A unificação polêmica

Uma divagação a respeito da unificação de títulos “perpetrada” pela Confederação Brasileira de Futebol (C.B.F.) e que provocou muita polêmica.

Mostramos mais à frente o número de jogos realizados, ano a ano, pelos campeões nacionais, citando, como referência, apenas os quatro grandes clubes paulistas.

Na Taça Brasil, os campeões do Rio e de São Paulo entravam nas disputas somente nas semifinais porque tinham coisa mais importante para fazer: excursionar ou jogar o Campeonato Carioca e o Campeonato Paulista, que eram muito mais valorizados do que hoje e tinham espaço relevante no calendário.

Assim, não era necessário, para cariocas e paulistas, sustentar mais que quatro ou cinco jogos para tornar-se campeão da Taça Brasil. Antes das semifinais, os campeões dos demais estados da federação “davam o sangue” para alcançar as duas vagas na semifinal.

Imaginem hoje, se os campeões do Rio e de São Paulo tivessem o privilégio de entrar na Copa do Brasil apenas nas semifinais… Geraria o maior buchicho.

O tratamento dispensado aos clubes, na Taça Brasil, era muito desigual. Mesmo assim, o E.C. Bahia sagrou-se campeão da primeira edição, em 1959, realizando 14 jogos. No ano seguinte, o Palmeiras levantaria o título jogando somente quatro (!) partidas.

Não foram necessários mais do que 24 jogos para o Santos ganhar cinco vezes a Taça Brasil. Hoje, para se conseguir um único título do Brasileirão, joga-se 38 vezes!

O Santos realizou 120 jogos para abiscoitar oito títulos nacionais. O Palmeiras, para igual número de conquistas, efetuou 172 jogos, muito mais que o peixe. O São Paulo jogou mais que ambos – 192 vezes – para levantar seis títulos. E o Corinthians também não teve moleza: realizou 166 jogos para ganhar cinco títulos.

São Paulo e Corinthians ganharam campeonatos; Palmeiras e Santos ganharam taças e campeonatos.

A se adicionar a aberração de se dar a um mesmo clube (o Palmeiras) dois títulos de campeão brasileiro no mesmo ano, em 1967, quando o alviverde venceu a Taça Brasil e a Taça de Prata.

O que sobressai em tudo isso é que, sempre que se falar em campeões nacionais, haverá a distinção a ser feita: tantas vezes campeão do Brasileirão, tantas vezes campeão da Taça de Prata e tantas vezes campeão da Taça Brasil.

Jogos realizados pelos grandes de São Paulo para conquista de títulos nacionais

ANO/CLUBE/Nº DE JOGOS
1960 – Palmeiras – 4 (Taça Brasil)
1961 – Santos – 5 (Taça Brasil)
1962 – Santos – 5 (Taça Brasil)
1963 – Santos – 4 (Taça Brasil)
1964 – Santos – 6 (Taça Brasil)
1965 – Santos – 4 (Taça Brasil)
1967 – Palmeiras – 6 (Taça Brasil)
1967 – Palmeiras – 20 (Taça de Prata)
1968 – Santos – 19 (Taça de Prata)
1969 – Palmeiras – 19 (Taça de Prata)
1972 – Palmeiras – 30 (Brasileirão)
1973 – Palmeiras – 40 (Brasileirão)
1977 – São Paulo – 21 (Brasileirão)
1986 – São Paulo – 34 (Brasileirão)
1990 – Corinthians – 25 (Brasileirão)
1991 – São Paulo – 23 (Brasileirão)
1993 – Palmeiras – 22 (Brasileirão)
1994 – Palmeiras – 31 (Brasileirão)
1998 – Corinthians – 32 (Brasileirão)
1999 – Corinthians – 29 (Brasileirão)
2002 – Santos – 31 (Brasileirão)
2004 – Santos – 46 (Brasileirão)
2005 – Corinthians – 42 (Brasileirão)
2006 – São Paulo – 38 (Brasileirão)
2007 – São Paulo – 38 (Brasileirão)
2008 – São Paulo – 38 (Brasileirão)
2011 – Corinthians – 38 (Brasileirão)

FONTES: São Paulo Internacional, Vicente Henrique Baroffaldi, Pontes/2012.

Este post foi publicado em 01. Sérgio Mello, 24. Vicente H. Baroffaldi, Curiosidades em por .

Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

9 pensou em “A unificação polêmica

  1. Vicente Henrique Baroffaldi

    Prezado Auriel:

    Tivemos 10 edições da Taça Brasil. Somente em três edições aplicou-se o critério de qualificar campeão e vice do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, do ano anterior.
    Somente uma vez deu um campeão e uma vez um vice-campeão de Seleções Estaduais que não fossem do eixo Rio-São Paulo.
    As 18 vagas restantes (campeão e vice para a Taça Brasil) ficaram com os campeões do eixo Rio-São Paulo.
    Pergunto: Foi ou não um regulamento para privilegiar campeões de Rio e São Paulo?
    É só pegar a listagem de campeões e vices do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais para verificar que em quase todas as edições deu SP-Rio ou Rio-SP nos dois primeiros lugares.
    Volto a afirmar: a Taça Brasil foi uma competição que privilegiou abusivamente os campeões carioca e paulista.

    Outro detalhe: eu não contesto a legalidade, mas sabe-se muito bem que nem tudo o que é legal é tb. moral.

    Quanto a mudar critérios, nós sabemos como agem os nossos próceres e as nossas entidades. O Paulistão classificava apenas os quatro primeiros colocados da primeira fase para a decisão do título. Quando viram que nem sempre os quatro grandes de SP se qualificavam, mudaram o regulamento e passaram a classificar os oito primeiros colocados. Aí os quatro grandes se garantiram.

    Mas o Campeonato Nacional (depois Campeonato Brasileiro), felizmente, vem vingando desde 1971. Pelo menos isso…

    Pra finalizar: a sua intervenção foi brilhante. Parabéns! Estou feliz porque esta matéria agitou. O assunto é tão controvertido que na oportuna iniciativa do Michel McNich, até onde vi, o placar apontava:
    Contra a unificação: 7 votos; a favor da unificação: 5 votos. Ou seja, há uma divisão de opiniões.

    Abraço.

  2. Auriel de Almeida

    E permita-me corrigir uma informação que, por um bom tempo, acreditei ser verdadeira:

    Campeões do Rio e São Paulo NEM SEMPRE entravam nas semifinais, e não entravam apenas por serem de Rio e São Paulo. Os critérios para ingresso nas semifinais, inicialmente, era a colocação das federações estaduais no último campeonato de seleções. Explicando melhor:

    Campeonato Brasileiro de Seleções 1956 (não houve competição em 57 e 58):
    1- São Paulo
    2- Distrito Federal

    Com isso os representantes dessas federações entraram nas semifinais da Taça Brasil de 1959:
    1959 – Santos e Vasco

    Em 1959 o campeonato voltou a ser disputado:
    Campeonato Brasileiro de Seleções 1959:
    1- São Paulo
    2- Pernambuco

    Com isso os representantes dessas federações entraram nas semifinais da Taça Brasil até 1961, e cariocas tiveram que disputar as fases anteriores (alguém já havia reparado nisso? que nesses anos foram os pernambucanos que entraram diretamente na fase semifinal?):
    1960 – Palmeiras e Santa Cruz
    1961 – Santos e Náutico

    Como em 1962 decidiram acabar com o brasileiro de seleções profissional (o vencido or MG foi amador), mudaram o critério. Em 1965, 1966, 1967 e 1968 o critério era esse: os representantes estaduais dos estados finalistas da Taça Brasil passaram a ganha o direito de disputar as semis. Reparem que a vaga era mesmo pro campeão estadual, não para o campeão da Taça Brasil no ano anterior…

    1965 – Santos e Vasco da Gama (Santos campeão e Flamengo vice no ano anterior)
    1966 – Santos e Fluminense (Santos campeão e Vasco vice no ano anterior)
    1967 – Cruzeiro e Palmeiras (Cruzeiro campeão e Santos vice no ano anterior)
    1968 – Santos e Náutico (Palmeiras campeão e Náutico vice no ano anterior) (lembrando que o Santos estava na semi, mas desistiu da disputa)

    Só não confirmei os critérios de 1962, 1963 e 1964. Nesses anos foram cariocas e paulistas nas semis, não sei o porquê…

  3. Auriel de Almeida

    Caros amigos,

    A análise “técnica” de um campeonato em oposição ao seu critério “legal” é sempre complicada.

    Legalmente a Taça Brasil valia o “título”, “honraria”, “designação honorífica” de Campeão Brasileiro, restam poucas dúvidas quanto a isso. Se era justa, injusta, pouco ou muito valorizada pelos participantes, isso não muda, é uma questão legal. Se amanhã a CBF disser que não haverá mais campeonato brasileiro, e que o clube que conquistar mais vitórias em amistosos no decorrer do ano será premiado com o título/honraria/designação de campeão brasileiro, ela pode. Título é uma questão legal, só é tecnica moralmente.

    Atualmente, quem vence o Campeonato Brasileiro da Série A recebe o título de “Campeão Brasileiro”. Quem é campeão da Copa do Brasil é só campeão da competição, não recebe o título honorífico. Todos sabemos o que está em jogo. E qualquer consulta à época confirma que a Taça Brasil valia o título de campeão nacional, por mais que os grandes clubes de RJ e SP não dessem tanta importância.

    Isso vale para o Mundial da FIFA de 2000.

    Se o campeão mundial precisa ter sido campeão da Libertadores, porquê não há problema do campeão da Libertadores não ter sido campeão brasileiro? Se um clube pode ser sexto colocado no campeonato nacional e disputar a Libertadores, ou mesmo ser rebaixado mas participar pelo atalho da Copa do Brasil (Juventude-99) porque só o campeão da Libertadores é que pode ir para o mundial? O São Paulo de 2005 venceu a Libertadores após ser terceiro colocado no Brasileiro do ano anterior… Na Copa do Mundo, o time do país-sede não precisa disputar eliminatórias, já entra classificado. Adaptaram esse conceito no Mundial da FIFA, substituindo o “seleção do país-sede” por “clube campeão do país-sede”. Não vejo problema. Pra ser campeão, não basta participar, tem que… vencer, oras.

    A própria Libertadores já teve seus campeões em quatro jogos. Por muito tempo o campeão do ano anterior já entrava na semi-final, e quase sempre levava vantagem com isso.

    E, apenas fechando o raciocínio, a unificação é mais um RECONHECIMENTO do que outra coisa. Justamente pelo conflito entre o que é “legal” e o que é “técnico” resolveram jogar uma pá de terra em cima dos títulos conquistados nas competições pré-71, pois o novo campeonato era de fato superior tecnicamente. Só esqueceram a tal diferença entre TÍTULO e COMPETIÇÃO que eu citei lá em cima, e hoje entendem que o título não desaparece quando a competição evolui…

    Caso, um dia, criem a “Liga Mundial de Clubes”, com pontos corridos e sistema de rebaixamento, espero que não resolvam que os títulos de “Campeão do Mundo” conquistados em jogo único ou mata-mata mereçam ser varridos pra debaixo do tapete…

  4. Vicente Henrique Baroffaldi

    Amigo Ielo:

    Suas 394 matérias neste blog falam por vc.
    Parabéns pela sua devoção ao futebol e competência no trato com o esporte.
    A Ferroviária de Botucatu tem muita história, uma história de respeito.
    Boa sorte para Botucatu, no futebol feminino de hoje.
    Saudações.

  5. Antonio Mario Ielo

    Vicente,

    Sem duvida nenhuma, reconheço seus dados, e serão sempre pertinentes, da mesmo forma que a minha Ferroviária, nunca chegou perto das glórias e títulos da sua Ferroviária.

    Dificil é reconhecer as aberrações de vários campeonatos brasileiros de chaves e grupos que tivemos, e até lembrando que um deles, também teve equipes que entraram somente na fase final do pseudo-campeonato brasileiro de 1979.

    Abs. e bom domingo,

    Hoje, aqui teremos no período da tarde AD Botucatu e Francana pelo campeonato paulista feminino no Estádio da Ferroviária, que hoje, só possui equipes amadoras.

  6. Vicente Henrique Baroffaldi

    Ielo:

    Você falou em aberração e eu vou usar esse termo pra definir aquele Mundial de 2000:
    Pela única vez na história, os clubes jogaram mais; e pela única vez na história, o campeão não passou pela primeira sabatina: ganhar a Libertadores. Coisas do nosso futebol!

    Mas se vc. concordar comigo em duas coisas, me darei por satisfeito:

    1ª – Os dados por mim apresentados na matéria estão corretos, são verdadeiros;
    2ª – Os campeões do Rio e de São Paulo só entravam nas disputas da Taça Brasil nas Semifinais.

    Outro abraço.

  7. Antonio Mario Ielo

    Vicente,

    A discordância é salutar.

    Mas, só seria infeliz minhas considerações se não fossem verdadeiras. Foram apenas um jogo, e isto não é demérito, pois considero o titulo do São Paulo FC, autêntico campeão mundial, ou melhor, tri campeão mundial. Dificil é considerar o vice-mundial do Palmeiras, porque perdeu “todos” os jogos do mundial, ou seja, apenas um.

    Discordo de que todos os campeões mundiais foram conquistados em apenas um jogo, pois o titulo mundial do Corinthians foi com mais jogos. Oficializado e organizado pela entidade maxima, queira ou não os palmeirenses, saopaulinos ou vascainos.

    Repito novamente. Reconhecer a importância dos feitos passados não é uma aberração, se fosse assim, até hoje a história mundial somente reconheceria Américo Vespucio como descobridor da América, em detrimento do verdadeiro autor da proeza, reconhecido, 100 anos posteriormente, pelo trabalho de pesquisa de seu filho. Sito também o reconhecimento rescente dos EUA dos feitos do brasileiro Santos Dumont, como o descobridor do avião, em detrimentos dos irmãos norte-americanos.

    Nós, como historiadores e pesquisadores, podemos reconhecer que muitas informações se perdem com o tempo, mas podem vir a “tona” pelo bem da verdade. A publicação da revista Placar, em primeira página, expressa está verdade, “Fluminense campeão brasileiro de 1970”. Para a CBF, e para muitos brasileiros, os torneios Taça Brasil e Taça de Prata tem a mesma importância histórica e que Pelé, foi campeão brasileiro.

    Abs.

  8. Vicente Henrique Baroffaldi

    Ielo:

    Você tem todo direito de discordar, e eu de discordar da sua discordância.
    A citação do SPFC campeão mundial com apenas um jogo é infeliz, se me permite. Afinal de contas, TODOS os campeões mundiais o foram com esse mesmo número de jogos. TODOS foram campeões fazendo uma única partida. Portanto, a regra não foi maculada em benefício de ninguém. É uma questão de isonomia, de equanimidade, de igualdade.
    Agora, que a FIFA promove o Mundial, os campeões o foram, TODOS eles, realizando dois jogos cada, inclusive o SPFC em 2005.
    A evolução do futebol brasileiro mostra que tivemos Taça Brasil, Taça de Prata e Brasileirão. Pra mim, isso é imutável. Meia dúzia de “doutos” e “togados” resolvem mudar o passado e o passado passa a ser contado de modo diferente. E nós passamos a ter, para cada presente, uma nova versão do passado. Formal e oficialmente, houve uma mudança, mas pra muita gente como eu, o passado segue sendo como foi, e não como os pósteros querem que seja.

    Grande abraço.

    Vicente

  9. Antonio Mario Ielo

    Vicente,

    Discordo da colocação apresentada, pois não é o numero de jogos que determina a importancia de um titulo, se assim fosse, o titulo mundial do São Paulo FC, não deveria ser conciderado, pois foi conquistado em apenas um jogo em Toquio. Lembrando que em enumeras vezes os europeus desprezaram este jogo-titulo, enviando para a disputa o vice-europeu.

    A equiparação oficial da Taça Brasil e a Taça de Prata com o campeoanto brasileiro foram baseados em vários fatores tecnicos e subjetivos, entre eles a importância da imprensa nacional dada aos titulos.

    Não podemos esquecer que nos primeiros anos da atual Copa Brasil, também não foram dados as importancias devidas dos grandes clubes, que duvidavam da lucratividade deste Torneio.

    É importante lembrar também, que muitos campeonatos brasileiros não foram campeonatos e sim torneios com grupos classificatórios e fases de “mata-mata”, chegando ao exageiro de 96 participantes.

    Vide o “campeonato paulista deste ano”, onde o melhor time disparado da fase de classificação, o Corinthians, foi eliminado pelo oitavo colocado, que sucumbio na proxima fase. Pelas brilhantes atuações do Santos de Neymar na fase final, fez com que todos da midia estadual reconhece como justo” o Tri campeonato santista, e Neymar o “craque” do “Paulistão”.

    A equiparação veio corrigir erros históricos de não considerar a importância dos títulos conquistados como titulos nacionais.

    Sou a favor do reconhecimento de muitas Taças pelas federações, equiparando a titulos estaduais, nacionais, intercontinentais e internacionais, deste que tenham critérios técnicos e subjetivos bem embassados.

    É uma pena que os títulos conquistados pelas equipes considerado menores, ou sem expressão numerica de torcida, sejam iguinorado pela midia em geral.

    A Federação Paulista de Futebol poderia avaliar os titulos comquistados pelas equipes do interior na epoca da disputa da Taça Competência, considerando em suas publicações os titulos de “Campeão do Interior” do Paulista e Corinthians de Jundiaí, Rio Branco de Americana, Velo Clube Rioclarense, Elvira de Jacareí, Botafogo de Ribeirão, São Caetano, Floresta e Amparo de Amparo e XV de Piracicaba. Isto parece de pouca importancia para a mídia estadual, mas para os clubes em questão seria de grande importancia local, podendo ostentar a camisa “retro” destes títulos.

    Abs.

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