gol do Brasil que mostraria o domínio do selecionado. Após o terceiro gol o São Bento começa a desmontar a sua equipe principal, sai Wálter, goleiro ágil, para entrar o desconhecido e inesperiente Mariano. Segundo a lenda, Feola pediu para Capão retirar Copeu para dar sossego a Rildo. Nei Silva, Carlinhos Costa e João Carlos II eram jovens e sem experiência para o porte daquela partida. Sem Gonçalves para marcá-lo, Gerson deitou e rolou. Não foram à Copa (mas deveriam ter ido): Carlos Alberto, que perdeu a vaga para o limitado Fidélis; Leônidas, que perdeu a vaga para o eficiente Altair; Dias, que perdeu a vaga para o veterano e já lento Orlando; Dino Sani, que foi substituído pelo Zito que se contundiu e nem jogou; Servílio, que foi substituído pelo limitado Alcindo e Amarildo, que por “motivo de contusão” foi cortado e levaram o imberbe Edu, que foi o único que não jogou partida alguma nesse Mundial.