Icaraí Futebol Clube / Niterói (RJ) – escudo e uniforme

Caros amigos,

Em primeira mão, uma “ilustração” do uniforme (com escudo) do Icaraí Futebol Clube, o “bicho-papão” niteroiense dos anos 40. Fiz a montagem no photoshop, a partir de blusas comuns…

De 1941 a 1943, o Icaraí utilizava camisa branca com o escudo bordado em linhas vermelhas, calções pretos e meias listradas vermelhas e brancas. Não sei o porquê do calção ser preto, se as cores oficiais do clube eram o vermelho e o branco… Quando enfrentava alguma equipe alva (como o Humaitá), o Icaraí utilizava camisas vermelhas, com o escudo invertido (padrão do América).

Em 1944 o clube passou a utilizar a camisa com listras largas alvirrubra. Porém, o calção continuou preto, lembrando muito o uniforme do Estudiantes.

Não sei a data exata de fundação, apenas o ano: 1940.

Em 1941 o clube estreou no campeonato niteroiense, já sendo campeão.

Em 1942 o clube disputou o campeonato fluminense (que valia pelo ano de 41), e ganhou o título de forma arrasadora. No niteroiense, foi bi-campeão.

Em 1943 o clube empatou os três jogos contra o Esperança, e foi eliminado do campeonato fluminense (de 42) por um regulamento estranho: renda. Como o clube não tinha torcida, foi eliminado. Mas, como consolação, sagrou-se tricampeão no niteroiense.

Em 1944 o clube conquistou o seu segundo título fluminense, válido por 1943. Mas no niteroiense, pela primeira vez, não ganhou.

Em 1945 o clube se retirou do campeonato de Niterói, por considerar o campeonato deficitário, e tinha planos de oficializar a sua equipe profissional e pleitear uma vaga no campeonato carioca. Porém, em 1946 o decreto do presidente Dutra fechou todos os cassinos, e o clube, ligado ao Balneário Casino Icaraí, foi desmontado.

 

Esporte Clube Corintians Catarinense SC

Nome: Esporte Clube Corintians
Fundação: 19/10/1931
Cidade: Florianópolis
Bairro: Pantanal

Com 80 anos de vida completados em 2011, o Esporte Clube Corintians Pantanal (assim, sem “H”) foi fundado graças à inspiração do clube paulista. No entanto, sobrevive com um orçamento infinitamente menor para disputar campeonatos amadores em Florianópolis: média de R$ 400 mensais, arrecadados graças a dois veteranos que contribuem com R$ 200 cada para jogar na equipe.

Mantido por menos de uma dezena de pessoas, o Timão de Floripa pena para se manter. Mal dá para pagar as contas de luz e água. Investimentos mais ousados, nem pensar. O atual presidente, Luiz Henrique de Carvalho, e o anterior, Romeu Franzoni Júnior, sofrem até para garantir pequenos reparos no campo de futebol, localizado no fim da Rua Servidão Corintians, no bairro Pantanal. O conserto de uma grade do portão, por exemplo, custou cerca de R$ 150.

O time ficou fora da terceira divisão do campeonato amador de 2011 porque o gramado não tinha as medidas mínimas exigidas pela organização: faltou 1,5 metro. Não há como o espaço ser ampliado, já que a sede social fica logo ali, a alguns palmos da linha de fundo. Os dirigentes estudam até a demolição do prédio e a construção de um novo, que ficaria próximo à linha lateral, sem prejudicar as dimensões do gramado. A falta de verba, porém, faz com que nada passe de sonho.

Mapa da localização do estádio no bairro Pantanal

Mapa da localização do estádio no bairro Pantanal

De um ano para cá, o Corintians conseguiu implantar uma escolinha de futebol para crianças e tenta tocar um projeto social que manteria a garotada longe das ruas. Pantanal é um bairro carente, de ruas estreitas, e recentemente passou a ser ponto de prostituição e venda de drogas. Os comandantes do clube lutam para mudar a imagem da comunidade.

Fontes:  GloboEsporte.com/ BateBola.com/ Google Maps/ Acervo pessoal

Primavera de Florianópolis SC

Fundado em 1º de abril de 1974, o Primavera completou no último domingo 38 anos de atividade esportiva, congregando uma região da Capital do Estado. Seu atual presidente é o médico oncologista Luiz Alberto da Silveira, também atleta, master, claro. Com a homenagem aqui vai uma de suas formações.

Em pé, da esquerda para a direita: Onildo, Leco, Flávio, Serginho, Rodrigo, Cristiano, Carioca, Dr. Luiz Alberto da Silveira, Ademar, Sidney Dias e Ítalo. Agachados: Felipe, Helton Luiz, Careca, Laurinho, Carlos Alberto Ferreira, Flávio Roberto e o professor Estevão. A foto é do estádio do Bairro de Córrego Grande, em Florianópolis.

Fonte: Acervo pessoal

A primeira vez a gente nunca esquece: Flamengo no Amazonas

Por: Carlos Zamith

Na década de 50, uma temporada do Flamengo, em Manaus, mexeu com os amazonenses, Era a primeira vez que o time carioca se exibiria nesta cidade, numa época restrita apenas a classe comerciária.

A estréia aconteceu num dia útil, numa quinta-feira à tarde, pois no local do jogo, Parque Amazonense, não havia luz artificial. Por isso, em atenção aos apelos dos promotores da temporada dirigidos à Associação Comercial, o comércio local decidiu cerrar suas atividades às 15 horas

FLAMENGO  6 X 1  FAST CLUBE

Local: Parque Amazonense

Árbitro: Gentil Cardoso, técnico do Flamengo.

Data: quinta-feira à tarde, no dia 30 de março de 1950 

FLAMENGO – Antonino, Newton Canegal e Job; Biguá, Bria (Hélio) e Beto; Jorge de Castro (Aloísio), Gringo (Hamilton), Moacir, Durval e Esquerdinha.

FAST CLUBE – Guilherme (Raul com o marcador de 4 a 0), Canhão e Gatinho; Valdemir Osório, Belo Ferreira e Nêgo; Zé Nery (Mário Matos), Lafayette Vieira, Pereirinha, Paulo Onety e Aderaldo

Gols: Moacir (Fla) aos 9 e 15, do 1º tempo; Hélio aos 2, Moacir aos 9, Esquerdinha aos 13 e Moacir aos 16 (Fla) e Paulo Onety, aos 30 (Fast) do 2º tempo.

 

FLAMENGO  7  X  1  NACIONAL

Local: Parque Amazonense

Árbitro: Aristocilio Rocha (FCF)

Data: Domingo, no dia 02 de abril de 1950

FLAMENGO – Antonino, Newton Canegal e Job; Osvaldo, Bria (Hélio) e Beto; Jorge de Castro (Aloísio), Gringo (Nélio), Durval (Hamilton), Moacir (Quiba) e Esquerdinha.

NACIONAL – Sandoval (Mota), Lupércio (Mário Matos) e Gatinho; Hélcio Sena (Caçador), Brás Gioia e Antonino (Nêgo); Cabral (Hélcio Sena) posteriormente Aderaldo, Paulo Onety, Marcos Gonçalves, Raspada e Pedrinho (Linhares).

Gols: Moacir aos 13, Durval aos 28 e Moacir aos 33; Moacir aos 4, Esquerdinha aos 8 e 34, Hamilton aos 40, para o Flamengo. Aderaldo, aos 41 (Naça) após a cobrança de um penal. Falta foi cometida por Osvaldo. Mário Matos cobrou e o goleiro Antonino defendeu parcialmente, espalmando para fora da área. O mesmo Mário Matos aproveitou para marcar o tento de honra do time local.

 

Curiosidade: O goleiro Sandoval jogava no Clube do Remo e foi chamado pelo Nacional para esse jogo. O time paraense o liberou, mas o goleiro terminou ficando por aqui mesmo. Deixou o campo, contundido, quando o marcador era de 5 a 0. Mota entrou no seu lugar foi vazado mais duas vezes.

ATUAÇÃO DO ÁRBITRO

O jornal Diário da Tarde, do dia 4 de abril de 1950, comenta a atuação do árbitro, assim:

O juiz carioca Aristocílio Rocha teve vários senões. Marcou dois tentos do Flamengo quando os seus autores estavam em franco impedimento. Deixou de marcar um tento do mesmo Flamengo, feito por Esquerdinha, assinalando escanteio e deixou de marcar um penal de Lupércio. Muito fraca a atuação do árbitro”.

O time do Nacional, como sempre acontecia com clubes locais, reforçou-se de elementos de outras agremiações, como Gatinho, Aderaldo e Nêgo, emprestado pelo Fast Clube.

Primeiro jogo do Cabo Branco (PB) foi antes de sua fundação !!!

“Mário Bandeira e Samuel Norat, foram os primeiros a propalar a notícia através da imprensa que seria fundado um novo clube, já batizado com o nome de Cabo Branco Sport Club, destinado à prática do do futebol, exercícios físicos, pedestrianismo, ginástica e também regatas. A ideia surgiu de um grupo de rapazes, entre os quais se encontrava nosso bem amigo José Feliz Cahino, quando se banhavam na praia de Tambaú, contemplando bem de longe a beleza encantadora do nosso incomparável acidente geográfico. Assim no dia 13 de dezembro de 1915, em reunião que contou com a presença de vários desportistas, entre muitos anotamos os seguintes: Alfred Amstein, Waldemar Wraal, Alfredo Pinto Filho, Samuel Norat, Mário Bandeira, Pedro Gamys, Armindo Stahel, Ruy Araújo, Mário Araújo e Milton Lago, Por aclamação dos fundadores, a primeira diretoria ficou assim constituída: Presidente: Waldemar Wraal; Secretário: Milton Lago; Tesoureiro: José Barbosa e Captão da equipe, Henrique de Souza. Um fato curioso e talvez inédito aconteceu com o Cabo Branco, ao fazer sua primeira partida de futebol um dia antes de fundado com o Brazil, para quem perdeu por 2×0…”

Fonte: A História do Futebol Paraibano de Walfredo Marques (ed. 1975; página 22)