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Amistoso Internacional de 1965: Comercial (SP) 1 x 1 Peñarol (URU)

O Comercial Futebol Clube, de Ribeirão Preto (SP), enfrentou o poderoso Clube Atlético Peñarol, de Montevidéu (Uruguai), em partida amistosa internacional, em 1965. Num jogo equilibrado, terminou empatado em um gol.  

COMERCIAL F.C. (SP) 1 x 1 C.A. PEÑAROL (URU)

LOCAL

Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, no bairro Jardim Paulista, em Ribeirão Preto (SP)

CARÁTER

Amistoso Internacional

DATA

Na tarde de quarta-feira, do dia 14 de Julho de 1965

RENDA

Cr$ 6.500.000,00

ÁRBITRO

Airton Vieira de Moares (FPF)

COMERCIAL

Dobrew; Antoninho, Jorge e Nonô; Hélio e Píter; Luiz Carlos, Amaury, Paulo Bin (Luiz), Carlos César (Paulinho) e Ari.

PEÑAROL

Mazurkiewicz; Forlan, Lezcaño e Varela; Davila (Aguirre) e Caetano; Abadie, Pedro Rocha, Silva (Reznik), Spencer e Joya.

GOLS

Spencer aos 29 minutos (Peñarol), no 1º Tempo. Ari aos cinco minutos (Comercial), no 2º Tempo.

 FONTE: A Tribuna (SP)

O último jogo do “Furacão da Copa” pelo Botafogo foi na terra da scheelita

No segundo semestre do ano de 1981, Jairzinho voltou ao Botafogo/RJ, com 37 anos, após temporada na Bolívia onde foi campeão e artilheiro pelo Jorge Willsterman.  Sua reestreia ocorreu num insosso 0 x 0 com o América, pelo Campeonato Carioca.

O garoto que começara como gandula em General Severiano ainda em 1958, que fora tricampeão juvenil em 1961/62/63 e nesse ano ingressara no elenco profissional e lá permaneceu até 1974, quando foi vendido para o futebol francês, retornava a sua casa para encerrar a carreira como jogador profissional.

Já não tinha mais a mesma velocidade que caracterizaram suas arrancadas e os dribles rápidos, mas a maturidade do veterano que conhece os atalhos do campo, sem precisar correr mais do que a bola.

Eliminado do icônico Campeonato Carioca de 1981, decidido por Flamengo x Vasco, o Botafogo/RJ fez excursão pelo Rio Grande do Norte disputando 03 (três) jogos. No elenco, jovens jogadores que sempre eram lembrados nas convocações de Telê Santana para a seleção como o goleiro Paulo Sérgio, o lateral-direito Perivaldo e o meio-campo Rocha, além do craque Mendonça que, em 1993, abrilhantou o campeonato potiguar jogando pelo América. Porém, o nome mais expressivo era o de Jairzinho, “o Furacão da Copa”.

A série de jogos do “Glorioso” no RN começou com o Baraúnas, em Mossoró, partida que terminou empatada, sem gols, no dia 1º.12.1981 .

O segundo jogo foi no dia 03.12.1981, quando enfrentou o América que havia acabado de conquistar o tricampeonato Estadual. Essa partida representou o encerramento da temporada de jogos em Natal, servindo também para o Botafogo pôr a faixa de campeão no América e premiar os melhores da temporada. O gaúcho Norival (AME), foi o melhor jogador do Estadual/1981 e Sandoval (AME), o artilheiro com 14 gols. A partida terminou com a vitória alvirrubra por 1×0, gol do centroavante Miltão.

Com a desistência do Ceará/CE em realizar o amistoso antes acertado, o hoje deputado Luiz Antônio “Tomba” Farias, que à época era o diretor de futebol do Potyguar, assumiu a promoção e levou o amistoso para a terra da scheelita, sendo o “Fogão” a primeira e até hoje única equipe do RJ/SP a jogar na cidade, fazendo um jogo para ficar na história.  

Assim, no dia 06.12.1981, um domingo, dia destinado ao futebol, enquanto o Brasil inteiro aguardava a Rede Globo de Televisão transmitir a terceira e última partida da final do Campeonato Carioca, vencida pelo Flamengo por 2×1, no famoso jogo em que o ladrilheiro Roberto Passos Ferreira invadiu o gramado para esfriar uma possível reação cruzmaltina, a cidade de Currais Novos parou para receber o Botafogo de Futebol e Regatas jogar amistosamente contra o Potyguar.      

Como o Estádio Coronel José Bezerra ainda não tinha refletores, a partida foi iniciada às 15h para aproveitar a iluminação natural. Jogo de casa cheia, com grande torcida do alvinegro na região, tendo a organização do evento colocado cadeiras na lateral do campo e cobrado um valor mais alto para os que podiam pagar e estar mais próximos dos jogadores.

“Foi um jogo importante para a gente e jogamos com mais cuidado, mesmo sendo festa. E para mim em especial que estava diante do time que eu torço e do meu maior ídolo, que é Jairzinho”, lembra o goleiro Souza, revelando-se botafoguense. 

E em Currais Novos ocorreu a única vitória do Botafogo na breve excursão pelo Rio Grande do Norte. O Botafogo começou ganhando logo aos 33 segundos de jogo, com Mendonça aproveitando um cruzamento da esquerda e empurrando para o gol. A equipe da casa empatou aos 5 minutos, após grande jogada de Luciano driblando Perivaldo e o goleiro Paulo Sérgio, sobrando a bola para Dedé de Dora mandar para o gol, incendiando a torcida local. Porém, o “bigodudo” Jerson fez 2×1, aos 12 minutos, dando números finais ainda no primeiro tempo, embora o jogo tenha sido muito movimentado. 

Luciano, que naquele dia jogou de ponta-esquerda, foi escolhido o melhor em campo, recebendo um cheque e um moto-rádio.

“Eu fui escolhido pela imprensa como o melhor jogador da partida. Fiquei muito satisfeito com os presentes que ganhei. O pessoal daqui diz que eu dei uma canseira em Perivaldo”, diz sorrindo o jogador Luciano, que junto com Souza, Paulo, Jorge Calaça e Dedé de Dora eram os jogadores oriundos da Região Seridó. 

Porém, todos que estavam no estádio confirmam que uma falta cobrada pelo lateral-esquerdo Dato, tipo escanteio de mangas curtas, entrou, tendo Paulo Sérgio, à época convocado para a seleção brasileira, tirado a bola depois de ter passado da linha de gol. O árbitro Antonio Lira, por não ver a bola entrar, invalidou o gol.  

Ao longo de sua história o Potyguar recebeu outros clubes do futebol brasileiro em seus domínios, mas essa partida em especial tem todo um valor, seja porque foi o primeiro dos chamados grandes e tradicionais clubes brasileiros a jogar na cidade, seja porque terminou se transformando no jogo de despedida de Jairzinho, “o Furacão da Copa”, como jogador de futebol envergando a mística camisa alvinegra da estrela solitária. Pelo Botafogo foram 413 (quatrocentos e treze) partidas e 186 (cento e oitenta e seis) gols.   

Há quem diga que a história não joga, só está nos livros. Não está certo. A história tem um peso na definição dos momentos. E coube a cidade de Currais Novos, terra dos minérios, receber aquela que foi a derradeira partida de uma pedra preciosa cunhada em General Severiano e que se tornou uma verdadeira joia do futebol brasileiro e mundial.

Quase 03 (três) meses depois, já sem clube, Jairzinho fez a sua última partida pela seleção brasileira. Em 03.03.1982, contra a Tchecoslováquia, recebeu a justa homenagem pelo que fez pelo futebol brasileiro e despediu-se jogando 11 minutos, recebendo uma miniatura da taça Jules Rimet e saiu de campo aplaudido de pé, no Morumbi. Não disputava uma partida pela seleção desde 1976, no amistoso contra o Flamengo em homenagem ao atacante Geraldo, falecido poucos dias antes.

Na foto que ilustra a postagem, as duas equipes unidas posam antes do início da partida. Em pé: Paulo, Luiz Antonio “Tomba” Farias (diretor de futebol), Souza, Lima, Ednaldo, Ademir Lobo, Sonildo, Gaúcho, Dato, Gilmar, Jorge Calaça, Perivaldo, Humberto Gama (Pte da Liga Curraisnovense de Futebol) e Iremar Alves (radialista). Agachados: Mendonça, Dedé de Dora, Gilson Lopes, Jerson, Naldo, Rocha, Paulo Sérgio, Luciano, Edson, Almir, Jairzinho e Diá (massagista)  

FICHA TÉCNICA:

Jogo: Potyguar-CN 1 x 2 Botafogo/RJ

Data: 06.12.1981

Local: Estádio Coronel José Bezerra

Público: 2 mil pessoas

Renda: Cr$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros) (aproximadamente 170 salários mínimos da época).

Juiz: Antônio Lira

Gols: Mendonça (33 seg), Dedé de Dora (5 min) e Jerson (12 min)

POTYGUAR: Souza; Paulo, Ednaldo, Sonildo e Dato; Calaça (Gilvan), Naldo (Ramos) e Dedé de Dora; Almir (Curió), Gilson Lopes e Luciano. Técnico: Petinha

BOTAFOGO: Paulo Sérgio; Perivaldo, Gaúcho, Lima e Gilmar; Rocha, Mendonça e Ademir Lobo; Edson, Jairzinho e Jerson. Técnico: Paulinho de Almeida

FONTE: Portal Grande Ponto – pesquisa: Kolberg Luna

“Clássico do Rio Negro”: Brasil x Uruguai – 104 anos de tradição! Escudos e uniformes em 1916

O “Clássico do Rio Negro! Assim é conhecido no continente Sul-americano o jogo entre a Seleção Brasileira e o Uruguai, com 104 anos de grandes partidas, com diversos ingredientes como suor, sangue, lágrimas e emoções.

Uniforme pelo Brasil utilizado em 1916

Uniforme pelo Uruguai utilizado em 1916

Ao longo da história (contando com a vitória do Brasil por 2 a 0, nesta noite, em 17/11/2020, em Montevidéu), foram 77 jogos, com 37 vitórias para o Brasil, com 20 empates e 20 derrotas; 138 gols pró, 97 tentos contra; um saldo pomposo de 41 gols.

Sem nenhuma dúvida, é um dos maiores clássicos do futebol mundial. Tanto a Seleção Canarinho quanto La Celeste Olímpica são campeãs mundiais, campeãs sul-americana e campeões olímpicas, formados por jogadores renomados e campeões por todo o mundo, como Pelé, Schiaffino, Garrincha, Francescoli, Jairzinho, Álvaro Recoba, Nílton Santos, Diego Forlán e Luis Suárez, entre tantos outros craques.

A Seleção Uruguaia dominou o mundo na década de 1920 tendo suplantado às grandes moldes por ter sido a primeira seleção com futebol técnico e categoria, em vez do futebol de cruzamentos e chutões que dominava a Europa.

Já a Seleção Brasileira foi o que melhor dominou a arte do Esporte Bretão, levando à mestria o futebol técnico, o chamado Futebol-Arte, que valendo-se da categoria, improvisação, gingas e dribles, priorizava o ofensivo e o ataque.

O futebol brasileiro reencontrou seu auge após a Copa do Mundo de 1994, voltando a ser o mais temido e reverenciado do planeta. O Futebol uruguaio entrou em decadência na Década de 1990, porém nós últimos anos tem voltado ao seu auge sobretudo devido a ótima campanha na Copa do Mundo de 2010 e o título conquistado na Copa América de 2011, continuando a ser grande e respeitado, prosseguindo uma história de muita rivalidade com o Brasil, cheia de decisões, brigas, craques e gols, muitos gols.

Abaixo a ficha-técnica do Primeiro jogo entre as duas seleções, que aconteceu no domingo, do dia 12 de Julho de 1916, válido pelo 1º Campeonato Sul-Americano de futebol, realizado na Argentina. O Uruguai venceu, de virada, por 2 a 1.

BRASIL 1 x 2 URUGUAI

DATAEstádio do Club Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires (ARG)
CARÁTERCampeonato Sul-Americano de 1916
DATADomingo, do dia 12 de julho de 1916
PÚBLICO20 mil pagantes
ÁRBITROCarlos Fanta (Chile)
BRASILCasemiro, Orlando Pires e Nery; Lagreca, Sidney Pullen e Galo; Luiz Menezes, Alencar, Friedenreich, Mimi Sodré e Arnaldo. Ground Committeé: Joaquim de Souza Ribeiro, Benedicto Montenegro, Mário Sérgio Cardim e Sylvio Lagreca (capitão).
URUGUAISaporiti; Varela e Foglino; Germán Pacheco, Delgado e Vanzzino; Somma, Tognola, Pendibene, Gradín e Romano. Técnico: Jorge Germán Pacheco.
GOLSFriedenreich, aos 16 minutos (Brasil), no 1º Tempo. Gradin, aos 16 minutos (Uruguai); Tognola, aos 30 minutos (Uruguai),no 2º Tempo.

Menos de uma semana depois, em amistoso, as duas seleções voltaram a se enfrentar. No sábado, do dia 18 de Julho de 1916, o Uruguai recebeu a Seleção Brasileira, em Montevidéu (URU). Dessa vez, o selecionado Canarinho venceu pelo placar de 1 a 0, gol de Mimi Sodré (então, jogador do Botafogo Football Club). Abaixo a ficha-técnica do Segundo jogo entre as duas seleções e a 1ª vitória do Brasil.   

URUGUAI 0 x 1 BRASIL

LOCALEstádio Parque Central, em Montevidéu (URU)
CARÁTERAmistoso em 1916
DATASábado, do dia 18 de julho de 1916
PÚBLICO8 mil pagantes
ÁRBITROCarlos Fanta (Chile)
BRASILMarcos de Mendonça, Osny e Carlito; Amílcar, Lagreca e Facchini; Luiz Menezes, Alencar, Friedenreich, Mimi Sodré e Arnaldo. Ground Committeé: Joaquim de Souza Ribeiro, Benedicto Montenegro, Mário Sérgio Cardim e Sylvio Lagreca (capitão).
URUGUAICastro; Urdinarán e Foglino; Olivieri, Harley e Pascuariello; Pérez, Dacal, Broncini, Scarone e Bracchi. Técnico: Juan Harley (capitão).
GOLMimi Sodré, aos 12 minutos (Brasil), no 2º Tempo.

FONTES: Wikipédia – site da CBF

Há 40 anos explodia uma bomba no estádio Verdão – Cuiabá (MT)

Exatos 40 anos, numa quarta-feira, do dia 25 de Junho de 1980, as equipes do Mixto e Operário entravam em campo para decidir a Taça Cuiabá. Dentro das quatro linhas, uma final digna dos grandes clássicos do Verdão, onde o Operário venceu por 2 a 0, gols de Gerson Lopes. No entanto, um episódio acontecido nesta partida, apagou um pouco do brilhantismo da final. Já no 2º tempo uma bomba explodiu pelo lado das arquibancadas cobertas, causando medo e pânico nos mais de 16 mil torcedores presentes. Apesar da grande explosão não houve feridos Segundo matéria do Mídia News: “Os seis responsáveis pela explosão foram identificados ainda durante a partida. Em depoimento, os autores contaram que a bomba foi feita com pólvora de fogos de artifício e que não tinham a intenção de machucar ninguém. Segundo eles, tudo não passava de uma brincadeira. A bomba estava escondida em um isopor que passou de mão em mão até chegar a um dos amigos, que acendeu o estopim com um cigarro. Em seguida, o grupo correu em direção aos portões de saída do Verdão. Todos foram presos, mas soltos em seguida. Após seis anos chegaram a ser condenados pela Justiça a penas que variavam entre dois e três anos. Em 1987, o Supremo Tribunal Federal anulou a condenação do grupo. Um dos argumentos foi o voto do desembargador Onésimo Nunes Rocha, que estava presente no dia jogo. Na opinião dos ministros do STF, Onésimo não estava em condições de julgar com isenção, já que mesmo passados seis anos dos fatos, a explosão ainda era algo marcante em sua vida.”

OPERÁRIO   2   X   0   MIXTO

LOCAL

Estádio Governador José Fragelli, o “Verdão”, em Cuiabá (MT)

CARÁTER

Taça Cuiabá de 1980

DATA

Quarta-feira, do dia 25 de Junho de 1980

PÚBLICO

16.646 pagantes

RENDA

Cr$ 965.300,00

ÁRBITRO

Walquir Pimentel (RJ)

OPERÁRIO  

Brasília; Beleza, Gaguinho, Paulinho e Justino (Caruso); Marco Antônio, Osmar e Dirceu Batista; Ari (Merica), Gerson Lopes (Gilberto Gil depois Genival) e Ivanildo.

MIXTO

Augusto; Gilmar (Silvinho), Miro, Fabinho, e Jairo (Remo); Ademar, Udelson e Tostão; Ideraldo, Bife e Toninho Campos (Elmo).

GOLS

Gerson Lopes aos seis e 13 minutos (Operário), no 1º Tempo.
FONTE: Jornal do Dia e Midia News FOTOS: Magno Jorge – Jornal do Dia

História passo a passo: Didi estreando com vitória em solo europeu: 4 a 3, no Córdoba C.F. (ESP)

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Estreia de Didi em solo europeu com vitória

Depois o Botafogo e o craque Didi e Nilton Santos seguiram para a Europa. Enquanto o Glorioso realizava uma série de jogos amistosos, o ‘Folha Seca’ e a ‘Enciclopédia’ defendiam as cores da Seleção Brasileira.

Sem Didi e Nilton Santos, o Glorioso estreou, em 1º de abril, vencendo o UDA (1 a 0), em Boussel; em 02 de abril, encarou o  Norkopping (2 a 0 – Neilvado e Alarcon), em Antuérpia, ambos na Bélgica. Em solo inglês, enfrentou, em 09 de abril, o Fulham (2 a 2 – Alarcon e Garrincha), em Londres; em 11 de abril, Plymouth (3 a 2 – Alarcon, duas vezes), em Plymouth; em 17 de abril, Burnely (2 a 1 – Wilson e Neivado), em Burnely; e, em 19 de abril, Brentford (3 a 2 – Quarentinha e Rodrigues, duas vezes), Brentford.

A delegação alvinegra seguiu para a Hungria, onde sofreu uma goleada de 6 a 2 (gols de João Carlos e Mario), em 26 de abril, para um Combinado Húngaro, na capital deBudapeste.

Após a partida, seguiram para a Espanha, onde jogou, em 29 de abril, com o Espanhol (2 a 2 – Mario e Wilson), em Barcelona; em 03 de maio, Valencia (0 a 1), em Valencia; em 08 de maio, Real Oviedo (1 a 0 – Rodrigues), em Oviedo; em 10 de maio, Celta de Vigo (3 a 0 – Quarentinha, Wilson e João Carlos), em Vigo.     

Então, o reencontro aconteceu no domingo, do dia 13 de Maio de 1956, na cidade espanhola de Córdova. Em gramados europeus, debaixo de um calor quase carioca, Didi estreou com a camisa do Botafogo, Didi ajudou na vitória sobre o Córdoba Club de Fútbal por 4 a 3.

Todos os sete gols foram assinalados na primeira etapa. No final, Didi ergueu o seu 1º troféu: “Taça Cidade de Córdova“, oferecida por uma firma comercial da cidade. Os jogadores saíram de campo sob demorados aplausos dos torcedores cordobenses.

CÓRDOBA C.F. (ESP) 3 X 4 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio El Arcangel, em Córdova (ESP).
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 13 de Maio de 1956
RENDANão divulgado (Bom público presente)
ÁRBITROSr. Selles (ESP)
CÓRDOBASanches Rojas; Navarro e José Luiz; Mujica, Sanchez e Santos; Joaquim, Luisito, Araujo, Hermida e Fustero. Técnico: José Juncosa
BOTAFOGOAmauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira
GOLSJoaquim aos três minutos (Córdoba); Alarcon aos 15, 29 e 30 minutos (Botafogo); Santos aos 23 minutos (Córdoba); Rodrigues aos 35 minutos (Botafogo); Luisito, olímpico, aos 39 minutos (Córdoba), no 1º Tempo.

Depois o Alvinegro foi até a Alemanha. Diante de 15 mil pessoas, na quarta-feira, do dia 23 de Maio de 1956, onde venceu o Rot-Weiss Essen e.V., campeão nacional da temporada 1954-55, pelo placar de 4 a 3.

João Carlos a um minuto, Pampolini aos 19 minutos abriram 2 a 0. Vordenhaeumen diminuiu aos 25, mas Garrincha ampliou aos 34, na etapa inicial. No segundo tempo, Roehrig aos 21 minutos, e Koll aos 31 minutos, deixou tudo igual. Porém, Wilson Moreira decretou o triunfo alvinegro aos 38 minutos. 

Depois seguiu para a França. Lá enfrentou o Racing de Paris (3 a 0) e Le Havre (2 a 0). Depois retornou à Alemanha, onde encarou o Nürnberg (3 a 0). Voltou para a França, contra o Troyes (5 a 1).

Diante do Reims, no sábado, do dia 09 de junho de 1956, Didi saiu de campo sem vitória, pois a partida terminou empatada em 1 a 1. Mas no jogo seguinte, diante do Saint Étienne, na quarta-feira, do dia 13 de junho de 1956, Didi viu pela 1ª vez o Botafogo ser derrotado: 3 a 2, em Roterdam (HOL).  

Os três jogos seguintes, foram três vitórias, em cima do Racing de Lens (França) por 2 a 0 (Didi não jogou); Sedan (França)
por 4 a 0; Barcelona (Espanha) por 2 a 0 (Didi contundido não esteve em campo), no sábado, do dia 23 de junho de 1956, encerrou a sua participação em solo europeu.
 

 FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

História passo a passo: Didi, ‘Folha Seca’, estreia fora do Rio, com vitória: 2 a 1, no América Mineiro

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Estreia, fora do Rio, também com vitória

Naquela época, o espaçamento de um jogo para o outro, poderia ocorrer em 24 horas, algo inimaginável para os dias atuais. Entre a sua estreia diante do Americano para a outra “estréia” fora do Rio, não durou nem 72 horas.

Porém, o craque não se queixava e voltou a campo. Dessa vez, para encarar o América Mineiro. E, Didi teve grande atuação na vitória do Botafogo em cima do Coelho pelo placar de 2 a 1, na noite de quarta-feira, do dia 14 de Março de 1956, no Estádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG).

O Glorioso abriu o placar aos 31 minutos, quando Garrincha passou pelo marcador e chutou forte, vencendo o goleiro Tonho. O América chegou ao empate ainda no 1º tempo, após Domício marcar contra o próprio patrimônio aos 41 minutos.

O tento da vitória saiu aos 12 minutos da etapa final. Alarcon centrou na área, a defesa americana falhou e João Carlos aproveitou para colocar a bola no fundo das redes. Decretando a vitória do Botafogo em território mineiro.   

AMÉRICA MINEIRO (MG) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG).
CARÁTERAmistoso Nacional
DATAquarta-feira, do dia 14 de Março de 1956
RENDACr$ 129.330,00
ÁRBITROJoão Aguiar (RJ) – Boa atuação
AMERICA Tonho; Gaia e Gilson; Cazuza, Wilson Santos e Leônidas (Barbatana); Ernani, Hugo, Osvaldo, Gunga (Miltinho) e Alemão (Wilson).
BOTAFOGOAmauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos (Neivaldo) e Quarentinha. Técnico: Zezé Moreira
GOLSGarrincha aos 31 minutos (Botafogo); Domícilio, contra aos 41 minutos (América) ), no 1º Tempo; João Carlos aos 12 minutos (Botafogo); no 2º Tempo.

Em Uberaba (MG), na quinta-feira, do dia 15 de Março de 1956, com Didi em campo, o Botafogo goleou o Uberaba por 5 a 1. Gols de Alarcon, Gato, Garrincha e Neivaldo, duas vezes, para o Botafogo; enquanto Paulinho fez o de honra para os donos da casa! Dois dias depois, venceu o Uberlândia por 3 a 2, na cidade homônima.    

Em Araguari (MG), na tarde de domingo, do dia 19 de Março de 1956, novo triunfo, ao vencer a Seleção de Araguari por 2 a 1. Os locais foram para o intervalo em vantagem, com gol de Valdo. Na etapa final, Didi empatou (seu 2º gol pelo Botafogo), e Quarentinha fez o gol da virada alvinegra

De volta a capital mineira, na segunda-feira, do dia 20 de Março de 1956, o Botafogo venceu mais uma: 2 a 0 no Atlético Mineiro, no Estádio Independência. Garrincha marcou um gol logo no início da segunda etapa e aos 41 minutos marcou de novo, dando números finais a peleja.

Assim, com Didi em campo, o Botafogo encerrou a sua excursão em Minas Gerais, com quatro jogos, quatro vitórias, 12 gols marcados e cinco sofridos, com saldo pomposo de sete tentos.

  FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

História passo a passo: pela 1ª vez, Didi, o ‘Folha Seca’ jogou pelo Botafogo (RJ)

TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello

Após o acerto entre o Fluminense Football e o Botafogo Futebol e Regatas, Waldir Pereira, o Didi procurou se adaptar ao seu no clube. E o craque ‘tirou de letra‘. Além de ter recebido o apoio incondicional da torcida alvinegra, o jogador também foi recebido de ‘braços abertos‘ pela diretoria e o elenco do Glorioso.

Primeiros treinos no Glorioso

Sob o comando do O técnico Zezé Moreira, na quinta-feira, do dia 08 de Março de 1956, Didi realizou o seu 1º coletivo como titular, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

O treino durou 40 minutos, com vitória dos titulares por 3 a 0, sobre os suplentes. Os gols foram marcados por Neivaldo, Alarcon e Pampolini. Os titulares foram com: Edgard; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha (Neivaldo), João Carlos, Alarcon, Didi e Rodrigues.

No mesmo dia, após o noticiário cogitar que Didi vestiria pela 1ª vez a camisa do clube, nos jogos dois jogos em Itabuna/BA (5 a 0, no Janozaros e 2 a 1, em cima da Seleção de Itabuna), porém a informação não se confirmou.

Modesto, utilizava o transporte público

Apesar de ter sido a maior contratação do futebol brasileiro naquela época, Didi matinha uma rotina simples. Após os treinos, o craque ia para o vestiário, tomava banho, se arrumava e pega o ônibus para retornar para casa, mesmo com dinheiro para comprar um carro 0km, Didi parecia mais um na multidão, mesmo que não fosse o caso.

Estreia do ‘Folha Seca’ foi em Campos (RJ)

Finalmente a data foi marcada: domingo à tarde, do dia 11 de Março de 1956. O jogo amistoso diante do Americano (onde jogou em 1946), na cidade de Campos dos Goytacazes, local onde nasceu Waldir Pereira, o Didi, na segunda-feira, do dia 08 de Outubro de 1928. Foi uma forma de prestar uma homenagem ao jogador e também a sua cidade natal.

Na sexta-feira, do dia 09 de Março de 1956, novo coletivo, e novamente vitória dos titulares pelo mesmo placar (3 a 0). Dessa vez, Didi marcou um dos gols. Os outros foram assinalados por Alarcon e João Carlos.

Na tarde de sábado, do dia 10 de Março de 1956, a delegação do Botafogo, chefiada por João Saldanha, saíram de General Severiano, em direção ao Aeroporto Santos Dumont, onde embarcaram, às 16h30min, no avião “Real-Aerovias“, rumo à Campos dos Goytacazes.

A delegação do Glorioso estava assim constituída: João Saldanha (Chefe da delegação); Zezé Moreira (técnico); Reinaldo Serra (árbitro); Jorge Coutinho (massagista); e o elenco (18 jogadores)Pereyra Natero, Amauri, Orlando Maia, Domício, Nilton Santos, Rubens, Bob, Pampolini, Juvenal, Garrincha, Neivaldo, João Carlos, Alarcon, Didi, Mario, Rodrigues, Quarentinha e Gato.

A estreia não poderia ter sido melhor. Justificando o prestigio, o craque correspondeu inteiramente, jogando como se fosse um dos seus velhos integrantes, marcando gol espetacular, que acabou sendo o da vitória e a expectativa de que Didi iria brilhar (e brilhou!), no Botafogo.

O Americano se exibiu bem, exigindo muito do poderoso rival, mas teve de se curvar. Aos 33 minutos do 1º tempo, João Carlos abriu o placar para o Glorioso. Na etapa final, logo aos sete minutos, Didi marcou o seu 1º gol pelo Botafogo, ampliando o placar. Aos 35 minutos, Fubá fez o tento de honra para o Alvinegro Campista

AMERICANO F.C. (RJ) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ)
LOCALEstádio Godofredo Cruz, em Campos (RJ)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 11 de Março de 1956
RENDACr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros)
ÁRBITROReinaldo Senra (RJ) – Atuação Regular
AMERICANOLuís Fernando; Jorge Ramos e Naime; Marreca, Cicinho e Nilton; Fubá, Chiquinho, China, Zuza e Arturzinho.
BOTAFOGOPereyra Natero; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira
GOLSJoão Carlos aos 33 minutos (Botafogo), no 1º Tempo; Didi aos sete minutos (Botafogo); Fubá aos 35 minutos (Americano); no 2º Tempo.

  FONTES: Diversos jornais cariocas

IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello

Excursão do Fluminense (RJ) a África em 1973

Em 1973 o Fluminense Football Club realizou uma excursão pela África,
dipustanfo 9 partidas, conseguindo 8 vitórias e 1 empate. Abaixo esta
campanha:

01/06/1973
Fluminense 4×0 Sporting de Luanda (Angola), em Luanda – Angola
03/06/1973
Fluminense 4×1 Benfica de Nova Lisboa (Angola), em Luanda – Angola
06/06/1973
Fluminense 7×0 Benfica de Luanda (Angola), em Luanda – Angola
10/06/1973
Fluminense 3×2 Young Africans (Tanzânia), em Dar es Salam – Tanzânia
15/06/1973
Fluminense 4×2 Seleção de Zâmbia, em Lusaka – Zâmbia
17/06/1973
Fluminense 2×2 Seleção de Zâmbia, em Lusaka – Zâmbia
21/06/1973
Fluminense 2×0 Ferroviário (Çoçambique), em Lourenço Marques – Moçambique
23/06/1973
Fluminense 3×0 FC Lesotho, em Maseru – Lesotho
24/06/1973
Fluminense 3×0 Seleção do Lesotho, em Maseru – Lesotho

Artilheiros:

Dionísio com 14 gols
Manfrini com 9 gols
Lula, Carlos Alberto e Marquinhos com 2 gols cada
Cafuringa, Silveira e Cléber com 1 gol cada

Fonte: Popular da Tarde / SP