Colégio Militar – Fortaleza (CE): Disputou o Estadual da 1ª Divisão de 1938

Por Sérgio Mello

O Colégio Militar foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado no domingo, do dia 1º de Junho de 1919. A sua Sede ficava no regimento, localizado na Avenida Santos Dumont, nº 485, no bairro da Aldeota, em Fortaleza/CE.

O time fez parte do Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1938, organizado pela Associação Desportiva Cearense (ADC), quando terminou na honrosa 5ª colocação, o time era formado, basicamente, por alunos do colégio.

Ao contrário do que estamos acostumados a ver, no Colégio Militar os jogadores não eram chamados pelos nomes ou mesmo pelos apelidos. Na verdade, eram chamados pelos números de matrícula dos alunos do Colégio Militar.

A competição contou com a participação de 12 clubes, divididos em dois grupos de seis equipes cada:

No Grupo A: América, Cavalaria, Ceará Sporting Club, Ginásio São João, Maguari e Penarol Sport Club.

No Grupo B: Carioca, Colégio Militar, Estrela do Mar Foot-Ball Club, Ferroviário Atlético Clube, Fortaleza Sporting Club e Iracema. Abaixo alguns resultados:

Colégio Militar de 1938

Colégio Militar 3 x 2 Ferroviário

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: quinta-feira, do 21 de abril de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos Pinto (ADC).

Colégio Militar: 110; 255 e 243; 43, 308 e 66; 295, 97, 29, 221 e 157.

Ferroviário: Gumercindo, Tomé e Baiano; Boinha, Gonzaga e Zimba; Pirão, Barroso, Procopio, 56 e Izaquiel.

Gols: 221, duas vezes, e 295 um tento (Colégio Militar). Procópio com dois gols (Ferroviário).

Colégio Militar 4 x 4 Carioca

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: terça-feira, do 03 de maio de 1938.

Árbitro: Aécio de Menezes (ADC).

Renda: 1:394$500 Réis.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Carioca: Zequinha, Cazuqué e Bidico; Gedeão, Odilon e Chico; Teixeira, Zé Dágua, Nicolau, Liberato e Clóvis.

Gols: 1º tempo terminou empatado em um gol; No 2º tempo – 221, três vezes (Colégio Militar); Nicolau, duas vezes e Teixeira um tento (Carioca).

Fortaleza 5 x 3 Colégio Militar

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: domingo, do 15 de maio de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos (ADC).

Fortaleza: Zé Augusto, Pé Duro e Cabral; Jaburu, Babau (Corado) e Carinha; Róseo, Vem-vem, Alemão, Bacurim e Sérgio.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Gols: Fred, três vezes, Jombrega e Vem-vem, um tento cada (Fortaleza); 221, de pênalti, 295 e 97 (Colégio Militar).

No domingo, do dia 24 de julho de 1938, o Colégio Militar e o Ferroviário ficam no empate em 3 a 3, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). Na quinta-feira, do dia 08 de dezembro de 1938, o Colégio Militar sofreu uma sonora goleada para o Estrela do Mar pelo placar de 8 a 0, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). A partida teve arbitragem do Sr. José Augusto Lopes, o ‘Zé Augusto’. Os gols da peleja foram assinalados por Dandoca e Joãozinho, com dois gols cada e Masseteiro foi o destaque com quatro tentos para o Estrela do Mar.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Fotos e Colaboração: Fabiano Batista

FONTES: Instagram “Câmara de Histórias”, de Ciro Câmara – Blog do Marcão – jornal O Povo – História do Campeonato Cearense de Futebol

1º escudo de 1925: Associação Atlética Caldense – Poços de Caldas (MG)

A Associação Atlética Caldense é uma agremiação da cidade de Poços de Caldas, que fica a 461 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 163.742 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Breve histórico

O futebol bretão surgiu em Poços de Caldas, em 1904, graças ao sr. Paulino de Souza, que foi um dos fundadores do Football Club Caldense. Posteriormente surgiram o Local Football Club e o Internacional Football Club (extinto em fevereiro de 1925).

Alguns remanescentes dessas agremiações: Após as comemorações do Dia da Independência, numa noite fria e chuvosa um grupo, liderados pelos senhores Fosco Pardini (presidente do Grambinus F.B.C.), Affonso Junqueira (ex-presidente do Internacional F.B.C.), João de Moura Gavião (presidente do Local F.B.C.) e Hugo de Vasconcellos Sarmento (presidente da Liga Caldense de Football), se uniram no Bar do Mendonça, no fundo Cineteatro Polytheama para fundar a Associação Athletica Caldense, na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1925, para a disputa do Campeonato Citadino de Poços de Caldas.

Primeira Diretoria da Caldense

A Associação Athletica Caldense definiu a sua 1ª Diretoria que foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – João de Moura Gavião;

Vice-presidente – professor Hugo Sarmento;

1º Secretário – Romeu Chiacchio;

2º Secretário – Cherubim Borelli;

Tesoureiro – Caetano Pereira;

Procurador – Flamínio Maurício;

Diretor Esportivo – Octávio Mantovani;

Comissão de Sindicância – João de Oliveira Carmo, Antônio Ricci Júnior, Domingos Lamberti, Vitor Fortunato e Adolpho Guetti

Reorganizado em 1926

Apesar das dificuldades enfrentadas no começo, a associação despertou grande interesse da juventude de Poços de Caldas pelo futebol. No sábado, do dia 03 de abril de 1926 a Associação Athletica Caldense se fundiu com o Gambrinus Football Club para dar origem ao grêmio esportivo social.

Os jogos aconteciam no Chalet Procópio, um campinho de terra localizado na propriedade do Coronel Cristiano Osório de Oliveira, fazendeiro que morava em São João da Boa Vista.

Foto: 28 de maio de 1927
Aspecto da festa oferecida, em homenagem ao Presidente da A.A. Caldense, o Sr.  Fosco Pardini, em Poços de Caldas/MG

Aquisição do 1º estádio

Em 1929, uma comissão chefiada pelo prefeito Carlos Pinheiros foi a São João da Boa Vista e conseguiu junto ao Coronel Cristiano Osório a cessão do imóvel a título precário.

Com o falecimento de Cristiano Osório em 1938, a diretoria alviverde resolveu homenageá-lo cinco anos depois, em 1943, com a mudança do nome do estádio, de Chalet Procópio para Estádio Coronel Cristiano Osório.

Em 1947, a diretoria do presidente José Anacleto Pereira conseguiu da família de Cristiano Osório um comando de uso, com o prazo de 20 anos, para as instalações do clube.

Sedes sociais

A Caldense teve sede em diferentes locais ao longo dos anos: Palacete Cobra, na praça Pedro Sanches; antigo Cassino Gibimba, de 1938 a 1942; no Polytheama, na avenida Francisco Salles até 1959; edifício Imperial até 1962 e, finalmente, em 1962 junto ao estádio Cristiano Osório, na gestão do presidente Antônio Megale.

O terreno da sede social foi obtido no mesmo ano, após uma negociação entre Caldense, Prefeitura e a família de Cristiano Osório, onde a “Veterana” passou a ser a dona definitiva do espaço.

Essa transação foi realizada graças ao empenho do prefeito David Benedicto Ottoni que, com a aprovação da Câmara Municipal, se comprometeu em troca a proceder o arruamento da chácara Osório pela prefeitura. Com a posse do imóvel, vários melhoramentos foram realizados pelas diretorias subsequentes, como a construção da piscina.

Entre 1960 e 1961 o futebol da Veterana teve repercussão nacional pela campanha de 1957 com uma sequência de partidas invictas, o que proporcionou uma onda de entusiasmo entre associados e moradores de Poços de Caldas.

Lutando em seu próprio estádio, que foi durante muitas décadas o palco de memoráveis vitórias do Verdão, e com a construção das quadras cobertas que possibilitaram a realização dos saudosos Jogos Abertos de Poços de Caldas, a Caldense pôde se destacar nos meios esportivos, tornando-se orgulho dos poços-caldenses de nascimento e de coração.

Debutou na Elite do Futebol Mineiro em 1972

Na década de 70, a equipe profissionalizou o departamento de futebol e viveu sua era de ouro. Chegou à elite do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão pela primeira vez em 1972. Foi tetracampeã do interior (1974, 1975, 1976 e 1977) e conquistou títulos de diversos torneios regionais.

Estádio Ronaldão é inaugurado em 1979

Com a ascensão da equipe, o Cristiano Osório ficou pequeno. Na terça-feira, do dia 04 de setembro de 1979, foi inaugurado o Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, o “Ronaldão”, com capacidade atual para 7.600 pessoas, na Avenida João Pinheiro, s/n, no Centro da cidade. Na ocasião, a Caldense acabou derrotada pelo Sport Club Corinthians Paulista pelo placar de 3 a 0. Basílio foi o autor do 1º gol no estádio.

Velho estádio virou a Sede social

O antigo estádio Cristiano Osório foi desativado dois anos depois, em 1981. Em seu lugar foram construídas quadras de tênis, de peteca, um parque infantil, assim como uma nova piscina para atender o número de associados que a cada ano crescia. A sua Sede social está localizada na Rua Pernambuco, nº 1.145, no Centro de Poços de Caldas/MG.

Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos

Posteriormente, o clube adquiriu, no bairro Parque Pinheiros, uma área de treinamento para o futebol profissional, denominada Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos, situado na Avenida Presidente Wenceslau Braz, s/n, no Parque Pinheiros, em Poços de Caldas/MG.

A Caldense inaugurou o CT em dezembro de 1995, o local conta com alojamento, campos de futebol, academia, refeitório, vestiários, escritório e piscina para a preparação dos jogadores.

Foto: Acervo de Renan Muniz

Campeão Mineiro da 1ª Divisão de 2002

Em 2002, a Caldense conseguiu o maior título de sua história, o Campeonato Mineiro. Com uma campanha brilhante na competição de pontos corridos, a equipe verde e branca mostrou toda sua capacidade em jogos memoráveis. Na rodada final, venceu o Nacional de Uberaba por 2 a 0 e levantou a taça.

Lembrando que a competição não contou com o Trio de Ferro: Atlético, Cruzeiro e América, que naquele período jogaram a terceira e última edição da Copa Sul-Minas.

Vice-campeão do Supercampeonato Mineiro de 2002

Depois do torneio regional disputaram o Supercampeonato Mineiro, juntamente com o Mamoré e a Caldense, Campeã estadual de 2002. A Veterana voltou a fazer uma bela campanha, terminando com o mesmo número de pontos do Cruzeiro: nove. Acabou com o vice-campeonato, pois no critério saldo de gols foi superado pela Raposa por cinco contra dois.  

Vice-campeão Estadual de 2015

Em 2004 obteve o título de campeã do interior em uma trajetória marcante. Na temporada de 2015, a Veterana realizou uma campanha incrível no Campeonato Mineiro. Chegou invicta na final contra o Atlético Mineiro e foi superada por 2 a 1 com um gol irregular, sendo vice-campeã e campeã do interior.

Nos últimos anos a Veterana fez grandes campanhas no estadual, chegou à semifinal em 2020, venceu Cruzeiro, Atlético e América. Em 2021, e novamente foi semifinalista. Em 2022, disputou o título do interior diante do Athletic, de São João Del Rei.

Um polo esportivo, cultural e social

No esporte especializado, a Caldense alcançou inúmeros feitos. Sediou treinos das seleções brasileiras de basquete, vôlei, futsal, tênis de mesa. Conquistou incontáveis títulos nas mais diversas modalidades.

Na parte social, se destaca pela realização de bailes e eventos. Já recebeu apresentações ao longo dos anos de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Titãs, Engenheiros do Hawaí, Chacrinha, Costinha e muitas outras celebridades.

A Caldense oferece treinos de basquete, vôlei, futsal, handball, tênis de campo, tênis de mesa, cricket, natação, beach tennis, peteca, futebol society, squash e artes marciais.

Atualmente a Caldense é um dos clubes sociais mais bem estruturados do país, e um dos maiores de Minas Gerais. Conta com 2.980 sócios quotistas e 11.677 dependentes, totalizando um quadro associativo de mais de 14.650 pessoas.

Curiosidade: Essa camisa, que completará esse ano 100 anos, está à venda. Para maiores informações basta acessar a página clube no Instagram.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: O Malho (RJ) – TV Caldense

FONTES: Site oficial do clube – Diário Nacional (SP)

Escudo raro de 1956: Usina Ceará Atlético Clube – Fortaleza (CE)

Por Sérgio Mello

Usina Ceará Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Localizado no Bairro Otávio Bonfim, a equipe alvianil foi Fundado no dia 1º de Setembro de 1949, por funcionários da Indústria Têxtil Siqueira Gurgel Companhia Limitada, para a prática, em especial, do futebol.

Conhecido como Time Fabril, mandava seus jogos no seu Estádio Teófilo Gurgel, localizado na esquina Avenida Duque de Caxias com a José Bastos, no Centro de Fortaleza/CE.

A década de 50 é marcada pelo presença do Usina nas disputas do Campeonato Cearense de Futebol, em seu 1º ano de disputa em 1953 termina na 5ª posição. No ano seguinte fica na oitava colocação. Em 1955 repetiu a dose, terminando em quinto lugar.

Fábrica Siqueira Gurgel, onde surgiu o Usina Ceará A.C.

Os bons resultados, ajudaram para o maior investimento do Usina Ceará A.C., que veio para disputar dos estaduais e entrar na história do futebol cearense. Em 1956 fica com o vice-campeonato do estadual, que teria dois turnos, mais por ausência de datas foi disputado por um turno único e tendo o Gentilândia como campeão, o artilheiro foi Luis Martins da equipe fabril com 10 gols.

Em 1957 conquista o segundo turno e disputa a final com o vencedor do primeiro turno Ceará, perdendo a primeira partida da final, vencendo a segunda partida e perdendo a terceira e decisiva partida com o famoso gol de mão de Honorato para o alvinegro.

Usina Ceará enfrentou o Botafogo de Mané Garrincha

Na quarta-feira, do dia 16 de julho de 1958, o poderoso Botafogo (RJ) estreou no Norteste do País, derrotando o Usina do Ceará, em Fortaleza, por 3 a 1. Já no primeiro tempo os cariocas venciam por 2 a 0. ambos os tentos marcados pelo ponteiro Garrincha.

Na segunda parte, Rossi marcou o terceiro ponto dos alvinegros, enquanto Honorato assinalava o gol único do Usina do Ceará. Formou o Botafogo: Ernani; Cacá, Tome e Nilton Santos (Ney); Beto e Servilio; Mané Garrincha (Garrinchinha), Didi (Rossi), Paulinho, Quarentinha (Edson) e Neivaldo. Técnico: João Saldanha.

Terceiro lugar no Cearense

No ano seguinte fica apenas na quinta colocação e em 1959 na terceira colocação do estadual. Em 1960 em 6ª lugar do estadual. Em 1961 conquista o terceiro turno do estadual e disputa mais uma final com o Ceará, jogo único e derrota por 1 a 0.

Em 1962 conquista o segundo turno do estadual e disputa o triangular final com Ceará e Fortaleza,o Usina empata em 1 a 1 com o Ceará, 1 a 1 e com o empate de 2 a 2 com o Fortaleza, dar adeus ao título de 1962.

Com a derrota do Fortaleza no último jogo, a equipe fabril fica na segunda colocação final. Em 1963 fica na quarta colocação do estadual atrás do trio de ferro da capital, no ano seguinte repete a mesma colocação sendo o ano de seu último campeonato estadual.

Títulos

  • Campeão da Copa Suburbana: 1950;

Campeão da Torneio Companhia Johnsen: 1951;

Campeão da 2ª Divisão: 1951;

Torneio Início do Ceará: 1954;

Campeão do Torneio Quadrangular: 1955;

Vice-Campeão Cearense : 1956, 1957, 1961 e 1962;

Segundo Turno do Cearense : 1957 e 1962;

Terceiro Turno do Cearense : 1961.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Blog Zé Duarte Futebol Antigo

FONTES: Última Hora (RJ) – Revista do Esporte (RJ) – Blog Zé Duarte Futebol Antigo

Bangu Esporte Clube – Quixadá (CE): Revelou o craque Pacoti

O Bangu Esporte Clube foi uma agremiação de Quixadá, a maior cidade do sertão central do estado do Ceará. Situado a 187 km da capital de Fortaleza, conta com uma população de 87.728 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2019.  

Bangu em maio de 1960
EM PÉ (esquerda para a direita): Dedé (treinador), Tião da Baladeira, Tadeu Costa, Estrampão, Santos, Dote e Fransquinho Tavares;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nivaldo, Adão e Silva;
SENTADOS (esquerda para a direita): Macaúba, Mafia e Pneu Fino.

Foi fundado no sábado, do dia 02 de fevereiro de 1952, com o nome de Santa Cruz. O 1º Presidente foi o Sr. José Linhares da Páscoa. Alguns dias depois, o então atleta João Eudes Costa escreveu cartas aos grandes times solicitando vestimentas para os atletas.

Apenas o Bangu do Rio foi o único quem atendeu ao pedido. Com isso, em homenagem ao clube carioca alterou o nome para Bangu Esporte Clube. A estreia do novo uniforme aconteceu na terça-feira, do dia 19 de fevereiro de 1952, quando o Bangu de Quixadá derrotou o juvenil do Ceará Sport Club, pelo placar de 3 a 2. Os gols foram assinalados por Pacoti, João Eudes Costa (conhecido como Eudes II) e Nilson.

Bangu derrota Fortaleza

No domingo, do dia 25 de Julho de 1954, em amistoso, o Bangu bateu o poderoso Fortaleza pelo placar de 3 a 2, em Quixadá/CE.

No Vasco da Gama, Pacoti conseguiu o título do Super Supercampeonato Carioca de 1958

Bangu revelou o craque ‘Pacoti’

Indiscutivelmente, a maior joia do alvirrubro quixadaense foi Francisco Nunes Rodrigues, o Pacoti. Centroavante do Vasco da Gama (1958/59) e do Sporting de Lisboa (1961/62/63), morreu no dia 18 de novembro de 2021, aos 87 anos, em Fortaleza. O ex-atleta foi vítima de uma parada cardíaca.  

Pacoti vivia em Fortaleza (CE), na Praia de Iracema. Lá o “Pelé Branco do Vasco” era funcionário da AGAPE (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado do Ceará) e administrava interesses no estádio Presidente Vargas.

Pacoti nasceu na cidade de Quixadá (CE), na quinta-feira, do dia 28 de dezembro de 1933. Ele era casado, não teve filhos, mas tinha quatro adorados sobrinhos que o chamavam de avô.

Pacoti teve passagens pelos seguintes clubes: Bangu de Quixadá/CE (1952/53); Nacional de Fortaleza/CE (1954); Ferroviário de Fortaleza/CE (1955/56/57); Sport do Recife/PE (1958); Portuguesa Santista (1960); Olaria do Rio de Janeiro (1964); Valência da Venezuela (1965/66). No fim dos anos 60, voltou ao Ferroviário, onde encerrou a carreira.

Colaboraram: Fabiano Batista – Rodrigo S. Oliveira Eugênio Fonseca

FOTOS: Blog Retalhos de Quixadá – Terceiro Tempo

FONTES: Blog Amadeu Filho – Blog Retalhos de Quixadá – Tardes de Pacaembu

Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo – Crateús (CE): enfrentou Fortaleza S.C. e Ceará S.C.

A Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo foi uma agremiação do município de Crateús, que fica na região oeste do estado do Ceará. Localizado a 350 km da capital (Fortaleza), possui uma população de 75.394 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021.

Em 1974, Marcelo Dias de Carvalho adquiriu o Posto Petrobrás, na Rua Frei Vidal da Penha, no bairro São José. Cinco anos depois, por influência de amigos, Fundou na quarta-feira, do dia 09 de Maio de 1979, a Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo, conhecido por “Puma do Sertão”, que teve existência até 2003, quando ‘fechou às portas’.

Unidos do Petroleo, de 1986 (Foto: Nicolau Matos)

No começo, o amor pelo esporte atraia grande público nos jogos, principalmente no clássico local contra o maior rival: Associação Esportiva São Vicente. Esse encontro alavancava o comercio crateopolitano, se tornando uma importante fonte de renda do município. 

Unidos do Petroleo, anos 80 (Foto: Nicolau Matos)

Confrontos contra Fortaleza e Ceará

O Unidos do Petróleo enfrentou o Fortaleza três vezes na sua história: foram duas derrotas e um empate; marcando dois gols, sofrendo cinco e um saldo negativo de três. Abaixo as fichas-técnicas:

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      1        X        2        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 17 de maio de 1981
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROAbdoral Eufrasino (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOTarcísio; Pedro Hélio, Saviote, Lauro e Dercy; Pombinha, Fito e Zureta (Milton); Eleasar, Zé Raimundo (Zé Ivan) e Maranhão.
FORTALEZAWashington (Wálter); Alexandre, Totô, Pinheirense e Clésio; Dudé (Biliu), Odilon (Limão) e Tiquinho; Mazolinha, Dedé e Chico Explosão (Cesídio). Técnico: Jálber de Carvalho  
GOLSOdilon e Fito (Fortaleza); Lauro, contra, (Unidos do Petróleo)
CURIOSIDADEPombinha (Unidos do Petróleo) desperdiçou um pênalti.
Unidos do Petroleo x Fortaleza, em 1983

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      1        X        1        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 02 de outubro de 1983
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROManoel Messias (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOGilberto; Chico Calunga, Valdecir, Barbosa e Mauro; Basílio, Pombinha (Carlos Alberto) e Silva; Júnior, João Lacochia (Galote) e Joãozinho.
FORTALEZASérgio Monte; Caetano (Toninho), Pedro Basílio, Tadeu (Luís Augusto) e Sabiá; Gilmar Furtado (Jaime I), Wecsley (Ribamar) e Marco Antônio (Viegas); Édson (Izoni), Luizinho das Arábias (Maurício III) e Geraldinho (Lenilson). Técnico: Paulo Emílio
GOLSViegas aos 26 minutos (Fortaleza); Joãozinho aos 31 minutos (Unidos do Petróleo), do 2º Tempo.

S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)      0        X        2        FORTALEZA S.C. (CE)

LOCALEstádio Municipal de Crateús (CE)
CARÁTERAmistoso estadual
DATADomingo, do dia 18 de janeiro de 1987
PÚBLICO3.500 pagantes
ÁRBITROJosé Maria Silva (FCF)
UNIDOS DO PETRÓLEOOswaldo; Chico Calunga, Valdecir, Adércio (Pedro Basílio) e Catita; Basílio (Zé Antônio), Carlos Alberto e Henrique; Robervânio (Rildo), China e Silva.
FORTALEZADário I; Expedito, Pedro Basílio (Adércio), Marcelo Ivo e Jorge Henrique; Erivando, Jacinto (Marcos Durango) e Alberto III; Gilson, Marcão (Belfort) e Da Silva. Técnico: Newton Albuquerque
GOLSExpedito aos 10 minutos (Fortaleza); Alberto III aos 22 minutos (Fortaleza); do 1º Tempo.
Unidos do Petroleo x Ceará, em 1983

Há registro de um confronto contra o Ceará Sporting Club, Segunda-feira, do dia 19 de outubro de 1981. Num jogão de quatro gols, o Unidos do Petróleo acabou derrotado pelo placar de 3 a 1, no Estádio Municipal Governador Virgílio Távora, o “Mirandão“, no bairro do Mirandão, em Crato/CE. 

CEARÁ S.C. (CE)             3        X        1        S.E. UNIDOS DO PETRÓLEO (CE)

LOCALEstádio Municipal Governador Virgílio Távora, no bairro do Mirandão, em Crato/CE 
CARÁTERAmistoso Estadual
DATASegunda-feira, do dia 19 de outubro de 1981
PÚBLICO E RENDANão divulgado
ÁRBITROAbdoral Eufrásio (FCF)
CEARÁ S.C.Dário I (Dalmir); João Carlos II (Reinaldo II), Amílton Silva, Lula Pereira e Waldemir; Alves, Nicácio (Barretos) e Ademir Patrício; Getúlio, Marciano (Josué) e Ramon (Jorge Luís Cocota). Técnico: Caiçara.
UNIDOS DO PETRÓLEOMendengo; Paulinho, Valdecir, Lauro e Derci; Basílio, Pompinha e Zito (Quim); Eliseu (Piauí), Leal e Joãozinho.
GOLSWaldemir aos 4 minutos (Ceará), no 1º Tempo. Ademir Patrício aos 6 e 15 minutos (Ceará); Leal aos 31 minutos (Unidos do Petróleo), no 2º Tempo.
Crédito: Eugênio Fonseca

Nos seus 23 anos de existência, a Sociedade Esportiva Unidos do Petróleo conquistou nove títulos, entre 1980 a 2002. Destaque para o Bicampeonato da Taça Região Norte.

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

Colaboraram: Fabiano Batista e Rodrigo Santana

FOTO: Acervo do ex-jogador Basílio Oliveira

FONTES: Blog do Júnior Bonfim – Página no Facebook “Crateús em Todos os Tempos” – Almanaque do FortalezaEugênio Fonseca

Inédito!! Brazil Foot-Ball Club – Maceió (AL): Disputou o Estadual de 1920

O Brazil Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL). Fundado no sábado, do dia 02 de dezembro de 1916, nas cores alvinegras. Posteriormente, foi reorganizado no domingo, do dia 10 de Setembro de 1922, alterando as cores para verde e amarelo. A sua Sede social ficava localizado na Rua Floriano Peixoto, nº 24, no bairro Ipioca, em Maceió (AL).

No domingo, do dia 25 de novembro de 1917, no ground do Centro Sportivo Eneas Campello um match dos segundos times do Eneas Campello e do Brazil Foot Ball Club, que teve arbitragem de Félix Lima Júnior.

Eneas Campello: Antonio ; Buarque e Hyppolito; Veronja, João Luiz e Raymundo Santos; Valente, Antonio II e Malta Pereira.

Brazil: Baena; Carvalho e Moacyr; Waldomiro, Durval e Salustiano II; Sizenando, Rodrigues, J. Sonto, J. Paulo e Aparício.

Referee: Salustiano Correia.

No domingo, do dia 2 de dezembro de 1917ocorreu uma partida amistosa entre os Primeiros e Segundos Teams do Brazil Foot Ball Club, em comemoração ao seu primeiro aniversário de fundação.

1º Team: Raphael; Osny e J. Bittencourt; Conde, C. Doria e Waldomiro; Salustiano (1º), Tunico, Julio Pitotinha e Archimedes.

2º Team: Baena; Elefante e Camelo; Palito, Durval e Sanum; Molengo, Minas Gerais, Julinho, Baiá e Carioca.

Disputou o Estadual de 1920

No futebol, o clube jogou o Campeonato de Maceió (depois ganhou o status de o Estadual) da 1ª Divisão de 1920, organizado pela Liga Alagoana de Desportos (LAD). O CRB se sagrou campeão, enquanto o Brazil terminou na 4ª colocação, num total de cinco equipes participantes.

Brazil derrota o campeão Alagoano

O jornal Vida Sportiva assim contou a história da peleja que foi elizado na tarde do domingo, do dia 12 de dezembro de 1920, no campo do CRB (Club de Regatas Brasil): um encontro amistoso entre os primeiros e segundos quadros do club local, campeão sem derrotas da L. A. D. e os mesmos quadros do Brazil Foot-Ball Club o penúltimo da tabella do campeonato.

Nos segundos quadros venceu o CRB por 1 a 0 e nos primeiros coube a vitória ao glorioso Brazil por 2 a 1. O jogo dos primeiros teams esteve admirável pois o Brazil Foot-Ball Club apesar da grande falta de treino, está com um team que, diga-se de passagem, dificilmente será vencido em Maceió.

A equipe do Brazil jogou desfalcada dos seus ótimos elementos Archimedes, Medeiros, A. Miguel e Barboza este último entrou em campo, mas após 10 minutos de jogo é inutilizado pelo center forward alvirrubro.

O CRB por intermédio de Sidney, Abel, Gallo e Pedro desenvolveu em jogo brutal e perigoso que talvez fosse a causa única da sua primeira derrota deste anno.

Ao contrário dos seus adversários, os alvinegros mantiveram-se sempre com lealdade desenvolvendo um jogo franco e leal conseguindo empatar a peleja durante o primeiro meio tempo, dada a saída para o segundo meio tempo os alvinegros que até aqui se tinham mantido sempre em defensiva, exerceram forte pressão sobre o seu terrível contendor que viu a sua barra varada por duas vezes consecutivas.

Depois destes feitos dos brazileiros o CRB desenvolve cerrado ataque sobre barra de Lula que se houve com maestria. Quando apenas faltavam 5 minutos para terminar a peleja, A. Gondim do CRB com um feliz tiro ao ângulo esquerdo do goal brazileiro, consegue o seu único e último ponto da tarde, os goals do Brazil, foram conquistados pelos destemidos: Oscar Calheiros e Araujo.

O CRB também jogou desfalcado de M. Gomes o Zé Azevedo, o que aliás nada influiu, pois foram muito bem substituídos.

Algumas Diretorias

No mês de novembro de 1920, o Brazil Foot-ball Club elegeu a nova diretoria, que assim ficou constituída:

Presidente de honra – Antonio de Souza Almeida;

Presidente – Manoel Roberto de Araujo;

Vice-presidente – José Eusebio de Barros;

1° Secretario – Tancredo Silva;

2º Secretario – José Angetunes Netto;

Vice-thesoureiro – Luiz Falo Sobrinho;

Thesoureiro – Raphael Anrias de Almeida;

Director de Sport – Hildebrando Silva;

Vice-director de Sport – Vicente dos Santos Camelio;

Orador – Raul Falcão;

Commissão Fiscal – Pedro Henes Moreira, Salustiano Eusebio de Barros, Anthenor Marques e Apparicio Lins;

Archivista – Bernarline Lopes.

Empossou-se, em janeiro de 1923, a diretoria do Brazil Foot-ball Club, a qual é assim constituída:

Presidente de honra – Dr. Ernandi Teixeira Basto; Vice-presidente de honra – Alberto Mello; Presidente – José Fernandes de Barros Lima Filho; Vice-presidente – Salustiano Eusebio de Barros; 1º Secretario – Joaquim Maciel Filho; 2º Secretario – José Farias de Almeida; Thesoureiro – Durval Prado; Orador – dr. Alfredo de Barros Lima Junior.

Brazil derrota Sport Club Viçosense

Os viçosenses encheram-nos de gratas satisfações. Como é sabido do programa publicado no nosso nº passado e em avulsos fizemos-lhes carinhosa recepção, dando-se o encontro do nosso povo com suas Embaixada e equipe na Rua General Clodoaldo da Fonseca, às 19 horas, do sábado, do dia 22 de setembro de 1923.

Está na estima publica a imponência do préstito até a sede da Municipalidade onde discursaram os oradores oficiais do nosso club Brazil Foot-ball Club e do Viçosa, Sport Club Viçosense e o seu prosseguimento no palacete da hospedagem, ne rua Dr. Fernandes Lima, onde foram aqueles ilustres e queridos amigos cumulados de obséquios até o seu retorno.

No domingo, do dia 23 de setembro de 1923, pelas 5 da manhã, foi celebrada Missa Campal de inauguração do Campo esportivo do Brazil Foot-ball Club comparecendo ali seleta e empolgante assistência de fieis.

A imponência do ato divino juntara-se o cortejo solene das duas músicas e cânticos festivos de envolta aos treinos saudosos e inocentes dos passarinhos, as romper d’alva, hora em que terminou a função sagrada.

Ao meio dia foi oferecido um banquete à exma. Embaixada e aos sportmans estranhos tomando parte na mesa as principais autoridades locais, havendo, nessa ocasião, brindes pelos oradores das equipes.

Às 14 horas, a sessão cívica e oferta da bandeira auriverde ao B. F. C. por suas gentis torcedoras, sendo interpretes da oferta e agradecimento a senhorinha Marilli Moraes e o ilustre sportman Dr. Henrique Costa.

Às 15 horas, em seguida, o empenho das duas esquadras no belo e vasto campo do B. F. C. Travado o combate, que foi renhido, um “schot” do Mendes deu a glória de vencedor ao nosso team com a “score” de 1 a 0, terminando o tempo com o congraçamento generoso e desapaixonado dos nossos jogadores e amigos com os Viçosenses.

Referiu (árbitro) a partida o sr. Dalmario Souza.

Seguiram-se festas de regozijo na segunda-feira, do dia 24 de setembro de 1923, combateu novamente, em nosso gramado a Sport Club Viçosense com a C. S. P. levando de vencida o Viçosa com a contagem de 2 a 1 contra o Club Sportivo Palmeiras.

Atuou a disputa o sr. Dr. Henrique Costa.

Acima de qualquer feição partidária, frisamos aqui a nossa glória pela aproximação cordial das famílias viçosenses e palmeirenses.

Povo culto e de vistas avançadas, aplicou-nos mais ume vez, recebendo nossos obséquios de hospedagem com máxima fidalguia e intuitos alevantados de congraçamento social entre esta e a sua bela cidade.

A eminente Embaixada que se compunha dos mais primorosos elementos sociais viçosenses marcou, entre nós, ume época de saudosas recordações pela diplomacia de seus egrégios membros, notadamente os exmos. Drs. Brandão Villela e Arnaldo Marta.

Nossa querida Palmeira, pois, sem pretender ofender tão distintos amigos, ganhou duplamente com a visita de Viçosa sportiva.

Ganhou no combate de seus sportmans e muito mais ainda pela felicidade de hospedar cavalheiros tão distintos e ilustrados.

Saudosamente separados da honrosa visita fazemos votos porque em breve tenhamos o gozo de visita-los, ainda uma vez, em seus penates para receber-lhes os influxos amigos e maior estreiteza de relações e simpatias.

Seguem-se es equipes que tomaram parte nos jogos:

Entre as justas alegrias deste povo excelentemente católico e sumamente que se compõe esta primorosa Paróquia de Palmeira vai ser realizada hoje som faustosas pompas litúrgicas encantadora e excepcional mente piedosa festa do Sagrado Coração

A considerar a grandeza dos quatro Centros do Apostolado da Oração de nossa Matriz, Palmeira de Fora.

Brazil: Costa; Horácio e Mello; João, Álvaro (Cap.) e Leão; Jolino, Mendes, Leite e Anatólio  e Augusto.

Viçosense: Zécypriano; M. Vieira e J. Viegas; Chaves, Nouziho e Zémetta; Otheniel, Leodegerio, Zécarnauba (Cap.), L. Viegas e Lepido.

C. S. P.: José; Floriano e Olympio; Ferro, Cerqueira e Canuto; Arestides, Alypio, Passos (cap), Hermelindo e Moura.

FONTES: Diário de Pernambuco (PE) – Diário do Povo (AL) – O Malho (RJ) – Vida Sportiva (RJ) – O Índio (AL)

Novo clube: Planalto Esporte Clube – Aparecida de Goiânia (GO)

O Planalto Esporte Clube é uma agremiação do município de Aparecida de Goiânia, que fica na Região Metropolitana de Goiânia, situado no estado de Goiás. A 20 km da capital, conforme censo do IBGE de 2024, a localidade conta com uma população de 550.925 habitantes (2º município mais populoso do estado).

O “Corvo da Massa” foi Fundado na terça-feira, do último dia 03 de dezembro de 2024, pela Central Única das Favelas (CUFA). O novo clube chega com a missão de formar equipes a partida de centenas de bases comunitárias. O foco é aproximar o futebol das periferias.

O presidente da CUFA Goiás e CEO do Planalto, Breno Cardoso, destacou que o principal objetivo do clube é promover o futebol como uma ferramenta de transformação social, oferecendo oportunidades e inspirando jovens talentos.

Ideia do projeto

O Planalto terá equipes no profissional e também nas categorias de base, tanto no masculino, quanto no feminino. O novo time surge com o foco de formar jogadores inteligentes, com autonomia nas ações de jogo, para resgatar as origens do futebol brasileiro.

A mascote é o Corvo, ave reconhecida principalmente pela inteligência e presença imponente. Para formar as equipes, o Planalto Esporte Clube terá núcleos comunitários em todo o estado de Goiás, com o objetivo de desenvolver escolinhas de futebol. Os destaques serão selecionados para compor o time principal.

No estatuto da equipe, os formadores também serão valorizados. Quando um jogador for negociado e isso gerar valores financeiros, uma parte desse montante será direcionado para o formador do atleta.

Planalto jogará o Estadual da Terceirona, 2025

O Planalto iniciará suas atividades em fevereiro de 2025. No primeiro semestre, o clube focará no projeto de iniciação esportiva para crianças e jovens das categorias sub-6 a sub-12, além de estruturar as categorias de base sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20.

Já no segundo semestre, a meta é formar a equipe profissional para competir no Campeonato Goiano da 3ª Divisão, cuja estreia está prevista para 16 de agosto, segundo a Federação Goiana de Futebol (FGF).

Possivelmente, a equipe mandará os seus jogos no Estádio Municipal Annibal Batista de Toledo, que tem capacidade máxima para 4.800 pessoas. O Estádio Multiuso fica localizado na Rua Onze de Maio, nº 283, no Centro de Aparecida de Goiânia/GO.

ARTE: desenho do distintivo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Hygor Ferreira

FONTES: Mais Goiás – Adial – Federação Goiânia de Futebol (FGF)

1º escudo: Nacional Atlético Clube – Fortaleza (CE): 15 participações no Estadual, entre as décadas de 50 e 60.

O Nacional Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). O “Time dos Correios” foi Fundado na segunda-feira, do dia 08 de Junho de 1942, por funcionários dos Correios.

Além do futebol (amador, infantil e juvenil), o clube também contava com voleibol e Atletismo. A Diretoria era constituída pelos seguintes cargos: Presidente – Vice-Presidente -1° Secretario – 2° Secretario – 1º Tesoureiro – 2º Tesoureiro – Diretor de Esportes – Orador Oficial – Diretor de Propaganda – Representante.

Filiado a Federação Cearense de Futebol (FCF) entre os anos de 1950 a 1951 e depois 1953 a 1956 e por fim de 1958 a 1966. Disputou o Campeonato Cearense da 1ª Divisão em 15 oportunidades: 1950, 1951, 1953, 1954, 1955, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966.

Breve resumo das 15 participações na Elite Cearense

Na estreia do Estadual de 1950, o Nacional terminou na 6ª e última colocação: foram três pontos em 10 jogos; uma vitória, um empate e oito derrotas; 15 gols pró, 30 tentos contra e um saldo de menos 15.

No Estadual de 1951, o “Time dos Correios” ficou na 5ª e penúltima posição: foram um ponto em cinco jogos; um empate e quatro derrotas; seis gols pró, 13 tentos contra e um saldo negativo de sete.

Após se ausentar na temporada seguinte, o Nacional retornou no Estadual de 1953, terminando na 8ª e última colocação: foram sete jogos sem nenhum ponto; sete derrotas; oito gols pró, 28 tentos contra e um saldo de menos 20.

O Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1954, que contou com a presença de oito equipes, o “Time dos Correios” ficou na 6ª posição: foram 12 pontos em 14 jogos; com quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas; 16 gols pró, 22 tentos contra e um saldo negativo de seis.

No Estadual de 1955, o Nacional terminou na 7ª e penúltima colocação: foram três pontos em sete jogos; três empates e quatro derrotas; 10 gols pró, 26 tentos contra e um saldo de menos 16.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1956, o Nacional terminou na 8ª e última colocação: foram um ponto em sete jogos; um empate e seis derrotas; cinco gols pró, 32 tentos contra e um saldo de menos 27.

No Estadual de 1958, o Nacional terminou na lanterna, com o 8º lugar: foram um ponto em sete jogos; um empate e seis derrotas; quatro gols pró, 19 tentos contra e um saldo de menos 15.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1959, o Nacional terminou na 7ª e penúltima colocação: foram quatro pontos em sete jogos; uma vitória, dois empates e quatro derrotas; oito gols pró, 28 tentos contra e um saldo de menos 20.

No Estadual de 1960, o Nacional terminou na lanterna, com o 8º lugar: foram zero ponto em sete jogos; sete derrotas; sete gols pró, 20 tentos contra e um saldo de menos 13.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1961, o Nacional terminou na 6ª e antepenúltima posição: foram quatro pontos em sete jogos; duas vitórias e cinco derrotas; cinco gols pró, 22 tentos contra e um saldo de menos 17.

No Estadual de 1962, o Nacional terminou em 7º lugar: foram seis pontos em sete jogos; duas vitórias, dois empates e três derrotas; sete gols pró, 14 tentos contra e um saldo de menos sete.

Vice-campeão do 2º Turno de 1963

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1963, o Nacional terminou na 6ª e antepenúltima posição no 1º Turno: foram três pontos em sete jogos; uma vitória, um empate e cinco derrotas; sete gols pró, 14 tentos contra e um saldo de menos sete.

No Segundo Turno, o Nacional fez a sua melhor campanha na história da competição, terminando na 2ª colocação: foram 10 pontos em sete jogos; quatro vitórias, dois empates e uma derrota; 12 gols pró, 11 tentos contra e um saldo de um. O campeão do Returno foi o Ceará que somou 11 pontos.

O “Time dos Correios” avançou para o Hexagonal Final, terminando na 4ª posição: foram cinco pontos em cinco jogos; duas vitórias, um empate e duas derrotas; oito gols pró, 10 tentos contra e um saldo negativo de dois.

No computo geral foram: foram 18 pontos em 19 jogos; sete vitórias, quatro empates e oito derrotas; 27 gols pró, 35 tentos contra e um saldo negativo de oito.

No Estadual de 1964, o Nacional terminou em 7º lugar: foram 14 pontos em 20 jogos; seis vitórias, dois empates e 12 derrotas; 19 gols pró, 44 tentos contra e um saldo de menos 25.

No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1965, o Nacional terminou na 5ª posição: foram 15 pontos em 22 jogos; cinco vitórias, cinco empates e 12 derrotas; 29 gols pró, 40 tentos contra e um saldo de menos 11.

Em 1966, na sua última participação no Estadual, o Nacional fez a melhor campanha no geral, terminando na 3ª colocação: foram 11 pontos em 10 jogos; cinco vitórias, um empate e quatro derrotas; 14 gols pró, 13 tentos contra e um saldo de um.

Triunfos em cima do “Trio de Ferro” cearense

Sábado,10 de julho de 1954Nacional2X1Ceará
Sábado, 25 de setembro de 1954Nacional3X1Fortaleza
Sábado, 29 de abril de 1961Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 28 de abril de 1962Nacional2X1Ceará
4ª-feira, 07 de agosto de 1963Nacional4X3Fortaleza
Sábado, 17 de agosto de 1963Nacional1X0Ferroviário
Domingo, 12 de abril de 1964Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 08 de agosto de 1964Nacional1X0Ferroviário
Sábado, 12 de dezembro de 1964Nacional3X2Ferroviário
Domingo, 08 de agosto de 1965Nacional2X1Ceará
4ª-feira, 06 de outubro de 1965Nacional2X0Ferroviário
4ª-feira, 10 de novembro de 1965Nacional3X0Ferroviário
4ª-feira, 06 de julho de 1966Nacional4X3Ferroviário
4ª-feira, 14 de setembro de 1966Nacional2X0Ferroviário
4ª-feira, 05 de outubro de 1966Nacional3X2Fortaleza
Domingo, 30 de outubro de 1966Nacional2X0Fortaleza

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Gerson Rodrigues e Fabiano Batista

FONTES: Rsssf Brasil – Federação Cearense de Futebol (FCF) – Estatuto do clube