Na tarde de domingo, do dia 21 de Setembro de 1958, em amistoso nacional, o São Paulo Futebol Clube, goleou o Sport Club, pelo placar de 6 a 3, no Estádio José Procópio Ferreira, localizado na Av. Rio Branco, em Juiz de Fora/MG. Os gols da partida foram assinalados por Amaury, quatro vezes; Maurinho e Roberto, um tento cada para o Tricolor Paulista; enquanto Amarílio, dois gols, e Isaías marcaram para o Sport Club.
Depois de vencer “apertadamente” o primeiro tempo, o São Paulo deslanchou firmemente para a vitória, na etapa final, registrando autentica goleada, apesar dos esforços do Sport, que procurou por todos os meios suprir sua categoria inferior.
De início, ainda com alguma resistência física, sustentaram os 3 a 2, mas não lograram seus intentos no segundo tempo, caindo pela contagem de 6 a 3, quando, então, o São Paulo explorou mais seguidamente a incrível velocidade de Amaury, que, a exemplo do período anterior marcou mais dois tentos, sagrando-se, assim, o “score” da tarde com quatro gols em seu crédito.
A maior novidade do quadro paulista foi a escalação de Maurinho de centroavante, posição em que o ponteiro não se houve de todo mal, trabalhando bem, até, nas “tabelas” seguidas que soube executar com Amaury e as quais terminavam sempre com o “ponta-de-lança” enfiado nos buracos que a retaguarda adversária, incauta e já cansada, era obrigada a abrir, no revezamento de cobertura a que era forçada, ainda pelos lançamentos preciosos de Zizinho e pelos lances mágicos de Canhoteiro na ponta esquerda.
SPORT CLUB (MG) 3 X 6 SÃO PAULO FC (SP)
LOCAL
Estádio José Procópio Ferreira, localizado na Av. Rio Branco, em Juiz de Fora/MG
CARÁTER
Amistoso Nacional
DATA
Domingo, do dia 21 de Setembro de 1958
RENDA
Cr$ 187.950,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Telemaco Pompeu (boa atuação)
SPORT
Valter; Djalma e Pedro; Trocador, Ari Costa e Bico; Mateus, Isaias, Ari Jorge (Gerosques), Amarilio e Herbert (Lero).
SÃO PAULO
Poy (Paulo); De Sordi (Gersio) e Mauro Ramos (Atílio); Gersyo Passadore (Sarará), Victor e Ademar; Lanzoninho (Juraci), Amaury, Maurinho, Zizinho (Roberto) e Canhoteiro.
GOLS
Amaury, quatro vezes; Maurinho e Roberto, um tento cada (São Paulo); Amarílio, dois gols, e Isaías (Sport Club).
O União Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na década de 50, existiam alguns clubes homônimos, como o mais conhecido de Marechal Hermes, tinha também o de Engenho de Dentro e a equipe de Mesquita (na época era um distrito de Nova Iguaçu). Um breve resumo dessa equipe foi contado pelo Jornal A Manhã e um documento foi importante para o redesenho do distintivo.
Na quarta-feira, do dia 26 de março de 1947, um pequeno grupo de entusiastas desportistas resolveu fundar, no bairro de Botafogo, o União Football Club, propiciando-lhe recursos para, desde logo, disputar com seus coirmãos jogos de futebol e manter entre seus associados um ambiente de sã camaradagem, norteando os rumos de seu grêmio pelo preceito clássico “meus sana in corpore sano” (traduzindo do latim: “Eu sou saudável em um corpo saudável”).
Muitas foram as dificuldades encontradas e logo superadas; exaustivos foram, quase sempre, os esforços dispendidos para a consecução do seu ideal de moços; hoje, porém, decorrido um ano de sua existência, União Football Club, contando em seu seio com uma legião de abnegados sócios, já tem alicerçado o seu futuro, possuindo um acervo de glórias que constitui o orgulho de seus fundadores.
Tendo a sua Sede confortavelmente instalada à Rua Visconde da Silva, nº 89, no bairro de Botafogo (atual Humaitá), na Zona Sul do Rio. A posse da sua segunda diretoria, composta de elementos que, pelo muito que já fizeram, asseguram aos unionistas o progresso sempre crescente do clube.
Eleita em assembleia a que compareceu a maioria dos associados, está assim composta a nova diretoria, que tomou posse na segunda-feira, do dia 12 de abril de 1948:
Presidente de honra – Dr. Flavio Pareto Filho;
Presidente – Hugo Fizler Chaves;
Vice-Presidente – Heronildes Pires Machado;
1º Secretario – Guilherme Sena;
2º Secretario – José Maria Alves Pereira;
1º Tesoureiro – Delamar Soares;
2º Tesoureiro – Alfredo Figueiredo;
Diretor Esportivo – Ernesto Figueiredo;
Auxiliar do Diretor Esportivo – Nilton de Oliveira;
Diretor de Propaganda – Antonio de Carvalho;
Comissão Recreativa – José Domingos, Antonio Barros e Euclides Formoso.
Os Festejos
No domingo, do dia 16 de maio de 1948, o União Football Club levará a efeito no campo da Escola de Educação Física do Exército, cedido por gentileza do tenente coronel Silvio Santa Rosa, um amistoso de futebol, no intervalo do qual será coroada a “Rainha do clube”, senhorita Wanda dos Santos, eleita em renhidíssimo concurso, sendo distribuídos nessa ocasião os prêmios conquistados pelos cabos eleitorais que maior número de votos apresentou.
Depois, para finalizar com brilhantismo o programa carinhosamente elaborado pela Comissão Recreativa, o União Football Club oferecerá a seus associados e famílias, a seus coirmãos e a Imprensa – um animado baile em sua sede, com o concurso de excelente jazz.
O Rio Cricket e Associação Atlética é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica localizada na Rua Fagundes Varela, nº 637, no bairro do Ingá, em Niterói. As cores oficiais do clube são o verde e o amarelo, homenagem dos seus fundadores ingleses e descendentes ao Brasil.
Foi no domingo, do dia 15 de Agosto de 1897, por um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes fundaram uma agremiação chamada Rio Cricket Club, que funcionava informalmente desde 1870, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo no Rio de Janeiro, para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.
Após alguns atos de discordância dentro da agremiação, um grupo de fundadores decidiram montar uma outra agremiação na cidade de Niterói, com o clube que ficara sediado da cidade do Rio de Janeiro recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube, assim nascendo uma grande rivalidade clubística entre os dois clubes da colônia britânica. Em algumas fontes antigas as partidas entre os dois clubes, nos mais variados esportes, era chamada de Clássico dos Ingleses.
Em 1897, o novo clube, fundado por ingleses e descendentes dissidentes do clube carioca, liderados por George Emmanuel Cox e Basil Freeland, também e provavelmente não por acaso no dia 15 de agosto, ganhou a denominação de Rio Cricket e Associação Atlética, no bairro de Icaraí, na cidade de Niterói, sendo este o 3º clube mais antigo destinado á prática de esportes na cidade, atrás apenas do Grupo de Regatas Gragoatá e do Clube de Regatas Icaraí, ambos fundados em 1895.
No dia 16 de novembro de 1897, foi lavrada a escritura de compra do terreno onde se instalaria o Rio Cricket e Associação Atlética. Em 1978, Carlos Ary Vieira torna-se o 1º presidente de origem luso-brasileira a dirigir o Rio Cricket. Antes dele, todos os quarenta e três presidentes do clube eram de origem britânica.
Futebol bretão
No domingo, do dia 22 de Setembro de 1901, ocorreu a 1ª partida de futebol oficialmente realizada no Estado do Rio de Janeiro, no campo do Rio Cricket. Neste dia, Oscar Alfredo Cox, que viria posteriormente a ser fundador e presidente do Fluminense Football Club, atravessou a Baía de Guanabara para enfrentar os praticantes de críquete e tênis do clube inglês. Ainda cerca de quinze observadores assistiram o jogo que terminou empatado em 1 a 1, causando espanto a crônica da época, não habituada a relatar embates finalizados sem vencedores.
Em 1906, o clube participou do 1º Campeonato Carioca de Futebol, ficando com a 3ª colocação. Foi no campo do Rio Cricket que foi definido o primeiro campeonato carioca de futebol.
Em 1916, ao contrário do que algumas fontes sugerem, o Rio Cricket jamais abandonou a prática do futebol, teve que se licenciar do Campeonato Carioca(do qual era convidado especial, já que na época pertencia a outro estado) apenas por conta da I Guerra Mundial, quando muitos de seus jogadores foram defender a Inglaterra.
Em 1920, o clube retomou as atividades futebolísticas, as quais mantém até hoje. O clube, no entanto, nunca se profissionalizou, mantendo-se amador como o futebol era em seu princípio. Em 1927, se sagrou campeão do Torneio Iníciode Niterói, organizado pela Liga Sportiva de Amadores (LSA).
Em 2006, o clube voltou a disputar uma partida de futebol contra o Paissandu Atlético Clube após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio de Janeiro (realizados na sede do Rio Cricket). O Rio Cricket foi derrotado por 2 a 1.
O clube participou das primeiras edições do Campeonato Carioca em: 1906, 1908, 1911, 1912, 1913, 1914 e 1915 e do campeonato niteroiense em 1925, 1926, 1927, 1928 e 1929.
FOTO: Acervo de Auriel de Almeida
FONTE: livro “Rio Cricket e Associação Atlética, Mais de um século de paixão pelo esporte”, de autoria de Patrícia Iorio e Vítor Iorio
O Indaiatubano Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Indaiatuba (população de 260.690 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021), localizada a 100 km da capital do estado de São Paulo.
Fundado na quinta-feira, do dia 18 de Outubro de 1917. No estatuto, o pavilhão foi descrito no Artigo 37º da seguinte forma: “As cores formam o estandarte do Indaiatubano Futebol Clube são a branca e preta, tendo o seu pavilhão a forma quadrilonga e as cores dispostas em sentido horizontal, a cor negra embaixo e no centro as iniciais do Clube em monograma entrelaçado, também em branco e preto”.
Na terça-feira, do dia 11 de novembro de 1919, o Indaiatubano enfrentou, em amistoso, o Sport Club Maranhão (Itu), na casa do adversário. Não obstante as chuvas que caíram durante o dia, à hora do jogo havia numerosos espectadores. A partida decorreu animada, terminado com a vitória do S.C. Maranhão pelo placar de 4 a 1.
Na década de 20, o Indaiatubano tinha um rival na cidade: o Corinthians Futebol Clube (Fundado em 1918). Essa rivalidade acabou gerando o desejo de juntar forças e montar um time forte!
Assim, na quinta-feira, do dia 27 de janeiro de 1927, as duas agremiações fizeram a fusão, surgindo o Esporte Clube Primavera, cujo nome homenageava o time que iniciou o futebol no município: Sport Club Primavera(existiu entre 1908 a 1916). As cores escolhidas foram o vermelho(do Corinthians), preto (do Indaiatubano) e branco (de ambos).
PS: O ano de fundação do IndaiatubanoFutebol Clube encontrado, inclusive, no site do Esporte ClubePrimavera cita ser de 1916. No entanto, como é possível verificar, no Diário Oficial, o Estatuto do clube consta ser de 18/10/1917. Portanto, “contra fatos não há argumentos”!
Colaborou: Virginio Saldanha
FONTES: Diário Official – Correio Paulistano (SP) – site do E.C. Primavera
A foto dessa postagem contém uma curiosidade interessante. A Seleção Mineira de futebol em 1960, foi representada pelos jogadores da Seleção da Liga de Juiz de Fora para a disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de Football. O Jornal dos Sports fez uma nota sobre tal fato:
“O Selecionado Mineiro, constituído dos cracks da Liga de Juiz de Fora, estará amanhã (segunda-feira, do dia 11 de janeiro de 1960) realizado um bom ‘test’ de suas possibilidades para intervir no Campeonato Brasileiro, dando combate à representação do Social, na cidade mineira de Santos Dumont. Os socialistas possuem um bom quadro e poderão opor série resistência, aos comandados de Soares Pais. Este, por sua vez, deverá experimentar a formação ideal do Scratch, para ver como se porta, na contenda”.
Selecionado Mineiro, fora de casa, surpreendem Catarinenses
Pelo Campeonato Brasileirode Seleções Estaduais, na tarde de domingo, do dia 17 de janeiro de 1960, a Seleção Mineira fez bonito, e venceu a Seleção de Santa Catarina pelo placar de 1 a 0, no Estádio Adolfo Konder, em Florianópolis/SC.
Com o estádio superlotado, a renda girou em torno de 600 mil cruzeiros. O árbitro foi o carioca Alberto da Gama Malcher, da Federação Metropolitana de Football (FMF), teve um bom desempenho.
O placar só não foi maior, em virtude de duas chances de “ouro” desperdiçadas pelos atacantes Mauro e Célio, principalmente o segundo, que já havia batido, inclusive, o goleiro Gianetti e chutou a bola pela linha de fundo.
O único gol da partida, aconteceu aos 4 minutos da fase complementar, por intermédio de Jorge Guimarães, aproveitando passe magnifico de Mauro. As seleções formaram com os seguintes atletas:
Santa Catarina – Gainetti; Roberto (Marreco), Ivo e Antoninho; Zilton e Nelinho; Galego, Valério, Idésio, Teixeirinha e Almerindo.
Minas Gerais – Hélio; Klebis, Djalma e Aderbal; Francinha e Faninho; Odir, Mauro, Celinho, Jorge Guimarães e Toledinho. Técnico: Soares Pais.
Após estar perdendo por dois gols, Mineiros reagem e a arrancam a classificação
O jogo de volta, aconteceu na tarde de domingo, do dia 24 de janeiro de 1960, quando após estar atrás do placar por dois a zero, o Scratch Mineiro empatou em 2 a 2 com a Seleção de Santa Catarina, realizado no Estádio José Procópio Teixeira (propriedade do Sport Club), em Juiz de Fora/MG.
Com o resultado, os mineiros representados pelos atletas juiz-foranos conquistaram a classificação para a fase seguinte do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1960.
O árbitro foi o carioca Alberto da Gama Malcher, da Federação Metropolitana de Football (FMF), que teve excelente atuação. A Renda foi boa, somando 780 mil cruzeiros.
Logo aos 7 minutos, Galego apanhou a bola pela direita e centrou, entrando o centroavante Idézio, para marcar gol de abertura de contagem para os catarinenses. E assim, terminou o primeiro tempo.
Na etapa final, aos 3 minutos, Galego lançou em profundidade para Almerindo, que passou por dois marcadores e soltou uma bomba, ampliando o marcador para os catarinenses.
Quando parecia perdido, os Mineiros diminuíram aos 19 minutos. Toledinho recebeu pela esquerda, fugiu para a linha de fundo e deu recuado para Ipojucan, que na corrida, marcou o gol.
Nove minutos depois, veio o empate. Uma hábil manobra do ataque mineiro, feira por Celinho, e Ipojucan, que recebeu no bico da área e fuzilou, sem chances para o arqueiro catarinenseGianetti.
Minas Gerais – Hélio; Klebis, Djalma e Aderbal; Francinha e Faninho; Odir, Mauro (Ipojucan), Celinho, Jorge Guimarães e Toledinho. Técnico: Soares Pais
Santa Catarina – Gainetti; Nelinho, Ivo e Antoninho; Valério e Zilton; Roberto, Galego, Teixeirinha, Idézio, e Almeirindo.
O Uberlândia Esporte Clube (UEC) é uma agremiação da cidade de Uberlândia (população de 706.597 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021) que fica no Triângulo Mineiro, localizado a 537 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.
Na década de 20, o município ainda era conhecido como Uberabinha. Nessa época, a cidade era comandada e rivalizada politicamente por dois grupos. Cada grupo possuía sua própria banda e se revezavam na abertura dos jogos de futebol que aconteciam na cidade.
O Partido Republicano Municipal possuía a banda denominada “Cocão” e o Partido Republicano Mineiro era representado pelos “Coiós”; possuíam entre si um acordo de revezamento.
Em um importante jogo realizado no Campo da Associação Esportiva de Uberabinha, a banda “Cocão” decidiu, por ser a proprietária do campo, romper o acordo de revezamento e então os Coiós se retiraram do campo.
O empresário Agenor Bino juntamente com seu amigo — o também empresário, político e dono de terras — Gil Alves dos Santos reuniram-se com os demais membros do Partido Republicano Mineiro, na Vila Operária, para a criação de um novo time de futebol.
Gil Alves “cedeu“, por um valor simbólico, o terreno onde, anos mais tarde, seria o Estádio Juca Ribeiro. Desta forma, o “Furacão Verde da Mogiana” ou “Alviverde do Triângulo” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de novembro de 1922, com o nome de Uberabinha Sport Clube.
O 1º nome da cidade era São Pedro de Uberabinha, quando ainda era distrito da cidade de Uberaba, em 21 de maio de 1852. No entanto, 39 anos depois, pela Lei Estadual nº 23, de 14 de março de 1891, passou a denominar-se Uberabinha.
Por fim, pela Lei Estadual nº 1.128, de 19 de outubro de 1929, a cidade passou a chamar-se Uberlândia. Essa mudança, fez com que a diretoria do Uberabinha fizesse uma assembleia geral e foi aprovada homenagem a cidade, passando o clube a se chamar: Uberlândia Esporte Clube, mantendo as cores verde e branco.
É um dos mais tradicionais times do estado de Minas Gerais e um dos poucos do interior mineiro que faziam frente aos grandes times da capital, Cruzeiro Esporte Clube, Clube Atlético Mineiro e América Mineiro. Por décadas, o time foi um encalço aos times da capital, porém, nunca se sagrou campeão mineiro.
O time mandava seus jogos no Estádio Juca Ribeiro. A atual casa do time, onde impõe seu mando de jogo, é o Estádio Parque do Sabiá, com capacidade para 53.350 pessoas, que foi inaugurado na quinta-feira, do dia 27 de maio de 1982, na goleada da Seleção Brasileira em cima da Irlanda (EIRE), pelo placar de 7 a 0. Paulo Roberto Falcão foi o autor do 1º gol. Essa partida foi a despedida da Seleção Canarinho que, depois seguiu para a Espanha disputar a Copa do Mundo de 1982.
O auge do sucesso do Uberlândia Esporte Clube se deu nos Campeonatos Brasileiros dos anos 70 e 80, se tornando o primeiro clube de futebol, com exceção dos grandes da capital, a conquistar um título de nível nacional.
Os principais títulos do UEC são a Taça CBF de 1984(Campeonato Brasileiro da Série B), a Taça Minas Gerais de 2003 e os títulos do Campeonato Mineiro de Futebol Módulo II de 1999 e 2015. Além do Troféu Inconfidência de 2020. O maior e mais tradicional adversário do Uberlândia Esporte Clube é o Uberaba Sport Club, que corresponde a maior rivalidade do interior de Minas Gerais, conhecido por: o “Clássico do Triângulo”.
O Clube de Regatas Vasco da Gama enfrentou, em amistoso, o Fudbalski klub Vojvodina, da Iugoslávia (atual Sérvia), no domingo, às 17h45min., do dia 31 de janeiro de 1971, no Estádio de General Severino, em Botafogo, na zona sul do Rio. O clube de São Januário até o momento tinha realizado quatro jogos em 1971 (três derrotas e um empate):
17 de janeiro
Vasco
1
X
2
Flamengo
Arraial do Cabo/RJ
amistoso
20 de janeiro
Vasco
1
X
2
America/RJ
General Severiano/RJ
amistoso
24 de janeiro
Vasco
0
X
2
Dínamo Bucareste (Romênia)
General Severiano/RJ
amistoso internacional
27 de janeiro
Vasco
1
X
1
Sporting (Portugal)
General Severiano/RJ
amistoso internacional
Véspera do jogo
Sem vitória na temporada, o Vasco da Gama precisava vencer para dar uma reposta aos seus torcedores. O técnico Paulo Amaral estava entusiasmo em conseguir a primeira vitória na temporada de 1971, principalmente após o treino de sexta-feira, quando os titularesgolearam os reservas por 5 a 0, além de apresentarem um ótimo rendimento.
O treinador não pode contar com Dé Aranha, uma vez que o mesmo extraiu um dente, no sábado (30/01/71), que dificultava sua recuperação das dores musculares. Com isso, acabou substituído pelo atacante Silva.
Já a equipe do F.K. Vojvodina, da cidade de Novi Sad/IUG, apesar de ocupar uma boa posição no Campeonato Iugoslavo, ainda não conseguiu vencer no Brasil. Na sexta-feira (29/01/71), foi derrotado pelo Coritiba por 4 a 2, em Curitiba/PR.
Crônica do jogo
O Vasco da Gama chegou ao seu quinto jogo consecutivo na temporada sem vitória, ao empatar em 1 a 1, com o F.K. Vojvodina, da Iugoslávia, em General Severiano, num jogo fraco sob todos os aspectos. Apesar da fragilidade do time adversário, o Vasco não conseguiu se impor em campo e acabou sendo vaiado pela sua torcida no final do jogo.
Parecia que o Vasco venceria o jogo facilmente pela disposição mostrada no início, mas o time voltou a apresentar uma série de erros. O principal deles fo insistir nas penetrações pelo meio, quando a área adversária estava sempre bem protegida, com seis ou sete jogadores.
Outra falha foi tentar centros pelo alto sobre a área do Vojvodina, já que a maioria dos seus defensores eram altos e ganhavam todas. O Vojvodina jogou trancado e explorando os contra-ataques rápidos e por diversas vezes pegou a defesa vascaína desprevenida, levando perigo ao gol de Valdir Appel.
A primeira chance de gol foi do Vasco, numa cabeçada de Silva raspando o travessão, ao completar um centro de Eberval da esquerda. Logo em seguida, Valdir salvou com uma bonita defesa, após um chute de Dirnaer, que tinha ‘endereço certo’.
Depois desses lances, o jogo ficou pouco preso ao maio de campo, já que o miolo da área do Vojvodina estava congestionado e o Vasco não conseguia penetrar. E o time iugoslavo, procurando explorar os contra-ataques, poucas vezes conseguia uma boa jogada, principalmente em consequência da fraca condição técnica da maioria dos seus jogadores, que nem lateral sabiam bater direito.
Se no primeiro tempo o jogo não agradou, piorou na etapa final. As várias modificações no Vojvodina não melhoraram em nada a situação do time enquanto o Vasco continuava no seu jogo, sem alcançar sucesso. O Vojvodina abriu a contagem aos 30 minutos, numa falta cobrada por Mikezic, rasteiro, no canto direito de Valdir. Aí o Vasco foi todo à frente em busca do empate.
O Vojvodina em contra-ataques, pegou algumas vezes a defesa do Vasco desprevenida. Aos 34 minutos, entretanto, Alcir empatou, ao receber um centro na medida de Silva. O jogo continuou no mesmo ritmo, frio e de pouca movimentação até o seu final, quando o Vasco foi vaiado pela sua própria torcida, devido à fraca atuação.
Paulo Amaral pediu paciência aos torcedores
Após a partida, o técnico do Vasco, Paulo Amaral pediu paciência à torcida, prometendo que dias melhores virão: “Eu compreendo a impaciência da torcida, mas na realidade o que menos importa nesses amistosos são os resultados. Eles valem, isso sim, para que tenhamos uma ideia do que se deve fazer para armarmos o time capaz de dar as alegrias que a torcida exige”, afirmou Paulo Amaral.
No entanto, o treinador disse que iria estudar possíveis mudanças para o jogo da quarta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1971, diante do CSKA, da Bulgária, também no Estádio de General Severiano.
“Para o jogo contra o CSKA, já poderei contar com Dé (Aranha). Entretanto, o Silva jogou muito bem e ainda não decidi quem vai jogar, Na apresentação dos jogadores amanhã (segunda-feira, dia 1º/02/71), vou estudar as alterações do time. É possível que o Celso volte ao gol, no revezamento que estou fazendo com os goleiros, porque quero conhece-los bem. É isso só é viável em amistosos”, concluiu Paulo Amaral.
E, no jogo diante do CSKA, da Bulgária, o Vasco da Gama finalmente conseguiu a 1ª vitória, ao bater o seu oponente pelo placar de 3 a 1, trazendo a calma de volta ao time para a sequencia da temporada.
C.R. VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 F.K. VOJVODINA (YUG)
LOCAL
Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ)
CARÁTER
Amistoso Internacional de 1971
DATA
Domingo, do dia 31 de janeiro de 1971
HORÁRIO
17 horas e 45 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 13.746,00 (treze mil e setecentos e quarenta e seiscruzeiros)
PÚBLICO
2.088 pagantes
ÁRBITRO
José Marçal Filho (FCF)
AUXILIARES
Wilson Dias Durão (FCF) e Azenclever e Barreto (FCF)
CARTÃO VERMELHO
Pijovic (Vojvodina) aos 39 minutos do 2º Tempo (jogoviolento)
VASCO
Valdir Appel; Fidélis, Moacir, Joel Santana e Eberval; Alcir Portela e Buglê; Luiz Carlos, Jaílson, Silva e Gilson Nunes. Técnico: Paulo Amaral
VOJVODINA
Popovic; Aleksic, Jovanic, Kourliza e Medovic; Brvic e Karamamovic; Ivenic (Pirmater), Mikezic (Pijovic), Dirnaer (Stanic) e Liceiner (Dzenco).
GOLS
Mikezic aos 30 minutos (Vojvodina); Alcir Portela aos 34 minutos (Vasco), no 2º Tempo.
FOTOS: Acervo Valdir Appel – Tribuna da Imprensa (RJ) – Correio da Manhã (RJ)