A campanha da seleção de Tefé na Copa dos Rios Sub-19, ano passado (4º lugar geral), pode render ao município mais frutos que o esperado. Isto porque, segundo o treinador do time, Marinho Macapá, os planos da Liga Esportiva de Tefé (LET) envolvem a profissionalização de um clube para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Amazonense já deste ano.
“A ideia é carro-chefe de um projeto sócio-esportivo da LET, que recruta crianças em todas as categorias”, afirmou. Os garotos comporiam as divisões de base, enquanto os juvenis e os adultos (amadores) formariam o time profissional.
De acordo com Marinho, cerca de 300 garotos são atendidos pela iniciativa. Sob o slogan ‘seja craque na bola e craque na escola’, a meta é cumprir o primeiro item exigido pela Federação Amazonense de Futebol (FAF) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF): constituir categoria de base. “A turma vai alimentar os sub-11, 13, 15 e 17. Com isso, todo o plantel deve ter origem local, como o Fast Clube em 2002, quando foi sediado aqui”, lembrou Macapá. Em Manaus até o dia 20, o técnico diz que retorna ao trabalho antes da abertura do campeonato municipal , dia 31 de janeiro.
Dezesseis equipes estão inscritas para a competição, sendo metade da zona rural de Tefé. O interesse da Liga é reestruturar o futebol interiorano a começar pela renovação das caras. “Já apresentamos o objetivo à prefeitura e ficaram bastante surpresos conosco. A possibilidade em se ter um clube da cidade os deixou entusiasmados e contamos com o apoio”, revelou o presidente da LET, Carlos Cunha. “Agora, a ajuda não virá somente deles. Estamos correndo atrás de empresas e parceiros também”, prosseguiu.
Tricolor de Tefé
Relembrando a passagem do Tricolor de Aço pelo município, a escolha do clube amador para o projeto não poderia ser outra. Fundado no ano seguinte à visita (2003), o Fast Esporte Clube Tefé é o candidato mais forte à ‘cobaia’ do projeto.
“Dos 16 clubes, ele é o mais estruturado, tanto pela diretoria consolidada, quanto pela regularidade jurídica, já que possui CNPJ e tudo mais”, explicou Carlos. “Claro que teremos um bom tempo até decidirmos (a Segundona começa no próximo semestre), mas analisaremos outros times também”, seguiu.
Assim como o Fast de Manaus, a sucursal carrega as mesmas cores. De acordocom Carlos, a única diferença está no formato do escudo e na filosofia de trabalho. “Temos grande interesse em consolidar um grupo competitivo, mas trabalharemos com os pés no chão. Vamos traçar um planejamento dentro da nossa realidade”, ressaltou.
Segundo ele, outro plano é a reforma do estádio José Benvindo de Souza, o “Benvidão”, para garantir o mando de campo. “Hoje temos o que se pode chamar de ‘esboço’ de arquibancada. Mas, de qualquer forma, a solicitação dos reparos do local também estão no projeto que encaminhamos”, concluiu.
Fonte: Jornal Amazonas Em Tempo