Achei já a algum tempo e havia esquecido de repassar aos amigos, o autor dos textos e das opiniões é o Dario Palhares.Apenas retirei pequenos trechos que não cabiam no blog, mas nada que alterasse o texto em si. Quem achar mais algum me avise por email,ok.
Quem quiser complementar ou fazer de outro clube seria legal, depois vou fazer um do Bota
Luiz Antônio
Reza a lenda que o caminhoneiro apareceu no Parque São Jorge em 1975, oferecendo-se para jogar no gol. Como o titular Sérgio Valentim (ex-São Paulo) estava fora de combate, a comissão técnica resolveu dar uma chance ao grandalhão. Um desatino. Com Luiz Antônio na meta, o Timão se desgovernou e levou uma trombada histórica da Portuguesa – 5 a 1, numa tarde inspirada de Enéas. O dublê de arqueiro e motorista voltou à boléia logo em seguida.
Gralak
Foi contratado a pedido de Mário Sérgio, em 1993. O técnico queria um bom cobrador de faltas e de laterais – virtudes que ninguém poderia negar a Gralak. Ocorre que uma partida de futebol não se resume a lances de bola parada, e, para o azar do zagueirão, a dita-cuja é esférica. Gralak, aqui “improvisado” na lateral-direita, teria ficado milionário se trocasse o soccer pelo futebol americano. Daria um bom quarterback ou kicker nos Dallas Cowboys, ou nos New York Giants.
Jatobá
Pelo nome de guerra, o porte e, acima de tudo, o futebol, era sempre confundido com as traves. O zagueiro Jatobá atuou pelo Corinthians na década de 80. Durante sua passagem pelo clube, e por muito tempo depois, os preservacionistas e “ecochatos” em geral perderam todo e qualquer prestígio no Parque São Jorge.
Guinei
Até hoje, as suas atuações contra o Boca Juniors, na Libertadores de 1991, são festejadas pela torcida – a argentina, não a alvinegra. Campeão brasileiro um ano antes, Guinei afundou o Corinthians naquelas duas partidas. O zagueiro disse “adiós” ao Timão pouco depois da fracassada campanha, para o alívio da Fiel.
Ojeda
A distância que separava o seu futebol do jogado pelo titular, o grande Wladimir, só podia ser medida em anos-luz. Quando teve uma chance, na fase final do Paulistão de 1975, aterrorizou a Fiel. Ojeda ainda tentou fincar raízes no Parque São Jorge, convidando Vicente Matheus para padrinho de casamento. Consta que o velho cartola topou, mas o matrimônio do lateral com o Timão foi relâmpago.
Embu
Zagueiro e volante, formou com Baré, no início dos anos 90, a dupla de área “Bambu”, cuja agilidade era semelhante à do vegetal. Embu não mostrou bom futebol no Timão, é fato. Mas estimulou, sem dúvida, o interesse pela literatura entre a torcida, que lhe dedicou um sem-número de versos com rimas óbvias.
Taborda
O caudilho uruguaio chegou ao Corinthians no final da década de 70. Era um exímio chutador – de canelas, joelhos, estômagos, cabeças, gatos, papagaios, cachorros; enfim, de qualquer coisa ou criatura que, inadvertidamente, cruzasse à sua frente. A comissão técnica do Timão, no entanto, implicou com o volante, argumentando que ele não batia na bola com tanta eficiência. Injustiçado, o valente Taborda acabou trocando o Parque São Jorge pelo Canindé.
Beirute
Em 1961, o Corinthians contratou, de uma tacada só, vários jogadores do Flamengo: Iriarte (Espanhol), Manoelzinho, Adílson e… Beirute. Com esses “reforços”, montou aquele que é considerado o pior “onze” da sua história, o célebre “Faz-me Rir” – referência a um sucesso da época, interpretado por Edith Veiga. Beirute logo se transformou em um dos símbolos do hilário time. Em meio à dieta de vitórias imposta à Fiel, o atacante era um prato cheio para os marcadores.
Toninho Metralha
Revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, o ponta-esquerda, aqui escalado na direita, teve vida curta no Timão. Segundo a seção “Que Fim Levou”, do site de Milton Neves, disputou apenas 15 partidas no Paulistão 76, em que o Corinthians terminou num melancólico 11º posto. Apesar do apelido de artilheiro, Toninho Metralha era mais conhecido pelo “fogo amigo”.
Ivan
Substituiu o centroavante Zé Roberto na trágica tarde-noite de 22 de dezembro de 1974, quando o Corinthians completou 20 anos de fila, ao ser batido na final do Paulistão pelo Palmeiras, por 1 a 0. Não pode ser responsabilizado por aquela dolorosa derrota, mas o fato é que, devido às suas atuações no Timão, ficou conhecido como Ivan, o Terrível. O atacante dispensava à bola tratamento idêntico ao reservado pelo homônimo czar russo aos seus piores inimigos.
Marco Antônio
Se resolvesse escrever manuais de auto-ajuda ou de marketing pessoal, ele colocaria no chinelo campeões de vendagem como Roberto Shinyashiki, Dale Carnegie e Nuno Cobra. Marco Antônio tinha um irresistível poder de persuasão. Foi graças a esse talento – e a rigorosamente nada mais – que manteve em seu poder a camisa 11 do Timão por um bom tempo, no início dos anos 70.