Foto rara, de 1956: Bangu Atlético Clube – Rio de Janeiro (RJ)

EM PÉ (da esquerda para a direita): Décio Esteves, Nadinho, Darci Faria, Décio Recaman, Zózimo e Nilton dos Santos. 
AGACHADOS (da esquerda para a direita): Calazans, Hilton Vaccari, Zizinho, Maneca e Nívio.

Desde que o jogador Benedicto Dantas foi convocado para integrar a Seleção Brasileira em 1917, o Bangu manteve a tradição de, constantemente, ceder jogadores ao scratch. Depois dele vieram Frederico Pinheiro e Domingos da Guia.

Com o supertime montado pelo Dr. Silveirinha na década de 50, Zizinho foi presença garantida no selecionado desde a sua contratação. Além do “Mestre”, Zózimo também havia sido convocado para a disputa das Olimpíadas de Helsinque em 1952.

O ano de 1956 veria quatro banguenses vestindo a camisa amarela: Zizinho, Zózimo, Calazans e Hilton Vaccari, todos eles convocados para a disputa da Taça Oswaldo Cruz e da Taça do Atlântico.

Zizinho atuou sete vezes, tendo marcado cinco gols. Em toda sua carreira pelo Bangu, de 1950 a 1957, o Mestre Ziza foi convocado 26 vezes e marcou 14 gols.

Zózimo jogou 15 vezes pela Seleção em 1956, incluindo uma excursão à Europa. Durante toda a sua brilhante carreira, de 1952 a 1962, foi convocado 38 vezes, tendo marcado 2 gols.

Seu irmão, Calazans, jogou apenas uma vez, na disputa da Taça Oswaldo Cruz, em Assunção. Enquanto Hilton Vaccari atuou duas vezes, tendo marcado um gol.

Além desses quatro banguenses, o presidente José Ramos Penedo também representou a Seleção Brasileira, sendo o chefe da delegação que viajou à Argentina na disputa da Taça do Atlântico.

Nunca o Bangu esteve tão valorizado pela C.B.D. como neste ano. Sinal que o trabalho realizado em Moça Bonita era significativo e que o investimento feito pelo clube era realmente de alto nível.

Outro atleta que se destacou, porém no nível amador, foi o filho do conhecido Vivi, campeão em 1933 e secretário do clube: José Carlos Tames Moura sagrou-se campeão brasileiro de vôlei pela Seleção Carioca Juvenil, no campeonato disputado em Belo Horizonte, no mês de julho. Era mais uma prova de que, em Bangu, o talento passava de pai para filho.

A natação banguense, atual bicampeã carioca, tinha tudo para conquistar mais um título. Em fevereiro, participando do Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil, em São Paulo, dez atletas representaram o alvirrubro. Voltamos com duas medalhas de ouro e uma de prata. Os vencedores foram Ivan Paes Leme e Wilma Teixeira Rocha. Enquanto que o campeoníssimo Adelino Simeão da Mota chegou em segundo lugar.

Depois disso, os nadadores enfrentaram um problema inesperado. A direção do Bangu iniciou obras na Sede Aquática, impossibilitando os treinos da equipe. Sem perder tempo, o Patrono Silveirinha convidou os garotos para praticarem o esporte na piscina de sua casa… Apesar da ajuda, o clube não conseguiu o sonhado tricampeonato carioca.

Tentando dar alegrias aos torcedores, a equipe de futebol profissional era novamente reforçada. Depois das perdas consideráveis de nomes como Gavillan, Robertinho, Ladeira, Hélio da Guia e do goleiro Fernando, o clube contratou Darci Faria (Madureira) e Décio Recaman (Bonsucesso), além de um novo goleiro: Nadinho (Vitória/BA).

O técnico Tim estava incumbido dos profissionais por mais uma temporada. Desde 1953, a figura do grande estrategista ocupava o banco do Bangu.

No Campeonato Carioca, os banguenses faziam boa campanha, obtendo três vitórias nos três primeiros jogos, goleando o Canto do Rio (4 a 1), o São Cristóvão (5 a 1) e o Madureira (7 a 0), sem maiores problemas. Até a infeliz tarde do dia 9 de setembro, no Maracanã. O alvirrubro foi goleado pelo Fluminense por 5 a 0, e a diretoria entendeu por bem demitir o treinador Tim além de multar seis jogadores: Nívio, Zózimo, Zizinho, Calazans, Nilton dos Santos e Darci Faria. Antes, o Bangu já tinha perdido para o América (0 a 1) e para o Flamengo (0 a 2).

No lugar de Tim, provisoriamente, o Coronel Luiz Renato de Matos assumiu o comando técnico. Conseguiu acertar a equipe, que venceu sucessivamente quatro jogos: Botafogo (2 a 1), Vasco (3 a 2), Bonsucesso (5 a 0) e Portuguesa (4 a 0). Mas depois fraquejou contra adversários mais fracos, perdendo para o São Cristóvão (0 a 1) e o Bonsucesso (4 a 5), com isso o Coronel também não vingou no cargo.

Para encerrar o ano, a partir do dia 8 de novembro, foi contratado o técnico Newton Anet, que logo na sua estréia conseguiu uma vingança em cima do Fluminense, com os seus comandados vencendo o jogo por 3 a 1. Depois, seguiu o exemplo de seus antecessores e fracassou nos demais jogos, perdendo para Madureira, Flamengo e Vasco.

Depois de tantas mudanças, o Bangu terminou o Campeonato Carioca em sexto lugar.

FONTES: Sport Ilustrado (RJ) – Bangu.net

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