Foto Rara, de 1932: Sport Club Bahia – Salvador (BA)

No dia 8 de dezembro de 1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, quatro ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis (Carlos Koch, Eugênio Walter, o Guarany, Fernando Tude e Júlio Almeida), além de um da Associação Atlética da Bahia (Waldemar de Azevedo), num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a […]

No dia 8 de dezembro de 1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, quatro ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis (Carlos Koch, Eugênio Walter, o Guarany, Fernando Tude e Júlio Almeida), além de um da Associação Atlética da Bahia (Waldemar de Azevedo), num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a formação de um novo time de futebol.

O grupo está sem poder praticar o esporte que amam porque as agremiações que defendiam tinham resolvido acabar com seus departamentos de futebol.

Quatro dias depois, mais de 70 pessoas, a maioria ex-atletas da AAB e do Bahiano, reúnem-se para definir os rumos do novo clube. A assembléia é presidida por Otavio Carvalho e secretariada por Fernando Tude e Aroldo Maia.

Naquela reunião, são definidas as cores da Bahia para o novo clube (uniforme com a camisa branca e o calção azul com uma faixa vermelha na cintura). Otavio Carvalho é nomeado presidente provisoriamente.

No dia 1ª de janeiro de 1931, o Esporte Clube Bahia é fundado, sob o slogan “Nascido para vencer”, em reunião na casa n° 57 da Rua Carlos Gomes, em Salvador. com presença de profissionais liberais, funcionarios públicos, jornalistas, microempresarios e estudantes.  O médico Waldemar Costa é o primeiro presidente.

Em 16 de janeiro, são publicados no Diario Oficial da Bahia os estatutos do Tricolor, que passa a existir legalmente.

No dia 20 de fevereiro, o Bahia é filiado à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, atual Federação Bahiana de Futebol. Dois dias depois, um domingo, realiza seu primeiro treino, no campo da AAB, na Quinta da Barra, em Salvador.

A primeira partida acontece em 1º de março de 31, contra o Ypiranga: triunfo por por 2 a 0, com gols de Bayma e Guarany. O goleiro Teixeira Gomes ainda defende um pênalti. O duelo dura 20 minutos e é válido pelo Torneio Inicio do Estadual,

A escalação teve Teixeira Gomes; Leônidas e Gueguê; Milton, Canoa e Gia; Bayma, Guarany, Gambarrota e Pega-Pinto. O técnico é João Barbosa e o arbitro, Francelino de Castro.

Na mesma data, o Bahia conquista o primeiro titulo de sua história, o próprio Torneio Inicio, com uma goleada sobre o Royal, por 3 a 0. Gols de Guarany (2) e Pega-Pinto.

Em 22 de março, o Bahia estreia no Baianão de 31. Em abril, faz seu primeiro jogo internacional, contra o Sud América, do Uruguai. Em outubro, faz seu primeiro jogo intermunicipal, contra o Vitória de Ilhéus. No mesmo mês, faz seu primeiro jogo fora do Estado, ante o Sergip, em Aracaju.

Ainda em outubro, no dia 25, a equipe conquista o primeiro estadual, com duas rodadas de antecedência, mesmo sem entrar em campo, devido ao tropeço dos concorrentes.

Em 15 de novembro, entra em campo com a motivação de ser campeão invicto. O Tricolor consegue o empate em 2 a 2 aos 33 minutos, com o gol de Milton Bahia, e mantém invencibilidade.

 

FONTE: Site do Clube

Athletico Club Braz de Pinna – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1919

O Athletico Club Braz de Pinna foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Alviverde foi Fundado no domingo, do dia 19 de Janeiro de 1919. A sua Sede ficava na Rua Suruhy, 32 – Estação Brás de Pina – Zona Norte do Rio. Póximo à sede, ficava o Campo, situado acerca da Estação de Brás de Pina, na Estrada de Ferro Leopoldina Railway.

A 1ª Diretoria foi constituída da seguinte forma:

Presidente – Etelvino Barbosa;

Vice-Presidente – J. Antonio Alamino;

Thesoureiro – Rufino Ferreira;

1º Secretário – Henrique Denan;

2º Secretário – Álvaro Santos;

1º Cobrador – Ignacio de Souza;

2º Cobrador – Paulo Ferreira;

1º Fiscal – João de Almeida;

2º Fiscal – Antonio Cano;

1º Capitain – Coripe Ferreira;

2º Capitain – Francisco Dias;

Comissão de Sindicância – Moacyr Barbosa, Carlos de Oliveira e Alceu Ferreira;

Comissão Fiscal – Antônio Candeia, Antonio Sobrinho e Geraldo Lopes.

Time-base de 1919: Carvalho; Calazans e Chiquinho; Nicoláo, Esteves (Sylvino) e Oscar (Nelson); Sebastião (Camisa Preta), Martins (Querezipe), Tanck {Cap. (Juca Boi)}, Gradin (Valdeta) e Rufino (Esguelha).

Time-base de 1920: Oscar; Alceu e Ananias; João, Lobato e Juremar; Claudionor, Tanck, Oliveira, Chiquinho e Nelson.

Em 10 de Fevereiro de 1921, o Braz de Pinna, juntamente com o União Sportiva e Sport Club Luzitano ajudaram a fundar a Liga Leopoldinense de Football (LLF).

FONTES: O Imparcial – Correio da Manhã – O Paiz – A Rua

 


					

Troféu Wanderpreis 1904

Em um dia como hoje, há 113 anos (06/03/1904), realizou-se o Troféu Wanderpreis, a primeira partida oficial do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense disputada contra o time do FussBall Club Porto Alegre.

A partida foi realizada em campo não conhecido, possivelmente da várzea, e foi ganho pelo Grêmio pelo placar de 1 x 0.

Segue a ficha do jogo:

Troféu Wanderpreis:

Fussball 0 x 1 Grêmio

Data: 06/03/1904.

Horário: 15:30.

Local: desconhecido.

Árbitro: Waldemar Bromberg

Gol: desconhecido.

Escalações:

Fussball: Schoeler (C), O. Matte, A. Matte, W. Trein, Schmitt, Schaitza, A. Becker, O. Becker, Heuser, Krämer e E. Becker.

Grêmio: Siebel (C), Knewitz, Fädrich, Uhrig, Pedro Huch, A. Siebel, Black, Cattaneo, Cleres, J. Knewitz e Stelczyk.

Jornal “A Federação” do dia 07/03/1904, pós jogo:

 

Fonte: site grêmiopédia.

Pedregulho Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1906

O Pedregulho Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Alvianil foi Fundado na quinta-feira, do dia 03 de Maio de 1906. Sete anos depois acabou sendo Reorganizado na quarta-feira do dia 1º de Outubro de 1913. O clube sofreu outra reorganização na segunda-feita, do dia 25 de Maio de 1925. A sua Sede estava localizada na Rua Costa Lobo, nº 17, no Bairro Benfica, na Zona Norte do Rio. E o Campo ficava na Rua Jockey Club, nº 42, também no mesmo bairro.

Sede: Rua Costa Lobo, nº 17, no Bairro Benfica, na Zona Norte do Rio

Vice-campeão da Liga Suburbana de Football de 1907

O Pedregulho disputou o 1º Campeonato organizado pela Liga Suburbana de Football (LSF), de 1907. O clube terminou com o vice-campeonato atrás do campeão Riachuelo Football Club. Esta competição oferecia prêmios para os 1º e 2º times, estava previsto para começar em 05 de maio de 1907 e, sob a presidência do sr. Augusto José Teixeira, foi criada uma comissão para a elaboração da lei orgânica da confederação das sociedades suburbanas nos mesmos moldes do que ocorria com a LMSA.

A atitude dessa comissão, que contava como vice-presidente da Liga, Arnaldo Joppert, e como tesoureiro Luiz Maia, “causou bela impressão nos subúrbios, porque o football só terá a lucrar com a ideia em boa hora lembrada e posta em prática pelas ditas sociedades”.

Participaram da 1ª edição do torneio, além do Riachuelo, vencedor dos 1º e 2º quadros, o Sport Club Mangueira (da Tijuca), fundado em 27 de julho de 1906 – vice-campeão no 2º quadro; o Nacional Football Club (do Riachuelo), fundado em 1º de agosto de 1906; o Pedregulho Football Club – vice-campeão no 1º quadro; e o Sampaio Football Club (do Sampaio), fundado em 17 de junho de 1906, mas que não chegou a terminar o torneio, pois se retirou por falta de jogadores.

 

Time-base de 1921: Lourinho; Alexandre e Zito (Décio); Ernesto (Jayme), Astrogildo (Nunes) e Caldeira; Antoninho, Antonio, Alegre, Pinheiro (Eugenio) e Celestino.

 

FONTES: A Noite – Correio da Manhã – Gazeta de Notícias – Jornal do Commercio – Jornal do Brasil – O Paiz 

O Campeonato Gaúcho de 1919

O campeonato gaúcho de 1919 foi primeiro campeonato regional do Estado do Rio Grande do Sul, organizado pela recém-criada Federação Riograndense de Desportos.

Originalmente, fariam parte do campeonato as equipes vencedoras de sete importantes cidades do Estado: Grêmio (Porto Alegre), Nacional (São Leopoldo), Guarany (Bagé), representante de Cruz Alta (sem referências), Brasil (Pelotas), Uruguaiana (Uruguaiana) e 14 de julho (Santana do Livramento).

Entretanto, 5 clubes perderam o prazo peremptório estabelecido pela Federação para a inscrição de atletas, restando assim, apenas Grêmio e Brasil de Pelotas para a disputa de uma espécie de “final em jogo único”.

O vencedor, levaria o título de primeiro campeão gaúcho da história, além de ser convidado para participar do Torneio de Campeões Estaduais, organizado pela CBD, no ano de 1920 no Rio de Janeiro.

Os finalistas:

O Grêmio Sportivo Brasil (depois Esportivo, com a nacionalização do nome) credenciou-se à disputa do título após sagrar-se tricampeão da Liga Pelotense. Título conquistado de forma invicta naquele ano de 1919. Disputaram a liga em 1919: Brasil, Guarany, Ideal, Rio Branco, União e o arquirrival Pelotas.

Em 3 anos, a equipe havia sofrido apenas uma derrota, ocorrida no ano de 1917, para o mesmo Grêmio, por 2-1.

Na época, somente o zagueiro Ary não participou daquele “match”.

Segundo fontes, o defensor era o único do plantel não nascido em Pelotas. Havia sido trazido do Sport Club Internacional no início de 1919.

Os demais jogadores eram pratas da casa do clube pelotense.

 Foto: equipe do Brasil de 1919

o Grêmio FootBall Portoalegense, chegou para a disputa do título após ter se sagrado campeão do Campeonato Citadino de Porto Alegre.

Naquele ano, o campeonato foi disputado por Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Porto Alegre, Tabajara e São José.

 Na final, o Grêmio venceu o São José pelo placar de 3×2.

O local do jogo.

A partida foi marcada pela Federação para às 16h do dia 9 de novembro de 1919 no “Ground do Moinhos de Vento”, como era chamado o estádio do Fortim da Baixada, pertencente ao Grêmio FootBall Portoalegrense.

Com isso, até mesmo os sócios tricolores, tiveram que comprar ingresso para assistir ao match,. Contudo, teriam a preferência para ocupar as dependências do Pavilhão da Baixada.

Na época, os ingressos foram disponibilizados ao preço de 2$00 e 3$00 (arquibancadas).

Segundo informações do Jornal Correio do Povo, do dia 8 de novembro de 1919, cada cavalheiro teria direito de levar duas senhoritas ou dois cavalheiros como acompanhantes.

As entradas podiam ser adquiridas na Rua do Andradas, 375 (antiga Rua da Praia, no Centro de Porto Alegre).

Foto: pintura do antigo Fortim da Baixada (fonte:www.guascatur.com)


 Antecedentes da partida.

O Brasil, chegou a Porto Alegre na véspera da partida, a bordo do Vapor Mercedes. A delegação foi chefiada pelo seu presidente na época, o Cel. Manoel Simões Lopes.

Ficaram hospedados no Hotel Paris, em Porto Alegre.

Faziam parte da delegação, pessoas influentes do meio esportivo pelotense, mais conhecidos na época como “Sportmans”. Entre eles, Francisco Ferreira, Farias Guimarães e Solon Silveira, além sócios do clube, familiares dos atletas, torcedores importantes e representantes dos demais clubes pelotenses.

Para a partida, a Federação Riograndense de Desportos, convidou o Sr. Fontoura, dirigente do Cruzeiro de Porto Alegre para ser o árbitro.

 O jogo

O Grêmio levada um certo favoritismo para o Match, visto que jogava em casa, apesar do campo ser considerado neutro em face do arrendamento requisitado pela Federação.

Além disso, a única derrota imposta ao Brasil em três anos foi justamente frente ao Grêmio.

O Jornal Correio do Povo, na véspera da partida, referia que o time Gremista com certeza conquistaria o inédito titulo de campeão estadual, amanhã, no Ground do Moinhos de Vento.

Como se vê, o maracanaço portoalegrense ocorreria naquela data, 31 anos antes da Copa do Mundo no Brasil.

O tricolor, apesar do favoritismo da imprensa da Capital, tinha problemas para montar a equipe, pois o goleiro Demétrio e o atacante Bruno eram as dúvidas na escalação.

O “já ganhou” da equipe Porto Alegrense, aliado ao grande entrosamento do time Pelotense, resultaram, no final, em um placar elastico: 5×1 para o Brasil.


Foto: Correio do povo de 11/11/1919.

 

Súmula

 

Final – Jogo Único

Grêmio 1-5 Brasil

Local: Fortim da Baixada (Porto Alegre);

Horário: 16:00

Arbitro: Sr. Fontoura (Pertencente ao Sport Club Cruzeiro)

Gols: Proença (B) aos 12′, Correa (B) aos 19′, Máximo (G) aos 28′,

Proença (B) aos 49′, Alvarizza (B) aos 51′ e Proença (B) aos 71′;

GRÊMIO: DEMÉTRIO Silveira; Pedro PINTO e Jorge Tavares PY; DORIVAL Fonseca, Francisco Fernandes – CHIQUINHO e Luiz ASSUMPÇÃO; Oscar GERTUM, Severino Franco da Silva – LAGARTO, MÁXIMO Laviaguerre, Alcides MENEGHINI e Walter Lewis – LIVI.

BRASIL: Oswaldo FRANCK; Francisco NUNES e ARY Xavier; FLORIANO Lourenço, Pedro ROSSELLI e Waldomiro Victorio – BABA; Jorge FARIA, Alberto CORREA, Pelágio PROENÇA, Ignácio GERLACH e Ismael ALVARIZZA

 

FONTES: Súmulas-Tchê, Wikipédia, RSSSF Brasil, Livro Grêmio Foot-Ball Portoalegrense – Imortal Tricolor, Correio do Povo e Diário Popular.

Sport Club Liberal, do Centro – Rio de Janeiro (RJ)

O Sport Club Liberal foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Alvi-roxo foi Fundado no sábado, do dia 08 de Junho de 1907, pelo desportista Ernesto Loureiro, que foi o 1º presidente até 1918. Contudo, vale explicar que esta agremiação passou por algumas reorganizações. Em março de 1914, foi a primeira. A segunda ocorreu em 07 de março de 1917. E a terceira aconteceu em 09 de Setembro de 1921.

Sedes

Em relação as Sedes o clube também mudou algumas vezes. Em 1914: Rua Cunha Barbosa, nº 69, Gambôa, Rio de Janeiro. Em 1917: Rua dos Andradas, nº 155, no Centro do Rio. Em 1º de Abril de 1918: Rua Camerino, nº 91 (sobrado), Centro do Rio. Em 1922, na Rua Camerino, nº 103 (sobrado), Centro do Rio. Por fim, na Theodoro da Silva, 52, no Bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Apesar de ser um clube modesto, no seu Estatuto, o Liberal mantinha um regime de disciplina e ordem. Por exemplo, colocou em seus Estatutos que seus sócios não podiam ser “ébrios habituais“, nem daqueles que “sofram de moléstia que cause repúdio“.

 

Excursão a Guaratinguetá, em 1919

Na esfera futebolística, o Liberal ingressou na Liga Municipal de Football (LMF), em 1918; e no ano seguinte (1919), se filiou a Associação Brasileira de Sports Terrestres (ABST).

No sábado, do dia 06 de setembro de 1919, viajou para enfrentar a Associação Sportiva Guaratinguetá, na época filiada a Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA).  No mês de outubro viajou novamente para São Paulo, onde enfrentou o Sport Club Ipacaré, da cidade de Lorena.

Declínio do Liberal

Em 1920, após a renuncia do presidente da comissão de esportes, Mario R. Motta, o clube entrou numa séries de crises que resultou com o seu fechamento. No entanto, um ano depois, mais precisamente na sexta-feira, do dia 09 de Setembro de 1921, um grupo de antigos sócios se reuniram na sede do Commercio Club, na Avenida Passos, 106, no Centro, no intuito de reorganizar o clube. Após contar com o apoio de boa parte dos antigos sócios o clube voltou a ativa. A Sede, nesta nova etapa, ficava próxima a última: Rua Camerino, nº 103 (sobrado), Centro do Rio.

Cerca de uma década depois, na quarta-feira, do dia 21 de Maio de 1931, o Sport Club Liberal se mudou para a nova sede: Theodoro da Silva, 52, no Bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Nessa nova etapa, o Liberal intensificou os eventos na sede, e diminuiu o futebol. O Ping-Pong (Tênis de Mesa) passou a ser o esporte principal. E assim caminhou o clube nos anos seguintes até desaparecer em definitivo.

 

 Time de 1914: Salles; Carvalhosa e Manoel; Chaves, Almeida e Floriano; Sebastião, Tymbira, José Violante (Cap.), Elysio e Rodrigues.

FONTES: O Imparcial – O Paiz – A Época – A Noite – A Batalha – Jornal do Brasil – Correio da Manhã

Esporte Clube Dona Isabel – Petrópolis (RJ): Fundado em 1945

O Esporte Clube Dona Isabel foi uma agremiação da cidade imperial de Petrópolis, localizado na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. O Rubro-negro Petropolitano foi Fundado na segunda-feira, do dia 21 de Maio de 1945. A sua belíssima Sede ficava na Rua Doutor Sá Earp, nº 861 (andar superior), no Bairro Alto da Serra (atual: Morin), em Petrópolis. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Palatinato, no Bairro Palatinato, que não existe mais. O nome era uma referência ao Rio Palatinato que fica próximo ao estádio.

Os uniformes eram da seguinte forma: O principal era constituído de Camisas em listras verticais em vermelho e preto; calções brancos e meias vermelhas. O número dois eram Camisas brancas, calções pretos e meias pretas.

O clube era diversificado e contava com diversas modalidades esportivas, como por exemplo, Bocha, Futebol, Futebol de Salão, Tênis de Mesa, Xadrez, entre outros. Na sua Sala de Troféus, títulos de Campeão Petropolitano de Bocha (1987); de Xadrez (1982, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1995 e 1996), entre tantos.

No esporte bretão, o Dona Isabel foi a cada Campeonato Citadino de Petrópolis, ganhando o respeito das grandes forças da cidade (Serrano, Internacional, Cascatinha, Petropolitano, Corrêas, Cruzeiro do Sul).

Em 1969, o Rubro-negro Petropolitano conquistou o seu título mais importante: campeão do Campeonato Citadino de Petrópolis, organizado pela Liga Petropolitana de Desportos (LPD), daquele ano. Esta competição contou com a participação de 14 clubes:

Bingen Futebol Clube (Fundado no dia 28 de Março de 1939);

Cruzeiro do Sul Futebol Clube;

Esporte Clube Cascatinha;

Esporte Clube Caxias;

Esporte Clube Centenário;

Esporte Clube Democrata;

Esporte Clube Dom Pedro;

Esporte Clube Dona Isabel;

Lusitano Futebol Clube;

Palmeiras Esporte Clube;

Petropolitano Football Club;

Serrano Football Club;

Sport Club Internacional;

Sport Club Magnólia.

 

Presidente da República visitou o Dona Isabel

No sábado, do dia 10 de fevereiro de 1968, às 21 horas, o então presidente da República, Costa e Silva visitou o clube. Na ocasião, a pianista Guiomar Novais promoveu o Concerto de Gala, em homenagem ao presidente da República.

Torneio Otávio Pinto Guimarães de 1970: Dona Isabel fez excelente campanha

No ano seguinte, um fato marcante. Poucos sabem, mas o E.C. Dona Isabel participou do Torneio Otávio Pinto Guimarães de Juniores de 1970, que depois do Estadual da categoria é a competição mais importante do Estado do Rio de Janeiro.

Naquele ano, o Rubro-negro Petropolitano honrou a cidade imperial. Na primeira fase estreou com vitória (07/10/1970) diante do Madureira por 2 a 0. Na segunda rodada, novo triunfo (25/10/1970), dessa vez contra a Portuguesa Carioca por 1 a 0. No último jogo, conheceu a primeira derrota (11/11/1970), ao ser batido pelo Bonsucesso, pelo placar de 2 a 0. Com esses resultados o Dona Isabel avançou na liderança da Chave do Rio de Janeiro, com quatro pontos. No Quadrangular final, terminou na 4ª colocação, atrás da Seleção do Departamento Autônimo, do vice-campeão Bonsucesso Futebol Clube e da campeã Associação Atlética Barbará, de Barra Mansa.

 

FONTES: Blog Gol de Placa – Jornal dos Sports – Jornal do Brasil – O Fluminense – Última Hora

FOTO: A flâmula pertence ao Acervo de DJ Ernest Jr.

Leão do Morro Futebol Clube – Vila Beatriz – Zona Oeste – São Paulo (SP)

“Os morros e planaltos de Pinheiros eram cortados pelo Córrego do Rio Verde, que nascia perto de onde se localizam hoje a Avenida Doutor Arnaldo e a Rua Oscar Freire, desaguando no Rio Pinheiros, junto ao atual Shopping Center Iguatemi (PEZZOTTI, s/d). Também nessa topografia extremamente acidentada, localizava-se o Córrego das Corujas. Ambos atualmente passam quase despercebidos devido às canalizações e grandes trechos enterrados de seus leitos, porém antes eram as barreiras naturais que delimitavam o território que originou a Vila Madalena. Já no início do século XX, as localidades do lado oeste do Córrego do Rio Verde, compreendendo parte do Vale das Corujas, constituíam o Sítio do Rio Verde. Conta-se que o proprietário era um português que dividiu as terras entre suas três filhas: Ida, Beatriz e Madalena, as quais deram origem aos nomes dos atuais bairros Vila Ida, Vila Beatriz e Vila Madalena”.

Texto extraído da Pesquisa Científica elaborada por Débora Jun Portugheis, em julho de 2014, para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de são Paulo sob o título “VILA MADALENA: POLO DE COMÉRCIO, LAZER E CULTURA”

Dorinho (meia-esquerda) e Gas Braz (quarto zagueiro)

Crônica de autoria de Samuel dos Santos Polonio, publicada em 19 de julho de 2012.

“Lembrança da Vila Madalena”

“No ano de 1958 cheguei ao Brasil vindo de Portugal com seis anos de idade e, por sorte, vim morar na Rua Arapiraca nº 27 Vila Beatriz subdistrito de Vila Madalena.

Perto da minha casa ficavam os campos do Leão do morro, 7 de Setembro e o 1º de maio, que permaneceram até o ano de 1969 com o início da construção do Conjunto habitacional Natingui (B.N.H).

Brincadeiras não faltavam e eu jogava futebol o dia inteiro. Com 13 anos joguei no Dente de Leite do Leão do Morro, com grandes craques como: Gino, Ivo, Paulé, Pedro, Tonhão, Zé Valter, Reis, Carioca e Ademir, lembro-me dos grandes festivais e jogos do Leão do Morro (campeão varzeano em 1962 contra o Botafogo do Carrão e vice campeão em 64), principalmente o jogo final contra o Brasil de Pinheiros do craque Dorinho no campeonato de 1969, o jogo foi transmitido pela iniciante TV Globo no campo do 1º de Maio.

O torneio chegou ao fim com o Leão ganhando o jogo por 3 a 2 consagrando-se campeão. O Leão do Morro foi um dos principais times de várzea de São Paulo e teve grandes craques como: Miura, Carminho, Gáz Braz, Elinho, Zé Negão, Sábia, Dorinho, Delem, Roberto, Palito, Zinho, Mingo, Paulinho e não esquecendo o técnico Bonecão e o Álvaro (Barbeiro), um grande diretor”.

Fontes: Gazeta Esportiva Ilustrada, Pesquisa Científica “Vila Madalena: Polo de Comércio, Lazer e Cultura” e Samuel dos Santos Polonio.