Governo do Rio e Federação Francesa de Futebol tratam de intercâmbios dentro e fora dos gramados

A secretária estadual de Esporte e Lazer, Marcia Lins, visitou a sede da Federação Francesa de Futebol (FFF) em Paris, nesta segunda-feira (19/3). Ela conversou com o diretor-geral da entidade, Alain Christnacht, e com o presidente do Comitê Organizador da Eurocopa 2016, o francês Jacques Lambert. Os anfitriões estavam curiosos em saber como estão os andamentos das obras dos estádios para a Copa do Mundo no Brasil e revelaram a preocupação com o avanço dos preparativos para a principal competição de seleções na Europa, daqui a seis anos.

“Estamos levantando quatro estádios novos, em Lyon, Lille, Bordeaux e Nice. E a reforma no estádio de Marseille já custa o preço de um novo. Estamos em ano de eleição e a oposição já questiona a validade de sediarmos a Euro 2016”, disse Lambert.

Vitor Belfort, Sr. Jacques Lambert e a Secretária Marcia Lins

As conversas foram para o legado intangível dos grandes eventos. A secretária Marcia Lins contou a experiência com o projeto Rio 2016, que ajuda 228 mil pessoas em mais de 750 núcleos espalhados pelo estado do Rio de Janeiro, oferecendo atividades esportivas e cidadania. A ideia é que algumas pessoas do programa socioesportivo do governo trabalhem na organização da Copa do Mundo de 2014 e, dois nãos depois, complementem o aprendizado com a experiência na organização da Euro 2016.

“O importante dessa parceria não é só a capacitação técnica, mas também a educação da língua francesa”, analisou a secretária.

Diretor Geral da FFF, Sr. Alain Christnacht e a Sec. Marcia Lins

O diretor-geral da FFF está confiante no bom desempenho da seleção francesa na Euro deste ano, apesar do grupo D ser formado também por Inglaterra, Suécia e a co-anfitriã Ucrânia. Alain Christnacht também lembrou do bom momento pelo qual passa a seleção feminina do país, que chegou à semifinal da Copa do Mundo no ano passado e está classificada para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. O pedido foi para que houvesse um intercâmbio com as brasileiras, para que uma francesa pudesse, um dia, ser eleita a melhor do mundo, como Martha foi durante cinco anos seguidos.
A visita faz parte da viagem para assinar acordos na área do esporte entre os governos do Rio de Janeiro e da França. Na delegação brasileira estão o judoca campeão olímpico Rogério Sampaio, o medalhista olímpico no atletismo Robson Caetano, o lutador de jiu-jitsu e de MMA, Vitor Belfort, o técnico tetracampeão mundial, Carlos Alberto Parreira, e o tricampeão mundial no México, Paulo César Caju. O jogador foi muito festejado na FFF por ter sido o primeiro brasileiro a se transferir para o futebol francês, em 1974, e ser campeão pelo Olimpique de Marselha. PC Caju disse que o futebol francês se parece muito com o brasileiro, porque joga e deixa jogar, e definiu a geração de Platini, campeã olímpica de 84 e que eliminou o Brasil da Copa de 86, a última a brilhar no país. O presidente do Comitê Organizador da Euro 2016 concorda. Disse que só houve um fora de série depois disso. “Zidane jogava como brasileiro”, resumiu Jacques Lambert.

 

 Fotos: Marcelo Santos

 

Este post foi publicado em 01. Sérgio Mello, História do Futebol em por .

Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

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