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“Tudo é Fla-Flu, o resto é paisagem”. (Nelson Rodrigues)
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Em 21 de dezembro de 1919:
Fluminense 4 x 0 Flamengo (Flu tricampeão).
Local: Laranjeiras.
Público presente: cerca de 20 mil torcedores.
Gols: Machado (2), Welfare e Bacchi.
“[Japonês, do Flamengo, bate o penâlti e] Marcos cai de um lado e rebate a bola com a mão. Sidnei invade a área e emenda. Marcos rebate de novo. Japonês corre e chuta outra vez. Marcos segura a bola. A multidão ficou parada, sem compreender logo, tal qual um cômico de cinema que só percebe, minutos depois, a graça de uma anedota. … A bola estava longe quando a torcida despertou, prorropendo em aplausos” (Mário Filho).
Em 23 de novembro de 1941:
Fluminense 2 x 2 Flamengo 2 (Flu campeão).
Local: Gávea.
Público presente: cerca de 15 mil torcedores.
Gols: Pedro Amorim e Russo, para os tricolores; Pirilo, para o Flamengo.
“[Faltavam seis minutos para o jogo acabar, quando os rubros-negros empataram, mas só a vitória lhes interessava] A bola caía na Lagoa. O cronometrista travava o cronômetro. E o tempo parava. O Flamengo queria que o cronômetro parasse, o Fluminense que corresse. Eram duas concepções de tempo que se chocavam, irreconciliáveis. Não é possível, o cronômetro não anda. E andava, bem que andava. Para o Flamengo corria. A angústia fazia com que para o Fluminense o tempo parasse; e corresse, desembestado, para o Flamengo” (Mário Filho).
Em 15 de dezembro de 1963:Flamengo 0 x 0 Fluminense (Fla campeão).
Local: Maracanã.
Público pagante: 177.020 torcedores.
“Amigos, o berro da legião flamenguista, ao soar o apito final, comoveu o Maracanã em suas raízes eternas…” (Nelson Rodrigues).
Em 15 de junho de 1969:
Fluminense 3 x 2 Flamengo (Flu campeão).
Local: Maracanã.
Público pagante: 171.599 torcedores.
Gols: Wilton, Cláudio e Flávio, para o Flu; Liminha e Dionísio, para o Fla.
“Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã já é uma lenda. A realidade, contudo, é muito maior. A memória que em mim para sempre ficará do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana” (Hugh McIllvaney, correspondente do Observer, de Londres).
Em 16 de dezembro de 1984:
Fluminense 1 x 0 Flamengo (Flu campeão).
Local: Maracanã.
Público pagante: 153.520 torcedores.
Gol: Assis.
“Quando o urubu, solto pela torcida rubro-negra, antes do jogo começou a sobrevoar o anel da arquibanda, senti que a sorte estava lançada. Na primeira passagem os flamenguistas comemoraram o vôo do seu símbolo, que, ao passar do lado tricolor, foi bombardeado por rojões tricolores, sem qualquer resultado; na segunda passagem, os rubro-negros, eufóricos, saudavam o pobre urubu, já cansado, que, mesmo assim, conseguiu sair incólume, mais uma vez, do nosso bombardeio, provocando incontido entusiasmo entre os adeptos do clube da Gávea. Na terceira passagem por cima dos arquibaldos tricolores, finalmente o urubu foi abatido. Uma explosão de alegria carnavalesca animou a galera tricolor, como se um gol fora feito. Começamos a ganhar o jogo exatamente naquele momento” (Moacy Cirne).
Em 25 de junho de 1995:
Fluminense 3 x 2 Flamengo (Flu campeão).
Local: Maracanã.
Público pagante: 109.204 torcedores.
Gols: Renato Gaúcho (2) e Leonardo, para o Flu; Romário e Fabinho, para o Fla.
“… Ailton, rejeitado pelo presidente Kleber Leite no começo da temporada, driblou Charles duas vezes pelo setor direito de ataque e chutou com raiva. A bola iria para fora, mas bateu na barriga de Renato Gaúcho e entrou” (Clóvis Martins).