Data: 06 de abril de 1941
Local: Joinville – SC
1º JOGO |
AMÉRICA |
0-0 |
SÃO LUIZ (3-2 ESC) |
2º JOGO |
CAXIAS |
1-0 |
AFONSO PENA |
3º JOGO |
CAXIAS |
0-0 |
AMÉRICA (3-2 ESC) |
CAMPEÃO – CAXIAS FUTEBOL CLUBE (JOINVILLE-SC)
Data: 06 de abril de 1941
Local: Joinville – SC
1º JOGO |
AMÉRICA |
0-0 |
SÃO LUIZ (3-2 ESC) |
2º JOGO |
CAXIAS |
1-0 |
AFONSO PENA |
3º JOGO |
CAXIAS |
0-0 |
AMÉRICA (3-2 ESC) |
CAMPEÃO – CAXIAS FUTEBOL CLUBE (JOINVILLE-SC)
BRITÂNIA SC (CURITIBA-PR) |
5 |
|
ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE DESPORTOS (JOINVILLE-SC) |
0 |
|
Data – 16 de março de 1941 | Local – Joinville – SC | |
Juiz – Sr. Schiavon | Caráter – Taça Cidade de Nova Friburgo – 1977 | |
Gols – não divulgado | ||
Britânia(PR): Vidro; Bororó e Cristóvão; Magro, Efigenio I e Efigenio II; Goes, Ivan, Lanzoni, José e Sanin. | ||
Associação(SC): Schmidt; Janjão e Thiago; Marinheiro, Suspiro e Lula; Diba (Pequi), Costinha, Cylo, Brandão (Jorginho) e Raul. |
Bonsucesso Deu Uma Virada Sensacional Em Cima Do Santa Cruz
O Bonsucesso Futebol Clube, do Rio de Janeiro, derrotou o Santa Cruz, por 3 x 2, anteontem (domingo, 14 de janeiro de 1968), no Estádio do Arruda, na primeira peleja realizada no Recife, no ano em curso. Foi um triunfo justo para uma equipe que, após um longo período de recesso e uma viagem estafante, num ônibus sem conforto, teve a capacidade de virar um escore adverso de 2 x 0.
Com três minutos apenas de jogo, o Bonsuça estava inferiorizado no marcador. E aos 82 minutos, estabeleciam um escore final para as suas cores, através de um atacante que tinha entrado em campo minutos antes.
REGULAR
Uma peleja entre dois quadros que estavam saindo de um período de paralisação não poderia oferecer muito mais do que foi presenciado no “Colosso“. Os locais começaram melhor, tinham mais noção de penetração e com facilidade chegaram a estabelecer um escore que deu a impressão de que poderia redundar em uma vitória fácil.
A verdade, porém, é que o Bonsucesso caíra na trama dos corais, na fase em que ainda tentava cozinhar a peleja, a fim de conhecer a força do adversário e descobrir a fórmula de contê-la. Isso não foi difícil, a partir do momento em que os locais, com vantagem numérica, diminuíram a velocidade nas ações, começando uma troca enfadonha de passes, principalmente entre os homens do meio de campo.
Era bola na direita e bola na esquerda, a todo instante, ocorrendo o esquecimento do uso dos ponteiros como meio de penetração, ou mesmo a exploração da velocidade de Uriel, que corria de um lado para o outro, sem que seus companheiros sentissem sua presença no lugar ideal para o passe.
Quando Ivo disparou uma bomba de fora da área e diminuiu a vantagem, era fácil perceber-se que os visitantes começavam a crescer em campo, passada a fase inicial de conhecimento do terreno e do adversário. Para manter a vantagem numérica, o Santa Cruz tinha apenas caminhos a seguir: brigar mais dentro da cancha e imprimir bom ritmo de velocidade ao jogo, ou então proceder a mudança de uma ou duas peças da equipe, que começavam a dar demonstração de fraqueza.
Se a presença de Duda, na lateral direita, um erro de palmatória, tinha sido sanada com a entrada de Agra, a deslocação de Adevaldo para o setor esquerdo, entrando Rivaldo como quarto zagueiro, foi a pá de cal nas últimas esperanças corais. O Bonsucesso, que não dorme de touca, sentiu a realidade coral e tratou de ir para frente, num trabalho sóbrio e eficiente.
Foi bem sucedido, conseguindo, inicialmente, o empate e a seguir estabelecendo o marcador final, após um lançamento sensacional de Ivo, no espaço vazio da defesa pernambucana.
REALIDADE
Não se pode afirmar que o encontro foi um deleite para a vista, mas pode-se dizer, com toda realidade, que o encontro ofereceu atração para os que gostam de futebol, como espetáculo, principalmente pela movimentação sensacional do placar, inclusive com a marcação de alguns tentos de boa feitura técnica.
O Santa Cruz começou bem e terminou entregando a peleja ao seu adversário, e não pode lamentar o que sucedeu, produto dos seus erros e deficiências. O Bonsucesso, que parecia uma vítima destinada ao sacrifício, soube reagir, no momento preciso, e fez jus ao triunfo que lhe dará forças para novos sucessos na excursão pelo Nordeste.
DESTAQUES
No Bonsucesso, Paulo Lumumba, Ivo e Gibira, foram os melhores. Enos demonstrou muito espírito de luta e Albérico não confirmou o cartaz. No Santa Cruz, Jório, Araponga, Uriel e Terto foram os destaques.
ARBITRAGEM
No comando do encontro, esteve o Sr. Sebastião Rufino, com um trabalho regular. Andou falhando, ao marcar falta em trancos normais e ao acusar faltas em disputas duras pela pelota.
SANTA CRUZ F.C. (PE) 2 X 3 BONSUCESSO F.C. (RJ)
LOCAL: Estádio José do Rego Maciel , o Arruda, no Recife (PE)
CARÁTER: Amistoso Nacional
DATA: Domingo,dia 14 de janeiro de 1968
RENDA: NCr$ 3.574,00 (três mil quinhentos e setenta e quatro cruzeiros novos)
PÚBLICO: 1.787 pagantes (700 senhoras e crianças e 305 permanentes) / 2.792 presentes.
ÁRBITRO: Sebastião Rufino (FPF)
SANTA CRUZ: Lula; Duda (Agra), Birunga, Adevaldo (Rivaldo) e Jório (Adevaldo); Norberto e Araponga; Joel, Uriel, Terto e Nivaldo.
BONSUCESSO: Ubirajara; Luís Carlos, Moisés, Paulo Lumumba e Albérico; Paulo César e Ivo; Gilbert (Antônio Carlos), Enos, Gibira e Valdir (Djair).
GOLS: Uriel e Norberto (Santa Cruz); Ivo; Rivaldo, contra; Antônio Carlos (Bonsucesso).
FONTE: Diário de Pernambuco (Pág. 9; Terça-feira, 16 de Janeiro de 1968)
Encontrei uma reportagem no Diário de Pernambuco, dando destaque ao título da Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, referente ao Campeonato de Futebol Mossoroense de 1967 (ao todo o clube faturou cinco edições: 1961, 1962, 1963, 1967, 1977). Abaixo a reportagem na íntegra:
MOSSORÓ (SERPES) – O Estádio Manuel Leonardo Nogueira, abriu seus portões, domingo passado (26 de novembro de 1967), para a realização da segunda partida da “série melhor de três”, dando curso ao Campeonato de Futebol Mossoroense, entre as equipes do Baraúnas e Potiguar, prélio que terminou com o resultado de quatro tentos a um para o primeiro.
A equipe do Baraúnas dominou amplamente o seu adversário, desde a etapa inicial mostrando um excelente sentido de penetração, com investida das perigosas contra a cidadela do Potiguar. Ao terminar o primeiro tempo, o quadro comandado por Dão já vencia, tranquilamente por 3 a 1, um adversário que não mostrava reação, repetindo a mesma atuação da primeira partida.
TENTOS E ARBITRAGEM
O principal artilheiro da tarde foi Batista, assinalando dois bonitos tentos. Etvaldo e Rivaldo completaram a contagem para o Baraúnas, sendo que o gol do Rivaldo foi contra. O gol de honra do Potiguar foi marcando por Rocha. Com uma brilhante atuação, o juiz Ailton Messias dirigiu a partida, auxiliado por Esperidião Estrela e Gutenberg Assis.
RENDA E BAFAFÁ
A renda atingiu o montante de NCr$1.740,00 (um mil setecentos e quarenta cruzeiros novos), foi a maior registrada durante do Campeonato de 1967. A partida foi das mais movimentadas tendo-se a registrar, lamentavelmente, a atuação do jogador Zé Antônio que, num ato de indisciplina atingiu a Batista, do Baraúnas, provocando tumulto, do qual resultou no encerramento da peleja por parte do juiz, quando ainda restavam sete minutos para o seu término normal.
BARAÚNAS 4 X 1 POTIGUAR
LOCAL: Estádio Manuel Leonardo Nogueira, o ‘Nogueirão’, em Mossoró (RN)
CARÁTER: Campeonato de Futebol Mossoroense
DATA: Domingo,dia 26 de novembro de 1967
RENDA: NCr$ 1.740,00 (um mil setecentos e quarenta cruzeiros novos)
ÁRBITRO: Ailton Messias
AUXILIARES: Esperidião Estrela e Gutenberg Assis
BARAÚNAS: Bosco; Paca, Panan, Valmir e Doca; Dão e Cícero; Lourinho, Nôpa, Batista, Benjamin (Jonas e, depois, Etvaldo).
POTGUAR: Diniz (Orlando); Bento, Rivaldo, Zé Antônio e Datonho; Altevir (Lima) e Jairo; Nazareno, Caristia (Pelé), China e Rocha.
GOLS: Batista, duas vezes, Etvaldo e Rivaldo, contra (Baraúnas); Rocha (Potiguar).
FONTES: Diário de Pernambuco – Wikipédia – Site do clube
CONFIANÇA AC (RIO DE JANEIRO-RJ) |
3 |
|
RETIRO SC (NOVA LIMA-MG) |
0 |
|
DATA: 12 de janeiro de 1946 | LOCAL: Rio de Janeiro / RJ | |
JUIZ: Aristides Figueira | CARÁTER: Amistoso Nacional | |
GOLS: Rubens (2) e Pelado | ||
Confiança(RJ): Garrido; Aldo e Cabrinha; Catita, bartholo e Cuco; Pelado, Ferreira (Amauri), Amauri (Rubens), Tião I e Carreirinha (Tião II). | ||
Retiro(MG): Papa Roma; Anízio e Alvinho (Orlando); Menininho, Jaime e Barbosa; Turrão, Zico II, Zico I, Oliveira e Vale. |
O América Football Club é uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). O Mecão foi Fundado no dia 11 de Novembro de 1920, e possui a sua Sede na Rua Monsenhor Bruno, 1.341, no Bairro Meireles, em Fortaleza. Acima, o escudo e uniforme do América em 1967, um ano depois de conquistar o Bicampeonato Cearense de futebol (1936 e 1966).
HISTÓRIA
Enquanto o time principal do Ceará conquistava todos os títulos na categoria que disputava, havia desde 1916, disputando e ganhando os campeonatos, a categoria infanto-juvenil, que apesar da conquista do tetra-campeonato em 1919, os garotos alvinegros não tinham espaço nos treinamentos, nas reuniões e nas comemorações dos adultos.
Cansados desse tratamento, em 1920 eles marcaram uma reunião em 11 de novembro, na casa do líder do movimento – Juvenal Pompeu Magalhães, quando se discutiu acaloradamente o tema e, ao final, por unanimidade, ficou certa a dissidência com todo o grupo infanto-juvenil deixando o Ceará Sporting Club e, como conseqüência, criando um novo clube a partir daquele dia, sendo decidido na ocasião, as cores de sua camisa, o seu presidente e que seu nome seria América Football Club.
O grupo fundador tinha Acrísio Faria de Miranda, Aluísio Gondim Ribeiro, Aníbal Câmara Bonfim, Dagoberto Rodrigues, Antonio Benício Girão, Miguel Aguiar Picanço Filho, Crisanto Moreira da Rocha, além do próprio Juvenal Pompeu.
O 1º presidente, escolhido por unanimidade, foi Acrísio Faria de Miranda, que depois se tornaria político de renome e importância na história do nosso Estado.
Na época da fundação do América Football Club, a população do Ceará era de 1. 315. 828 habitantes e da capital era de 78.221 habitantes. O Governador do estado era Justiniano de Serpa, o prefeito de Fortaleza era Rubens Monte e o a Acebispo de Fortaleza era D. Manuel da Silva Gomes.
GRANDES ATLETAS
Na opinião dos historiadores do futebol brasileiro, o maior atleta canhoto de todos os tempos foi Canhoteiro, que jogou pelo América, saindo daqui para o São Paulo e de lá para a Seleção Brasileira. Também Geroldo, na década de 50, jogou no Sport Recife e na Seleção Brasileira.
Além deles Mundico, um dos maiores goleadores da nossa história, Zeca Alencar que chegou ao Palmeiras e à Seleção Brasileira, Aloísio Linhares, Pedrinho, Luciano Frota, Luciano Diogo, Cícero, Fernando Carlos, Mozarzinho, Fernandinho, Baíbe, Loril, Ninoso, Vilanova, Osmar, Pinha, Ribeiro e centenas de outros.
GRANDES DIRIGENTES
Desde a sua fundação, em 1920, passaram pelo América, como dirigentes, muitos nomes ilustres, que dignificam a nossa história. A começar por Juvenal Pompeu e continuando com José Lino da Silveira, Aécio de Borba Vasconcelos, Marcílio Braune, Lívio correia Amaro, José de Borba, Vládine Pompeu, João Ramos de Carvalho, Cláudio Vilela Lima, Galba Gomes Gurgel, José Xerez, Herialdo Maia Cunha, José Chagas de Oliveira, Mileide Morais, Gianpaolo Damasceno, Alberto Damasceno e muitos outros.
VANGUARDA
Amparado pela Lei Zico, o América foi um dos primeiros clubes no Brasil a desmembrar do restante das atividades, a prática do futebol profissional e amador. Por decisão unânime dos seus dirigentes, transferiu direitos e deveres da prática futebolística para empresa criada com esta finalidade, denominada de AMÉRICA FUTEBOL COMÉRCIO INDÚSTRIA LTDA, que a partir de 1922 passou a administrar o futebol americano, completamente livre para fazê-lo, sem qualquer interveniência do antigo clube. Essa decisão ganhou divulgação pelo seu pioneirismo de inovar no esporte mais praticado no Brasil e estimulou outros clubes a tomarem caminho semelhante
COMÉRCIO EXTERIOR
Mesmo não trabalhando com atletas famosos e caros, o novo América buscou colocar os jovens valores com que trabalhava no mercado externo do Brasil, cedendo jogadores para clubes da Europa, Ásia, África e das Américas, abrindo um caminho por onde viajaram mais de uma centena de jovens.
Como equipe de futebol, ainda hoje detém, com muita honra, o privilégio de haver sido o time cearense que mais jogou fora do Brasil, registrando inclusive, resultados honrosos, como a vitória por 1 a 0 sobre a seleção Nacional da Guiana Francesa e o empate sem gols com a seleção de Trinidad e Tobago, na gestão do Dr. Vládine Pompeu.
BICAMPEÃO CEARENSE
O seu maior feito ocorreu entre as décadas de 30 e 60. Quando se sagrou Bicampeão do Campeonato Cearense em 1935 e 1966. O América foi perdendo terreno e prestigio até que em 1997 acabou rebaixado para Segunda Divisão e, em 2004, nova queda, desta vez para a Terceirona Cearense.
Contudo, em 2013, o Mecão sagrou-se campeão. Atualmente o clube disputa a Série B Cearense. O histórico ex-presidente do clube, o jornalista e radialista Alberto Damasceno, após 23 anos no cargo, foi substituído por seu filho, Jean Paolo Damasceno, no fim dos anos 2000. Em 2009 o clube passou para as mãos do atual presidente Cleston Sousa Santos.
Recentemente, o clube ganhou espaço no noticiário nacional por conta da contratação do jogador Mário Jardel, cearense que já vestiu a camisa de grandes clubes, do Brasil e do exterior, como o CR Vasco da Gama, Grêmio FBPA, FC Porto, Sporting CP, Galatasaray, chegando inclusive a ser convocado para a seleção brasileira.
CURIOSIDADES
No Futsal, mesmo estando ausente do campeonato adulto desde 1969, ainda permanece como o segundo clube a ter mais títulos com oito conquistas: 1955, 1961, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969. O mascote do América é a Águia, que a partir da década de 1990 virou o mascote oficial do clube, em substituição ao Diabo, o mascote anterior. As cores do uniforme do América são o vermelho e o branco, sendo que o 1º uniforme consiste de camisa, short e meiões vermelhos. O 2º uniforme é inteiramente na cor branca.
TÍTULOS
Campeonato Cearense: 1935 e 1966.
Campeonato Cearense – Terceira Divisão: 2013
Torneio Início do Ceará: 6 vezes (1924, 1950, 1956, 1957, 1963 e 1970).
Campeão Cearense Aspirante: 1937, 1939 e 1948
Campeão Cearense Infantil : 1921, 1922 e 1940
Campeão Cearense Juvenil : 1933
Vice-Campeão Cearense: 1933, 1934, 1940, 1943, 1948, 1954
Taça Brasil Norte: 1967.
Vice-Campeão Cearense Aspirante: 1949
Vice-Campeão Cearense Infantil : 1925, 1928
Vice-Campeão Cearense Juvenil : 1929
PARTICIPAÇÕES NOS ESTADUAIS
Primeira Divisão: 1921 a 1927, 1933 a 1935, 1938, 1940 a 1942, 1948 a 1997.
Segunda Divisão: 1998 a 2004 2014-atual.
Terceira Divisão: 2005 a 2013.
HINO: AMÉRICA F.C.
América, América, América
O grande amor de todos nós
Rumo certo de nossas crianças
Orgulho de nossos avós
Tua história começa juvenil
O futuro projeta vitórias mil
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil
Cada esporte praticado
Cada título conquistado
Enobrece o teu presente
Fortalece o teu passado
América que todos amam
Clube forte e varonil
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil
Tua cor é vermelho forte
Estímulo para os atletas
O lema é “Paz no Esporte”
Da escola, o brado de alerta
América, meu, seu, de todos nós
América, América, América
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil
HinoAmérica, América, América
O grande amor de todos nós
Rumo certo de nossas crianças
Orgulho de nossos avós Tua história começa juvenil
O futuro projeta vitórias mil
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil Cada esporte praticado
Cada título conquistado
Enobrece o teu presente
Fortalece o teu passado América que todos amam
Clube forte e varonil
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil Tua cor é vermelho forte
Estímulo para os atletas
O lema é “Paz no Esporte”
Da escola, o brado de alerta América, meu, seu, de todos nós
América, América, América
Tu és orgulho cearense
Tu és orgulho do Brasil
FONTES: Site do Clube – Wikipédia – Diário de Pernambuco (Pág. 14, do dia 12-09-1967)
Segue na íntegra.
Após 27 dias na capital amazonense, o América Sport Club, de São Luís (MA), realizou um total de seis jogos. Uma vitória, um empate e quatro derrotas; marcando nove gols e sofrendo 18, um saldo negativo de nove. A equipe alvirrubra começou a série de jogos amistosos no dia 26 de janeiro de 1928, num domingo.
Os ingressos para o jogo do time visitante contra o Nacional ficaram á venda no Pavilhão Universal, Leitaria Amazonas, Ponto Chic e Leitaria do Mercado. Desde cedo, os bondes da “Manáos Tranways” e automóveis começavam a chegar cheio de passageiros, pois era a primeira vez que um clube do Maranhão (e do nordeste) jogaria em Manaus.
1°JOGO: NACIONAL X AMÉRICA
O Parque Amazonense estava lotado e, contando com a ilustre presença do Governador do Amazonas, Efigenio Salles. Antes do jogo houve uma partida preliminar de basquete entre dois times do 27° batalhão de caçadores. Precisamente as 16 horas e 10 minutos,o árbitro Paulo Cerqueira entrava em campo com os dois times.
NACIONAL: Zé Lopes; Rodolpho e Pequenino; Luiz, Eduardo e Sócrates; Orlando, Leonardo, Marcolino, Secundino e Rochinha.
AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Rayol e Negreiros; Câmara, Clarindo e Travassos; Almeida, Cardoso, Teixeira, Nonô e Guimarães.
Ao entrar em campo, o Nacional foi recebido com uma grande salva de palmas. Depois, era a vez do governador ser saudado e, por último, os jogadores do América.
O pontapé inicial coube ao América. Mas quem abriu o placar foi o Nacional. Aos 17 minutos, Rochinha, aproveitando um cochilo da defesa americana, marca o primeiro gol dos donos da casa. A equipe maranhense bem que tentou, criando duas boas chances, mas o goleiro Zé Lopes praticou defesas arrojadas.
Veio o segundo tempo e com ele, o Nacional conseguiu se impor. Rochinha novamente voltou a marcar.O goleiro Manoelzinho machuca-se e o jogo é suspenso por alguns minutos. Com a bola rolando novamente, é a vez de Secundino marcar o terceiro gol. E, aproveitando uma falha da defesa contrária, Leonardo escapa e assinala o quarto gol, decretando assim o placar final: NACIONAL 4 X 0 AMÉRICA.
Estádio Parque Amazonense, em Manaus
2° JOGO: AMÉRICA X COMBINADO LUSO-BRASILEIRO
O segundo compromisso do time de São Luis seria contra o combinado Luso-Brasileiro que, como o nome acusa, era formado pelos melhores jogadores amazonenses e portugueses de Manaus. O jogo foi marcado para o dia 29 de janeiro, no Parque Amazonense.
Devido a forte chuva que caiu naquele domingo pela manhã, acabou impedindo a presença de um público numeroso. Foi posta a Taça Magalhães de Almeida, para ser entregue ao time vencedor. Às 16 horas e 10 minutos deu entrada o juiz Mem Xavier, junto com os dois times.
COMBINADO: Francis; Gentil e Manteiga; Carlito, Ricardinho e Luiz; Pedro, Patrício, Leopoldo, Tácito e Pombinho.
AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Câmara, Negreiros e Travassos; Almeida, Pedro, Clarindo, Cardoso e Guimarães.
O professor Coriolano, representante do prefeito, deu o pontapé simbólico da peleja. Logo no primeiro minuto, Clarindo abre o marcador para os maranhenses. Clarindo ainda marcou outro gol, mas foi anulado devido ele ter posto a mão na bola. Logo depois é a vez de Cardoso marcar o segundo do América. E assim terminou o primeiro tempo com a vantagem do time visitante.
No segundo tempo, Patrício pegou a bola e, cara a cara com o goleiro americano, perdeu um gol feito, chutando por cima do travessão. Logo depois, Pedro deu belo passe para Tácito, que diminuiu para o Combinado. E assim terminou o jogo: AMÉRICA 2X1 COMBINADO LUSO-BRASILEIRO.
O zagueiro Oliveira do Rio Negro e que jogou contra o América
3°JOGO: RIO NEGRO X AMÉRICA
O penúltimo compromisso do América seria contra o campeão amazonense,o Rio Negro, no dia 2 de fevereiro. Mesmo de baixo de forte chuva, que caiu antes do jogo, a presença da torcida foi grande. A colônia maranhense de ofereceu aos dirigentes a Taça Eduardo Ribeiro a ser ofertada ao time vencedor. Os times entraram em campo com a seguinte escalação:
RIO NEGRO: Luciano; Tininga e Oliveira; Catita, Maluco e Osvaldo; Augusto, Vidinho, Cyro, Waldemar e Jacy.
AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Câmara, Negreiros e Travassos; Almeida, Clarindo, Guimarâes, Pedro e Cardoso.
A saída coube ao Rio Negro. Logo no início, Augusto bombardeia a trave americana. Cyro atira ao gol, Vidinho divide a bola com Manoelzinho e assinala o primeiro gol do Rio Negro. Waldemar,bem colocado, recebe ótimo passe e marca o segundo gol.E assim terminou o 1º Tempo com vantagem dos rio negrinos por 2 a 0.
No segundo tempo, é a vez de Vidinho balançar pela terceira vez as redes do América. Depois,Waldemar recebe a bola e, sem marcação, de frente para Manoelzinho, marca o quarto e último gol do time barriga-preta. O América passa a atuar com nove homens por se haverem retirado os jogadores Cardoso e Travassos. Mesmo em desvantagem numérica,o alvirrubro maranhense ainda conseguiu fazer seu gol de honra através de Pedrinho. Placar final: RIO NEGRO 4 X 1 AMÉRICA.
O atacante da seleção do Amazonas Leonardo que marcou três gols contra o América.
4 °JOGO: SELEÇÃO DO AMAZONAS X AMÉRICA
Era o último jogo da série de quatro do time visitante.O adversário dos maranhenses era agora a seleção amazonense. O jogo foi realizado no dia 5 de fevereiro, no Parque Amazonense.
Para o time vencedor havia um outro prêmio, a Taça Efigenio Salles. O juiz escolhido foi Lucano Antony. Dessa vez fez sol forte, o que ocasionou a presença de muitos torcedores. Às 16 horas e 20 minutos iniciava-se o jogo com os seguintes times:
AMAZONAS: Zé Lopes; Manteiga e Rodolpho; Luiz,Eduardo e Sócrates; Orlando, Pedro, Rochinha, Leonardo e Marcolino.
AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Travassos, Negreiros e Câmara; Almeida, Pedro, Clarindo, Cardoso e Guimarães.
Na preliminar houve um jogo em que o Independência ganhou de 3 a 1 do Manáos Sporting. Começado o jogo, o goleiro maranhense Manoelzinho faz duas excelentes defesas. Aos 10 minutos Leonardo recebe de Eduardo e assinala o 1º gol do Amazonas. Depois, Rochinha recebe de Orlando e marca, mas o juiz anula por impedimento. Após um chute de fora da área, o goleiro Zé Lopes não conseguiu segurar, e no rebote, Almeida tocou para o fundo das redes, deixando tudo igual.
Depois, Marcolino atira para a direita, Rayol fura e Orlando, soltou uma bomba para recolocar o Selecionado Amazonense em vantagem. Na etapa final, Rodolpho faz marcou o terceiro gol do Amazonas. Mas o América revida através de Cardoso que,aproveitando uma rebatida de Zé Lopes, empurra a bola para as redes, marcando o segundo de seu time.
Mas a reação maranhense dura pouco, já que Leonardo recebe de Luiz, livra-se da defesa americana e assinala o quarto. E, na seqüência, Orlando apodera-se da bola e a cruza. A bola bate em Travassos e desvia, sobrando para Leonardo que chuta e assinala o quinto tento. Já quase no final do jogo o atacante americano Guimarães se revolta contra uma decisão do juiz e o ofende com gestos obscenos, acabando por ser expulso. Leonardo foi o melhor do Amazonas e Clarindo foi o destaque do América. Placar final: AMAZONAS 5 X 2 AMÉRICA
A PERMANÊNCIA E MAIS DOIS JOGOS
Concluída a série de quatro jogos, o time maranhense resolve estender sua estadia em Manaus e é convidado para realizar mais dois jogos. O primeiro foi contra o Manáos Sporting, no dia 9 de fevereiro, no Parque Amazonense. Foi posta a Taça Estado do Amazonas para o time vencedor.
Em campo o Sporting ganhou por 1 a 0, gol de Leopoldo.O segundo jogo foi novamente contra o Nacional, no dia 12 de agosto. O jogo foi também realizado no Parque Amazonense e promovido pelo dispensário maçônico.Dessa vez não houve goleada do Nacional e sim um empate de 3 a 3. Pedrinho, Almeida e Clarindo marcaram para o América; enquanto Leonardo, Rochinha e Travassos (contra) para os nacionalinos.
ssim, depois de 22 dias em Manaus, a delegação maranhense finalmente embarcava no vapor “Prudente de Moraes“, no dia 15 de fevereiro, às 22 horas, despedindo-se do Amazonas e retornando a São Luis, no Maranhão.
FONTE & FOTOS: Professor e Pesquisador do Futebol Amazonense, Gaspar Vieira Neto – Baú Velho