Almir Pernambuquinho: Infernal dentro e fora de campo

 

Um legítimo ‘Bad Boy’! Nos anos 90, era comum a imprensa chamar os jogadores polêmicos por Bad Boy (rapaz mau) como foram os casos de Romário, Edmundo, entre outros.

Mas quem conheceu Almir Moraes de Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, garante: os jogadores citados acima eram fichinha. Natural de Recife (PE) nasceu em 28 de outubro de 1937, Almir iniciou a carreira no Sport.

As atuações destacadas fez com que o Vasco da Gama o contratasse; da mesma forma que anteriormente, o clube trouxera Ademir Menezes e Vavá, outros pernambucanos ídolos em São Januário.

No final dos anos 50, já exibia um futebol de craque que o levou brilhar em um ataque que tinha Sabará, Rubens, Vavá, Almir e Pinga na conquista do Torneio Rio São Paulo de 1958. Na decisão do campeonato, disputada no dia 6 de abril, o time carioca goleou a Portuguesa por 5 a 1 no Pacaembu.

Contudo, na mesma proporção em Almir Pernambuquinho infernizava os seus marcadores, também tinha gênio incontrolável dentro de campo. Fora das quatro linhas o temperamento explosivo encurtou a sua vida.  

Destaque também do Vasco supersupercampeão carioca de 1958 – eram famosos os seus duelos com o zagueiro Pavão, do Flamengo -, Almir foi negociado em 1960 para o Corinthians, em uma das transferências mais vultosas feitas entre clubes brasileiros. À época, era considerado pela imprensa o “Pelé branco“.

Almir no Boca Juniors

Do Corinthians, em que teve rápida passagem, partiu para a sua trajetória por diversos clubes, iniciada no Boca Juniors (1961/62)… 

Almir no Genoa

Genoa, da Itália (1962)…

Santos (1963 e 1964), onde conquistou o título de campeão da Libertadores e do Mundial de clubes…

 

Flamengo nos anos de 1965 , 1966 e 1967)….

Até se despedir pelo América do Rio, em 1967.

Pela Seleção Brasileira, foi convocado para o início da preparação para a Copa do Mundo de 1958 e participou do Campeonato Sul-Americano de 1959, em Buenos Aires. Disputou oito jogos, marcou um gol, e participou também da conquista da Copa Roca e da Taça do Atlântico em 1960.

Almir e o seu temperamento explosivo

Então, aos 36 anos, Almir foi assassinado no dia 6 de fevereiro de 1973, por um grupo de portugueses, no bar “Rio-Jerez”, em frente à Galeria Alaska, no Bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Conhecido por ser “catimbeiro, valente e brigão”, Allmir envolveu-se numa discussão e acabou morto a tiro ao intervir em uma situação onde seus assassinos, que eram flamenguistas, estavam mexendo com travestis.

 

Fontes: CBF / Jornal dos Sports / Jornal do Brasil /

Fotos: Jornal dos Sports / Manchete / Jornal do Brasil / CBF 

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

Um comentário em “Almir Pernambuquinho: Infernal dentro e fora de campo

  1. Walter Iris

    Sérgio Mello.
    O Almir Pernambuquinho não despediu do futebol pelo America em 1967, mas em 1968, no jogo válido pelo Campeonato Carioca, realizado em 26 de maio, Vasco 1×0 America.
    America: Rosan; Sérgio, Mareco, Alex, Veríssimo, Mareco e Leon; Badeco e Thadeu Ricci; Almir Pernambuquinho, Edu e Ramón.

    Estréia: Amistoso em Juiz de Fora.
    Data: 15/08/1967
    AMERICA 3×0 TUPINAMBÁS
    Gols: Antunes, Eduardo e Almir Pernambuquinho.
    America: Arésio; Sérgio, Alex, Aldeci (Mareco) e Dejair; Farah e Ica (Wilson Valença); Jorginho, Antunes (Tonel), Almir Pernambuquinho (Arthur) e Eduardo.

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