Americano Futebol Clube – Araraquara (atual Américo Brasiliense)/SP

O Americano Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Araraquara (atual Américo Brasiliense), no Interior Paulista. Fundado em 1921, por imigrantes italianos, time de futebol mais antigo da região. O campo de futebol ficava entre o velho prédio da atual Metalúrgica Brasiliense e do Fórum. As origens da cores do time foi inspirada na bandeira italiana. Na época, Américo Brasiliense era distrito do município de Araraquara.

O Americano foi o primeiro time de futebol de Araraquara. Entre seus jogadores, um deles estava destinado a fazer uma justa, mas brilhante carreira no futebol, Luiz Bento Palamone. Mais tarde, médico, também famoso, Palamone chegou a integrar a seleção brasileira.

Outro célebre defensor do Americano foi o goleiro Vico, filho de José Reusing, dono do antigo Hotel D’Oeste e primeiro arrendatário do Hotel Municipal. Vico morreu numa noite de carnaval, atingido por um tiro acidental, quando divertia-se com os amigos. Contava-se que suas últimas palavras foram estas: “Adeus, meus amigos”. Jogadores como José Galli (centroavante), Carlos Bortolli, Victor Zilioli e outros fizeram parte da primeira equipe.

Fusão com a Ferroviária de Araraquara

A fusão entre Associação Ferroviária de Esportes e Americano Futebol Clube, no dia 14 de agosto de 1953, conforme a Ata da Sessão, à rua Nove de Julho, no prédio do Cine São José para finalizar a fusão entre as duas agremiações, teve uma razão.

O clube ameriliense era filiado à Federação Paulista de Futebol desde 1943, e a entidade resolveu fazer cumprir, a partir daquele ano, uma norma que existia no papel mas não era consolidada na prática, qual seja, a de que um clube teria de ser filiado há dez anos para poder participar da competição. O Americano foi sensível ao apelo do clube da Estrada e representou papel fundamental para a continuidade de sua gloriosa história.

O presidente do Americano Elias Leme da Costa juntamente com os diretores José Camargo de Toledo Piza, Vito Barbieri, Caetano Nigro Sobrinho, Francisco Neves, Joaquim Justo e Carlos Abi-Jaudi, estavam presentes. Conforme alguns trechos retirados da Ata, ficou determinado o seguinte:

1.ª – A “Associação Ferroviária de Esportes” dará o seu nome ao novo clube surgido da fusão, desaparecendo, conseqüentemente, o do “Americano Futebol Clube”;

2.ª – A “Associação Ferroviária de Esportes”, resultante da fusão de que trata a cláusula primeira, assumirá todo o ativo e o passivo das agremiações que desapareceram;

3.ª – Até que, em assembléia geral, sejam aprovados os estatutos da nova agremiação, esta se regerá pelos estatutos da atual “Associação Ferroviária de Esportes”;

Continuando:

Procedida a votação nominal, responderam “sim” a todos os cinco itens lidos todos os presentes. Declarou, então o Sr. Presidente que estava, de pleno direito e para os efeitos, unanimemente aprovada a fusão entre a Associação Ferroviária de Esportes e o Americano Futebol Clube, resultando dessa fusão a agremiação denominada “Associação Ferroviária de Esportes”, que continuará com o todo o acervo e os direitos legais das associações ora extintas, principalmente aquele do Americano F.C., inscrito na Federação Paulista de Futebol desde 1943, de disputar o Campeonato da Paulista da 2.ª Divisão de profissionais, pois é certo que o Americano F.C., com a presente fusão, transfere à nova agremiação esse direito.

Ato contínuo, e sob uma salva de palmas, foram empossados os membros da Diretoria provisória da “Associação Ferroviária de Esportes”.

Em 1954, renasce o Americano

Depois de quatro meses da fusão com a Ferroviária, alguns esportistas de Américo Brasiliense se reuniram novamente, no salão do Cine São José, para fundar uma nova associação de esportes em substituição Americano Futebol Clube.

Ao iniciar a reunião, em 05 de janeiro de 1954, Elias Leme da Costa, que foi indicado por Benedito Nicolau de Marino e com o apoio de todos os presentes presidiu a sessão.

O primeiro item colocado em pauta foi a denominação do clube. Segundo Elias Leme para alguns credenciados da Liga Araraquarense de Futebol (LAF), não havia nenhum impedimento para que o nome do extinto Americano fosse também o nome dessa nova agremiação.

Em seguida formou-se duas comissões: uma para elaboração do Estatuto Social, composta por Joaquim Justo, Vito Barbieri, Francisco Neves, Miguel Ângelo Imbriani e Antônio Barbieri; e outra para dirigir provisoriamente composta por Elias Leme da Costa, presidente, e Vito Barbieri, secretário.

Estavam presentes nessa reunião além dos membros das comissões mencionadas acima, os Srs.: Tércio Della Rovere, José de Camargo Toledo Piza, Dorival Barbieri, Bazílio Quadrado, Geraldo Furlan, Salvador Romania, JurandyrBortollo, Antônio Pavan, Caetano Treve, Carlos Bortolli Filho, Erne Della Rovere, Bento Vieira, Luiz Rosa de Lima, Carlos Della Rovere, Evaristo Zen, Luiz Romania, Francisco Amaral, Ítalo Della Rovere, José Romania, José Roncalli, Augusto de Souza, Carlos Abi-Jaudi, Ernesto Tavares Carrilo, AchilleBortolli, Mário Coelho da Silva, Paschoal Antônio Nocce, Paulo Abi-Jaudi, Segundo Della Rovere, Rubens B. Leme Costa, João B. M. Ferraz, Rafael Festa, João Alves Carneiro, Antônio Cammarozano, Marcos Ginotti e Constantino Lahz.

Desta data até os anos 90, o Americano deu muitas alegrias para a cidade. Importantes conquistas como os vários regionais amadores e, principalmente, o terceiro lugar na Copa Arizona, realizada em 1974, com mais de mil equipes de São Paulo e Paraná. O endereço atual da Sede fica localizado na Avenida Joaquim Pinto Pereira De Almeida, nº 89, no Centro de Américo Brasiliense.

FONTES:

http://www.americobrasiliense.sp.gov.br/site/historia-da-cidade/

http://www.destaque1000.com.br/noticia/1893

http://ferroviariaemcampo.blogspot.com.br

Casa da Cultura, de Araraquara, tema “Memória de Araraquara”

Página do clube no Facebook

Waldomiro Junho

Jonas Bezerra

Sport Club José Floriano – o “primeiro” campeão de “juniores” do Rio de Janeiro (RJ)

Em 1907 foi organizada pela primeira vez no Rio de Janeiro uma liga voltada para jogadores mais jovens: a União Sportiva Fluminense. E coube ao Sport Club José Floriano, de Copacabana, a honra de ser o campeão com o time da foto abaixo:

Antes de tudo, cabe explicar as aspas do título. O futebol da época, amador, não era tão bem estruturado como hoje. E não havia uma distinção clara de categorias nas ligas – o que eram juniores, juvenis, infantis etc. Por exemplo: o Botafogo, em 1906, disputou o Campeonato Carioca com uma equipe que tinha, em média, 17 anos – enquanto equipes como o Fluminense e o Paysandu tinham jogadores na casa dos seus 20 anos. Hoje, muitos diriam que era uma equipe juvenil. Mas era a equipe principal do Botafogo. Da mesma forma, era comum que os chamados segundos quadros – ou reservas – acabassem formados por atletas mais jovens do que os do primeiro. Mas nada disso configurava uma divisão de categorias por idade: os quadros separavam os jogadores por qualidade, e era natural que mais experientes predominassem nos times principais. E a idade média dos times tinha muito mais a ver com a idade dos amadores que fundaram os clubes. No caso do Botafogo, estudantes. No caso do Fluminense, homens já formados. Com o tempo, as idades foram se aproximando…

 

O campeonato da União Sportiva Fluminense

 Em 1907 a União Sportiva Fluminense foi fundada por cinco clubes: Rio Football Club, Carioca, Cattete e Bahia. Depois se filiariam o SC José Floriano, Humaytá e Oriental (que no meio da competição mudou de nome para Engenho Velho). Em comum: todos times fundados por jovens rapazes. E, naturalmente, o campeonato era voltado para esse público. Entre os atletas dos clubes, nomes que se tornariam famosos como Alberto Borgerth (então com 14 anos, do Rio FC e que futuramente lideraria a debandada do Fluminense que resultaria na criação do departamento de futebol do Flamengo), Abelardo Delamare (14 anos, do Carioca FC, futuro artilheiro do Botafogo), Francisco Loup (15 anos, do Rio FC, jogaria depois no Fluminense), Harold Cox (15 anos, Rio FC, futuro jogador do Fluminense), entre outros.

Embora não houvesse ligação oficial com a Liga Metropolitana de Sports Athleticos (a principal da cidade), o campeonato acabou tratado como uma espécie de “versão juvenil” do Campeonato Carioca da mesma. O principal motivo: o Rio Football Club era praticamente uma filial do Fluminense (seus jogadores e dirigentes eram sócios ou parentes mais novos de figuras importantes do mesmo), assim como o Carioca Football Club (sem relação com o do Jardim Botânico) era uma filial do Botafogo. Uma partida entre Rio e Carioca ficou célebre pela confusão promovida por sócios do Botafogo na platéia, e o tom dos jornais deixava claro: a rivalidade surgida naquele ano entre Flu e Bota passou para Rio e Carioca.

Mas assim como entre os clubes da Metropolitana, a distinção de idade parecia mais um fato inerente aos clubes disputantes do que uma separação oficial. Analisando as equipes que disputaram os primeiros quadros da União Sportiva Fluminense, vemos uma maioria de jogadores entre 14 a 17 anos, mas com um ou outros com idades que chegavam a 21 – caso de Zeca Floriano, capitão líder e fundador do Sport Club José Floriano, que viria a ser campeão. E nos segundos quadros, jogadores ainda mais novos, incluindo um “crack” driblador do Bahia que tinha apenas 10 anos!

 

O Sport Club José Floriano

Fundado em 7 de março de 1907, em Copacabana (com seu campo de futebol em Ipanema), o clube foi fundado por José Floriano Peixoto, o “Zeca”. Filho do “Marechal de Ferro” Floriano Peixoto, Zeca era um esportista apaixonado. Fisioculturista, nadador, remador, futebolista, ginasta, praticante de tiro esportivo, lutador de boxe, jiu-jitsu, luta romana, capoeira e até mesmo… domador de leões! Isso mesmo, ainda por cima era dono do Circo Floriano. Além do Sport Club José Floriano, fundou o Club Sportivo José Floriano no Maranhão e participou de competições e disputas esportivas em Maceió e São Paulo. E ganhou fama ao salvar inúmeras pessoas de um naufrágio em Salvador! Uma verdadeira personalidade do esporte. Segue foto do multicampeão cheio de medalhas:

 

O Sport Club José Floriano, de Copacabana, além do time de futebol possuía uma academia voltada para a “cultura physica” (halterofilismo, ginástica etc.) e stand de tiro. Segundo seus estatutos, as cores oficiais da entidade eram o azul e o branco e seu distintivo uma estrela – não há descrições sobre a bandeira ou uniforme. Na foto da equipe, ao alto do artigo, podemos ver uma bandeira com uma estrela no centro que, supomos, era assim:

 

Fonte: Correio da Manhã, O Malho, O Paiz e Estatutos do Clube

Associação Athletica Cambucy – São Paulo (SP): Fundado em 1919

Associação Athletica Cambucy foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). APhalange do Cambucyfoi Fundado na terça-feira, do dia 22 de Abril de 1919. O clube ficava sediado no Bairro de Cambuci, no Centro de São Paulo. O Cambucy participou de algumas edições do  Campeonato Municipal da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), como por exemplo, em 1923.

O clube teve uma participação no Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1927; e oito edições no Campeonato Paulista da Terceira Divisão de 1924, 1925, 1926, 1928, 1929, 1930, 1931 e 1932.

 

FONTES: Correio Paulistano – A Gazeta – Livro “Os esquecidos – Arquivo de Futebol Paulista”, da editora Datatoro, de autoria do amigo e membro Rodolfo Kussarev – Acervo de Élison Fernandes – Revista A Cigarra – Waldomiro Junho

Tabela da Liga Desportiva de Juiz de Fora (LDJF) de 1977

Liga Desportiva de Juiz de Fora (LDJF) já liberou a tabela do Regional

 Muito antes do que se esperava, saiu a tabela do Campeonato Regional que a Liga de Desportos de Juiz de Fora (LDJF) vai promover e que reunirá 12 clubes, divididos em duas chaves de seis. Na Chave A estão:

Esporte Clube Biquense, de Bicas;

Esporte Clube Independente, de Além Paraíba;

Mineiro Futebol Clube, de Santos Dumont;

Olympic Club, de Barbacena;

Recreio Esporte Clube, de Recreio;

Tupi Football Club, de Juiz de Fora.

Na Chave B:

Associação de Futebol Merci, de Juiz de Fora;

Clube Social Olímpico Ferroviário, de Santos Dumont;

Esporte Clube Ribeiro Junqueira, de Leopoldina;

Operário Futebol Clube, de São João Nepomuceno;

Sport Club, de Juiz de Fora;

Villa Nova Atlético Clube, de Santos Dumont.

 

Eis os jogos programados para o próximo dia 28 de agosto de 1977, quando começará o certame. Chave A:

Tupi                           x          Biquense, em Juiz de Fora;

Olimpic                      x          Mineiro; em Barbacena;

Independente          x          Recreio; em Além Paraíba.

 

Na Chave B:

Ribeiro Junqueira   x          Social, em Leopoldina;

Villa Nova                 x          Merci, em Santos Dumont;

Operário                    x          Esporte, em São João Nepomuceno.

 

O turno terá novas rodadas, nos dias 4, 11, 18 e 25 de setembro.

JORNADAS DUPLAS – Como as cidades de Juiz de Fora e Santos Dumont têm três times no regional, o presidente da LDJF, Agostinho Feres, reuniu os dirigentes desses clubes para acertar o problema da realização de jornadas duplas nas duas cidades.

Não foi fácil chegar a uma conclusão que atendesse aos interesses de todos. Houve por fim, boa vontade por parte dos presentes, numa questão que surgiu porque os próprios clubes querem que a temporada termine ainda este ano. E para que isto possa acontecer, tornou-se necessária a marcação de jogos com a participação de todos os disputantes em todos os domingos.

Como existem três clubes de Juiz de Fora e três de Santos Dumont, não haveria possibilidade de se conciliar o interesse geral sem a marcação de mais de uma partida nas referidas cidades.

O primeiro a se manifestar foi Adão Acauhi, do Tupi, que disse logo ser contrário às jornadas de duplas. Mas se prontificou a jogar aos sábados, ou aos domingos, pela manhã, toda vez que a tabela marcasse dois jogos para Juiz de Fora.

FONTE: Jornal dos Sports (Quarta-feira, do dia 17 de agosto de 1977)

Participante do Campeonato de Juiz de Fora (MG) de profissionais de 1968: Nacional Atlético Clube – Visconde do Rio Branco (MG)

O Nacional Atlético Clube de Visconde do Rio Branco de  1961. O time posado, formado da seguinte forma. EM PÉ (esquerda para a direita): Ivanir, Carlinhos, Sarg. Lucas,  Juca Pato,  Zé Pretinho, Nenê Carolina e João Leite. AGACHADOS (esquerda para a direita): Antônio Baixinho, Carioca, Ruy Tutu, Jésus, Sizé, Zezé Barreto e Hélio Veríssimo Ferreira.

FONTES: A Cidade (MG) – Acervo de Hélio Veríssimo