Protegido: Jogo Histórico – Senhor dos Passos

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Senhor dos Passos FC X EC Pau Grande

O Senhor dos Passos conseguiu um sensacional empate por um tento com o EC Pau Grande, quando Garrincha despontava para o futebol brasileiro e, se tornaria um dos expoentes do selecionado brasileiro, conquistando as copas de 58 e 62.
Das mais sensacionais foi a peleja que o Pau Grande e o Senhor dos Passos travaram no campo do primeiro, na Raiz da Serra.
Os maiores méritos do prélio, sem dúvida, cabem ao Senhor dos Passos. Isso, unicamente pelo fato de haver conseguido um resultado que, sob todos os pontos de vista foi ótimo: um grande empate frente a uma equipe que desde o princípio do ano vem impondo, em seus próprios domínios, severas goleadas a todas as suas rivais.
Outros sim, uma das razões pelas quais o Senhor dos Passos pode considerar o empate de um tento como uma verdadeira vitória, foi a maneira pela qual ele foi conseguido pelo adversário. Com um pênalti que, absolutamente, nunca existiu. Uma jogada que classicamente se enquadraria na penalidade: “jogo perigoso” e nada mais! Todavia, se o árbitro errou assinalando a penalidade máxima. Assim como ele marcou erroneamente o pênalti, igualmente falhou, e em várias oportunidades, assinalando faltas quando o jogador atingido levava clara vantagem no lance, prejudicando, assim, sua ação.

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Um dos perigosos ataques dos “alvinegros”, desfeitos pela oportuna intervenção do arqueiro do Senhor dos Passos.

A peleja, em si, foi movimentadíssima. Constituiu-se, mesmo, num espetacular duelo entre a defesa visitante e a vanguarda local, uma vez que, o ataque tricolor carioca mostrou-se um tanto apático. Todavia, os seis defensores do clube da zona árabe deram uma notável demonstração de bom futebol, neutralizando uma linha das mais perigosas, de quantas temos visto.
A primeira fase do cotejo, conquanto um tanto parada, mercê o intenso calor e o medo evidente de “pregar”, dos 22 litigantes, mesmo assim, agradou. E o marcador manteve-se em branco, com as ações divididas eqüitativamente entre os dois quadros.
Na fase derradeira, O Pau Grande levou vantagem até que surgiu o tento do Senhor dos Passos, marcado por Zé Luiz, de cabeça. Daí até o quadragésimo minuto, ante a animação do gol e às perspectivas de vitória, os visitantes comandaram as ações. Surgiu, então, a penalidade máxima de que já falamos acima e que viria, pelos pés do atacante Garrincha a constituir-se, momentos após, no veículo dos locais rumo ao empate. Daí até o final, as ações novamente equilibraram-se finalizando o cotejo com o empate de 1×1.

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Mané Garrincha já no Botafogo, participou da peleja contra o Senhor dos Passos

Osvaldo, goleiro do Senhor dos Passos, foi, sem dúvida, a maior figura da cancha. Atuou notavelmente, somente sendo batido pelo pênalti chutado pelo “ídolo” Garrincha. Secundando-o vieram nesta ordem, Carlinhos, Garrincha e Atinha. Esses, os melhores da cancha. Cumpre, todavia, assinalar a magnífica atuação do sexteto defensivo do Senhor dos Passos, o qual, a rigor, garantiu o resultado final da peleja. Uma grande defesa, sem dúvida. Houvesse um ataque positivo, completando o time, e o tricolor carioca, não negamos, traria uma vitória espetacular e insofismável da Raiz da Serra. Por outro lado, vamos, por direito frisar também, que o E.C. Pau Grande, talvez por influência do forte calor reinante, ou da severa marcação sofrida, pelos seus homens, não apresentou-se na plenitude de suas condições técnicas.

Senhor dos Passos: Osvaldo; Nelson e Carlinhos; Nando; Fauze e Juquita; Boteco, Felipe, Edmundo, Zé Luiz e Abdalla.
Pau Grande: Duca (Miguel); João e Atinha; Barcelos, Pirão e Sílvio; Garrincha, Vuvú, Diquinho, Arlindo e Valter.

Fontes:
Site do Clube
Arquivos pessoal

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