36 anos do início de uma grande rivalidade!!!!

Esta data marca além dos 113 anos de aniversário do clube mais popular do Brasil a de uma rivalidade de goleadas se não for a maior com certeza uma das maiores entre grandes clubes brasileiros.Hoje se comemora 36 nos deste fato marcante.

Na noite do dia 14 de novembro de 1972, o folclórico Carlito Rocha, ex-jogador, presidente e benemérito do Botafogo, teve um sonho: o seu time do coração iria aplicar uma goleada histórica no Flamengo, seu maior rival.
No dia seguinte, 15 de novembro, feriado nacional e aniversário do Flamengo, o Maracanã assistiu à maior goleada do time de General Severiano sobre o rubro-negro: 6 a 0. Uma goleada humilhante, que certamente Zagalo, técnico do Flamengo, nem sonhou sofrer um dia. O técnico do Botafogo era o humilde Leônidas, bicampeão carioca em 1967 e 1968, sob o comando do próprio Zagalo, então técnico do Botafogo. Cao; Mauro Cruz, Valtencir, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição, Carlos Roberto e Ademir; Zequinha, Jairzinho e Fischer (Ferreti) era o time alvinegro. Jairzinho fez 1 x 0 aos 15 minutos do primeiro tempo, chutando forte no ângulo esquerdo de Renato, depois de uma rebatida fraca de Tinho. O segundo gol, aos 35 minutos, veio com um passe de Jairzinho para Zequinha, que foi à linha de fundo e centrou para o chute fulminante do centroavante argentino Fischer. Seis minutos depois, o mesmo Fischer faz 3 x 0, completando de cabeça um cruzamento de Zequinha. Desesperado, Zagalo tenta reagir no segundo tempo, substituindo Rogério por Caio Cambalhota e com Mineiro em lugar de Zanata. Mas não adiantou. A defesa se abriu ainda mais e Jairzinho e Fischer faziam a festa do ataque botafoguense. Aos 23 minutos, Jairzinho recebeu de Zequinha, fez corta-luz com Fischer e emendou no canto direito de Renato. A torcida do Botafogo foi à loucura. A do Flamengo, muda e estática, não acreditava no que estava acontecendo. O quinto gol foi marcado por Jairzinho, aproveitando outra vez um passe de Zequinha e concluindo de letra. Era demais para o Flamengo. A torcida do Botafogo gritava “Chega, chega”, gozando o adversário. Para fechar a goleada, o grandalhão Ferreti, que momentos antes havia entrado no lugar de Fischer, faz o sexto gol do Botafogo para delírio dos botafoguenses no Maracanã.
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A VINGANÇA

Foram 9 anos aguentando a faixa levada pela torcida botafoguense, “Nós gostamos de Vo6”, mas a vingança da goleada de 6×0 imposta pelo Botafogo sobre o Flamengo viria em 1981. Com uma ironia a mais: do lado de lá, estava Jairzinho, um dos responsáveis pela humilhação de 1972, no dia do aniversário do Flamengo.
Nem bem o Flamengo fez 1×0, logo aos 6 minutos, e os rubro-negros explodiram em coro: “Queremos seis, queremos seis, queremos seis!” A resposta veio na mesma hora: “6×0, 6×0, 6×0”, eram os botafoguenses relembrando a goleada de 1972. Naquele instante, os jogadores também sentiram no ar: “Esta não será uma partida comum.” O ponta Tita chegou a se assustar. Ele, aos 13 anos, era o único jogador do Flamengo que estava presente no Maracanã naquele trágico 15 de novembro: “Eu tinha perdido a preliminar do dente-de-leite para o Botafogo por 1×0. Fiquei para assistir os profissionais e, a cada gol que levávamos, pensava: será que um dia eu desconto isso?”

Só dá Flamengo – dois, três, quatro gols. Adílio, Júnior fazem o que bem entendem. O goleiro Paulo Sérgio grita. Mas todos de camisa preta e branca parecem sonâmbulos.
Em campo, Adílio sofre pênalti. Zico vai bater – e olha para a imensa mancha preta e vermelha que cobre a arquibancada. Ele escapou por pouco daqueles 6×0 de 1972 – estava concentrado, mas acabou cortado pelo então técnico Zagallo: “Vai pra casa, Zico, que hoje não precisamos de você.” Durante o jogo, o grito de Júnior parece sem sentido: “Corram, corram!”.
Todos estavam correndo, mas Júnior queria mais. Afinal, ele estava completando exatas 500 partidas com a camisa do Flamengo. Faltam cinco minutos. Muitos riem com os 5×0. Mas o grosso da galera exige mais um gol. A bola rebatida sobra para Andrade, que dispara um foguete. É o sexto.
Jairzinho, que entrou no Botafogo no segundo tempo esperando virar os 4×0, levanta os braços em desespero: “Não pode ser, é muita crueldade”, lamenta-se o único sobrevivente daqueles 6×0 para o Botafogo, que ele ajudou a construir marcando três – um deles de letra.
A torcida do Flamengo agora podia respirar aliviada. O troco fora dado.
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Fontes:http://voudekombi.blogspot.com, Flapédia, foto ingresso de AruanLima,Revista Placar

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