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Nunca a famosa esfera teve um papel tão significativo como na batalha do Somme, durante a Primeira Guerra Mundial.
Esse combate que se desenrolou primeiro de julho de 1916 até o final de novembro do mesmo ano foi uma das mais sangrentas batalhas e um dos principais confrontos dessa guerra de trincheiras. As forças britânicas e francesas tentariam atravessar a linha alemã, que num eixo norte – sul totalizava 45 km de extensão.
O primeiro dia do confronto ficou marcado por um triste recorde para o exercito britânico. Cinquenta e sete mil, quatrocentos e setenta vítimas com 19 240 mortos.
No final de novembro, os britânicos decidiram interromper a batalha e o resultado foi tenebroso para os aliados, com seiscentos e vinte três mil e novecentos perderam a vida ou se feriram nos insignificantes treze quilômetros de avanço através as linhas inimigas.
E foi nessa ofensiva anglo-francesa que o futebol teve um extraordinário papel, numa aventura sem precedentes na história das guerras.
Alguns dias antes do início do ataque, os oficiais ingleses resolveram descontrair seus soldados. Várias divisões receberam bolas, luvas de boxe e cartas provenientes da Inglaterra.
Diante das circunstâncias, o Capitão inglês Nevill falou à Oitava Companhia do East Surrey Regiment para encarar a batalha como um jogo de futebol. O objetivo era ver quem chegaria primeiro dentro da trincheira alemã, chutando uma bola, como se lá fosse o gol adversário.
Na manhã do dia 01 de julho de 1916, o Capitão deu o pontapé inicial a esse “jogo” pouco banal. Sob o seu comando, seus homens com a moral elevada e motivados pela proposta de seu líder, saíram de suas trincheiras, cada um com sua bola, driblando as balas inimigas, como se todos fossem artilheiros correndo em direção ao gol.
A operação teve êxito. A Oitava dos Surreys foi uma das poucas companhias que conseguiram alcançar seu objetivo naquele dia, apesar do considerável número de baixas.
O Capitão Nevill também cairia nesse dia. Ele descansa no cemitério militar em Carnoy no Somme.
Duas bolas estão expostas na Inglaterra. Uma no National Army Museum e a outra no the Queen’s Regiment Museum, Howe Barracks, Canterbury, Kent.
Oficiais ingleses homenageiam a façanha com uma das bolas que “sobreviveram” ao ataque – Fonte: “L’Illustration”- 29.07.1916
Canção dos Surreys que recorda o acontecimento:
“On through the hail of slaughter,Where gallant comrades fall,Where blood is poured like water,They drive the trickling ball.The fear of death before them,Is but an empty name;True to the land that bore them,The SURREYS played the game.”
Tradução + ou -:
“Em pelo granizo de matança Onde os camaradas galantes caem, Onde é vertido sangue como água, Eles dirigem a bola gotejando. O medo de morte antes deles, É apenas um nome vazio; Retifique para a terra que os agüentou, O SURREYS jogou o jogo.”
Fontes:
Blog CerveBolíticos
-Não deixem de visitar o site do filme francês: Play the Game, sobre o episódio:
http://www.everybody-playthegame.com/site.html
– National Army Museum, endereço: Royal Hospital Road, Chelsea, SW3 4HT,http://www.national-army-museum.ac.uk/
Blog do Birner
http://theatrumbelli.hautetfort.com/
http://www.queensroyalsurreys.org.uk/time_line/eastsurrey/1916.html