Amarildo substitui Pelé e tem grande participação na Copa que consagrou Garrincha. O maior craque da Copa do Mundo de 1962, realizada no Chile, onde o Brasil ganhou o bicampeonato, foi incontestavelmente Garrincha, apelidado o gênio das pernas tortas, um fenômeno do futebol. Mas a nossa seleção teve pelo menos mais um herói naquele torneio, o também atacante Amarildo, que Nélson Rodrigues, num rasgo de euforia, passou a chamar de possesso. Amarildo Tavares Santana nasceu em Campos, interior do Rio de Janeiro – assim como Didi, o craque da Copa de 1958 – em 29 de julho de 1940. O atacante iniciou sua carreira no Botafogo, na segunda metade da década de 50 e permaneceu no clube alvinegro até 1963, quando foi negociado com o Milan. Na Itália, defendeu depois a Fiorentina, de 1967 a 1970, e a Roma, de 1970 a 1972. Talvez os próprios cruzmaltinos não se recordem, mas Amarildo, em breve regresso ao Brasil, defendeu as cores do Vasco da Gama, conquistando pelo clube cruzmaltino o Campeonato Brasileiro de 1974. Sagrou-se também, por outros clubes, bicampeão carioca de 1961 e 1962, campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1962, da Copa da Itália de 1967 e do Campeonato italiano de 1969. Pela Seleção Brasileira, fez 24 jogos e nove gols, entre 1961 e 1966. Além do Mundial de 1962, levantou outras quatros taças com a camisa Amarelinha: Bernardo O’Higgins em 1961; a Oswaldo Cruz em 1961 e 1962; e a Copa Roca – tradicional confronto com a argentina – em 1963. Amarildo iniciou a Copa do Mundo de 1962 como reserva e, a partir do segundo jogo, com a contusão de Pelé, recebeu a árdua tarefa de substituir o maior jogador de futebol de todos os tempos. Pois o Possesso acabou tendo participação decisiva, marcando dois gols na vitoria de 2 a 1 sobre a Espanha, que garantiu a vaga do Brasil nas quartas de final, e outro na final, quando o time fez 3 a 1 na Tchecoslováquia e conquistou o bicampeonato mundial. Os campeões da Copa daquele ano;
Gilmar e Castilho (goleiros).
Jair Marinho, Djalma Santos, Altair e Nilton Santos (laterais).
Bellini, Mauro, Jurandir e Zózimo (zagueiros).
Zequinha, Zito, Didi e Mengálvio (apoiadores).
Jair da Costa, Garrincha, Coutinho, Vavá, Pelé, Zagallo e Pepe (atacantes).
Fonte: Jornal Lance.