Decisão da Taça Cidade de São Vicente(SP) – 1960

SÃO PAULO FC (SÃO VICENTE – SP)

4

SÃO VICENTE AC (SÃO VICENTE – AC)

2

DATA: 10 de abril de 1960 LOCAL:
JUIZ: CARÁTER: Taça Cidade de São Vicente – 1960
GOLS: Leopoldo (2), Dé e Valter / Canhoto e Valter
São Paulo(SP): Alaor; Miracatu e Dendê; Zequinha, Djalma e Cacau; Cabral (Leopoldo), Haroldo, Veloso (Valter), Dé e Jarinha.
São Vicente(SP): Touguinha; Cabeção e Troncoso; Piloto, Juarez e Valter; Ademar, Pudim, Barbosinha, Canhoto e Pardal (Albino).

São Paulo Futebol Clube - Campeão

Fonte: A Tribuna de Santos/SP

Torneio dos Campeões de Santos(SP) – 1959

EQUIPES PARTICIPANTES:

DIVISÃO BANCÁRIA – BANCO COMERCIAL

DIVISÃO CORPORATIVA – SMTC ATLÉTICO CLUBE

1ª DIVISÃO – MARINHEIROS FUTEBOL CLUBE

DIVISÃO PRINCIPAL – CLUBE RECREATIVO VASCO DA GAMA

1ª ELIMINATÓRIA

03.01.1960

SMTC AC

W0-0

BANCO COMERCIAL

2ª ELIMINATÓRIA

10.01.1960

MARINHEIROS FC

3-1

SMTC AC

FINAL

26.01.1960

CR VASCO DA GAMA

4-1

MARINHEIROS FC

CAMPEÃO – CLUBE RECREATIVO VASCO DA GAMA (SANTOS – SP)

Fonte: A Tribuna de Santos / SP

Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: Esporte Clube Sul Americano – Bairro do Bom Retiro, Zona Centro – São Paulo (SP)

O Esporte Clube Sul Americano, do bairro do Bom Retiro, foi fundado na data de 25 de julho de 1932.

Foi um dos grandes clubes do bairro do Bom Retiro. Seu estádio era situado próximo a Marginal do Rio Tietê, onde hoje está estabelecido um conjunto de prédios de moradias populares.

FONTES: álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60, e o historiador Waldevir Bernardo, o “Vie”.

Torneio dos Campeões – 1937

Esse Torneio foi promovido pela Federação Brasileira de Futebol (não pela CBD) com os campeões estaduais de 1936. Assim, os campeões estaduais de 1936 de São Paulo e Rio de Janeiro foram aqueles que ganharam os campeonatos patrocinados pela APEA – Associação Paulista de Esportes Athléticos e Liga Carioca de Futebol., respectivamente.

Houve uma “seletiva” entre o Aliança FC, campeão da cidade de Campos, o time da Liga de Sports da Marinha  e o Rio Branco de Vitória, porem o Rio Branco se classificou para disputar o Torneio.
Na época a Portuguesa chamava-se Associação Portuguesa de Esportes e não de Desportos. O estádio onde a Lusa atuou ficava no bairro do Cambuci. Em sua pesquisa o Guilherme através das fotos dá uma idéia de como se encontrava o estádio.

Em 1937 a FBF reuniu os campeões estaduais de 1936 para uma competição de carácter oficial. Ao todo foram seis equipes de cinco estados e duas regiões do BrasilDistrito FederalRio de JaneiroMinas Gerais e Espírito Santo, estados da Região Oriental; e São Paulo, estado da Região Meridional. Os participantes foram: Fluminense, campeão carioca de 1936; a Portuguesa, campeã paulista de 1936; o Atlético, campeão mineiro de 1936; o Rio Branco, campeão capixaba de 1936; o Aliança, campeão campista de 1936; e a Liga Sportiva da Marinha, equipe dirigida pelo famoso técnico Nicolas Ladanyi.

O Fluminense foi apontado pela mídia esportiva da época como o candidato absoluto ao título. O Tricolor Carioca possuía um time extraordinário, formado por jogadores de muita categoria como BatataisCarlos BrantPreguinhoRussoRomeu Pellicciari e Hércules, entre outras estrelas. Para muitos, esse foi o melhor time da história do Fluminense: foi com esse esquadrão que o clube conquistou o Torneio Aberto de 1935 e o Campeonato Carioca de 1936, derrotando na final o Flamengo de Leônidas da Silva e Domingos da Guia. A imprensa também ressaltava que o principal rival do time carioca na briga pelo título seria o Atlético, que também contava com jogadores de renome nacional como KafungaZezé Procópio, Luiz Luiz Bazzoni e Guará.

Como era esperado por todos, Atlético e Fluminense protagonizaram a grande rivalidade do torneio. Na primeira rodada, os cariocas derrotaram os mineiros por 6×0 no Estádio das Laranjeiras; no returno, em partida realizada no Estádio de Lourdes, o Atlético vencia por 4×1 quando o Fluminense abandonou o jogo aos 18 minutos do segundo tempo. Após seis rodadas o time mineiro conseguiu quatro vitórias, um empate e sofreu apenas uma derrota, sagrando-se campeão do torneio. O título teve grande repercussão nacional, e vários anos depois continuou sendo bastante valorizado. Um claro exemplo foi em 1971, quando o Atlético conquistou o título do Campeonato Brasileiro, e diversos meios de comunicação ressaltaram que se tratava do segundo título nacional do clube Em 2010, quando a CBF unificou os títulos da Taça BrasilRobertão e Brasileirão— cogitou-se a inclusão do título de 1937. No entanto, o próprio Atlético rejeitou a possibilidade.

Além do grande reconhecimento que o Atlético recebeu da mídia brasileira na época, vários anos depois, a conquista do time mineiro continuou sendo bastante valorizada. Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”.

Sport Club Alliança Campos
Liga de Sports da Marinha Rio de Janeiro
Fluminense Foot-Ball Club Guanabara
Clube Atlético Mineiro Belo Horizonte
Rio Branco Futebol Clube Vitória
Associação Portuguesa de Esportes São Paulo

 

FASE PRELIMINAR

06/01 – Alliança 0-2 Seleção da Liga de Sports da Marinha

Local: Campos dos Goytacazes

Juiz:

Gols: Paranhos (?’/?) – Aldo (?’/?)

Alliança:

Liga de Sports da Marinha:

 

 

10/01 – Rio Branco 2-0 Seleção da Liga de Sports da Marinha

(na prorrogação; tempo normal 0-0)

Local: Estádio Punare Bley (Vitória)

Juiz: Roberto Pontes

Expulsão: Fraga (na prorrogação)

Gols (prorrogação): Renato (7’/1) – Caxambú (?’/2)

Rio Branco: Dias; Humberto e Vicente; Allemão, José Pereira e Manduquinha; Marcionilio (Thales), Alcy, Caxambú, Lucinio (capt.) e Renato.

Liga de Sports da Marinha: Belmiro; Batistaca e Fraga (capt.); Chaves, Jocelyno e Appolinário; Mascotte, Paranhos, Sessenta, Aldo e Pará. [Técnico: Nicolas Ladanyl]

 

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

 

PRIMEIRO TURNO

 

10/01 – Portuguesa  4×1 Fluminense 

Local: Rua Cesario Ramalho – Cambuci –  (lotado) – São Paulo (SP)
Juiz: João Polker; com Carlos Rustichelli e Benedicto do Amaral
Gols: Laércio (2’/2) – Aurélio (9’/2) – Carioca (27’/2) – Aurélio (35’/2) – Hélio (38’/2)
Portuguesa: Rodrigues; Seraphim e Osvaldo; Fiorotti, Duílio e Barros; Joãozinho, Aurélio, Carioca, Laércio e Paschoalino. [Técnico: Gasparine]
Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Lara, Russo, Romeu (Helio) e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]

13/01 – Fluminense 6×0  Atlético Mineiro
Local: Campo Salles – Rio de Janeiro (DF)
Juiz; Carlos de Oliveira Monteiro (Tijolo)
Gols: Hércules (12’/1) – Hércules (pênaltie – 35’/1) – Hércules (44’/1) – Russo (2’/2) –        Russo (6’/2) – Romeu (?’/2)
Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial (Tristão), Brant e Orozimbo; Sobral, Lara (Vicentino), Russo, Romeu e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]
Atlético Mineiro: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala; Paulista, Alfredo Bernardino, Guará (Luiz Bazzoni), Nicola e Resende. [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa.]

14/01 – Rio Branco  3×2 Portuguesa
Local: – Estádio João Punaro Bley – Vitória (ES)
Juiz: Theobaldo Santos
Gols: Caxambú (8’/1) – Joãozinho (9’/1) – Lucinio (38’/1) – José Pereira (pênaltie – 16’/2) –       Aurélio (39’/2)
Rio Branco: Dias III; Vicente e Humberto; Allemão, José Pereira e Zemar; Marcionilio, Alcy, Caxambú, Lascinio e Renato. [Técnico: Laerte de Lima Soares].
Portuguesa: Rodriguez; Seraphin e Oswaldo; Fiorotti, Silva e Bartos; Joãozinho, Aurelio, Duilio, Laércio e Paschoalino.
17/01 – Rio Branco  1×1 Atlético Mineiro

Local: – Estádio João Punaro Bley – Vitória (ES)
Juiz: Alcebíades Monjardim
Gols: Alfredo Bernardino.(?’/1) – José Pereira (pênaltie – 40’/1)
Rio Branco: Dias; Vicente e Humberto; Alemão, José Pereira e Cardoso (Lamartine); Marcionílio, Alcy, Caxambu, Lacínio e Renato. [Técnico: Laerte de Lima Soares].
Atlético Mineiro
: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala (Allemão); Paulista, Alfredo Bernardino, Luiz Bazzoni, Nicola e Resende [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa.]

20/01 – Fluminense  6×2  Portuguesa
Local: Laranjeiras – Rio de Janeiro (DF)
Renda: 10:877$000
Juiz: Guilherme Gomes
Gols: Romeu (1’/1) – Russo (?’/1) – Laércio (?’/1) – Hércules (?’/1) –  Brant (39’/1) –       Hércules (3’/2) – Paschoalino (?’/2) – Sobral (?’/2) –

Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial (Tristão), Brant e Orozimbo; Sobral, Lara, Russo (Vicentino), Romeu e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]
Portuguesa: Rodrigues (Caxambú); Seraphim e Osvaldo; Fiorotti, Duílio e Barros; Joãozinho, Aurélio, Rey, Laércio e Paschoalino.

24/01 – Rio Branco 4×3 Fluminense
Local: Estádio João Punaro Bley – Vitória (ES)
Renda: 13:000$000
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro
Gols: Caxambú (38’/1) –  Lacínio (17’/2) – Caxambú (19’/2) – Romeu (?’/2) – Alcy (?’/2) –  Russo (?’/2) – Russo (?’/2)
Rio Branco: Dias; Humberto e Vicente; Allemão, José Pereira e Zemar; Marcionilio, Alcy, Caxambú, Lacinio e Renato. [Técnico: Laerte de Lima Soares].
Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial (Tristão), Brant e Orozimbo; Sobral, Lara (Sandro), Russo, Romeu e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]

 

SEGUNDO TURNO

24/01 – Atlético Mineiro 5×0  Portuguesa 

Local: Antonio Carlos (Lourdes) – Belo Horizonte (MG)
Juiz: Abílio Lopes de Almeida,
Gols: Paulista (4) e Duílio (contra)
Atlético Mineiro: Kafunga (Clóvis); Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala; Paulista (Abraz), Alfredo Bernardino, Luiz Bazzoni, Nicola e Resende. [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa].
Portuguesa: Rodrigues; Osvaldo e Fiorotti; Gama, Duílio e Barros; Luna, Aurélio (Mundico), Arnaldo, Laércio e Pasqualino.

28/01 – Fluminense  5×2 Rio Branco
Local: Laranjeiras – Rio de Janeiro (DF)
Juiz: Roberto Porto
Gols: Marcionilio (2’/1) – Caxambú (3’/1) – Russo (20’/1) – Russo (25’/1) – Lara (8’/2) –   Romeu (11’/2) – Hércules (21’/2)
Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Lara, Russo (Vicentino), Romeu e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]
Rio Branco: Dias III; Humberto e Vicente; Allemão, José Pereira e Manduquinha (Marques); Marcionilio, Alcy, Caxambú, Lacinio e Renato. [Técnico: Laerte de Lima Soares].
31/01 –  Atlético Mineiro 4×1 Fluminense 

Local: Lourdes – Belo Horizonte (MG)
Juiz: João Rodrigues Filho
Gols:Alfredo (25’/1) – Nicola (35’/1) – Nicola (?’/1) – Vicentino (?’/2) – Paulista (?’/2)
Atlético Mineiro: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala (Alcindo); Paulista, Alfredo Bernardino, Guará, Nicola e Resende. [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa].
Fluminense: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial, Brant (Russo) e Orozimbo; Sobral, Lara, Russo (Vicentino), Romeu e Hércules. [Técnico: Carlos Magno]

(Observação: O Fluminense saiu de campo aos 18 minutos do segundo tempo)

01/02 –  Portuguesa 4×0 Rio Branco
Local: R. Cesario Ramalho (publico regular) – São Paulo (SP)
Juiz : Carlos Rustichelli
Gols: Joãozinho (3’/1) –  Paschoalino (8’/1) – Paschoalino (?’/2) – Mundico (?’/2)
Portuguesa: Rodrigues; Seraphim e Osvaldo; Fiorotti, Duílio e Barros; Joãozinho, Aurélio, Heitor (Paschoalino), Laércio e Paschoalino (Mundico).
Rio Branco: Dias; Vicente e Humberto; Alemão, José Pereira e Zemar; Marcionílio, Alcy, Caxambu, Lacínio e Renato [Técnico: Laerte de Lima Soares].

03/02 –  Atlético Mineiro 5×1 Rio Branco

Local: Antonio Carlos (Lourdes) – Belo Horizonte (MG)
Juiz: Júlio Corrêa de Melo
Gols: Alcy (?’/1) – Guará (?’/1) – Luiz Bazzoni (?’/1) –  Paulista (?’/2) – Nicola (?’/2) –          Nicola (?’/2)
Atlético Mineiro: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala; Paulista, Alfredo Bernardino (Luiz Bazzoni), Guará, Nicola e Resende. [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa].
Rio Branco: Dias; Vicente e Humberto; Alemão, José Pereira e Manduca (Zemar); Marcionílio, Alcy, Caxambú, Lacínio e Renato. [Técnico: Laerte de Lima Soares].

14/02 – Portuguesa  2×3  Atlético Mineiro
Local: R. Cesario Ramalho – São Paulo (SP)
Público: 15.000 pessoas
Juiz: José Fockler
Gols: Guará (26’/1) – Laércio (5’/2) – Guará (pênaltie – 23’/2) – Guará (36’/2) – Heitor (40’/2)
Portuguesa: Rodrigues; Osvaldo e Serafim; Fiorotti, Duílio e Barros; Joãozinho, Aurélio, Arnaldo (Heitor), Laércio e Pasqualino.
Atlético Mineiro: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala; Paulista, Alfredo Bernardino (Luiz Bazzoni), Guará, Nicola e Resende (Elair), [Técnico: Floriano Peixoto Corrêa].

Classificação final

Copa dos Campeões de 1937

Times

Pts

J

V

E

D

GP

GC

SG

1

 Atlético

9

6

4

1

1

18

10

+8

2

 Fluminense

6

6

3

0

3

22

16

+6

3

 Rio Branco

6

7

2

2

3

10

20

-10

4

 Portuguesa

4

6

2

0

4

14

18

-4

5

 L.S. da Marinha

3

2

1

1

0

2

0

+2

6

 Aliança

0

1

0

0

1

0

2

-2

 

Fonte: Marlon Kruger Compassi / RS

 

 

 

Classificação final

Copa dos Campeões de 1937

Times

Pts

J

V

E

D

GP

GC

SG

1

 Atlético

9

6

4

1

1

18

10

+8

2

 Fluminense

6

6

3

0

3

22

16

+6

3

 Rio Branco

6

7

2

2

3

10

20

-10

4

 Portuguesa

4

6

2

0

4

14

18

-4

5

 L.S. da Marinha

3

2

1

1

0

2

0

+2

6

 Aliança

0

1

0

0

1

0

2

-2

Clubes pequenos de SC buscam título para evitar 25 anos de fila

edição 2017 do Campeonato Catarinense tem um desafio extra para os times pequenos do Estado. Caso nenhum deles se sagre campeão, serão completados 25 anos sem a taça levantada por uma equipe de menor expressão. Atlético Tubarão, Inter de Lages, Barroso, Metropolitano e Brusque são os desafiantes dos cinco grandes. Em níveis diferentes de preparação, os times menores sabem que uma conquista é improvável, mas a palavra de ordem é lutar.

Um exemplo que serve de inspiração é a equipe de 1992 do Brusque, último campeão entre os pequenos. A taça foi levantada no estádio Augusto Bauer em 13 de dezembro daquele ano, após final contra o Avaí. Um dos destaques daquele time, o meia Palmito diz que a conquista foi a mais importante de sua carreira.

Palmito foi o artilheiro do Brusque no Catarinense de 1992
Palmito foi o artilheiro do Brusque no Catarinense de 1992(Foto: Palmito / Arquivo Pessoal)

— Eu já havia sido campeão catarinense seis vezes, cinco pelo Joinville e uma pelo Criciúma, mas essa foi a mais especial, justamente por ser em uma equipe média. Em time grande, ser campeão é obrigação. Aqui não era — conta.

O jogador lembra que o time era formado por atletas experientes, que foram se entrosando aos poucos. Uma prévia do que aconteceria no fim do ano ocorreu pouco antes, com o primeiro lugar da Copa Santa Catarina. Palmito aponta como ponto de virada a eliminação do Criciúma, que havia sido campeão das duas primeiras fases do torneio, pelo Avaí.

— Foi uma injeção de ânimo. Tínhamos uma equipe forte e que passou a confiar cada vez — lembra.

Força da torcida

Outro ponto que Palmito considera essencial para a conquista foi o apoio da torcida. Após anos de rivalidade com Carlos Renaux e Paysandu, a cidade inteira abraçou a equipe.

— A torcida jogava junto e nos deu um suporte muito grande. Foi uma das bases do time — afirma Palmito, que marcou 13 gols na competição, terminando como vice-artilheiro, atrás de Zé Melo, do Inter de Lages.

Na final contra o Avaí, um gol de Cláudio Freitas na prorrogação selou o título, após uma vitória de cada time. O carinho foi tão grande que ele decidiu ficar na cidade depois de terminar a carreira de jogador. Há 22 anos, trabalha no Sesc da cidade. Atualmente, é gerente da unidade e uma espécie de embaixador do time campeão em 1992.

Em 2012, jogadores doi Brusque se encontraram para celebrar o aniversário de 20 anos do título
Em 2012, jogadores doi Brusque se encontraram para celebrar o aniversário de 20 anos do título(Foto: Palmito / Arquivo Pessoal)

Palmito Ajudou a organizar o encontro de 20 anos da conquista em dezembro de 2012. Dois anos mais tarde, viu o primeiro companheiro de equipe morrer: o atacante Jair Bala faleceu em novembro de 2014. No mesmo ano, no entanto, Palmito recebeu o título de cidadão-honorário de Brusque. Para esse ano, pretende participar do encontro de 25 anos, o que ele diz ser mais uma prova da união daquele grupo. A torcida, agora, é para que a cidade de Brusque possa comemorar mais um título, porém ele sabe da dificuldade.

— Os pequenos mudaram pouco em estrutura e os grandes subiram muito de nível. É preciso de investimento para diminuir essa diferença, que está cada vez maior — opina.

Mauro Ovelha se agarra à esperança

Atual técnico do Brusque, Mauro Ovelha sabe o caminho das pedras. No comando do Atlético de Ibirama, ele chegou perto do título por duas oportunidades, sendo vice-campeão em 2004 e 2005. Foi a última vez que um pequeno chegou às finais. Em 2011, Ovelha levantou a taça na Chapecoense, que ainda não tinha a projeção nacional de hoje. Para o treinador, ainda é possível que um time pequeno seja campeão caso haja um trabalho muito bem encaixado, porém a dificuldade é maior do que nunca.

— A gente vive um momento diferente. Hoje a diferença de orçamento é muito grande, Mas é futebol. Não que seja impossível, mas é muito mais difícil — diz.

Ainda segundo Ovelha, o primeiro objetivo do Brusque para o Estadual é conseguir uma vaga na Copa do Brasil, assim como ocorreu no ano passado. Ele ainda conta que existe um fio de esperança no título, pois trata-se de uma competição mais curta.

— Sonhar não custa nada. O trabalho precisa encaixar. Se fosse numa competição longa, não seria possível. No tiro curto ainda dá, embora seja uma tarefa muito complicada. Vamos brigar pelo nosso espaço — finaliza.

FONTES: NSC Total – Revista Placar

Copa dos Campeões Estaduais – 1920

 

Uma das primeiras experiências de se organizar um campeonato a nível Interestadual pela CBD (atual CBF), foi em 1920. Ela precisava montar uma Seleção Brasileira para o Campeonato Sul Americano no Chile em 1920. A competição se chamou: “Copa dos Campeões Estaduais”, também conhecida por “Torneio dos Campeões”. Todas as despesas foram pagas pela CBD. Todos os jogos foram disputados no Rio de Janeiro no Estádio do Fluminense, o Estádio das Laranjeiras, que fora construído para o Sul Americano de 1919 com o apoio da CBD e era o maior do Brasil na época.

Foram chamados os campeões Estaduais de 1919 dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e Rio Grande do Sul:

O Paulistano jogou sem a sua estrela, Rubens Salles, o que foi indispensável no São Paulo. Entre os jogadores de Grêmio Esportivo Brasil destacou se Ismael Alvariza, que em setembro de 1920 se tornou o primeiro jogador de um time gaúcho na seleção brasileira.

Os jogos

25 de março de 1920 – Paulistano 7- 3 Brasil

Local: Estádio das Laranjeiras

Público: ~6.000

Árbitro: Henrique Vignal (CR do Flamengo/RJ)

Gols: Friedenreich (1’/1) – Mario Andrade (11’/1) – Friedenreich (15’/1) – Mario Andrade (24’/1) – Friedenreich (28’/1) –  Alvariza (41’/1) – Carlos Araújo (8’/2) –  Carlos Araujo (16’/2) – Proença (32’/2) – Alberto Correa (36’/2)

Paulistano: Arnaldo; Orlando (capt.) e Carlito; Clodoaldo, Mariano e Sergio; Zonzo, Mario Andrade, Friedenreich, Carlos Araujo e Cassiano. [Técn.: Angelo Bernardelli]

Brasil: Frank; Nunes e Zabaleta; Floriano, Rossell e Babá; Faria, Alberto Corrêa, Proença, Zabaleta e Alvariza.[Técn.: Manoel Farias Guimarães “Maneca”]

 

Resumo

 

PAULISTANO              BRASIL

Defesas do goleiro ………………………………. 12 ………………………11

Faltas …………………………………………………   6 ……………………… 7

Córners ………………………………………………   5 ……………………… 1

Impedimentos ……………………………………..   3 ……………………… 2

 

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

28 de março de 1920 – Fluminense 1- 4 Paulistano

Local: Estádio das Laranjeiras

Árbitro: Eduardo Gibson (São Cristóvão AC/RJ); com João de Barro e José Cavalheiro

Gols: Zezé (2’/1) – Friedenreich (40’/1) – Mario Andrade (5’/2) – Botelho (24’/2) –  Mario Andrade (44’/2)

Fluminense: Marcos Mendonça; Othello e Chico Neto (capt.); Laís, Osvaldo Gomes e Fortes; Mario, Harry Welfare, Zezé, Machado e Bacchi. [Técn.: Pode Podersen]

Paulistano: Arnaldo; Orlando (capt.) e Carlito; Sergio, Mariano e Mariano; Zonzo, Mario Andrade, Friedenreich, Botelho e Cassiano. [Técn.: Angelo Bernardelli]

 

Resumo

 

PAULISTANO              FLUMINENSE

Defesas do goleiro ………………………………..  7 …………………………..16

Faltas …………………………………………………   6 ………………………….. 1

Córners ………………………………………………   4 ………………………….. 2

Impedimentos ……………………………………..   4 ………………………….. 2

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

3 de abril de 1920 – Fluminense 6 – 2 Brasil

Local: Estádio das Laranjeiras

Árbitro: Carlos Santos (SC Mangueira/RJ)

Gols: Machado (16’/1) – Zezé (43’/1) – Zezé (8’/2) – Proença (18’/2) – Zezé (30’/2) – Machado (32’/2) – Harry Welfare (38’/2) – Alvariza (41’/2)

Fluminense: Marcos Mendonça; Othello e Chico Neto (capt.); Laís, Honório e Fortes; Mario, Zezé, Harry Welfare, Machado e Bacchi. [Técn.: Pode Podersen]

Brasil: Frank; Nunes e Zabaleta; Floriano, Rossell e Babá; Faria, Alberto Corrêa, Proença, Zabaleta e Alvariza.[Técn.: Manoel Farias Guimarães “Maneca”]

 

Resumo

 

                                                           FLUMINENSE              BRASIL

Defesas do goleiro ……………………………….   9 …………………………..13

Faltas …………………………………………………   2 ………………………….. 3

Córners ………………………………………………   1 ………………………….. 3

Impedimentos ……………………………………..   4 ………………………….. 1

CLASSIFICAÇÃO

Col.

Clube

PG

V

E

D

GP

GC

SG

10

Paulistano

4

2

9

0

11

4

7

20

Fluminense

2

1

0

1

7

6

1

30

Brasil

0

0

0

2

5

13

-8

 

 

Clube Atlético Paulistano - 1920




Fonte: Marlon Kruger Compassi / RS