ADEUS DE UM ÍDOLO.

Sorín leva mais de 40 mil torcedores ao Mineirão no amistoso de sua despedida. Sorín e mais 21 em campo. Foi esse o tom da de despedida do argentino do futebol. A partida com a vitória do Cruzeiro sobre o Argentinos Juniors por 2 a 1 garantiu a festa da torcida cruzeirense que compareceu em peso no Mineirão, exatos 42.218 torcedores geraram 90 mil toneladas de alimentos a serem doados para a caridade. Para quem viu a partida ficou no ar a certeza da razão que levou o argentino a decretar a aposentadoria. Sem ritmo, Sorín não foi sombra do que fez para entrar para a História do Clube. Coube a Bernardo e Guerrón garantirem a festa no amistoso para o ídolo. Cativou pela vontade, mas, sobretudo, por nunca ter faltado com a vontade. Vestiu a camisa do Argentinos nos primeiros minutos do segundo tempo e a beijou ao tirar para novamente defender o Cruzeiro. E foi ainda com a camisa do clube que o revelou que alçou Bernardo na comemoração pelo primeiro gol celeste. Antes do jogo, show do Skank e uma pelada de 40 minutos com amigos. No discurso, antes da execução dos hinos nacionais de Brasil e Argentina, Sorín discursou com os olhos marejados o prazer de ter defendido o Cruzeiro. Estava desfeita a rivalidade. Depois do jogo, volta olímpica com beijos e acenos para a torcida celeste.  Com a bola rolando, não fez por menos. No melhor estilo Sorín partiu para o ataque e chamou a responsabilidade. Virou quase um centroavante. Tentou de falta, em cabeceio, em chute de longa distancia. Não deu. E o gol armado não faria jus ao talento e raça, que não mentem sua origem. Ao fim do jogo, desabafou. -Agora sim, sou um ex-jogador. É muita dor, sei que vai ser difícil. Mas foi minha decisão e estou feliz por ela. Fico feliz por ter contribuído – disse ele mostrando a humildade comum aos ídolos.

Fonte: Lance

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