Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Duas fotos históricas do Santos F.C.

Primeiros jogos noturnos
Um dos primeiros jogos noturnos no estádio do SFC, com a iluminação inaugurada em 1931
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada em A Tribuna em 16/4/2004.
santos autografado
Foto autografada pelos principais jogadores do Santos F.C. em 1963: em pé, Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gylmar e Mauro; abaixados, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe
Imagem (disponível em vários sites na Internet em 2008) enviada a Novo Milênio em 11/11/2008 pelo professor cubatense Cesar Cunha Ferreira.

O jornal paulistano Gazeta Esportiva possui o original da imagem, não autografado, de 1962

Ficha técnica de um jogo histórico

Este jogo mostrou o Afonsinho, o grande jogador agora no Olaria. Foi bicampeão Carioca em 1967/1968. Em 1970, por ter-se rebelado contra a Lei do Passe – foi o primeiro jogador de futebol a conquistar o passe na Justiça – foi parar no Olaria, que na época formou um grande time graças ao mecenas Álvaro da Costa Melo, disposto a ameaçar os seis grandes do Rio – Botafogo, Fluminense, Flamengo, Vasco, América e Bangu.
FICHA TÉCNICA
OLARIA (RJ) 0 x 0 BOTAFOGO (RJ)
Data: 24/04/71
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Campeonato Carioca
Renda: Cr$ 109.934,25
Público: 20.286
OLARIA: Pedro Paulo; Haroldo, Miguel, Altivo e Alfinete; Afonsinho e Roberto Pinto; Marco Antonio, Salvador, Luis Carlos “Feijão” e Antoninho / Técnico: Jair Rosa Pinto
BOTAFOGO: Ubirajara; Carlos Alberto Torres, Brito, Leônidas e Paulo Henrique; Ditinho e Carlos Roberto; Zequinha, Careca (Nilson), Jairzinho e Paulo César Caju. Técnico: Zagallo.

Este jogo foi televisionado para São Paulo e assisti porque o Olaria era a sensação do campeonato e um jogo contra o Botafogo de Paulo Cesar Caju e Jairzinho era sempre uma atração. O inusitado deste jogo que terminou empatado aconteceu nos minutos finais. Afonsinho e todo o time do Olaria ficou tocando a bola esperando o tempo passar e garantir o empate. Os jogadores do Botafogo vendo isso se irritaram e começaram ironicamente a bater palmas para os jogadores do Olaria.
Eu vi!

O drible elástico

Quase todos pensam que o drible elástico foi inventado pelo Rivelino. Mas este drible, conforme confessou o próprio Rivelino, ele copiou do ponta direita dos aspirantes do Corinthians, o japonês Sergio Echigo.
Aliás, era uma festa ver os aspirantes do Corinthians entre 1964 e 1965.
Segue abaixo 5 grandes elásticos protagonizados por 5 grandes jogadores:

.O drible elástico de Rivelino em Alcir do Vasco.
Em 1975 Rivelino deu um elástico no zagueiro Alcir do Vasco e fez o gol do Fluminense. Este elástico e o gol, está entre os 10 mais solicitados no arquivo da Band.

.O elástico de Romário em Amaral do Corinthians no Pacaembu.
A vitória por 3 a 0 do Flamengo sobre o Corinthians pelo Torneio Rio-São Paulo de 1999 é especial. Romário dá um elástico em Amaral antes de concluir para a rede, quase sem ângulo. Após o golaço, o Baixinho é aplaudido pela torcida do Corinthians.
.O elástico invertido de Ronaldinho Gaucho.
Certa vez ainda pelo Grêmio ele lançou a perna direita trançado com a esquerda fazendo um X e trouxe a bola com a mesma perna direita. Quer dizer, o marcador até agora está procurando a bola.
.Ronaldo Fenômeno em 3 jogadores da Lazio em 1998.
Jogando pela Inter, o Fenômeno deu três elásticos, um para cada marcador na mesma jogada. O locutor italiano sorriu.
. Elástico de Robinho no América de Cali
Em 2003 pela Libertadores o Santos ganhou de 5 x 1 do América de Cali. Depois de um famoso chapéu repetido sempre na TV, Robinho deu um elástico que o defensor colombiano perdeu o equilibrio e quase girou no ar.

Crônica de Mario Filho – Garrincha e o Mundial de 62

A crônica abaixo foi escrita por Mário Filho durante a Copa do Mundo de 1962, no Chile, e publicada no Jornal dos Sports. Mário descreve o nervosismo de Garrincha e a emoção de Pelé que, contundido, apenas assistia ao jogo. Essa crônica exemplifica o jeito emocionante que o consagrado jornalista tinha de escrever.

Santiago, segunda-feira

Quando os brasileiros voltaram a campo, Garrincha se sentiu assim, alvo de todos os olhares. Fotógrafos chilenos, os que iam ficar atrás do goal de Gilmar, correram para bater-lhe poses especiais.

– Un momentito, Garrincha.

Garrincha parou, deixou que o fotografassem. Jogar no scratch brasileiro é uma responsabilidade muito grande, pensava Garrincha. Se Pelé estivesse jogando seria melhor. Mas Pelé não joga e a responsabilidade é muito grande.

A cada passo que dava Garrincha, aparecia um novo fotógrafo.

– Un momentito, Garrincha.

– Eu já bati mais de dez fotografias – lamentou-se Garrincha.

– Un momentito solamente.

Garrincha conformou-se. Já estava do outro lado do campo, na posição dele. Quando o fotógrafo que ele julgava que fosse o último deu-lhe as costas, Garrincha fez o sinal da cruz e rezou. Sentia o peso da responsabilidade. Nunca sentira tanto peso sobre os ombros. E tenho sete filhas, passou-lhe num relâmpago.

– Un momentito, Garrincha.

Era outro fotógrafo.

Pelé se lembrava ainda de Garrincha se persignando. Aquilo lhe deu certeza da vitória do Brasil. Com o Mané assim o Brasil ganha. E o Mané está achando que fez pouco, que é preciso fazer mais.

Landa tinha dado a saída. A bola estava com Toro, Toro esticava um passe para Leonel Sanchez, Leonel Sanchez devolvia a Toro na direita, Nilton Santos estourava com Toro. Aposto como o juiz vai dar foul de Nilton Santos. Dito e feito. Pelé detestou o juiz peruano com nome de japonês. Quer agradar os chilenos. Toro chutava fora, enquanto se prolongavam as vaias aos brasileiros.

E lá vai Mané. Pelé ouviu as batidas do próprio coração. Rodriguez, driblado por Garrincha, não teve dúvida: meteu-lhe o pé. Como apanha o Mané! Pelé recordou que também apanhava em jogo. Eu reajo e o Mané não reage.

Didi não chutou, estendeu a bola para Garrincha que avançou. Antes que chegasse à linha de fundo, Rodriguez atropelou-o e atirou a bola para a linha de fundo.

Garrincha ajeitou a bola, Pelé imaginou-se em campo esperando a bola altapara um goal de cabeça. O chute de Garrincha veio alto, um pouco atrasado.

– Meta a cabeça Vavá! – Pelé estava de pé.

Vavá pulava e metia a cabeça na bola enquanto Pelé saltava, dando murros no ar.

– Goal! Goal!
garrincha

Briosa – seu lema é não desista

Algumas passagens da Briosa de Santos:
Mascote
A “cachopinha” é a mascote da Portuguesa Santista, carinhosamente chamada pelos torcedores de Briosa. O apelido surgiu quando o clube participou de vários festivais de futebol amador, no litoral paulista, e neles obteve viradas históricas.
mascote lusinha
Time Bi Fita Azul
Este time foi que deu um pontapé no apartheid na Africa do Sul contra o racismo no esporte, jogadores se uniram e não entraram em campo, por causa desse fato a Africa do Sul foi banida de todos tipos de modalidades esportivas pela FIFA. esse foi o time que objteve o título de fita azul do futebol em 1959 15 vitórias em 15 jogos.
time bi fita azul
O Primeiro estádio coberto da América do Sul foi o da Briosa.

estadio Briosa
Camisa utilizada nos anos 50 :
--camisa modelo 1959
Quem foi Ulrico Mursa, nome dado ao estádio?
para quem tem curiosidade de saber esse foi Ulrico Mursa descendente de alemães a pronúncia de seu nome é ulrrico.., foi um grande engenheiro um dos fundadores da Cia Docas , foi responsável pela represa de Quixadá no Ceará e doador do terreno que foi contruido o estádio que tem seu nome em homenagem, seus familiáres dizem e tem fotos que os pais dele foram grandes amigos de D.Pedro ll
Ulrico Mursa

Os dribles do futebol

Existem vários tipos de dribles, mas dois são especiais e marcantes. O primeiro é o chapéu, jogar a bola por cima do adversário. O outro é colocar a bola entre as pernas do adversário, a famosa caneta. O rolinho é uma variante da caneta.
Sem esgotar o assunto, lembro alguns dribles que ficaram marcados em nossas memórias:
– Pedalada (famosa com o Robinho): O jogador, andando, passa as pernas por cima da bola rapidamente, as pernas respectivamente passam pelo lado contrário do pé.
Pé direito passa pelo lado esquerdo e volta, pé esquerdo a mesma coisa, passa pelo direito e volta.

– Elástico (famoso com o Rivelino e o Ronaldinho): O jogador, parado ou andando, usa seu pé favorável, lança o pé na esquerda de seu corpo, rapidamente leva a bola com o peito do pé para o lado. Depois traz ela com o lado de dentro do pé, deixando o adversário na saudade.

– Chapéu de carretilha (marca de Falcão): O jogador, leva o pé direito a frente da bola, com o calcanhar reto pra bola. O pé esquerdo fica de lado pra bola, na parte de trás da mesma. O pé esquerdo puxa a bola pra cima, o direito se usa como impulsionador pra levantar a bola e chapelar o oponente.

– Puxadinha: O jogador puxa a bola pra trás e depois põe rapidamente para o lado, despistando o oponente.

360 graus …( parece que foi de Zidane) esse é quando voce põe o pé direito na bola gira seu corpo e joga ela para tras com seu pé esquerdo rapidamente , e logo sai atras dela

” você vai pra lá que eu vou pra cá”(drible do robinho)

-“foquinha” (drible do kerlon.)
-meia lua
– dribel da vaca (semelhante ao meia lua,só que mais longo.)
-chute falso (quando se finge que chuta e dá “um corte” no adversário
– falso passe ( quando se engana o adversário com um falso passe para o companheiro, e volta a bola para o seu domínio.)
Um exemplo de criatividade: Kaneko, ponta direita do Santos Futebol Clube dos anos 60.
Kaneko inventou o drible “rodoblê”
Kaneko era ponta-direita e bom jogador. Ele se notabilizou por uma das jogadas mais bonitas do futebol ao dar um lençol junto à linha de fundo sobre o zagueiro Carlucci, do Botafogo-RP na Vila Belmiro.
O lance foi batizado pelos boleiros da época de “rodoblê”. Ele consistia num drible com as bolas presas entre os calcanhares e em seguida vinha o chapéu no marcador. Na seqüência, Kaneco serviu Toninho Guerreiro, que completou, de letra, para as redes.
Difícil de explicar, só quem viu sabe. O programa Gol- O grande momento do Esporte, as vezes passa o lance.
Alguns pontas do nosso futebol fizeram daquele espaço reduzido verdadeiras alamedas . Vi jogar verdadeiros malabaristas, a saber: Julinho Botelho no Palmeiras, Canhoteiro já em fim de carreira no São Paulo, Garrincha já no final, Edu do Santos , Joãozinho do Cruzeiro, Nei do Palmeiras, Julio Cesar do flamengo, Ze Sergio do São Paulo, entre outros.
03-Julinho_Botelho-21