Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

A performance do Corinthians no Parque São Jorge e Pacaembu

O ESTÁDIO
Parque São Jorge – Estádio Alfredo Schürig (Fazendinha)
Inaugurado em 22 de julho de 1928 no amistoso em 2 a 2 com o América-RJ.
Primeiro gol: De Maria (aos 29 segundos do primeiro tempo)
Primeiro jogo à noite: 25/2/1961 – Corinthians 7×2 Flamengo
Recorde de público: 4/11/1962 – 33 mil pessoas para assistir Corinthians 1 x 2 Santos – Paulista.
Último jogo: 3/8/2002 – Corinthians 1 x 0 Brasiliense – Amistoso
Último gol: Fabinho, aos 44’/2ºT
Uso atual: Treino do time principal e jogos das categorias inferiores.

O Corinthians começou jogando na Várzea, no Lenheiro (1910/13), como era conhecido o terreno do Bom Retiro (utilizado por um vendedor de madeira para guardar o material de trabalho) em que o time fazia as suas partidas O primeiro estádio do Corinthians foi o campo da Ponte Grande (1918/27), atual Ponte das Bandeiras, às margens do Rio Tietê. O terreno foi arrendado da prefeitura e construído pelos próprios jogadores e torcedores. O Parque São Jorge apareceu na vida corintiana em 1922 quando o time visitou e derrotou o Sírio, clube que utilizava o campo, por 1 a 0 no Campeonato Paulista daquele ano. Quatro anos mais tarde o presidente Ernesto Cassano comprou o terreno em que o Sírio mandava seus jogos. Dois anos depois, reformado e reinaugurado, o estádio recebe seu novo dono.

O nome oficial é Alfredo Schurig em homenagem ao dirigente que ajudou financeiramente nas melhorias do estádio. Hoje, com capacidade inferior a 15 mil o Parque São Jorge é utilizado para os treinos das categorias inferiores.

NÚMEROS DO CORINTHIANS EM SEUS ESTÁDIOS
Lenheiro: Sem dados
Ponte Grande: 108 jogos. 83 vitórias, 12 derrotas, 43 empates, 391 gols pró e 111 gols contra.
Parque São Jorge: 469 jogos: 347 vitórias, 60 empates e 62 derrotas, 1.322 gols pró e 480 gols contra.
Pacaembu: 1.489 jogos, 835 vitórias, 353 empates, 301 derrotas, 2934 gols pró, 1773 gols contra
Fonte: lancenet

Aproveitamento no Parque São Jorge: perdeu apenas 13,2% dos jogos.
Aproveitamento no Pacaembu : perdeu apenas 20,2% dos jogos. O Corinthians é o time que mais atuou no Pacaembu, e a torcida o considera como sua casa, uma vez que seu campo de futebol, apelidado de ‘fazendinha’ não ter capacidade hoje para receber jogos oficiais.

A título de curiosidade, estive no jogo acima mencionado como recorde de público em 04/11/62. Para se ter uma idéia, em 1962 os ônibus deslocavam bem menos passagerios que hoje, mercê de um motor com menor potência, e também, em consequência, de dimensões bem menores. No ônibus da viação Tupi que peguei para ir ao jogo, exatamente na avenida Jabaquara, carregou ao longo do trajeto, 105 passageiros. Foi o que o trocador/cobrador falou ao motorista no ponto final do ônibus. Não sei porque a gente não esquece certos detalhes.
Para o estádio ter comportado tamanha superlotação, entre o final da arquibancada e o alambrado, existe um espaço de circulação confortável que estava totalmente congestionado de torcedores em pé. De igual modo estava a torcida na arquibancada.
Para quem se recorda, as sociais de madeira lembravam os antigos estádios ingleses.

A volta do Pó-de-Arroz no Maracanã

A torcida do Fluminense, o time mais antigo do Rio de Janeiro, retornou uma de suas maiores tradições (e do futebol brasileiro), o pó de arroz! A torcida do Flu sem o pó-de-arroz fica sem a sua identidade nas arquibancadas. Desde criança lembro-me de ver a torcida envolta numa nuvem de talco no Maracanã , quando o Canal 100 filmava a entrada do Flu em campo. Esta era uma forma diferente que uma torcida usava para saudar seu time de futebol. Para nós de São Paulo era um espetáculo diferente de ser visto.
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Qual a história e o por quê do torcida do pó de arroz? Veja o que diz o site do Globo Esporte.
O pó-de-arroz, que nada mais é do que talco inodoro, é uma marca registrada do Tricolor carioca. A origem é controversa e remonta ao ano de 1914. O Fluminense, numa época em que os negros não eram aceitos nos clubes da Zona Sul carioca – apenas o Bangu utilizava jogadores negros – contratou o meia Carlos Alberto, um mulato, que pertencia ao América. A história diz que o jogador passava pó-de-arroz no corpo para disfarçar a cor e ser bem aceito nas Laranjeiras, e que num jogo contra o seu ex-clube, os torcedores adversários perceberam o truque e começaram a gritar “pó-de-arroz”. Mas o feitiço teria virado contra o feiticeiro, pois os tricolores, em vez de se revoltarem com a brincadeira, teriam adotado o apelido.
Mas o goleiro Marcos Carneiro de Mendonça, primeiro grande ídolo do Tricolor, tem outra versão, disponível num documentário no Youtube. Marcos garante que Carlos Alberto não usava o pó-de-arroz para disfarçar nada, mas por que gostava de colocar após fazer a barba.
O engraçado de tudo isso é que o Urubu do Flamengo, o Porco do Palmeiras também eram xingamentos que as torcidas assumiram. Mas nem todas as torcidas aceitam, pois o Vasco não assumiu o bacalhau e o São Paulo nunca assumirá o Bambi.

Na foto ilustrada acima está a figura de um torcedor conhecido como Careca do Talco. Ele surgia por um dos tuneis de acesso e esperava o Flu entrar em campo e então lançava pequenas nuvens de pó-de-arroz por cima dos jogadores tricolores. Levava o talco em um saco que fazia parte de seu uniforme, junto com uma camisa branca com um grande escudo do Flu, uma bandeira , uma capa de super-herói e uma faixa na cabeça.
Em 1984, na semi final contra o Corinthians, no jogo de ida no Morumbi ele resolveu fazer diferente, e saiu do Rio já preparado para o jogo. Nas paradas pela Via Dutra ele jogava talco em quem se descuidasse, o jogo já havia começado pra ele.
Depois de 85 , pouco a pouco, o ritual foi desaparecendo. Talvez pela violência ou também pela proibição do uso do talco. Para a torcida era uma implicância inexplicável das autoridades, já que o talco, obviamente, não fazia mal como aquelas fumaças tóxicas, os fogos de artifício, etc.
Na verdade A Polícia Militar proibiu a entrada do pó-de-arroz em 1999, quando um policial acabou atingido por um saquinho de talco.
No frigir dos ovos, e pelo que tenho visto pelos estádios afora,sem dúvida alguma o talco é o que menos faz mal nas arquibancadas, sem contar que é uma tradição quase centenária. E acho que é bem-vindo!

Copa de 1950 – Curiosidades

Como durante a década de 40 não se teve a realização das Copas previstas por conta da Segunda Guerra Mundial, a copa do pós-guerra, Copa de 1950, aconteceu aqui no Brasil.
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– As maiores goleadas da seleção brasileira nas histórias das copas foram: Brasil 7 x 1 Suécia e Brasil 6 x 1 Espanha. Ambas na Copa do Mundo de 1950.

– A maior zebra de todas as Copas foi a vitória do time amador, formado por imigrantes, dos Estados Unidos sobre a favorita equipe da estreante Inglaterra, que participavam pela primeira vez do Mundial. O autor do gol foi Gaetjens, nascido no Haiti. Imigrante, lavava pratos em Nova York.
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Morreu assassinado em seu país alguns anos depois, em 1964.

– O custo da viagem até o Brasil desencorajou vários países de participar da Copa de 1950, dentre eles, estavam França, Portugal e Birmânia.

Um caso curioso foi a Escócia, que não quis participar de um torneio em que a Inglaterra iria participar, uma vez que a seleção inglesa havia superado a sua seleção nas eliminatórias.

– A marchinha “Touradas de Madri“, de João de Barro, foi lembrada e entoada pelos brasileiros na goleada do Brasil sobre a Espanha.

– Para evitar influências nazistas, Jules Rimet teve que transferir a sede da Fifa de Paris, na França, para Zurique, na Suiça, durante a Segunda Guerra Mundial.

– O uniforme usado pelo Brasil na Copa foi considerado um símbolo de azar depois da derrota para o Uruguai na final.
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– A decisão contra o Uruguai teria o maior público da história do futebol, se os mais de 200mil torcedores que foram ao Maracanã pudessem ter entrado no estádio. Mas como a capacidade era de 173.850 lugares, esse recorde ficou com o jogo das Eliminatórias de 1970, onde jogaram Brasil x Paraguai, com 183.341 torcedores.

– A Itália tentou defender seu título com uma equipe fraca devido ao desastre que ficou conhecido como Tragédia de Superga, acidente aéreo que matou todo o time do Torino (base da Azzurra) em 1949.

-A seleção do Uruguai chegou ao Maracanã com quatro horas de antecedência para disputar a final. Como o estádio não estava 100% terminado, havia buracos no vestiário dos visitantes. Durante o aquecimento, pedras e foguetes foram atirados contra os uruguaios, que tiveram de se esconder embaixo de colchões.(esportes.terra.com.br)

– O atacante Ademir de Menezes foi o artilheiro da Copa, com nove gols. Até hoje ele é o brasileiro que mais marcou gols em uma única edição do Mundial.

– A Copa realizada no Brasil é, até hoje, a única que não teve uma verdadeira final. O título foi decidido em um quadrangular e o Uruguai acabou se tornando campeão.

OS ELEITOS COMO MELHORES DA COPA EM CADA POSIÇÃO
Máspoli (URU), Parra (ESP) e Nilsson (SUE);
Andrade (URU), Obdulio Varela (URU) e Bauer (BRA);
Ghiggia (URU), Zizinho (BRA), Ademir (BRA), Schiaffino (URU) e Jair (BRA)

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bolanaárea.com

O FUTEBOL ARTE ( MARCIAL )

Uma seleção de jogadores que assistiram a muito filme do Bruce Lee quando eram crianças.
Vejam abaixo a fina flor do nosso futebol num bem humorado comentário .

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DANRLEI – Grêmio, Atlético Mineiro
Em 1995, Válber, do Palmeiras, e Dinho, do Grêmio, reciprocicavam tabefes. De repente, do nada, surge Danrlei em uma voadora digna do Jackie Chan, marcando o couro de Válber com o U de sua ferradura. Depois disso, Danrlei brigou com os companheiros de Grêmio Guilherme, Anderson Polga e Sílvio – este, mais forte que o encrenqueiro, deu-lhe uma sova sob o testemunho inerte de outros colegas. Desentendeu-se também com Palhinha, que se casou com sua ex-mulher, deu um soco no dirigente gremista Dênis Abraão e tentou agredir o treinador Tite. No Atlético Mineiro, teve no canto oposto do ringue o zagueiro André Luiz.

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ARGEL – Internacional, Cruzeiro, Santos, Palmeiras, Benfica
“A Batalha de Argel”, longa-metragem lançado nos anos 60, é tido pelos críticos de cinema como “um verdadeiro manual das táticas de guerrilha”. É uma apropriada analogia com o zagueiro que perde o amigo, mas não perde viagem.

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TONHÃO – Palmeiras
Nos anos 70, o Palmeiras não tinha time, tinha uma academia. Nos anos 80, não teve nada. Na década seguinte, uma segunda leva de craques voltou a dar alegrias aos palestrinos. Bom, era uma leva de craques e mais o Tonhão, que destoava em um elenco com Edmundo, Evair, Zinho e outros tantos. A torcida o adorava porque o zagueiro tinha “muita fibra”, “muita raça”, “muita força de vontade”, “muita determinação”. Puro eufemismo. Tonhão era canelada em tempo integral.

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EVERALDO – Grêmio
O titular da lateral-esquerda da seleção brasileira na conquista do tricampeonato mundial, em 1970, ficou um ano fora do futebol por ter esmurrado um juiz. Foi com violência também que ele acertou seu Dodge Dart contra uma carreta em uma rodovia gaúcha, em acidente fatal.

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DINHO – Sport, São Paulo, Grêmio
Se Kerlon, revelação do Cruzeiro, tentasse driblar Dinho com sua jogada característica (equilibrando a bola na testa), o que aconteceria? “Não pensaria duas vezes e tentaria chutar a bola. Se acertasse a cabeça dele, paciência”, disse o ex-volante em entrevista concedida em setembro ao site Pelé.net. O botinudo também costumava esmerilhar as travas de suas chuteiras. “Para assustar, eu alongava a perna deixando a sola do pé à mostra para o adversário. Assim ele já sabia o que o esperava”. Dinho concorre ao posto de capitão deste escrete.

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COCITO – Atlético Paranaense, Corinthians
Se o apelido do sujeito é “Coicito”, como deixá-lo fora do time? Para me certificar da convocação, fiz a pouco usual busca no Google por “fama de jogador violento”. Dos 26 textos que surgiram, dez referiam-se ao pouco prudente, canela dura, estabanado volante.

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DJALMINHA – Flamengo, Guarani, Palmeiras, La Coruña
Em 2002, quando Luiz Felipe Scolari quebrava a cabeça para montar o time que levaria à Copa, a cabeça de Djalminha resolveu a dúvida pelo treinador: o meia deu uma cabeçada em Javier Irureta, então seu treinador no Deportivo La Coruña, ratificou sua fama de temperamental e perdeu a vaga para o bom moço Ricardinho. Djalminha chegou a ter um dente arrancado em uma briga em uma pizzaria e protagonizou um quebra-quebra em uma boate de La Coruña – sem contar o rosário de desavenças que colecionou nos clubes pelos quais passou.

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EDMUNDO – Vasco, Palmeiras, Flamengo, Fiorentina, Fluminense, Figueirense
Além de ter estado com Djalminha nas duas brigas descritas acima (o que já é um sinal evidente de sua incontestável titularidade nesta equipe), trocou sopapos com adversários e colegas de time e discutiu com dirigentes e treinadores. Sua predileção, no entanto, era dar bicudas em cinegrafistas e equipamentos de filmagem.

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SERGINHO CHULAPA – São Paulo, Santos
As brigas das quais Serginho Chulapa participou dariam pra fazer um álbum de figurinhas. “Você tem aquela da cabeçada no repórter? Quer trocar pela da bica na cara do Leão?” Entre agressões a adversários, companheiros, jornalistas, membros da arbitragem e à própria esposa, escolha a sua preferida. A minha é aquela em que Serginho deixou o banco de reservas do Santos indignado com a entrada violenta de Zé Teodoro em Sérgio Manoel, provocou uma confusão tremenda e foi suspenso por 120 dias. Mas a do chute na canela de um bandeira, que o deixou fora dos gramados por 11 meses, também é legal.

Caroblog.com-Por Patrick Cruz

Osmar Santos, na mais empolgante narração que um gol já teve.

Osmar Santos falava até 100 palavras por minuto, “sem atropelar nem engolir nenhuma palavra ou letra”, e com um segredo: O locutor usava a dramaticidade como elemento para reforçar a narração. Ele atuava como um autêntico mediador do jogo, já que precisava falar da partida para quem não a assistia, para quem estava no estádio e para os que ligavam a TV sem som.
Osmar Santos criou seu arsenal de frases, um léxico malandro que dava cor e vida às suas transmissões. Na verdade, Osmar Santos era identificado e celebrado, mais do que por qualquer coisa, por suas expressões. Ou melhor: ele era o seu arsenal de expressões. Por isso, o locutor se dedicava com desvelo a criar frases novas e aumentar seu repertório, atividade na qual era auxiliado pelas sugestões dos amigos, dos ouvintes que lhe mandavam cartas ou por suas leituras.
A partir de 1975, ouvia-se desde a Jovem Pan até nos últimos dias de suas narrações da Rádio Globo…..

“Sai daí que o jacaré te abraça”, dizia ele, quando um jogador era flagrado em impedimento. Ou então – “Chegou a hora de ver quem tem garrafa vazia para vender”, quando se aproximava uma hora de decisão. O meio do campo, para ele, era o “caroço do abacate”, a grande área era o “salão de festas”. Outros bordões e frases nas transmissões esportivas:
“Pimba na gorduchinha.” “Ripa na chulipa.”
“Sabe quem perguntou por você aqui no estádio?” (- “Ninguém.” Quando um jogador era muito ruim ou fazia uma jogada bizonha)
“Conversa com a gorduchinha que ela deita e rola na rede gostosinho.” –( Geralmente, antes da cobrança de uma falta )
“É fogo no boné do guarda.” – (Jogada de perigo na área )
“Apesar de você, Coutinho… Amanhã há de ser um novo dia…”
(- Parodiando a música de Chico Buarque, proibida por se supor que fazia referências negativas ao Presidente Médici. Usada como crítica ao técnico Cláudio Coutinho, após o Brasil empatar em 0x0 com a Espanha em 1978 e ficar ameaçado de descassificação na primeira fase na Copa da Argentina )

O gol mais empolgante e esperado, na mais linda narração que um gol já teve, na maior festa que uma torcida já fez.

Esse jogo tornou-se num dos principais momentos da história do futebol brasileiro e marcou o jogador Basílio para sempre. Foi dele o gol que finalizou a agonia e desafogou os corintianos dos duros anos sem uma conquista importante.
Na narração de Osmar Santos, 95% verossímil, de 2 minutos, toda a emoção que o locutor passou para o torcedor, do gol de Basílio contra a Ponte Preta em 1977:

“ Vamos garotão capricha que o placar não é teu. Eu faço fé nesta cabecinha, garotão Zé Maria.
Está autorizado, vai chover lá dentro da boca da botija. Barreira com dois homens . Correndo pro pedaço Zé Maria, confusão na boca do gol, tentou Basílio de cabeça, volta pra Vaguinho que chuta na trave, tentou Vladimir, bateu no zagueiro, entrou Basílio e que goooooooool. (Que bonito é as bandeiras balançando e a torcida delirando vendo a rede balançar, tocava a vinheta da rádio Globo).
Coringão na frente, olha o espetáculo, olha a emoção e a motivação, olha a festa do Brasil, você enche de lágrimas os olhos deste povo, você enche de felicidade o coração desta gente, Corinthians, o grito sufocado de um povo, o grito do fundo do coração de um torcedor, depois de 20 anos a Fiel está explodindo, 22, 23 numa centena de anos, na cabeça do povo, tumultuando o meu povo, o Corinthians vira a explosão, vira o maior espetáculo no território brasileiro, você acima de tudo é a alma deste povo, Corinthians você freia o funcionamento normal da razão, só deixamos fluir a emoção, a gente vai se envolvendo….vendo…..volvendo…envolvendo, quando vê está envolvido, Corinthians. Hoje a cidade é do povo, tem que ter festa alvinegra, hoje é o verdadeiro dia do povo, festa do povo, Basílio no pedaço, Basílio, 37 do segundo tempo, doce mistério na vida este Corinthians, inexplicável Corinthians, que vai buscar alegria no fundo da alma do povo, numa arrancada dududududu peru do ataque alvinegro”.
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Pesquisa:
You tube
http://pt.wikiquote.org/wiki/Osmar_Santos
Vários jogos como ouvinte

Pelé vestiu a camisa do C.R.Vasco da Gama em 1957

Eu sou de Baurú mas não tenho idade para ter visto Pelé na cidade. A única vez foi quando o negão desfilou na cidade depois da Copa de 1958. Veio visitar os pais e a cidade fez a homenagem. Ao ver Pelé com a camisa do Vasco no site netvasco.com, lembrei-me que Pelé sempre dizia que seu time de coração quando garoto era o Vasco da Gama. Comecei a ler e realmente a matéria é curiosa e resolvi inserir a matéria tirando o lado fanático do torcedor vascaíno .
Pelé, de vez em quando, para agradar uns e outros, declara que tem alguma simpatia por este ou aquele time ou então deixa que lhe atribuam paixões clubísticas de acordo com as circunstâncias.

Como o mundo do futebol dá voltas , lá pelos idos de 1957, Vasco e Santos formaram um combinado para jogar alguns amistosos. Ficou acertado que, nos amistosos jogados no Rio de Janeiro, o combinado atuaria com a camisa do Vasco; nos amistosos em São Paulo, a equipe atuaria com a camisa do Santos. Seria a chance de Pelé vestir a camisa do Vasco pela primeira vez.

No dia 19 de junho de 1957, Pelé entrou em campo no Maracanã para enfrentar o Belenenses de Portugal. O combinado formou com Wagner, Paulinho de Almeida e Bellini; Urubatão, Braune e Ivan; Iedo (Artoff), Álvaro, Pelé, Jair da Rosa Pinto (Waldemar) e Pepe. Um timaço, que goleou o time português por 6 a 1 com 3 gols de Pelé – um deles driblando toda a defesa adversária.
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Três dias depois, no dia 22/06/1957, o Combinado Vasco/Santos novamente iria ao Maracanã para duelar com um time estrangeiro. Desta vez, o Dínamo de Zagreb, da Iugoslávia. O jogo terminou empatado em 1 a 1, com Pelé deixando sua marca. No dia 26 de junho, o Combinado foi a campo mais uma vez, para empatar com o Flamengo também por 1 a 1. Adivinhe que fez o gol? Ele mesmo, Pelé.
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O Combinado partiu para São Paulo e só faria mais um jogo, contra o São Paulo (1 x 1, gol de Pelé novamente). Porém, os cinco gols de Pelé – na época um moleque de 16 anos – com a camisa do Vasco em apenas três jogos chamariam a atenção de Sílvio Pirillo, então técnico da Seleção, que o convocou para um jogo contra a Argentina no Maracanã. O Brasil perdeu por 2 a 1, mas Pelé entrou no segundo tempo e fez o gol de honra da Seleção Brasileira.

A partir daí, Pelé ficou 20 anos envergando as camisas de Santos, Seleção das Forças Armadas, Seleção Paulista, Seleção Brasileira e Cosmos, equipes pelas quais conquistou 59 títulos e marcou mais de 1200 gols. Depois de aposentado, no entanto, Pelé até vestiu outras camisas.
Entre 1957 e 1974, o Vasco enfrentou o Santos com Pelé 20 vezes. Foram 8 vitórias de cada lado e 4 empates. Quatro destas partidas ficaram marcadas para sempre no coração dos vascaínos (nem sempre por terem tido um desfecho favorável ao Vasco):

1- No Torneio Rio-São Paulo de 1959, o Vasco liderava com certa tranqüilidade a competição e só uma derrota para o Santos no último jogo tiraria o bicampeonato de São Januário (o Vasco havia sido campeão em 1958). Pois o Santos, comandando por Pelé, venceu brilhantemente o Vasco por 3 a 0 e ficou com o título. O jogo foi disputado em 17 de maio de 1959.

2- Em 1963, também pelo Torneio Rio-São Paulo, ocorreu um fato que até hoje é lembrado. Vasco e Santos se enfrentavam no Maracanã e o Vasco vencia por 2 a 0. Passamos a palavra a Pelé: “Naquele dia, o Brito e o Fontana (zagueiros do Vasco) me encheram demais. Quando a bola saía, um deles a chutava para mais longe, aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. Depois, falavam: ‘É, crioulo, essa não dá mais…’. Só que, quando faltavam 3 minutos pro jogo terminar, fiz um gol, descontando para dois a um. Faltando dois minutos, fiz outro.
Num programa de TV em 1997, o vascaíno Nélson Piquet encontrou Pelé e declarou: “Uma das poucas vezes que eu fui no Maracanã foi nesse jogo, em que estávamos ganhando de 2 a 0 e ele fez dois gols. Nesse dia eu acho que se encontrasse ele na minha frente, matava ele! Mas depois que soube que ele era vascaíno, eu o perdoei”.

3- No dia 19 de novembro de 1969, o mundo literalmente parou para ver a partida em que poderia sair milésimo gol do Rei, justamente contra o… Vasco. O goleiro vascaíno Andrada fechou o gol naquela partida válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, mas, no segundo tempo, Pelé fez, de pênalti, o gol que até hoje é considerado “o gol do século”. Andrada virou “o arqueiro do Rei” e até a segunda viagem do homem à Lua passou despercebida perto de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.

4- Em 14 de outubro de 1973, o Santos veio ao Rio de Janeiro para encarar o Vasco pelo Campeonato Brasileiro. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo do Vasco: Pelé versus Roberto Dinamite. Muitos achavam que Dinamite, aos 19 anos, iria se intimidar diante do Rei, mas não foi isso que se viu: aos 34 minutos de jogo, o lateral vascaíno Paulo César enfiou na medida para Roberto que, ganhando de Carlos Alberto Torres na corrida, emendou para o gol num sem-pulo indefensável. Pelé foi cumprimentar o vascaíno pelo gol e declarou ao fim do jogo: “Este foi o gol mais bonito que eu vi nesse Campeonato Brasileiro. Se esse garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da História do Vasco com 700 gols em 1100 jogos.

A dividida de Mirandinha

O começo
Rápido, oportunista e raçudo. Assim era Sebastião Miranda da Silva Filho, o Mirandinha, ex-centroavante do Corinthians e São Paulo. Nascido em 24 de fevereiro de 1952, na cidade paulista de Bebedouro, ele foi revelado no América de Rio Preto. De lá, saiu para o Corinthians. Defendeu a equipe corintiana de 1970 a 1973. Disputou 162 jogos (70 vitórias, 55 empates, 37 derrotas) e marcou 50 gols pelo Alvinegro.
Mas sem conquistar títulos no Parque São Jorge, foi vendido para o rival São Paulo, onde jogou por cinco anos (1973 a 1978) e conheceu o auge da carreira. Nos tempos de Morumbi, ele foi convocado para a seleção brasileira na Copa de 1974, na Alemanha. Atuou como titular em quatro partidas daquele Mundial, no qual o Brasil foi eliminado na semifinal para a Holanda, após perder por 2 a 0.

Na copa de 74
O atacante Mirandinha tenta roubar a bola do goleiro Kazadi, na goleada de 3 a 0 do Brasil sobre o Zaire, em Gelsenkirchen, pelas oitavas-de-final. Foi a única partida que o Brasil venceu nesta fase, depois de dois empates sem gols, com Iugoslávia e Escócia.
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O estádio Mário de Mendonça onde aconteceu a fatídica contusão
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Na volta da Copa, em novembro de 1974, o atacante quebrou a perna num lance chocante, ao ser atingido pelo zagueiro Baldini, do América, em jogo do Paulistão. Ele havia aberto o placar da vitória de 3 a 0. Por obra do destino, seu substituto foi Serginho Chulapa, que anotou os outros dois gols da partida e se tornou o maior artilheiro da história do clube.
A dividida
Mirandinha na dura dividida com o zagueiro Baldini . A perna quebrada o deixou dois anos de molho. A fantástica e histórica foto é do acervo da Agência Estado. O autor do clique é Domicio Pinheiro. Lá atrás, o zagueiro Jairzão observa o lance.
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Fontes de Consulta: Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa, e Almanaque do Corinthians, de Celso Dario Unzelte.

O primeiro gol de Pelé na Seleção

Ter levado o primeiro gol de Pelé com a camisa amarelinha não é orgulho para Amadeo Carrizo, goleiro da Argentina na estréia do Rei do Futebol pela Seleção Brasileira no dia 7 de julho de 1957, data que completa 50 anos neste sábado.

Em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM, Carrizo, aos 81 anos, lembra perfeitamente daquela partida pela Copa Roca. Pelé, que ainda tinha 16, entrou no segundo tempo no lugar de Del Vecchio e fez o gol do Brasil na derrota por 2 a 1, no Maracanã.

– Levar gol nunca é motivo de orgulho para um goleiro – diz.

Em 1957, Carrizo já era um goleiro experiente, titular do River Plate desde 1948 e um dos ídolos da seleção argentina. Labruna abriu o placar para os “hermanos” aos 29 do primeiro tempo. Após o intervalo, o técnico Sylvio Pirillo colocou Pelé em campo e o Rei empatou aos 32 do segundo. Porém, pouco depois, Miguel Juarez garantiu a vitória da “Albiceleste”. Carrizo lembra bem do primeiro gol de Pelé pelo Brasil.

– Não foi uma jogada tecnicamente elaborada, ele recebeu já na área e teve oportunismo. Como grande artilheiro que seria depois, já tinha intuição – afirma o ex-goleiro, que não percebeu no momento que estava diante do futuro Rei do Futebol: – Sinceramente, não reparei muito nele, era muito garoto. Ele não era conhecido pelos argentinos, não tinha como prestar atenção só no Pelé pois o time brasileiro era muito bom, tinha Zito, Bellini, Mazzola. Não sabia que ele viraria o famoso Pelé.

Carrizo tem boa memória. Cita de cabeça a escalação da Argentina naquele jogo, lembra com carinho do grande time do Santos nos anos 60 (“Um ataque excelente, com Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe”, diz) e afirma que Garrincha foi o melhor ponta-direita da história.

Quando o assunto é a maior polêmica entre brasileiros e argentinos, o ex-goleiro foge de polêmicas: quem é melhor, Pelé ou Maradona?

– Pelé foi grande, mas Maradona também. Não digo quem é melhor ou pior, os dois têm grandes qualidades. Nenhum é melhor que o outro. Em uma seleção de todos os tempos, escalaria o ataque com Pelé, Maradona, Garrincha, Di Stéfano e Gento. Está bom? Um time desse faria cinco gols por jogo!

E quem seria o goleiro, Carrizo?

– Eu, claro! (risos) – finaliza o simpático argentino, que até hoje trabalha no River Plate.

Em 1957, o Brasil perdeu na estréia de Pelé contra a Argentina na Copa Roca. Porém, três dias depois, com mais um gol do Rei, venceu os “hermanos” por 2 a 0 no Pacaembu e ficou com o título do torneio. Era o primeiro troféu, de muitos outros que viriam, do Atleta do Século com a amarelinha.

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Brasil 1 X 2 Argentina

Gols: Angel Labruna, aos 29 do primeiro tempo (ARG); Pelé, aos 32 do segundo tempo (BRA); Miguel Juarez, aos 33 do segundo tempo (ARG)

Árbitro: Erwin Hieger (Áustria)

Local: Estádio Mário Filho (Maracanã)

Data: 07/07/1957

Seleção Brasileira
Castilho; Paulinho de Almeida, Bellini, Jadir e Oreco; Zito (Urubatão); Luisinho, Maurinho, Mazzola (Moacir), Del Vecchio (Pelé) e Tite. Técnico: Sylvio Pirillo.

Argentina
Amadeo Carrizo; Federico Pizarro, Federico Vairo, Fernando Gianserra e Nesto Rossi (Héctor Guidi); Juan Urriolabeitia; Oreste Corbatta, José Ruben Herrera (Hector Antonio), Miguel Juarez (Manuel Blanco), Angel Labruna e Ramon Moyano. Técnico: Guillermo Stábile.