Na minha infância, eu freqüentava o Bonsucesso FC e por muito tempo me acostumei a assistir jogos na Rua Bariri, Conselheiro Galvão, Figueira de Melo, Ítalo Del Cima, entre outros. Nos anos 80, o futebol do Rio brilhou com títulos nacionais com os grandes: Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1987), Fluminense (1984) e Vasco (1989); e também com o Olaria (campeão da Taça de Bronze, em 1981) e o Campo Grande (campeão da Taça de Prata, em 1982).
Porém, o Campo Grande, três décadas depois, vive um momento triste e preocupante. Atualmente, no Campeonato Estadual da Terceira Divisão do Rio, o Galo da Zona Oeste recebeu uma notícia desagradável da Federação de Futebol do estado do Rio de Janeiro (Ferj): o clube, juntamente com mais seis equipes foram excluídos da disputa da Terceirona deste ano, que começa no dia 11 de março.
Motivo: os times deixaram de regularizar a situação financeira junto à entidade. Além do Campo Grande, foram “convidados a se retirar”: Nilópolis, Rio São Paulo, Futuro Bem Próximo, Miguel Couto, e os caçulas: Paraty F.C. e Casimiro F.C.
Como jornalista e um apaixonado pelos times de pequeno e médio investimento é doloroso ver o Campo Grande desaparecendo aos poucos. Lembro-me do time campeão da campeão brasileiro da Taça de Prata (equivalente ao Brasileiro da Série B), em 1982: Jorge (Zé Carlos), Marinho, Neném, Pirulito e Ramirez (Jacenir); Brás (Silveira), Serginho (Lulinha) e Pingo; Tuchê, Luisinho das Arábias e Maurício (Almir).
E também o último grande time montado pelo Campusca, quando em 1991, ficou na 5ª posição, atrás apenas dos quatro grandes. Na época o time era: Paulo César Gusmão, China, Luciano, Joneí e Bimba; Círio, Elói e Roberto Dinamite; João, Cláudio Adão e Zinho.
Grupos de Terceirona
Com a saída dos sete clubes, os grupos ficaram assim constituídos. Grupo “A”: Arturzinho, Barcelona, Barra da Tijuca (ex-Yasmin), Queimados, União de Marechal Hermes e Villa Rio. Grupo “B”: América-TR, Condor, Grêmio Mangaratibense, São Pedro e Serrano. Grupo “C”: Arraial do Cabo, Bela Vista, São Gonçalo EC, São Gonçalo FC e Tanguá. Grupo “D”: Apollo, Búzios, Paduano, Rubro Social e São José.
América de Três Rios confirma participação
O presidente José Michel Farah confirmou que o tradicional rubro trirriense disputará o Campeonato Estadual da Série C, desmentindo boatos contrários de que o time declinaria de sua participação. “Manteremos o mesmo técnico que vinha dirigindo a nossa base, que por acaso se chama Júnior”, declarou. Veremos se será possível mandar os nossos jogos no estádio Odair Gama, do Entrerriense, que possui melhor localização. Apesar de não termos conseguido a classificação no ano passado, não desanimamos”, afirmou o dirigente, responsável pela revitalização do time que chegou a disputar a elite do Rio, entre 1990 e 1993, e se encontrava com as atividades esportivas paralisadas desde 2001, quando disputou pela última vez a Segunda Divisão (Módulo Extra), cujos vencedores foram o Entrerriense e CFZ do Rio.
Colaborou: André Pereira Nunes
Crédito das Fotos:
Estádio – Jornal dos Sports
Fachada da Sede – Estevan Mazzuia
Obrigado Fernando por ajudar na correção.
Já corrigi e coloquei os devidos créditos, ok?
Mais uma vez obrigado!
Um grande abraço.
Vale só registrar o crédito da foto da fachada do Ítalo del Cima como sendo do Estevan Mazzuia, direto do http://www.jogosperdidos.com
Eu também. Assisti jogos lá e algumas vezes cheguei a jogar no Estádio Ítalo Del Cima. É triste pra caramba! Vou tentar fazer alguma coisa para ajudar. Não sei como, mas vou tentar.
A situação do Campo Grande é decorrente de velhos vícios que afastaram os investidores. Atualmente, é mais fácil os empresários montarem um time novo do que investir num clube tradicional.
O pior é que não tiro a razão dos investidores.
O fato real é: renovar a mentalidade para trair investidores.
Abs,
Cara que pena, jogar no Italo del Cima era sempre brabeira para os grandes, me lmebro como se fosse ontem eu ouvindo os jogos do carioca pelo radio..