Seleção Brasileira – Pagão: o ‘cara’ que tabelou com o Rei Pelé

Pagão, citado por José Maria Marin quando da visita do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao Jabaquara, o clube que o revelou, foi um gênio da camisa 9 do futebol brasileiro. Craque que fazia muitos gols com o mesmo talento com que criava as jogadas e servia na medida os companheiros para marcar, Pagão fez história no Santos nos anos finais de 1950.

Paulo César Araújo, o Pagão, é considerado por muitos o criador da tabelinha com Pelé, lance que o seu sucessor Coutinho eternizou no ataque santista. O mesmo Coutinho que não se cansava de dizer que Pagão foi um dos maiores atacantes que viu jogar.

Pela Seleção Brasileira, foram apenas duas partidas. Pelo Santos, onde brilhou de 1956 a 1963, foram 345 jogos e 159 gols. Ele merece ter entrado em campo muitas vezes mais com a camisa amarela e mesmo ter feito parte do time campeão do mundo em 1958. A violência dos zagueiros adversários e uma sina em se contundir o impediram.

Mas não importa. Quem o viu jogar, nunca se esquece, como aconteceu em uma tarde memorável de 6 de março de 1956, naquele que é considerado um dos maiores jogos entre clubes acontecidos no Pacaembu.

O Santos de Pelé e Pagão derrotou o Palmeiras pelo incrível placar de 7 a 6, com alternância de viradas, até os dois gols finais marcados para o Santos por Pepe, o último nos descontos.

Um dos que viu o craque em ação foi Chico Buarque. Fã para sempre, imortalizou o camisa 9 em letra da música “Futebol”. Nela, Chico escalava o ataque ideal, todo com gênios da bola: Garrincha, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro.

Um ataque dos sonhos, que nunca entrou em campo, mas que os brasileiros apaixonados pelo futebol gostariam de ter escalado.

Fonte e Fotos: CBF

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

6 pensou em “Seleção Brasileira – Pagão: o ‘cara’ que tabelou com o Rei Pelé

  1. Sergio Mello Autor do post

    Kkkkkkkkkkkkkkkk
    Boa! Rsrss
    Gilberto…
    Quando eu cheguei, o Romário já estava nos Juniores. Rsrs
    Dessa escapei. Já o Edmundo ocorreu uma conscidência. Entre o período que eu fiquei um ano só treinando para trocar o Vasco pelo Botafogo… Eu vi o Edmundo ser reprovado no Botafogo! Rs
    E depois foi aprovado no Vasco! Coisas do futebol. Rs
    Aliás, não sei como está hoje, mas na minha época eu vi muita gente talentosa ser dispensa porque naquela posição estava um filho do diretor ou protegido de ‘A’ ou ‘B’. Infelizmente, só o que eu vi… Perdemos uma seleção brasileira, fácil, fácil.

    Como o amigo tem uma memoria excelente, vc lembra que nos anos 80 a medicina nem de longe lembra os dias atuais. Para não me alongar… Poderia citar o Reinaldo (Atlético-MG), que parou aos 28 anos devidos aos dois meniscos extraídos… O Zico que operou o joelho e ficou quase um ano parado.
    Hoje em dias… Essas lesões os jogadores em 15 dias já estão recuperados! Rs
    Quanta diferença.
    A minha lesão, eu fiquei um ano parado. Se fosse hoje, eu ficaria menos de um mês. Uma semana depois já estaria fazendo fisioterapia! Rss
    Enfim, quem mandou ter nascido cedo! Rs

    Sobre o Cássio, tem um link que eu vi que lá está o meu amigo Cássio:
    http://saojanuario.net/vasco-da-gama/tag/vasco-93/page/3/
    Aí vc desce e na matéria com o seguinte título: ‘Baú do Portuga: há 18 anos, Vasco goleava o Remo pela Copa do Brasil’…
    Tem uma foto posada com a escalação.

    Um grande abraço ao amigo

  2. Gilberto Maluf

    Tentei lembrar do Cassio do Vasco mas não me veio na memória. E olha que não faz muito tempo. Parece que você sentiu a lesão quando o Romário e Edmundo estavam começando.
    abs

  3. Sergio Mello Autor do post

    Eu confesso: sou suspeito para falar dessas histórias como as suas, pois eu adoro. Não sei explicar, mas acho que toda a criança que se acostumou, quando pequeno, a dormir com o pai contando histórias… Torna-se fã de toda e qualquer boa história. Rsrs
    Antigamente ter uma bola de futebol era artigo de luxo. Eu já joguei futebol de rua com bola de jornal (amassávamos o jornal e amarrávamos com barbante), bola de meia, e, de vez em quando, bola dente de leite!
    Jogar futebol de rua, que pouco é visto atualmente, ajudava muito a técnica. Lembro-me que a molecada da minha Rua (em torno de 10 garotos) todos conseguiram ingressar no futebol de campo. Os meus amigos que talvez o amigo se lembre foi o lateral-esquerdo Cássio, que jogou no Vasco nos anos 90 e também Seleção Brasileira… O Evandro Chaveirinho, que jogou no Vasco, Portuguesa de Desportos, Goiás e Flamengo. Eu cheguei junto com o Cássio no Vasco. Fui federado e disputei o Campeonato Infantil de 1983 e 1984.
    Aí a vontade de chegar rápido ao profissional aceitei um convite do Botafogo. Fiquei 1985 sem jogar, pois era preciso ficar inativo nas competições por um ano para poder entrar em outro clube. Em 1986, já atuando pelos Juniores no último jogo do segundo turno do Estadual acabei sofrendo uma séria lesão.
    Sofri um corte na canela (levei cerca de 40 pontos), e lesão no joelho. A partir daí não consegui mais voltar ao futebol de outrora. Aí para não ficar longe entrei na Faculdade para ser jornalista esportivo.
    Ufa! Eita carinha que gosta de contar uma história! rsrs
    Só para finalizar… Nos anos 80, muitos já questionavam a qualidade técnica dos jogadores daquela época, em comparação aos atletas dos anos 60 e 70. Fico imaginando os mesmos críticos da década de 80, se estivessem aqui vendo essas partidas o que não iriam dizer? Rsrs
    Se isso ocorresse eu daria a seguinte sugestão aos telespectadores: “Tirem as crianças da sala, pois a ‘coisa vai esquentar’”. Rsrssrs

    Um grande abraço

  4. Gilberto Maluf

    Logo ao entrar neste blog, postei sobre o antigo jogador Canhoto do Palmeiras, que fez ala no ataque com Canhotinho. Nem de longe vi jogar, era dos anos 40 e 50.
    Eu trabalhava numa Siderurgica em São Paulo e o Canhoto foi contratado para jogar no time da Siderurgica Aliperti, e chegou quase a disputar o título da segundona.
    Quando ele parou arrumaram um lugar para cuidar dos formulários. E vinha sempre no meu setor e conversava sobre futebol e eu gostava muito.
    Certo dia, de pernas cruzadas, com uma bolinha feita de papel, começou a controlá-la. E demorou para a bolinha cair.
    Não é ser saudosista, mas os caneludos e caneleiros de hoje são muito ruins. Esta seleção que o Mano está fazendo, se pegar todos os jogadores, e colocá-los para jogar nos anos 60, 70, 80 e 90, nem de longe figurariam em qualquer lista selecionável.
    abs

  5. Sergio Mello Autor do post

    Gilberto, esse seu comentário poderia ser, facilmente, uma postagem e das boas! Rs
    Afinal de contas, para quem gosta do futebol arte… Ler, ver ou ouvir histórias dos grandes jogadores nunca é demais.
    Fazendo um paralelo dessa fase do Pagão em final de carreira é parecida com a do Romário. Que já cansado de guerra (futebol e noitadas) também ficava parado e dava uma duas ou três arrancadas no jogo e só.
    Mas o fato é: ver um Pagão, Romário, Zico, Sócrates, entre outros craques é moleza fazer vista grossa… O difícil é ver um Dunga, Júnior Baiano, fazendo o mesmo! Rssrsrsrsrs
    Viva o futebol Arte! Abaixo os caneleiros!
    Acho que vou adotar esse ‘slogan’ a partir de agora! Rsrss
    Abraços

  6. Gilberto Maluf

    O Pagão, vi no final da carreira, era um atacante refinado, técnico e creio que jamais deu um bico numa bola de futebol. Se jogasse hoje no futebol moderno e tivesse que marcar o adversário, certamente tiraria a bola do adversário pelo processo indolor.
    Mas vou contar uma curiosidade. Ele jogou no São Paulo a partir de 1963 e foi até 1965/66.
    Num dos jogos pelo tricolor, num domingo de um sol escaldante, os jogos começavam as 15h:15min ( depois passou para 15:30 até chegar nas 16h00 ) a marquise das numeradas do Pacaembu fazia uma sobra sobre o gramado, encobrindo o sol por uns 15m de um lado do campo. Vi Pagão deslocado para este lado aproveitando a sombra por boa parte do jogo.
    Como era um craque ninguém ousou falar nada. Nem eu! Estou apenas comentando o que nós vimos pelos anos 60, rs.

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