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Antes de 1921, um grupo de colonos portugueses, funda o grupo desportivo “ÁGUIAS NEGRAS” que daria a origem ao Grupo Desportivo de Lourenço Marques (GDLM). Alguns desses colonos, eventualmente, pertenceriam à franco-maçonaria portuguesa. E Pluribus Unum (Todos por um – Um por todos), é uma sigla maçónica e seria a do GDLM, a mesma do Sport Lisboa e Benfica (SLB). Apesar de benfiquistas em Portugal, os dirigentes do Desportivo (1959/60), recusam-se a serem filiais do SLB – Benfica. Era o embrião do nacionalismo branco moçambicano. Com apoio da CMLM ( Câmara Municipal de Lourenço Marques), os dissidentes do GDLM, com fervor patriótico lusitano, fundam o Benfica na Costa do Sol.
O Desportivo era por excelência, em Lourenço Marques, dos dois clubes da baixa (dos brancos), o mais popular nos subúrbios de esmagadora maioria negra e mestiça. Essa popularidade vinha da particularidade (apesar da época) de ser o clube menos racista. No Desportivo, não havia racismo na prática desportiva. Essa tradição, somente era superada pelo 1º de Maio, clube de operários e de anarco – sindicalistas, desterrados da metrópole colonial, Portugal. Foi no 1º de Maio que os primeiros atletas negros e mestiços jogaram em clubes de brancos da baixa laurentina. O 1º de Maio é fundado em 1 de Maio de 1917 e o Desportivo em 1921. O primeiro nome do 1º de Maio foi ‘Os Vermelhos’. Mais tarde, no Estado Novo português , tiveram de mudar de nome por razões políticas.

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Na época em que ainda era colônia portuguesa o clube alvinegro da então capital era considerado uma das grandes forças do futebol moçambicano.O Grupo Desportivo Lourenço Marques foi fundado em 31 de maio de 1921,posteriormente a sua fundação conquistou vários títulos da então Liga Distrital de Lourenço Marques,foi campeão nos anos de 1925,1926,1927,1929,1937,1944,1945,1946,1952,1956,1957,1959.
Um dos clubes mais populares do período colonial o clube se consolidou também no cenário desportivo,com equipes de basquete,handebol,futsal e outros esportes além do futebol,seu carro-chefe.
Com a independência nacional em 1976 o time da Águia mudou de nome para Grupo Desportivo Maputo,conquistando logo um bicampeonato em 1977,1978.Vieram os anos 80 e somaram-se mais dois títulos nacionais em 1983 e 1988 e uma copa em 1983,culminando com a chegada as semifinais da Recopa Africana em 1990.Após esta fase de positiva o clube começou a entrar em crise financeira,levantou o título de 1995 e parou por aí,sua parte social também entrou em declínio e o tradicional Desportivo começou a perder terreno para os rivais,sempre com participações lamentáveis nos campeonatos nacionais e o antes GRANDE CLUBE da capital ficou atrás com os anos passando de seus rivais locais o Costa do Sol, Maxaquene e o Ferroviário de Maputo,tornando-se a quarta força do país,mas continuando com um dos mais tradicionais times e que ainda contava com uma torcida numerosa e fiel por todo o país.

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Primeira sede

Foi então que em 2003 o clube começou a emergir das cinzas.Se estruturou,começou a disputar o campeonato nacional com mais sucesso e apoiado por sua fanática torcida,em 2006 finalmente conquistou após 11 anos o campeonato moçambicano.O GIGANTE HAVIA RETORNADO.Houve uma comoção nacional com a volta do tradicional alvinegro da capital as conquistas e a elite do futebol do país.Nesta temporada de 2007,mais uma vez o clube disputou bem o campeonato ficando com o vice.

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Sede atual

O Desportivo Maputo atua no seu estádio com capacidade para 12.000 espectadores.Usa uniforme todo negro e seu símbolo é a Aguia.Nesta sua longa existência inúmeros jogadores passaram com destaque pelo tradicional clube,foram eles S.Butaria,Amade Chababe,Dinis,Eusebio,Mike Mhlanga,Nando Perdigão,Pedro,Xande,Octavio Da Sa,Serge Faife e nos últimos dois anos o médio-ofensivo Dominguez,titular da seleção nacional e que acaba de se transferir para o futebol sul-africano.
É também do Desportivo, a única atleta de Moçambique de nível mundial, Lurdes Mutola. Atleta do Atletismo, não do Futebol. Foi formada no Desportivo pela mão do seu treinador Stélio Craveirinha.

Fontes:Livro Guia do Futebol Africano e QUO VADIS DESPORTIVO?”, de JOÃO CRAVEIRINHA.