Arquivo da categoria: Brasil
Jogo Histórico – Taubaté(SP) x Fluminense(RJ)
EC TAUBATÉ (TAUBATÉ – SP) |
3 |
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FLUMINENSE FC (RIO DE JANEIRO – RJ) |
3 |
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DATA: 24 de junho de 1934 | LOCAL: Taubaté – SP | |
JUIZ: | CARÁTER: Amistoso Nacional | |
GOLS: Romeu (2) e Zeca / Prego (2) e Tintas | ||
Taubaté(SP): Chiquito; Barobosa Lima e Ojeda; Argemiro, Renato e Zé Luiz; Ismael, Zeca (Savé), Cassio, Domingos e Romeu. | ||
Fluminense(RJ): Veloso; Ernesto e Julio; Macielo, Hélio e Neves; Bermudes, Russo, Tintas (Arrilaga), Prego e Sálvio. | ||
Fonte: A Gazeta Esportiva / SP
Torneio dos Campeões – 1967
O Torneio dos Campeões Estaduais de 1967 reuniu os campeões estaduais de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro de 1966. O torneio foi organizado pela Federação Mineira de Futebol.
Participantes
A ideia era colocar em um torneio as melhores forças das principais praças no Brasil. Sendo assim, jogariam o Torneio dos Campeões o campeão da Taça Brasil, o campeão carioca, o campeão paulista e o campeão mineiro. Como o Cruzeiro foi o campeão da Taça Brasil e do Campeonato Mineiro, uma vaga se estendeu ao vice-campeão mineiro.
Jogos
18/01/1967 – Cruzeiro 0 – 2 Bangú
Local: Mineirão , Belo Horizonte, MG
Renda: NCr$ 98.247,00
Árbitro: Aírton Vieira de Morais; com Juan de laPassión e Joaquim Gonçalves
Gols: Paulo Borges (40’/1) – Aladim (32’/2)
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Evaldo, Tostão e Hilton Oliveira. [Técn: Airton Moreira]
Bangú: Ubirajara; Fidélis, Mario Tito, Luiz Alberto e Pedrinho; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Cabralzinho (Fernando), Norberto (Ênio) e Aladim.[Técn: PlacidoMontores]
18/01/1967 – Atlético Mineiro 3 – 1 Palmeiras
Local: Mineirão, Belo Horizonte/MG
Renda/Público: NCr$ 98.247,00 (35.552)
Árbitro: Olten Aires de Abreu
Expulsões: Dudu – Tião (ambos aos 26’/2)
Gols: Servilio (12’/1) – Lacy (40’/1) – Edgard Maia(7’/2) – Buião (26’/2)
Atlético Mineiro: Hélio; Canindé, Grapete, Vander e Warlei; Wanderley e Lacy (Edmar): Buião, Edgard Maia. Santana e Tião.[Técn: Gerson dos Santos]
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Zequinha (Dudu) e Ademir da Guia (Suingue); Gallardo (Gildo), Dario (Ademar), Servilio e Rinaldo (Gallardo). [Técn; Mario Travaglini]
Decisão do 1o Lugar
22/01/1967 – Atlético Mineiro 2 – 2 Bangú
Local: Mineirão, Belo Horizonta/MG
Renda/Público: NCr$ 159.953,00 (55.928)
Árbitro: Airton Vieira de Morais; com Gil Trindade e Joaquim Gonçalves da Silva
Gols: Paulo Borges (28’/1) – Norberto (7’/2) – Edgard Maia (13’/2) – Santana (27’/2)
Atlético Mineiro: Hélio; Canindé, Grapete, Vander e Warlei; Wanderley e Lacy: Buião, Edgard Maia. Santana e Tião (Ronaldo). [Técn: Gerson dos Santos]
Bangú: Ubirajara; Fidélis, Mario Tito, Luiz Alberto e Pedrinho; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Cabralzinho, Norberto e Aladim. [Técn: PlacidoMontores]
Decisão do 1o Lugar (repetição)
19/03/1967 :Atlético Mineiro 0 – 1 Bangú
Local: Mineirão, Belo Horizonte/MG
Renda/Público: NCr$ 33.968,00 (16.773)
Árbitro: José Teixeira de Carvalho
Expulsão: Vanderley (31’/2)
Gol: Cabralzinho (8’/1)
Atlético Mineiro: Luizinho; Canindé (Warlei), Grapete, Vander e Décio; Wanderley e Santana: Buião, Ronaldo. Beto (Edgard Maia) e Tião.[Técn: Gerson dos Santos]
Bangú: Ubirajara; Cabrita, Mario Tito, Luiz Alberto e Pedrinho; Jair e Ocimar; Tonho, Paulo Borges, Cabralzinho (Fernando), e Aladim. [Técn: Martim Francisco]
[Observação: a partida também foi válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedroza]
Decisão do 3o Lugar
22/01/1967 – Cruzeiro 3 – 2 Palmeiras
Local: Mineirão, Belo Horizonte/MG
Renda: NCr$ 159.953,00
Árbitro: Olten Aires de Abreu; com Juan da la Passion e Euclides Borges
Gols: Servilio (6’/1)- Evaldo (29’/1) – Tostão (35’/1) – Dirceu Lopes (45’/1) – Dario (9’/2)
Cruzeiro: Raul (Tonho); Pedro Paulo, Vavá, Procópio e Neco; Wilson Piazza eDirceu Lopes; Natal (Wilson Almeida), Evaldo (Zé Carlos), Tostão e Hilton Oliveira (Dalmar). [Técn: Airton Moreira]
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Zequinha e Ademir da Guia; Gildo (Dario), Gallardo (Cardosinho), Servilio e Rinaldo. [Técn; Mario Travaglini]
CAMPEÃO: BANGÚ ATLÉTICO CLUBE
VICE-CAMPEÃO: CLUBE ATLÉTICO MINEIRO
3o LUGAR: CRUZEIRO ESPORTE CLUBE
4o LUGAR: SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS
Fonte: Marlon Kruger Compassi / RS
Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: Associação Atlética e Recreativa Nacional – Bairro: Bom Retiro – Zona Centro – São Paulo-SP
A Associação Atlética e Recreativa Nacional, do bairro do Bom Retiro, fundada na data de 14 de março de 1913, completou no mês passado 104 anos de existência.
Sua sede situa-se na Rua Anhaia, no bairro do mesmo nome.
Trata-se de um dos mais antigos clubes de futebol amador, da cidade de São Paulo, ainda em existência.
Fontes: site do clube, meus arquivos, álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60, e o historiador Waldevir Bernardo, o “Vie”.
Pôster: Botafogo Football Club Campeão Carioca de 1932
FONTE: Revista O Cruzeiro
Seleção da AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Terrestres) – RJ: 1932
FONTES: Estatuto da AMEA – Revista O Cruzeiro
A Seleção Brasileira no Torneio Internacional de Cannes 1972
Em 1972 a Seleção Brasileira Juvenil (como era chamado o Sub-20) foi bi-campeã do Torneio Internacional de Cannes, na França, que era uma espécie de Mundial da categoria, a Fifa só viria a promover o Mundial à partir de 1977.
Ao ganhar duas vezes consecutivas o Brasil conquistou a posse definitiva da taça Kirk Lawton, que estava em disputa há 21 anos.
O jovem e promissor zagueiro do Coritiba, Levir Culpi, era o capitão dessa equipe que ainda contava com Falcão (Internacional) eleito o “mais elegante” do torneio, Pintinho (Fluminense), Washington (Guarani) o “melhor jogador” do torneio, entre outros.
Campanha
Brasil 3×1 Sporting
Brasil 2×1 Argentina
Disputa do 3º colocado
Disputa do 5º lugar
Disputas do 7º lugar
Leeds United 8×0 AS Cannes
A final
Brasil 2×1 Argentina
Brasil
Victor (Cruzeiro),Terezo (América-RJ), Márcio (Atlético-MG), Levir (Coritiba) e Bolívar (Internacional). Falcão (Internacional), Pintinho (Fluminense) e Washington (Guarani). Tuca (Botafogo), Gilvan (Náutico-PE) (Carlos (Santa Cruz)) e Manuel (Internacional). Tecnico: Antoninho
Argentina
Delenico, Bottaniz, Mouzo, Chirdo e Isamat. Ungaretti, Alonso e Trossero. Assad, Feredo e Bertoni.
Fonte: site melhor da base e tardes de pacaembú
O Lendário João Baptista: O Homem das areias e gramados, fosse com a bola nos pés ou com o apito
Por: Sérgio Mello
A paixão pelo futebol transcende a lógica e a razão, onde pode levar um cidadão pacato em num torcedor ou desportista atingir picos do devaneio. Apesar de ter surgido no Brasil por meio dos burgueses, o “esporte bretão” ganhou popularidade por meio da massa, que na sua maioria vinha dos locais mais humildes.
Entre o glamour e o fascínio, a realidade do futebol contam com muitos personagens espalhados pelo país! Dentre tantos, um nome tem muitas histórias para contar. Talvez o nome: João Baptista Chagas Ferreira Neto, não chame muito a sua atenção, mas quando ler essa reportagem, essa história mudará.
Classificar João Baptista Chagas como apaixonado por futebol, talvez seja o começo de um esboço que terminou como uma grande obra prima. Durante a trajetória esportiva João Baptista Chagas jogou futebol de areia, futebol de campo, depois se tornou árbitro, onde atuou na praia e no futebol profissional!
Década de 50: o início de um sonho
Após o fim da Segunda Guerra, o mundo viu o “Fim de uma tempestade e o início de um lindo sol e um belo arco-íris“. Assim, a década de 50 chegou: que depois ficou conhecida como o período dos “anos dourados“.
Uma época marcada por grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais e comportamentais. Foi a década em que começaram as transmissões de televisão, provocando uma grande mudança nos meios de comunicação. No campo da política internacional, os conflitos entre os blocos capitalista e socialista (Guerra Fria) ganhavam cada vez mais força.
No futebol, o país viveu a experiência de sediar a Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 1950. O Uruguai sagrou-se campeão após vencer a seleção brasileira, em pleno Maracanã, pelo placar de 2 a 1. Oito anos depois, assistiu pelo rádio a redenção e o Brasil se sagrar campeão do mundo em 29 de junho de 1958, no Mundial na Suécia.
No meio dessa metamorfose frenética, as novidades surgiam! No auge dos seus 80 anos bem vividos, João Baptista Chagas relembra como nasceu o clube de areia mais famoso do Brasil: Esporte Clube Juventus!
“As histórias do Juventus é muito maior do que se imagina. Até o ano de 1949 mais ou menos em maio ainda era o Flamenguinho nome dado (para o novo clube que surgiria) por influência do Idovam Silva, o “Friquique” (um filho de militar), que era síndico do prédio, onde o Sebastião Pinto o “Tião Crioulo” trabalhava como faxineiro. O Idovam era Flamengo ‘doente’ e tentou persuadir para que o “Tião Crioulo” batizasse o novo clube de futebol de praia com esse nome. O Flamengo existiu por pouco tempo até que em maio de 1949 foi trocado para Esporte Club Juventus, que permanece até hoje”, revelou João Baptista.
Algum tempo depois, João Baptista Chagas começou a jogar futebol nas areia de Copacabana no Esporte Clube Juventus. Clube pelo qual o “Maestro Júnior“, que jogou as Copas de 1982 e 1986, e atualmente é comentarista da Rede Globo, começou a carreira. O Juventus tanto jogava futebol de areia quanto futebol de campo. Isso seguiu até o final dos anos 50.
Substituição: sai a bola e entra o apito
No entanto, ficar longe das areias e gramados estava fora de questão! Assim João Baptista Chagas tomou a decisão de trocar a bola pelo apito! desta maneira continuar perto da sua paixão: o futebol.
Após 1969, o sonho se realizou e se tornou virou arbitro de futebol de praia (junto com Carlson Gracie, Margarida, Xuxu, entre outros). Rapidamente, o talento de João Baptista Chagas ganhou eco e de forma meteórica, ele ingressou no quadro de árbitros da Federação Carioca de Futebol (FCF), em 1971. No ano seguinte (1972), passou a ser árbitro da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF), onde apitou jogos estaduais e nacionais até o final de 1982.
Futebol de Areia: mais do que um time, uma família
Após 35 anos, quando pendurou o apito, João Baptista Chagas ainda lembra com carinho todos os grandes momentos e até os percalços colocados pela vida. Mas de todas as lembranças, o futebol de areia tem um lugar de destaque no coração deste senhor de 80 anos, muito bem vividos!
Muito mais do que um time, o Esporte Clube Juventus era a sua segunda família. Sem pestanejar, João Baptista Chagas se recorda dos craques que viu jogar: os goleiros Castilho e o seu homônimo “Castilho da Obra“; os zagueiros: Haroldo e Rocha; a linha media: Roberto, Sergio Rebelo e Edu; e os atacantes Chico, Gildo, João (vovô), Birica e Zezinho.
Mostrando que a memoria está em excelente forma, João Baptista Chagas recordou da escalação do E.C. Juventus: Edivan; Friquique (Idovan Silva), Agrião, Edmundo e Levy; João, Sebastião e Zezinho. O técnico e dono do time era o Sebastião, conhecido nas areias cariocas de “Tião Macaco“.
Os grandes adversários daquela época eram: Americano do Neném Prancha, Dínamo do Tião Crioulo , Lá Vai Bola do Bolinha, o Maravilha do Jaime , Além do Huracam , Radar do Eurico, Areia lá do Leme, entre outros.
Sonho atual: reencontrar os amigos
O tempo passou e João Baptista Chagas foi embora do Rio de Janeiro. Acabou perdendo contato com os amigos dessa época. Agora, o seu maior desejo é poder reencontrar seus velhos e bons amigos.
“A história destes quase 70 anos permanece ainda na minha memória, pois os anos 50 e 60 foram vividos e sentidos, onde deixaram saudades“, revelou João Baptista.
Desta forma, quem conhecer algum ex-jogador do Esporte Clube Juventus, da década de 50, nos informe. Afinal, pelos belos serviços prestados no futebol de areia e campo, e na arbitragem de areia, futebol profissional nas esferas estadual, nacional e internacional, João Baptista Chagas merece esse prêmio!
Algumas fichas de jogos, onde João Baptista Chagas atuou:
DADOS EXTRAS
FONTES:
FOTOS: Acervo de João Baptista Chagas
Texto e Reportagem – Sérgio Mello
Entrevistados – o ex-jogador e árbitro João Baptista Chagas – Liene Christina, neta de João Baptista Chagas