Sete campeões no Estadual Paraibano 2015

Apenas três clubes, CSP, Lucena e Miramar, dos dez que vão disputar o Campeonato Paraibano de 2015, ainda não foram campeões estaduais paraibano. O Lucena e Miramar, aliás, conquistaram o acesso na 2ª divisão ano passado.

Os sete clubes já campeões são:  Botafogo de João Pessoa que não é só o maior campeão da Paraíba com 27 títulos, como ainda é o atual campeão. O Campinense de Campina Grande, aparece na vice-liderança com 18 conquistas, sendo a última em 2012. O  Treze tambem de Campina Grande conquistou 15 títulos e está na fila desde 2011. Os outros quatro campeões são mais modestos. O Auto Esporte de João Pessoa venceu o Paraibano pela última vez em 1992 e já conquistou 6 títulos. O Sousa, da cidade do mesmo nome, ostenta as conquistas de 1994 e 2009;  Já o Santa Cruz de Santa Rita, foi bicampeão em 1995 e 1996 e  por fim, o Atlético  de Cajazeiras que tem um título, ganho em 2002.

O Campeonato Paraibano que teria a abertura em 10/1,  passou para dia 18/1. A mudança na tabela aconteceu devido, os dirigentes de Treze, Campinense e Botafogo temerem represálias por parte da CBF que declarou ilegalidade nos estaduais que iniciasse antes de 1º de fevereiro. Com isso, os três tradicionais clubes do Estado não participam aceitaram participar das três primeiras rodadas da competição e só estrearão em fevereiro.

Fonte: soesporte/ arquivo

Operário Ferroviário F.C. – Ponta Grossa (PR): Escudo diferente de 1916

O Operário Ferroviário Esporte Clube (No início o time era Football Club) é uma agremiação da cidade de Ponta Grossa (PR). Fundado no dia 1º de Maio de 1912, sendo o segundo clube mais antigo do estado em atividade. Essa equipe foi demasiadamente abordada, portanto apenas postarei o escudo e uniforme tirado da Revista O Malho, em 1916.

Fontes: Revista O Malho – Felipe Feitosa

Clube Esportivo Belmonte – Curitiba (PR): Fundado em 1939

O Clube Esportivo Belmonte foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). A equipe alvi esmeraldina foi Fundado no dia 05 de Janeiro de 1939, e a sua primeira sede própria ficava localizada na Avenida John Kennedy, depois passou para a Avenida Guaíra, 615 – Vila Guaíra (atual bairro do Alto Tarumã Pinhais), na capital paranaense. O Belmonte chegou a iniciar as obras nas imediações da Vila Parolin, para a construção do seu estádio. Contudo, a obra foi embargada às vésperas da inauguração e nunca mais se falou no assunto.

Presidentes

Seu primeiro presidente foi o desportista Aleixo Rossi, substituído por Alfredo Kramer. Em 1941, o presidente era Mario Romanel, depois tiveram: Maurício Peplov; Herculano Rossa; Carlos Massuci; Guilherme Bittencourt; Algacir Fiorani, entre outros.

Títulos

O impulso que tornou o futebol amador teve o seu início praticamente em 1941 com a criação da Liga Suburbana de Curitiba (LSC). Sete anos depois ganhou novo comando com a Federação Paranaense de Futebol (PFP) passando a ditar as diretrizes da liga.

Logo no primeiro Campeonato Citadino, organizado pela Liga Suburbana de Curitiba (LSC), o Belmonte se sagrou campeão invicto de 1941, fazendo os seus jogos no saudoso Estádio do Britânia, no Parque Graciosa (Bairro Juvevê).

A campanha o Belmonte realizou 10 jogos com sete vitórias e três empates; marcando 32 gols e sofrendo 13; com um saldo de 19. Os resultados foram os seguintes: vitórias sobre o América (3 a 1); Paraná (4 a 1); Flamengo (3 a 2); Vera Cruz (4 a 2); Palestra Assungui (3 a 1); União Ahú (6 a 0); Primavera (4 a 1). Empates com o Rio Branco (1 a 1); Operário Ahú (1 a 1); Bloco Morgenau (1 a 1).

A equipe base do Belmonte, em 1941: Silvério; Dissenha e Neno; Jorge, Plácido e Custódio; Silvio, Merlim, Faéco, Altino e Domingos.

Em 1952, o time alvi esmeraldino voltou a levantar a taça de forma invicta, nos Aspirantes, equivalente a Segunda Divisão da FPF. Foi bicampeão do Torneio ACEP (Independência) em 1955 e 1956.

A equipe base do Belmonte, em 1955 e 1956: Barbosa; Titão e Carlito; Traíra, Mario e Dola; Vargas, Otávio, Braz, Vitorelli e Biaze.

Também foi campeão do Torneio Início da 1ª  Divisão em 1965, com o seguinte time base: Maco; Arnaldo e Quirino; Laranjinha, Gentil e Serrinha; Miltinho, Bequinha, Feitosa, Laerte e Welington.

Celeiros de craques

Além das conquistas, o Belmonte também contribuiu para revelar talentos, que brilharam em grandes equipes, como os casos de Vitorelli e Merlim que foram os maiores ídolos do clube. Vitorelli jogou no Palestra Itália e depois teve passagem pelo Real, enquanto Merlim brilhou intensamente no Coritiba. O Clube Esportivo Belmonte existiu até 1968, quando acabou extinto.

Fontes: Tribuna do Paraná – Paraná Online

Real Esporte Clube – Curitiba (PR): Fundado em 1954

O Real Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Auricerúleo ou azul dourado foi Fundado no dia 11 de Junho de 1954. O primeiro grande triunfo aconteceu seis anos depois, quando se sagrou campeão do 1º Campeonato Amador do Paraná, em 1960 (vale observar que esta competição se tornou o embrião para a criação da Taça Paraná).

Dois anos depois o Real E.C. participou do II Campeonato do Interior em 1962. Por fim, a equipe curitibana disputou a histórica 1.ª Taça Paraná em 1964 representando condignamente o futebol amador da Capital, chegando até as semifinais. O Real acabou eliminado pelo Ferroviário, que  depois se tornaria o grande campeão.

No primeiro jogo, em Curitiba, no dia 13 de dezembro de 1964, empate em 1 a 1. Uma semana depois, em União da Vitória, novo empate em 2 a 2. A partida foi para a prorrogação, mas sem gol. Então a decisão para se conhecer o grande finalista foi decidido nos pênaltis. E numa disputa dramática, o Real acabou derrotado pelo placar de  7 a 6.

Apesar dessa trajetória, o Real Esporte Clube acabou sucumbindo ano a ano até chegar ao fundo do poço, o que determinou de forma peremptória o seu fim. Dessa forma, em 1968, o Real fechou às portas para ficar na lembrança e no imaginário daqueles que conheceram  o simpático clube.

 

Fontes e Fotos: Felipe Feitosa – Blog do Chicora

 

Reportagem de 1934 sobre Arthur Friedenreich

Buscar informações sobre Arthur Friedenreich vem a cada ano aumentando. Na Revista O Malho, de 1934, encontrei uma reportagem de duas páginas sobre essa lenda. Natural de São Paulo, nasceu em  18 de julho de 1892 (e faleceu em  6 de setembro de 1969), era conhecido por  “El Tigre” ou “Fried“, foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro na época amadora, que durou até 1933.

Friedenreich participou da excursão do Paulistano pela Europa em 1925 onde disputou dez jogos e voltou invicto. Teve importante participação no campeonato sul-americano de seleções (atual Copa América) de 1919. O apelido de “El Tigre” foi dado pelos uruguaios após a conquista do Campeonato Sul-Americano de 1919, atual Copa América.

Fried” marcou o gol da vitória contra os uruguaios na decisão e, ao lado de Neco, foi o artilheiro da competição. Após o feito, suas chuteiras ficaram em exposição na vitrine de um loja de joias raras no Rio de Janeiro. Nos dias atuais, ainda é considerado um dos maiores centroavantes que o Brasil já teve.

Polêmica na quantidade de gols

A polêmica em relação aos gols de “El Tigre” se deve à soma de um erro com uma falta de critério por parte do Jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva, o De Vaney. Acontece que o “velho Oscar”, pai de Fried, começou a anotar em pequenos cadernos todos os gols marcados pelo filho desde que começou a atuar.

Em 1918, o atacante confiou a tarefa a um colega do Paulistano, o center-forward (centroavante) Mário de Andrada, que seguiu a trajetória do craque por mais 17 anos, registrando detalhes das partidas até o encerramento da carreira de Fried, em 21 de julho de 1935, quando ele vestiu a camisa do Clube de Regatas do Flamengo (mas não marcou gols) num 2 a 2 contra o Fluminense.

A lenda ganhou consistência em 1962. Naquele ano, Mário de Andrada disse a De Vaney que tinha as fichas de todos os jogos de Fried, podendo provar que o craque atuara em 1.329 partidas, marcando 1.239 gols. Andrada, porém, morreu antes de mostrar as fichas a De Vaney.

Mesmo sem nunca comprovar esses dados, De Vaney resolveu divulgá-los, mas erroneamente inverteu o número de gols para 1.329. A estatística, no entanto, começou a rodar o mundo, e ainda por cima na forma errada. No livro Gigantes do Futebol Brasileiro, de Marcos de Castro e João Máximo, de 1965, consta que Fried marcou 1.329 gols.

Outros livros e até enciclopédias referendaram o registro. A FIFA, entidade máxima do futebol, chegou a “oficializar” os números, até que enfim, Alexandre da Costa conferiu os registros de todos os jogos de Fried em pelo menos dois jornais, “Correio Paulistano” e “O Estado de S. Paulo”, e chegou a dois números surpreendentes: 554 gols em 561 partidas.

“Não quis destruir o mito”, jura o autor de O Tigre do Futebol. “Adoro o Fried. Apenas quis esclarecer essa questão”. O problema é que não esclareceu completamente. Em Fried Versus Pelé (Orlando Duarte e Severino Filho), publicado semanas depois de O Tigre do Futebol, o jornalista Severino Filho chega a outros números: 558 gols em 562 partidas.

“Não há levantamento estatístico que não possa ser melhorado”, escreve o autor de O Tigre do Futebol. É verdade. Mesmo nos dias de hoje, com mais recursos disponíveis, as discrepâncias prosseguem até por três razões importantes: a primeira é que muitos dos jogos encontrados não possuem o placar e consequentemente quem marcou os gols o que deixa em aberto se Friendereich poderia ou não ter marcado diversos gols nestas partidas;

a segunda é que em uma época de futebol claramente amador as partidas eram, às vezes, diárias e com tempo de duração diferente, como partidas de torneio início que eram em média de vinte minutos;

a terceira é que Friendereich jogou muitas partidas por “combinados” de duas ou mais equipes, estaduais e nacionais, de amigos como a seleção de ex-alunos do Mackenzie em 03/06/30 ou dos jogadores Jorge Tutu Miranda e Jacaré e até, algo comum na época, divisões por conotações étnicas como nas três partidas em que fez pelo “Combinado dos brancos” contra o “Combinado dos pretos” em 1927 e 1928 assim muitas destas partidas podem nunca terem sido registradas, como por exemplo na derrota do Combinado Jacaré contra o Hespanha por 3 x 2 onde os dois gols da partida não tem registro de quem os marcou, sendo possível ambos terem sido de Friendereich, fatos como estes tornam a possibilidade dos gols e partidas serem maiores que as encontradas.

 

Fonte: Revista O Malho

Há 73 anos, a primeira transmissão do futebol no rádio, em Natal

A data de 21 de novembro de 1941 é histórica para o rádio e o futebol do RN. É que, nesse dia aconteceu, mesmo que de modo precário, a primeira transmissão de uma partida de futebol realizada no estádio “Juvenal Lamartine”. O narrador – Manoel Fernandes de Oliveira, também conhecido como “Leléu”, alguns anos falecido, bem como o comentarista,  Genar Wanderley, este, vítima de um desastre automobilístico na rua Apodi, ao lado a igreja Santa Terezinha. A emissora era a antiga Rádio Educadora de Natal (REN), ZYB-5, com estúdios à avenida Deodoro, 345.  Nesse dia, o estadinho da Hermes da Fonseca recebeu um grande público, não só para ver o clássico ABC x Santa Cruz (2×2), mas também ser testemunha ocular do primeiro jogo de futebol narrado por uma emissora de rádio. Lamentavelmente, como não havia gravadores, o evento ficou apenas histórico. O detalhe: não havia ainda a novidade do radinho de pilha, limitando-se a curiosidade do torcedor apenas em ver e ouvir o narrador “Leleu”.

Desse jogo histórico, poucos estão entre nós para contar a história. Os times foram estes: ABC com Edgar, Nezinho e Nezinho 2º, Simão, Hermes e Zé Lins, Nené, Joãozinho, Albano, Pageú e Tico. O Santa Cruz com Wallace, Zeno e Ferreira, Duda, Edval e Francisquinho, Manoel, Luizinho, Barbosa,  Lazito e Murilo.  A formação antiga era na base de goleiro, dois zagueiros, três médios (chamados de halfs) e cinco atacantes. Já se passam  mais de  70 anos, ficando  difícil  localizar alguns participantes daquela partida.

Apesar do relativo sucesso na transmissão, a emissora não conseguiu manter a assiduidade na transmissão de outros jogos. Geralmente, era escolhida  uma partida  importante (os ABC x América),  jogos da equipe do RN pelo Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais), sempre com Manoel Fernandes ou Chico Lamas transmitindo, comentários de Genar Wanderley, outras vezes de Eider Furtado ou Murilo Melo Filho. Com o tempo, outros nomes foram sendo treinados, mas ainda de forma muito amadora.
Durante muitos anos a Rádio Educadora imperou, absoluta, até surgir a primeira concorrente, que foi a Rádio Cabugi(atual Globo), inaugurada em 1954, mas sem a força política de hoje, até porque, inicialmente pertenceu ao senador  Georgino Avelino. Somente após ser adquirida pela família  Alves é que a emissora  ampliou sua popularidade e preferência dos  ouvintes/ eleitores de Aluízio Alves. Mesmo assim, sem ter ainda uma sede própria, saiu do  Largo de  São Pedro (local da igreja do mesmo nome, no Alecrim),  para a rua Princesa Isabel, centro da cidade, até  fixar-se em definitivo no  bairro da Ribeira, onde está até hoje, dominando a audiência no estado há vários anos. Com o surgimento da Rádio Nordeste, de propriedade do ex-governador Dinarte Mariz, principal adversário político dos Alves, a liderança da Cabugi ficou por algum tempo ameaçada. Havia muito equilíbrio, já que a concorrente formou excelente equipe esportiva. Depois, foi adquirida pela igreja “Assembleia de Deus”, transformando-se em emissora exclusivamente evangélica. Alguns anos atrás, surgiram a Rádio Rural, que acaba de completar 56 anos, e Rádio Trairi, depois transformada em Rádio Tropical, de um segundo grupo político – os Maia, de Tarcisio e seu filho José Agripino. Hoje, tanto a Tropical quanto a Cabugi/InterTV são afiliadas à CBN (do complexo Globo/ Brasil) e Rádio Globo/Brasil. A REN depois mudou de nome para Radio Poti(foto) e funcionava junto com o Diário de Natal na Cidade Alta.

fonte: Everaldo Lopes – Tribuna do Norte