Arquivo do Autor: Eduardo Cacella

A primeira partida noturna em Pernambuco!!!

A 13 de maio de 1928, o torcedor pernambucano assistiu pela primeira vez a um jogo
de futebol à noite. 0 local foi no Ambolê, na Várzea, campo de propriedade do Varzeano
Futebol Clube, que estava comemorando 11 anos de fundação.

O sistema de iluminação foi planejado e executado pela firma George Kirilos e Cia.,
muito famosa na época no ramo de eletricidade na capital pernambucana. Foram
instalados quatro postes de madeira, dois em cada lado do campo, havendo em
cada um possantes refletores. Circundando o gramado, foi estendida uma rede
com várias lâmpadas.

A diretoria do Varzeano, que distribuiu convites a todos os clubes e às autoridades,
preparou um programa dos mais festivos para assinalar o espetacular evento, o qual
teve início a 1 hora da tarde, com uma recepção aos alunos da Escola de Aprendizes
Marinheiros e à diretoria do Monteirense.
O ponto culminante da grande festa esportiva aconteceu às 8 horas da noite,quando
começou o jogo entre Varzeano e Far-West, time formado por jogadores do Sport,
que terminou ganhando de 4×1.

Fonte:Historia do Futebol Pernambucano

AMISTOSOS INTERNACIONAIS

Terceira Excursão do Coritiba ao Exterior – 1972

14/06/1972 – Coritiba 1 x 1 Seleção da Turquia
• Local : Istambul (Turquia)

• Gol do Coritiba: Zé Roberto

• Detalhes:

– Esse jogo faz parte de um torneio que o Coritiba disputou com a Seleção da Turquia, Fenerbache e Portuguesa de Desportos.


17/06/1972 – Coritiba 2 x 0 Fenerbache

• Local: Ismir (Turquia)

• Gols do Coritiba: Leocádio e Zé Roberto

18/06/1972 – Coritiba 0 x 0 Portuguesa (Brasil)
• Local: Ismir (Turquia)

• Detalhes:
– A Portuguesa sagrou-se campeã do torneio, e o Coritiba foi vice.

28/06/1972 – Coritiba 1 x 0 Moulodia
• Local : Argel (Argélia)

• Gol do Coritiba: Hélio Pires

01/07/1972 – Coritiba 3 x 1 WRS
• Local: Setif (Argélia)
• Gols do Coritiba: Hélio Pires (2) e Cláudio

06/07/1972 – Coritiba 3 x 1 Seleção Olímpica do Marrocos
• Local : Casablanca (Marrocos)
• Gols do Coritiba: Dreyer e Tião Abatiá(2)

• Detalhes:

– Fato inusitado: Luis Afonso Alves de Camargo, diretor de futebol do Coritiba na época, realizou o sonho de qualquer torcedor, ao disputar alguns minutos de partida, substituindo o centroavante Hélio Pires.

DETALHES DA EXCURSÃO:

• Foi graças a esta excursão, que o Coritiba recebeu do jornal “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, o título honorífico “Fita Azul”, que era concedido aos clubes que retornassem invictos de excursões ao exterior.

• Time base : Célio, Hermes, Pescuma, Cláudio e Nilo; Hidalgo e Dreyer; Leocádio, Hélio Pires, Tião Abatiá e Zé Roberto.

• Também jogaram Jairo, Levir, Marinho, Fito, Toni e Kruger.

• Técnico do Coritiba : Lanzoninho

Fonte:Historia do Coritiba Site Oficial

Domingos da Guia, por Mestre Ziza!!

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Domingos Antônio da Guia nasceu em Bangu no Rio de Ja neiro, em 19/12/1912 e, dos campos de bairro foi direto ao Bangu Atlético Clube, onde atuaram seus quatro irmãos, Luiz Antônio, Ladislau, o famoso “Tijolo Quente” e o Médio.
Todos foram excelentes jogadores. Em 1930, surgiu Da Guia com um novo estilo de jogo para melhorar a categoria dos zagueiros do Brasil e do mundo. Frio, clássico, inteligente, sutil e manso. Ainda no Bangu fez sua estréia na Seleção Brasileira com grande sucesso. O Vasco da Gama teve sua preferência e levou Da Guia. Em 1932, voltou a integrar a Seleção Brasileira na Copa Rio Branco, em Montevidéu. Brasil ganhou por 2×1.

Da Guia não resistiu a proposta do país. Em 1933 com a camisa bi-campeã do Nacional ganhou o apelido de “Divino Mestre”.Em 1934,voltou ao Vasco da Gama para se tornar campeão.
Em 1935, Da Guia viajou para a Argentina para se tornar campeão pelo Boca Júnior e ganhou o apelido de “Estátua Noturna”.
Em 1937, Da Guia regressou ao Brasil e foi contratado pelo Flamengo. Em 1938, Da Guia formou naquela Seleção Maravilhosa no Mundial da França.
Da Guia foi campeão no Flamengo em 1939, 1942 e 1943.

Um dia eu cheguei com Ademir na casa do Obdúlio Varela e lhe dei um recado do Divino:
– Obdúlio, Da Guia mandou um abraço pra você!
– Da Guia… Da Guia… Maestro, o mundo jamais verá outro Domingos da Guia!
– Amigo Obdúlio, eu assino embaixo!

Fonte:Mestre Ziza,Verdade e Mentiras do Futebol

O Flamengo de 81, um time de machos também!!!

Foi mais do que suar a camisa. Para ganhar seu primeiro título da Copa Libertadores, em 1981, os jogadores do Flamengo tiveram que dar literalmente o sangue para superar coteveladas, altitude e catimba dos rivais. A primeira fase foi dura, em um Grupo 3 que tinha Atlético Mineiro e os paraguaios Olímpia e Cerro Porteno. A classificação só veio no último jogo contra o Atlético.

Na segunda fase, o Rubro-negro eliminou fácil o boliviano Jorge Wilstermann e o colombiano Deportivo Cali. Contra o Cobreloa, do Chile, na final, os cariocas eram favoritos. O adversário não poderia usar a principal arma: o Estádio Municipal de Calama, junto ao deserto de Atacama, onde cabiam só 12 000 torcedores.
Fora de seu habitat, o Cobreloa apelou para o antijogo.
A primeira partida foi no Maracanã e o Flamengo ganhou por 2 x 1. Na segunda, no Estádio Nacional de Santiago, o capitão chileno Mario Soto quase cegou Lico e tirou sangue de Adílio com cotoveladas que o juiz uruguaio Ramón Barreto não viu. O time de Zico perdeu por 1 x 0, forçando o terceiro jogo, no Estádio Centenário, de Montevidéu.

Apesar de estar sem Lico, com derrame na vista, e Figueiredo, o Flamengo parecia preparado para a última batalha. Zico fez 1 x 0, logo aos 17 minutos. E, no segundo tempo, o Galinho, com magistral cobrança de falta, selou a vitória, aos 21 minutos.
Para o técnico Carpegiani, o serviço não estava completo. A 2 minutos do fim, tirou Nunes e pôs Anselmo, com uma instrução muito clara: “Vai lá e dá um soco naquele cara! “, ordenou, apontando Mario Soto. Na primeira chance que teve, Anselmo acertou um direto bem no meio do rosto do chileno, que caiu estatelado. Na confusão, Anselmo, Giménez e até o agredido Mario Soto acabaram expulsos. A vingança estava completa.

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Fonte:Placar Grandes Clubes

O Grande Mestre do Flamengo!!!

Foi ídolo e mestre de algumas gerações. Muito mais do que um fora-de-série, Zizinho ficou conhecido também como valente e ousado. Ele chegou ao Flamengo em 1939, pouco antes de completar 18 anos.
O técnico Flávio Costa apontou para o novato: “O senhor aí, de cabelo gomado: tem dez minutos para mostrar o que sabe!”.

Foram suficientes para encantar. Logo se tomaria um mito. Em 1942 já era o comandante do primeiro tricampeonato e na final de 1944, era o melhor em campo até Valido marcar o gol herôico.
Depois de 11 anos no clube, “Mestre Ziza” sofreu uma de suas maiores decepções ao ser vendido para o Bangu, pouco antes da Copa do Mundo de 19 50.0 Brasil perderia o título para o Uruguai, mas ele só recebeu elogios, como o do jornalista Willy Meisl, no semanário inglês World Sports: “Não se trata apenas de um craque.E um gênio, um homem que possui todas as qualidades que podem ser idealizadas para um profissional chegar mais perto da perfeição”.
Talvez por castigo, o Flamengo tenha acabado o Campeonato Carioca em sétimo lugar.

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Fonte:Placar

Jogadores Bolivianos que atuaram no Brasil

Não é dos países que exporta muitos jogadores, mas antes do Marcelo Moreno do Cruzeiro tivemos sim alguns bolivianos que atuaram em gramados brasileiros, o que vale mais que o artigo foi tirado de um livro boliviano e confesso que alguns eu não sabia.

Apenas Jogadores que atuaram na seleção boliviana

Windsor Alfredo del Llano 1982- Botafogo
Carlos Aragonés- 1981 a 1983- Palmeiras
Miguel Aguillar- 1982- Botafogo
Carlos Conrado Jimenez- 1981- Coritiba
Mauricio Ramos- 1996- Cruzeiro
Marcelo Moreno- 2007- Cruzeiro

O primeiro jogo interestadual na Paraíba em 1914.

O maior acontecimento esportivo do ano de 1914, foi sem dúvida a sensacional partida de futebol, realizada entre os selecionados da Liga Parahybana de Foot Ball e a Liga Pernambucana de Foot Ball. Incalculável a multidão que compareceu a modesta estação da Great Western para receber os pernambucanos.
A tarde,a banda de música, autoridades, convidados e um público de 3.000 pessoas, compareceram ao campo aberto da Estrada dos Macacos, onde se encontram hoje as avenidas Coremas e D. Pedro II,afim de assistirem o primeiro jogo interestadual.
Sob a direção do “referre” Raul Carvalho, os dois Selecionados entraram em campo com a seguinte formação:

Paraíba – Amstein, Arminio e Alfredinho; Bertone 1,Bandeira,Clímaco,Barbosinha, Trajano, Henrique, Barbosa e Arthur.
Pernambuco: – Rocha, Arruda e Tayler; Bebé, Ruy e Telles; Geraldo,Beltrão, Brito, Edir e Velho.

O “toss” favoreceu ao Scratch visitante que escolheu o lado “a favor do vento”. Aos 5 minutos de jogo, Barbosa escapa e dribla dois adversários para em seguida servir a Henrique que em boas condições, inaugura o marcador, sob um verdadeiro delírio da assistência.Com 1×0 no placar, termina o primeiro tempo da grande peleja.
Na segunda fase os pernambucanos deram muito trabalho ao goleiro Amstein que esteve bastante seguro durante todo o desenrolar da partida, evidenciando assim a superioridade do esquadrão paraibano, que mais uma vez voltou a marcar, ainda por intermédio de Henrique, terminando enfim o grande jogo com a contagem de 2×0 para a Paraíba.

A noite, a Liga Paraibana ofereceu uma animada festa à delegação visitante, quando se fizeram ouvir vários oradores.Por falar em seleção, vamos reviver também uma vitória do Internacional de Cabedelo, no dia 22 de setembro de 1914, contra um combinado alemão, pelo marcador, de 2×1.
A equipe praiera, aproveitava sempre a presença de tripulantes dos barcos nacionais e estrangeiros para movimentar o futebol na simpática cidade portuária . O jogo com os marujos germanos, foi em regosijo pela posse do desportista Joaquim Cavalcante de Albuquerque na presidência do clube.
Os tentos da equipe de Menininho foram marcados por Lôpo e o quadro local jogou com a seguinte constituição:

Manoel Alfred, e Pedroza; Telles 1, Telles II e Narciso; Vloriano, Aderbal, Lôpo, Oscar e Ulisses.

Fonte:A História do Futebol na Paraíba