Por Sérgio Mello
O Esporte Clube 9 de Julho é uma agremiação do município de Cornélio Procópio (população de 47.840 habitantes, segundo a estimativa do IBGE/2021), localizado a 440 km da capital (Curitiba) do Norte Pioneiro do estado do Paraná.
O “Orgulho do Povo” foi Fundado na terça-feira, do dia 10 de Dezembro de 1974, por grupo de desportistas liderados pelos senhores: Laurindo Miyamoto e José Lagana.
A sua antiga Sede ficava na Rua Minas Gerais, nº 272, no Centro de Cornélio Procópio. A Sede atual está situada na Rua Presidente Castelo Branco, nº 197, no bairro Jardim Vitória Régia, em Cornélio Procópio. A equipe procopense manda os seus jogos no Estádio Independência e o Estádio Municipal Ubirajara Medeiros, com Capacidade para 5 mil pessoas.
Ao longo da sua história o Esporte Clube 9 de Julho disputou a Elite do Futebol do Paraná, em seis oportunidades: 1976, 1977, 1978, 1979, 1990 e 1991.
Campeão da Segundona de 1975
O 9 de Julho debutou na esfera profissional no Campeonato Paranaense da 2ª Divisão de 1975, organizado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol). Com uma excelente campanha, o 9 de Julho se sagrou campeão, assegurando o seu acesso para a Elite do Futebol Paranaense.
Debutante na Elite, 9 de Julho fez uma campanha modesta
Na sua estreia no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1976, organizado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol), a equipe procopense terminou na 11ª posição, com 17 pontos em 26 jogos: cinco vitórias, sete empates e 14 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 35 e um saldo de menos 10 tentos.
Com Coutinho no comando, o 9 de Julho não foi longe
O ex-atacante Coutinho, famoso parceiro do rei Pelé, no Santos, iniciou a carreira de treinador em 1977, comandando o Esporte Clube 9 de Julho. No Estadual daquele ano, a equipe ficou no Grupo B. Num total de oito clubes, o 9 de Julho terminou na 6ª colocação, com 10 pontos em 14 jogos: três vitórias, quatro empates e sete derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 20 e um saldo de menos oito tentos. O clube jogou a repescagem, porém acabou não se classificando.
No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1978, o “Orgulho do Povo” ficou no Grupo B, com sete equipes. No final, terminou em 4º lugar, com seis pontos em seis jogos: duas vitórias, dois empates e duas derrotas; marcando três gols, sofrendo quatro e um saldo de menos um. Com isso, o 9 de Julho ingressou no Grupo E, mas acabou na lanterna.
Clube acaba rebaixado
No Estadual de 1979, o Esporte Clube 9 de Julho voltou a fazer uma campanha discreta. Num total de 18 equipes, o clube ficou na 13ª posição, com 27 pontos em 34 jogos: oito vitórias, 11 empates e 15 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 42 e um saldo de menos 17 tentos.
O clube só retornou a elite do futebol paranaense 11 anos depois. No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1990, que contou com a participação de 22 equipes. O Esporte Clube 9 de Julho ficou no Módulo Azul (com 11 times), terminando na última colocação, com 12 pontos.
No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1991, que contou com a participação de 24 equipes. O Esporte Clube 9 de Julho ficou no Grupo B (com seis times), terminando na 3ª posição, com 10 pontos em 10 jogos: três vitórias, quatro empates e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 12 e um saldo zero.
Assim, o 9 de Julho avançou para o Grupo E (com sete equipes), ficando na 2ª colocação, com 16 pontos em 12 jogos: cinco vitórias, seis empates e uma derrota; marcando 13 gols, sofrendo 11 e um saldo de dois.
Dessa forma, o clube passou para a Fase Final do Estadual, que reuniu 14 equipes. No entanto, o desempenho não foi bom, com o Esporte Clube 9 de Julho terminando na penúltima colocação, o que determinou o rebaixamento: com 15 pontos em 26 jogos: quatro vitórias, sete empates e 15 derrotas; marcando 15 gols, sofrendo 36 e um saldo negativo de 21.
Em 1992, a diretoria do Esporte Clube 9 de Julho solicitou o licenciamento junto a Federação Paranaense de Futebol. E até hoje não retornou.
Curiosidade do escudo postado
Nessa postagem em destaque do História do Futebol, se refere ao ano de 1991, quando o Esporte Clube 9 de Julho fez a sua última aparição na esfera profissional.
Historicamente, o clube tricolor utilizava as cores em azul, branco e vermelho. No entanto, nesse ano, o clube virou Quadricolor, agregando a cor preta. O seu escudo recente a cor preta aparecia nas letras do distintivo.
Sai… O “9 de Julho” e entra… O “Athletico Cornélio Procópio”
Nesse ano, no mês de maio, o Esporte Clube 9 de Julho alterou o nome, passando a se chamar: Club Athletico Cornélio Procópio. Assim como antigo distintivo era inspirado no Fortaleza (CE), o novo também é semelhante ao modelo alternativo da equipe cearense.
O intuito da mudança é uma estratégia para ter uma identificação com o município e atrair o interesse do torcedores procopenses. Se vai funcionar ou não,só o tempo dirá.
Clube trabalha para retornar ao futebol profissional
Após mudar o nome, o clube ressurge após um período de inatividade. No dia 13 de maio foi realizada a apresentação do futebol profissional da equipe. Depois de muito tempo sem um representante, Cornélio Procópio vê com expectativa o retorno à esfera profissional.
O processo começou em 2016. No ano seguinte, o Clube deu início aos treinamentos da categoria de base, fazendo desde o início, um trabalho social com os atletas. Em 2018, nas suas primeiras competições, sagrou-se campeão municipal das categorias sub 13 e sub 15, e representou a cidade nos jogos abertos e da juventude.
Neste mesmo ano, participou também da copa londrinense, com uma ótima campanha, e conquistou o 3º lugar, sempre com muita responsabilidade e buscando auxiliar todas as crianças e jovens ao sonho de se tornar um atleta profissional.
Em 2019, um ano movimentado com duas avaliações técnicas, uma do Athletico Paranaense e outra do Clube de Regatas Flamengo (RJ), e através de uma parceria com o tricolor procopense, vários atletas se destacaram e foram avaliados em Curitiba e também no Rio de Janeiro.
Já em 2020, um ano atípico em todo o mundo pelo coronavírus, o clube ainda conseguiu sobressair perante as dificuldades, e o atleta Bruno Bianconi, revelado pelas categorias de base do clube, foi transferido para o Guarani de Campinas SP, e que hoje está integrado ao elenco profissional. O clube segue trabalhando com calma e buscando subir um degrau de cada vez até o retorno ao futebol profissional.
Algumas formações
Time base de 1977: Zico; Poli, Sidney, Luís Carlos e Nelson; Divino, Cacá e João Regina; Jonas, Ney e Wilson. Técnico: Coutinho.
Time base de 1978: Everton; Poli, Barra Mansa, Mirão e Rosquinha; Haroldo (Reinaldinho) e Chicão; Cacá, Jonas, João Luiz e Lourival (Roberto). Técnico: Maldana.
Time base de 1979: Rosaldo (Jabá ou Clarindo); Poli (Baltazar), Barra Mansa, Marmita e Nelson; Arnaldo (Mirão), Vassil (Nilson ou Menga) e Zé Antonio (Carlos Leite); Kleber (Mazinho), Paulinho (Lourival) e Ramirez (Batata). Técnico: Iracy Martins.
Pesquisa, texto, desenho do escudos e uniformes: Sérgio Mello
FOTOS: Acervo de Rodrigo S. Oliveira
FONTES: site oficial do clube – PENEWS.com.br – Rsssf Brasil – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR)
Bacana essa informação José Leôncio!
Muitas histórias interessantes para serem resgatadas!
O jogador Tiganá, abaixo postado, nasceu em São João Del Rei/MG, começou a carreira no Minas F. C. da mesma cidade, no qual era conhecido como Natinho, indo posteriormente jogar no interior do Estado de São Paulo e Paraná.
No Paraná jogou no União Bandeirante, de Bandeirantes, e no 9 de Julho, de Cornélio Procópio.
Faleceu em na cidade de Bandeirantes em 2016, vítima de atropelamento.