Enfim, o Goytacaz reinaugura o Aryzão em 1976, enfrentando o Botafogo

Após muito esforço, chegou o dia tão aguardado pela diretoria e torcedores do Goytacaz. Fechado para obras em fevereiro do ano anterior, no dia 7 de agosto de 1977, o Estádio Ari de Oliveira e Souza, foi reinaugurado.

 Antes dessas obras, em 1976, dois jogos foram realizados: um deles, a 29 de janeiro, com o Goytacaz empatando em 1 a 1 com o Americano; outro, a 4 de fevereiro, com o Americano vencendo o Cambaíba por 1 a 0.

Também nesse longo período de ano e meio, o Goytacaz havia trocado de presidente, com Rafael Martins assumindo no lugar de Jorge Fernandes de Sousa e, claro, daquela data de fevereiro de 1976 a agosto de 1977, muita coisa bonita aconteceu e disso tomou conhecimento o público de quase 10 mil pessoas que assistiu ao jogo Goytacaz x Botafogo, na reabertura da praça de esportes Alvianil.

E o que essa gente viu não foi pouco, pois ali, como que num passe de mágica, agigantavam-se dois grandes lances de arquibancadas ao fundo dos gols, sobre os quais foram colocados dois bonitos placares. Nova saída foi dada ao túnel fronteiro às sociais e outros três foram construídos, um deles para os juízes, que ganharam um vestiário sob as populares. Nas sociais foram feitas mais quatro cabines para as emissoras de rádio e nelas ainda colocadas 697 cadeiras em fibra de vidro nas cores branco e azul.

Novas bilheterias, roletas e até o sistema de iluminação, mais a casa de força com dois novos transformadores além das luminárias conseguidas junto ao Jóquei Clube de Campos passaram a fazer parte do patrimônio do clube, como o moderno sistema de drenagem com 19 valas com 40 centímetros cúbicos cada uma no comprimento das laterais do campo e outra em toda a sua volta se escondia sob o novo gramado plantado de pé em pé sob a orientação do pessoal técnico da Fundenor.

Naquela tarde de 7 de agosto de 1977 as rádios lembraram alguns nomes aos quais o Goytacaz deveria render homenagens. Entre eles, Jorge Fernandes de Sousa, Jacinto Simões e Fernando Freitas que, arriscando até mesmo o prestígio pessoal, deram início à empreitada, mais José Gabriel, Nilson Cardoso de Souza, o veterano Vavá que temeu o coração apaixonado e ficou em Grussaí na hora da festa de reabertura do estádio e o mestre de obras Acácio que, antes, havia ajudado o Americano a ampliar o Godofredo Cruz.

Rafael Martins, nem sempre compreendido e até mesmo criticado por alguns, também teve parte importante na realização de tantas obras ali mostradas com a ajuda da enorme torcida Alvianil. Antes da partida, o então Prefeito de Campos, Raul Linhares hasteou a Bandeira Nacional ao lado de Otávio Pinto Guimarães, Presidente da Federação Carioca de Futebol, daquele ano.

 GOYTACAZ             0          X         1          BOTAFOGO

Local: Estádio Ary de oliveira e Souza, Aryzão, em Campos (RJ)

Público / Renda: 9.624 pagantes / Cr$ 285.900,00

Árbitro: Giese do Couto

GOYTACAZ: Acácio, Totonho, Paulo Marcos, Zé Rios e Tita; Wílson, Ricardo Batata e Jocimar; Vivinho (Santana), Albéris (Chico) e Piscina.

BOTAFOGO: Zé Carlos, China, Osmar, Renê e Jorge Luís; Ademir, Dé e Mário Sérgio; Gil, Nílson Dias e Tiquinho.

Gol: Nilson Dias, aos 5 minutos do 2º tempo

 

Fonte: Jornal dos Sports

Fotos: Liga Campista de Desportos / O Diário / JS 

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

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