Uma seleção de jogadores que assistiram a muito filme do Bruce Lee quando eram crianças.
Vejam abaixo a fina flor do nosso futebol num bem humorado comentário .
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DANRLEI – Grêmio, Atlético Mineiro
Em 1995, Válber, do Palmeiras, e Dinho, do Grêmio, reciprocicavam tabefes. De repente, do nada, surge Danrlei em uma voadora digna do Jackie Chan, marcando o couro de Válber com o U de sua ferradura. Depois disso, Danrlei brigou com os companheiros de Grêmio Guilherme, Anderson Polga e Sílvio – este, mais forte que o encrenqueiro, deu-lhe uma sova sob o testemunho inerte de outros colegas. Desentendeu-se também com Palhinha, que se casou com sua ex-mulher, deu um soco no dirigente gremista Dênis Abraão e tentou agredir o treinador Tite. No Atlético Mineiro, teve no canto oposto do ringue o zagueiro André Luiz.
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ARGEL – Internacional, Cruzeiro, Santos, Palmeiras, Benfica
“A Batalha de Argel”, longa-metragem lançado nos anos 60, é tido pelos críticos de cinema como “um verdadeiro manual das táticas de guerrilha”. É uma apropriada analogia com o zagueiro que perde o amigo, mas não perde viagem.
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TONHÃO – Palmeiras
Nos anos 70, o Palmeiras não tinha time, tinha uma academia. Nos anos 80, não teve nada. Na década seguinte, uma segunda leva de craques voltou a dar alegrias aos palestrinos. Bom, era uma leva de craques e mais o Tonhão, que destoava em um elenco com Edmundo, Evair, Zinho e outros tantos. A torcida o adorava porque o zagueiro tinha “muita fibra”, “muita raça”, “muita força de vontade”, “muita determinação”. Puro eufemismo. Tonhão era canelada em tempo integral.
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EVERALDO – Grêmio
O titular da lateral-esquerda da seleção brasileira na conquista do tricampeonato mundial, em 1970, ficou um ano fora do futebol por ter esmurrado um juiz. Foi com violência também que ele acertou seu Dodge Dart contra uma carreta em uma rodovia gaúcha, em acidente fatal.
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DINHO – Sport, São Paulo, Grêmio
Se Kerlon, revelação do Cruzeiro, tentasse driblar Dinho com sua jogada característica (equilibrando a bola na testa), o que aconteceria? “Não pensaria duas vezes e tentaria chutar a bola. Se acertasse a cabeça dele, paciência”, disse o ex-volante em entrevista concedida em setembro ao site Pelé.net. O botinudo também costumava esmerilhar as travas de suas chuteiras. “Para assustar, eu alongava a perna deixando a sola do pé à mostra para o adversário. Assim ele já sabia o que o esperava”. Dinho concorre ao posto de capitão deste escrete.
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COCITO – Atlético Paranaense, Corinthians
Se o apelido do sujeito é “Coicito”, como deixá-lo fora do time? Para me certificar da convocação, fiz a pouco usual busca no Google por “fama de jogador violento”. Dos 26 textos que surgiram, dez referiam-se ao pouco prudente, canela dura, estabanado volante.
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DJALMINHA – Flamengo, Guarani, Palmeiras, La Coruña
Em 2002, quando Luiz Felipe Scolari quebrava a cabeça para montar o time que levaria à Copa, a cabeça de Djalminha resolveu a dúvida pelo treinador: o meia deu uma cabeçada em Javier Irureta, então seu treinador no Deportivo La Coruña, ratificou sua fama de temperamental e perdeu a vaga para o bom moço Ricardinho. Djalminha chegou a ter um dente arrancado em uma briga em uma pizzaria e protagonizou um quebra-quebra em uma boate de La Coruña – sem contar o rosário de desavenças que colecionou nos clubes pelos quais passou.
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EDMUNDO – Vasco, Palmeiras, Flamengo, Fiorentina, Fluminense, Figueirense
Além de ter estado com Djalminha nas duas brigas descritas acima (o que já é um sinal evidente de sua incontestável titularidade nesta equipe), trocou sopapos com adversários e colegas de time e discutiu com dirigentes e treinadores. Sua predileção, no entanto, era dar bicudas em cinegrafistas e equipamentos de filmagem.
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SERGINHO CHULAPA – São Paulo, Santos
As brigas das quais Serginho Chulapa participou dariam pra fazer um álbum de figurinhas. “Você tem aquela da cabeçada no repórter? Quer trocar pela da bica na cara do Leão?” Entre agressões a adversários, companheiros, jornalistas, membros da arbitragem e à própria esposa, escolha a sua preferida. A minha é aquela em que Serginho deixou o banco de reservas do Santos indignado com a entrada violenta de Zé Teodoro em Sérgio Manoel, provocou uma confusão tremenda e foi suspenso por 120 dias. Mas a do chute na canela de um bandeira, que o deixou fora dos gramados por 11 meses, também é legal.
Caroblog.com-Por Patrick Cruz