Arquivo da categoria: Jogos Amistosos Internacionais

Amistoso Internacional de 1966: Palmeiras derrotou a Seleção da União Soviética

Após estrear em solo brasileiro, com derrota para o Corinthians (3 a 1), a Seleção da União Soviética se preparava para enfrentar a Sociedade Esportiva Palmeiras, no sábado, às 21h15min., do dia 29 de janeiro de 1966, no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo/SP.

Apesar da melhora da compilação intestinal de Ivanov, o treinador Nikolay Morozov optou em poupá-lo. Já o ponta-direita Metrevelli começaria o jogo como titular.

Na antevéspera da partida, os soviéticos almoçaram às 9 horas, depois visitaram a sede do Clube Atlético Paulistano, percorrendo depois, os pontos pitorescos da cidade de São Paulo/SP, só retornando às 20 horas para jantar. Na véspera, no período da manhã, o treinador Morozov realizou um treino com bola depois um treino tático, fazendo os últimos ajustes para o jogo diante do Palmeiras.

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)
Os sócios do PalmeirasCr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)

Transmissão

À esquerda o capitão soviético, Voronin, troca a flâmula com o capitão palmeirense, Djalma Santos. Ao centro, o árbitro Ethel Rodrigues, da Federação Paulista de Futebol.

A Rádio Continental transmitiu o jogo, tendo Clóvis Filho na narração e Carlos Marcondes nos comentários.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Morais, MInuca, Djalma Dias, Zequinha e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Gallardo, Ademir Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

Palmeiras bateu a URSS

Outra sensacional vitória obtida pelo futebol brasileiro sobre a União Soviética, na noite de sábado (29/01/1966), quando o Palmeiras derrotou a URSS pelo placar de 3 a 1, a mesma contagem que o Corinthians havia estabelecido.

Depois de um primeiro tempo sem gols, o quadro paulista abriu a contagem aos 3 minutos, Dudu chutou da intermediaria, e Lev Yashin fez golpe de vista e acabou indo buscar no fundo das redes.    

Os soviéticos empataram quatro minutos depois, quando o ponta-esquerda Meskhi driblou seguidamente Luís Carlos (substituiu Djalma Santos aos 35 minutos do 1º tempo) e Djalma Dias e tocou na saída de Valdir para deixar tudo igual.

EM PÉ (esquerda para a direita): Djalma Santos, Valdir de Moraes, Procópio, Djalma Dias, Dudu e Ferrari;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Dario, Ademar Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.

O domínio e a maior capacidade técnica do Palmeiras, no entanto, voltaram a se manifestar aos 24 minutos, Rinaldo cobrou falta e soltou uma bomba. O goleiro Yashin rebateu a bola, e Ademar Pantera, demonstrando oportunismo, marcou o gol, recolocando o Palmeiras na frente do placar.  

Aos 28 minutos, Jairzinho driblou vários adversários e, na pequena área, foi derrubado por Danilov! Pênalti, que Rinaldo converteu, sem chances para Yashin, dando números finais a peleja.

S.E. Palmeiras (SP)           3          X         1          URSS

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o ‘Pacaembu’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATASábado, do dia 29 de Janeiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 29.873.000,00 (vinte e nove milhões, oitocentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO17.998 pagantes
ÁRBITROEthel Rodrigues (FPF) fraca atuação
AUXILIARESGerminal Alba (FPF) e Wilson A. Medeiros (FPF)
PALMEIRASValdir de Morais; Djalma Santos (Luís Carlos), Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Zequinha (Suingue); Jairzinho, Servílio e Dario (Ademar Pantera). Técnico: Mario Travaglini
URSSLev Yashin; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Melafeev e Khusainov; Metrevelli, Kopaiev (Chislenko), Banichveski e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSDudu aos 3 minutos (Palmeiras); Meskhi aos 7 minutos (URSS); Ademar Pantera aos 24 minutos (Palmeiras); Rinaldo aos 28 minutos (Palmeiras), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Cruzeiro – Acervo ‘Eu Amo o Palmeiras’  

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna de Imprensa (RJ)

Amistoso Internacional de 1966: S.C. Corinthians (SP) venceu a Seleção da União Soviética

Na quarta-feira, às 10 horas e 20 minutos, do dia 19 de janeiro de 1966, num avião da Swissair Voo 200 (transitando por Gênova/ITA), a delegação da URSS desembarcou, no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo/SP. Ali, os soviéticos seguiram direto para o Morumbi, onde ficaram hospedados.

Vestindo roupas pesadas, rapidamente sentiram o verão brasileiro, com os termômetros marcando 35º graus. Cinco jogadores ficaram em Moscou, mas se incorporaram ao grupo no dia 26 de janeiro: Biba, Szabor, Kanielniski, Serebrianikov e Borivin. A delegação da URSS veio com os seguintes integrantes:

Chefe da delegação – Nikolai Riasshenstev (Presidente da Federação Soviética de Futebol);

Supervisor – Zolotov Sigal;

Técnico – Nicolai Petrovich Morozov;

Massagista – Morozov;

Delegado – Niskij (diretor);

Atletas (18) – Lev Yashin; Banishevski; Shuminskij; Kavazashvili; Afonin; Ponomariov; Guetmanov; Danilov; Valery Voronin; Metrevelli; Schesterniov; Hurtslava Usatorre; Kopaiev; Chilenko; Ivanov; Melofieev; Meskhi e Husainov.

EM PÉ (esquerda para a direita): Jair Marinho, Luizinho, Marcial, Ditão, Galhardo e Maciel;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Bataglia, Rivellino, Ney, Tales e Gilson Porto.

Mané Garrincha fez o 1º treino no Timão

Após empatar com o Londrina em 2 a 2, no sábado, do dia 22 de janeiro de 1966, no estádio Vitorino Gonçalves Dias, em Londrina/PR, o Sport Club Corinthians Paulista voltou para a capital paulista com uma cota livre de Cr$ 10 milhões de cruzeiros.

Na segunda-feira, às 14 horas, do dia 24 de janeiro de 1966, os jogadores se reapresentaram no Parque São Jorge,  visando o jogo diante da Seleção da União Soviética.

No treino, o técnico Osvaldo Brandão optou em sacar o atacante Flávio, que não estava em boa forma física, para a entrada de Ney. E, Mané Garrincha realizou o seu primeiro treino no Corinthians, levando cerca de 2 mil torcedores que acompanharam o treino para ver o Mané, que fora de forma, precisou de algumas semanas para ficar em condições de jogo.

Calor e comida brasileira: a preocupação dos soviéticos

O treinador Nicolai Morozov demonstrou preocupação com o forte calor, que oscilava entre 35 a 37 graus, e com o tempero da comida brasileira. Na véspera do jogo, os atletas Guetmanov e Ivanov acordaram indispostos devido ao forte calor que dificultou a noite de sono.

Por volta das 9h30min., os atletas foram tomar café da manhã, com mesa farta: ovos quentes, frango frito, purê de batatas, pão com manteiga, chá e limão. Às 14 horas, voltaram a se alimentar com sardinhas, pepino, sopa de massa, carne assada, uva e abacaxi, completando com água mineral.

À tarde alguns jogadores ficaram jogando xadrez, enquanto Yashin, Metrevelli e Afonin, ligaram a vitrola e ficaram ouvindo música, com gravações da Bossa-nova brasileira.

Às 18 horas, os jogadores jantaram, com um cardápio variado e farto, com iogurte (que eles apreciaram muito), strogonoff com fritas, água mineral e frutas diversas. Às 20 horas, foi servido um lanche com pão e manteiga, queijo e frutas.  

Preços dos Ingressos

GeralCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
Cadeiras cativasCr$ 1.000,00 (mil cruzeiros)
ArquibancadaCr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira NumeradaCr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)

Timão se impõe e bate a União Soviética

Na tarde da terça-feira, às 16 horas, do dia 25 de janeiro de 1966, o Corinthians venceu a Seleção da União Soviética pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Morumbi, pelo Torneio João Havelange.

O Timão partiu pra cima dos soviéticos, impondo um ritmo forte de jogo. E logo aos seis minutos, abriu o placar. Rivellino recebeu na intermediaria, ultrapassou a linha divisória e fez um longo lançamento para Tales. O ponta-de-lança venceu Shesterniev na corrida, e na saída do goleiro Kavazashivilli, tocou no canto, colocando o Corinthians em vantagem.

A equipe paulista foi melhor e foi para o intervalo de baixo de chuva, tendo criado algumas chances de gols, enquanto os soviéticos pouco ameaçaram a meta do arqueiro Heitor.

No segundo tempo, apesar da URSS ter voltado melhor, o Corinthians seguiu criando chances. Com a entrada de Flávio no lugar de Ney, o time melhorou e ampliou o placar aos 20 minutos.

Flávio foi lançado em profundidade, ganhou na corrida de Shesterniev e Afonin, e, na pequena área, sofreu duplo pênalti de Kavazashivilli e Danilov. Dino Sani cobrou firme, no canto esquerdo do goleiro, e a bola foi morrer no fundo das redes.      

A partir daí, o Timão passou a cadenciar o jogo. Mesmo assim, chegou ao terceiro gol. Aos 40 minutos, Édson Cegonha dominou a bola pela esquerda, e fez um longo lançamento para Rivellino, que entrava pela esquerda, nas costas da defesa russa, e na saída de Kavazashivilli, soltou a bomba, para estufar as redes soviética.

Dois minutos depois, numa jogada sem maiores pretensões, a URSS marcou o seu gol de honra. Metrevelli, da lateral, centrou na área. Voronin se atirou na bola, testando firme, vencendo o arqueiro Heitor.

Fim de jogo, e vitória do Corinthians. Já a URSS, apesar da derrota, o selecionado recebeu, pela partida, a cota livre de impostos, no valor de 12 mil dólares.

S.C. Corinthians (SP)       3          X         1          URSS

LOCALEstádio Cícero Pompeu de Toledo, o ‘Morumbi’, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATATerça-feira, do dia 25 de Janeiro de 1966
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDACr$ 41.946.000,00 (quarenta e um milhões, novecentos e quarenta e seis mil cruzeiros)
PÚBLICO18.548 pagantes
ÁRBITROÓlten Aires de Abreu (FPF)
CARTÃO VERMELHO Nenhum
CORINTHIANSHeitor; Jair Marinho, Galhardo, Clóvis e Édson Cegonha; Dino Sani e Rivellino; Bataglia (Geraldo José), Ney (Flávio), Tales e Gilson Porto. Técnico: Oswaldo Brandão
URSSKavazashivilli; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Voronin e Jusainov; Chislenko, Kopaiev (Metrevelli), Melafeev (Banichveski) e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSTales aos 6 minutos (Corinthians), no 1º Tempo. Dino Sani aos 20 minutos (Corinthians); Rivellino aos 40 minutos (Corinthians); Voronin aos 42 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Jornal dos Sports (RJ)

FONTES: Diário da Tarde (PR) – Jornal dos Sports (RJ)

1º jogo internacional em Minas Gerais, em 1928: Associação Atlética Guaxupé – Guaxupé (MG) versus Peñarol Universitário (URU)

A Associação Atlética Guaxupé foi uma agremiação do município de Guaxupé, com uma população de 51.911 habitantes (segundo o censo do IBGE/2015), situado a 478 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

Os Tigres Mineiros foi Fundado em 1924, cuja 1ª diretoria foi composta pelos seguintes membros: Presidente – Carlos Costa Monteiro;

Vice- Presidente – João dos Santos Coragem;

1º Secretário – André Cortez Granero;

Tesoureiro – Osvaldo Moreira.

A diretoria trabalhou arduamente a partir de 1926, para a construção de seu estádio Carlos Costa Monteiro. Além d o futebol ser o seu carro-chefe, o clube social, promovia bailes aos domingos e bailes carnavalescos.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Alguns momentos da história do clube

No domingo, do dia 06 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé ficou no empate com o Club Athletico Muzambinho em 1 a 1. Segundo a reportagem de A Gazeta, cerca de 6 mil torcedores compareceram para assistir a peleja. Zé Pedro abriu o placar para o Muzambinho. Depois Omar deixou tudo igual para o Guaxupé, na primeira etapa.

No domingo, do dia 13 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé bateu, nos seus domínios, o Operário de Tambahu por 3 a 0.

Guaxupé perdeu para o C.A. Silex

No domingo, do dia 31 de Outubro de 1926, em amistoso, o Guaxupé acabou derrotado pelo Club Athletico Silex, em amistoso, pelo placar de 2 a 0. Com o resultado, os paulistas ficaram com a Taça São Paulo-Minas. A partida foi arbitrada pelo Sr. João Resaffe (do Silex).

Após forte chuva, o jogo começou com o estado do campo (que por sinal era de terra) estava ruim. Ocorreram algumas chances de gol, porém sem êxito. Assim o primeiro tempo terminou sem abertura de contagem.

Na etapa final, Pedro centrou na área. Nazareth rebateu e Lara, que num sem pulo acertou o canto direito do goleiro Tatutino, colocando os paulistas em vantagem. Restando 10 minutos para o fim, Pedrinho ampliou para o Silex.

Guaxupé: Matutino; Scafi e Nazareth; Jacy, Rueda e Motta; Sebastião, Bugelli, Miguel, Zezeca e Toninho.

Silex: Nicola; Moretti e Guarnieri; Allemão, Janeiro e Bertocco; Pedro, Figueiredo, Perim, Lara e Cezar

Inauguração da Praça de Esportes

No domingo, do dia 1º de maio de 1927, a Associação Atlética Guaxupé enfrentou o Club Athletico Sorocabano, na inauguração do seu Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. Infelizmente, não foi encontrado o resultado dessa peleja.

Guaxupé enfrentou o Bicampeão Paulista

No domingo, às 16 horas, do dia 23 de outubro de 1927, foi realizado um amistoso nacional, entre a Associação Atlética Guaxupé (MG) versos Club Athletico Paulistano (SP), que tinha se sagrado Bicampeão do Campeonato Paulista daquele ano, pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), em 1926 e 1927.

O árbitro do jogo foi o Sr. Amphiloquo Marques, o “Filó“. A renda da partida foi revertida para a Santa Casa de Misericórdia. A delegação paulista ficou hospedada no Grande Hotel Cobra.

Nessa peleja os valores dos ingressos ficaram definidos:

Arquibancada (adultos) – 10$000 (dez mil réis);

Arquibancada (senhoras e senhoritas) – 5$000(dez mil réis);

Gerais – 5$000 (dez mil réis).

No final, melhor para o “Gloriosopaulista que venceu pelo placar de 3 a 2, no Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. O Paulistano faturou o troféu oferecido pelo Instituto Paulista.

Na primeira etapa, o Paulistano abriu o placar, aos 25 minutos, após Friedenreich, El Tigre, dar passe para Seixas que driblou o zagueiro Scaf e soltou um foguete.

A bola explodiu na trave e quando o goleiro Matutino tentou defender, acabou se enrolando, colocando a bola contra o próprio patrimônio. Cinco minutos depois, o Guaxupé chegou ao empate! Tonin arriscou um chute de fora da área, acertando o ângulo de Rhormens que nada ode fazer.   

Na etapa final, aos 7 minutos, Abbate bateu falta, quase próximo ao centro de campo. A bola subiu e acabou encobrindo o arqueiro Matutino, recolocando os visitantes em vantagem. Novamente o Guaxupé, conseguiu o empate. Sebastião arrancou em velocidade, sem ser alcançado. Dentro da área, tocou na saída do goleiro, colocando para o fundo das redes.  

Aos 25 minutos, o gol da vitória veio com El Tigre, quando escapou pelo centro, driblou dois marcadores, e deu um chute a meia altura, sem chances para Matutino. Dando números finais a peleja.

As equipes foram com os seguintes atletas:

A.A. Guaxupé – Matutino; Scaff e Arnaldo; Motta, Tranquilin e Aziz; Tonin, Carlos, Annibal; Sebastião e Jamillo. Técnico: Waldemar Rheider.

C.A. Paulistano – Rhormens; Clodô e Barthô Faria; Abbate, Rueda e Alves; Formiga, Seixas, “El Tigre” Friedenreich, Miguel e Julio.

 A acolhida feita à caravana paulista foi das mais agradáveis e cativantes. Toda a comitiva foi levada de automóvel a passeio pelas ruas da cidade. Depois do jogo, os paulistanos dirigiram-se à Fazenda Monte Alto, para as devidas comemorações.

“El Tigre” Friedenreich atrás da bola (no centro)

1º jogo com “El Tigre” no Guaxupé

No domingo, às 16h30min., do dia 20 de novembro de 1927, o Guaxupé jogou amistosamente, em casa, contra o Esporte Clube Itapirense, de Itapira, situado no interior Paulista. Em disputa, uma artística taça, ofertada da exma. sra. D. Anna Magalhães Costa. O árbitro foi o Sr. Aracy (do Club Athleico Paulistano).

A.A. Guaxupé – Matutino; Arnaldo e Scaff; Aziz, Tranquilin e Jamillo; Renato, Sebastião, Carlos, “El Tigre” Friedenreich e Tonin. Técnico: Waldemar Rheider.

E.C. Itapirense: Annibal; Rosa e Nico; Garcia, Francisco e Thomaz; Juca, Pepico, Mello, Augusto e Tatico.

No primeiro tempo, o Guaxupé abriu o placar aos 20 minutos. Carlos driblou Garcia, escapando pela esquerda e tocou para Tonin. Na entrada da área, passou pelo zagueiro Rosa e chutou firme, vencendo o goleiro Annibal, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Logo depois, Renato recebe passe de El Tigre, avança e passa para Sebastião que toca na saída de Annibal, marcando o gol. O árbitro Aracy apontou para o centro do campo, mas após a reclamação dos visitantes, voltou atrás e anulou o gol, marcando impedimento de Sebastião.

Aos 35 minutos, Augusto recebendo passe de Pepico, tocou para Mello, que livre bateu colocado para deixar tudo igual. 

Na etapa final, o Itapirense chegou a virada. Juca lançou Mello que passa por Arnaldo e chutou forte, sem chances para Matutino. No entanto, pouco depois, nova igualdade. Sebastião avançou pela direita e chutou para o gol. Thomaz na tentativa de interceptar a bola, acabou desviando com mão. Pênalti, que El Tigre cobrou com categoria, colocando a bola no fundo do barbante. O gol da vitória saiu dos pés de El Tigre, no minuto final, dando números finais a peleja.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Guaxupé jogou o 1º jogo internacional do estado de Minas

O clube marcou época na história do futebol mineiro, no domingo, às 16 horas, do dia 27 de Maio de 1928, ao realizar a 1ª partida internacional no estado de Minas Gerais. Deu o pontapé inicial, o deputado estadual, Francisco Lessa.

Contando com cerca de 5 mil torcedores, a Associação Atlética Guaxupé venceu o Peñarol Universitário, do Uruguai, pelo placar de 2 a 1. O árbitro foi Augusto de Castro (substituído no 2º tempo por Odilon Penteado do Amaral).

Na primeira etapa, apesar do maior volume dos mineiros, o jogo terminou sem abertura de contagem. Na etapa final, logo aos 4 minutos, os uruguaios abriram placar. Minoli deu belo passe para Lerena que tocou para o gol.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé – Troféu do jogo entre Guaxupé x Peñarol Universitário

Aos 15 minutos, o árbitro marcou pênalti, que Luiz converteu para deixar tudo igual. Minutos depois, Luiz deu belo passe para Marques que tirou do goleiro para decretar a virada do Guaxupé. Após os ânimos serem acalmados, o árbitro foi substituído pelo Sr. Odilon Penteado do Amaral.

Nos 15 minutos finais, o quadro uruguaio dominou por completo o jogo, mas sem conseguir marcar o tento de empate. Essa marcação gerou uma grande confusão e o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos. Fim de jogo, e vitória do Guaxupé para delírio dos seus torcedores.

O feito histórico valeu uma taça ao time guaxupeano, hoje exposta no salão principal do Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá, em Guaxupé.

Foto tirada nesse jogo do “El Tigre” Friedenreich

A.A. GUAXUPÉ (MG)         2          X         1          PEÑAROL UNIVERSITÁRIO (URU)

LOCALEstádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé/MG
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 27 de Maio de 1928
HORÁRIO16 horas
PÚBLICOCerca de 5 mil pagantes
ÁRBITROAugusto de Castro (depois Odilon Penteado do Amaral)
GUAXUPÉRaposo; Scaff e Tranquinha; Assis, José e Janillo; Marques, Macha, “El Tigre” Artur Friedenreich, Luiz e Torrinho.
PEÑAROL UNIVERSITARIOSposito; Arminana e Oddo; Dominguez, Carbone e P. Campo; Cambon, Chelsi, Minoli, Fierro e Lerena. Técnico: E. Diaz.
GOLSLerena aos 4  minutos (Peñarol); Luiz, de pênalti, aos15 minutos (Guaxupé); Marques aos 22 minutos (Guaxupé), no 2º Tempo

Club Peñarol Universitário

Foto posada da A.A. Guaxupé na partida diante do Peñarol Universitário

A história desse clube em solo brasileiro, rendeu muitas críticas. Seja pelo comportamento dentro e fora de campo, a postura de cobrar dinheiro para cada partida realizada no Brasil, o que na época foi considerado inadequado.

Vale lembrar que na década de 20, o futebol brasileiro era amador e a imprensa não aceitava descobrir que um clube atuasse de forma profissional. Portanto, o fato da reportagem do jornal paulista “Diário Nacional” ter publicado uma nota do Presidente do Club Atletico Peñarol, o Sr. Juliano Soares, afirmando que o Club Peñarol Universitário, não tinha nenhum vinculo com o aurinegro foi mais uma forma de tirar a credibilidade do que um fato grave.

Pelo que pesquisei, o Club Peñarol Universitário não veio ao país declarando ser um “genérico” do original. O que entendi era que o que incomodou a imprensa foi a forma ríspida nos jogos, atitudes deselegantes nos locais aonde esteve hospedado e, principalmente, ter agido de forma comercial a sua participação nos amistosos! Acredito que esse foi o ponto que mais desagradou a imprensa e aos clubes.               

Dito isso, essa agremiação uruguaia, era filiada a Liga Universitária de Football (subordinada à Associação Uruguaya de Football), 565excursionou no Brasil, em maio de 1928. O Correio Paulistano foi passando algumas informações.

No dia 18 de Maio daquele ano, citou que a Associação Uruguaya de Football, tinha autorizado o Peñarol Universitário a viajar para o Brasil a fim de realizar alguns jogos.

Seis dias depois, desembarcou do navio Werra, em Santos/SP, chefiada pelo Sr. Alberto Corchis, doutorando de medicina da Universidade de Montevidéo; o secretário Jorge Belhot; jornalista Ricardo L. Zécca, do jornal ‘El Imparcial’ de Montevidéu; Pedro Belhot, representante da República Oriental e os seguintes jogadores:

Goleiros – Sposito (Olimpia F.C.) e Nario (Missiones);

Zagueiros – Oddo (Sul-Americain) Arminana (Central) e João Belhot (AC Peñarol e capitão do Peñarol Universitário);

Médios – Uslenghi (Nacional), Carbone (Uruguay FC), P. Campo (Rosarino), Dominguez (Lito FC) Rios (Racing) e Nunez (Belgrado);

Atacantes – Fierro (Missiones), Lerena (Capurro), Cheschi (AC Peñarol), Chelsi (Defensor), Miloni (Racing), Cambon (Nacional), Sosa (Uruguay-Positos) e Hernandez (Defensor) e o massagista e técnico, E. Diaz.

Abaixo os resultados, na ordem, com a data, resultado e local:

29 de abril de 1928Palestra Itália/SP2X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
1º de maio de 1928Sport Club Corinthians Paulista1X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
06 de maio de 1928Seleção Paulista4X0Peñarol UniversitárioParque Antarctica
13 de maio de 1928Seleção Santista4X1Peñarol UniversitárioPortuguesa Santista
17 de maio de 1928Portugueza de Esportes1X3Peñarol UniversitárioRua Cesario Ramalho, no Cambucy
20 de maio de 1928Guarani FC (Campinas)0X0Peñarol UniversitárioCampinas
24 de maio de 1928Floresta AC (Amparo)0X0Peñarol UniversitárioVilla Afonso Celso
27 de maio de 1928A.A. Guaxupé/MG2X1Peñarol UniversitárioGuaxupé/MG
17 de junho de 1928Comercial FC (Ribeirão Preto)2X0Peñarol Universitário Estádio da Rua Tibiriçá
29 de junho de 1928Associação Athletica Ferroviária1X1Peñarol UniversitárioAraraquara
05 de julho de 1928Rio Preto Sport Club2X4Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
08 de julho de 1928Rio Preto Sport Club1X1Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
18 de agosto de 1928XV de Novembro de Piracicaba2X1Peñarol UniversitárioPiracicaba
29 de setembro de 1928Flamengo/RJ2X1Peñarol UniversitárioLaranjeiras

Pelo levantamento que fiz, o Peñarol Universitário realizou 14 jogos (citados acima), em território brasileiro. Foram três vitórias, cinco empates e seis derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 24 e um saldo negativo de sete.  

Guaxupé bateu o Palestra Itália

No domingo, do dia 26 de maio de 1929, o Guaxupé enfrentou, em amistoso, em casa, o poderoso Palestra Itália (SP). Diante de grande público, os donos da casa venceram a equipe paulista pelo placar de 2 a 1.

Em agosto de 2018 – A secretaria de cultura esporte e turismo promoveu no foyer do teatro municipal, uma exposição sobre a história do futebol de Guaxupé no século XX.

Dentre várias fotos memórias, foi exposto o troféu conquistado pela antiga Associação Atlética Guaxupé contra o Peñarol do Uruguai. A exposição fez parte de uma série de eventos pelo dia do profissional da educação física.

COLABOROU: Moisés H G Cunha

FOTOS: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé/MG

FONTES: Secretaria de Cultura Esporte e Turismo da Prefeitura de Guaxupé/MG – Jota Araújo – Rádio Comunitária 87 FM (juracelio87.blogspot) – Revista Placar – A Lavoura (MG) – A Noite (RJ) – A Gazeta (SP) – Diário Nacional (SP) – Correio Paulistano (SP)

Torneio Internacional de Verão de 1972: Flamengo é campeão! Fio Maravilha faz golaço e ganha música de Jorge Ben Jor

EM PÉ (esquerda para a direita): Aloísio, Fred, Ubirajara, Reyes, Liminha e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Mineiro (Massagista), Rogério, Zé Mario, Narciso Doval, Caio Cambalhota e Paulo César Caju.

Por: Sérgio Mello

O Torneio Internacional de Verão de 1972, foi realizado entre os dias 15 a 20 de janeiro de 1972. O evento contou com a participação de três equipes: Clube de Regatas Flamengo, Clube de Regatas Vasco da Gama e o Sport Lisboa e Benfica (Portugal).

As equipes se enfrentaram em um turno único e o campeão seria aquele com o maior número de pontos. Os três jogos foram realizados no imponente estádio do Maracanã.

Técnico do Flamengo: Zagallo

Regulamento

Por jogo, só seriam permitidas duas substituições em cada time, conforme a recomendação da FIFA. Se o torneio terminar empatado entre três clubes, será campeão o que tiver o melhor saldo de gols. Se persistir, vale o gol-average e ainda o sorteio está previsto em última hipótese.

No caso do torneio terminar empatado entre dois clubes, haverá uma partida extra, com prorrogação de 30 minutos (15 minutos cada tempo), caso termine empatado. E, se a igualdade persistir, a decisão será nos pênaltis para definir o campeão!

Preços dos Ingressos para os três jogos:

Camarote lateral – Cr$ 100,00;

Camarote de curva – Cr$ 60,00;

Cadeira especial – Cr$ 30,00;

Cadeira numerada lateral – Cr$ 20,00;

Cadeira sem número atrás do gol – Cr$ 12,00;

Arquibancada – Cr$ 7,00;

Geral – Cr$ 2,00;

Mengão estreia com vitória

O Benfica desembarcou no Rio de Janeiro, a fim de disputar o Torneio Internacional de Verão de 1972. Na ocasião, o clube português vinha de goleada sobre o rival Sporting, por 3 a 0, válido pelo Campeonato Português da 1ª Divisão de 1972/73. Para se ter uma ideia, os Encarnados sob o comando do inglês Jimmy Hagan disputou 14 jogos, vencendo todos, liderando com folga: 28 pontos.

No final, o Benfica se sagrou campeão Português invicto: 58 pontos em 30 jogos, com 28 vitórias e dois empates; marcando 101 gols, sofrendo 13 e um saldo pomposo de 88 gols.   

No sábado, às 21 horas e 15 minutos, do dia 15 de Janeiro de 1972, o jogo de abertura foi entre o Clube de Regatas Flamengo e Sport Lisboa e Benfica, de Portugal, no estádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro homônimo, situado na zona Norte do Rio.

O Mengão derrotou o Benfica por 1 a 0, com um golaço de placa! Aos 33 minutos, do segundo tempo, o zagueiro paraguaio Reyes tomou a bola de Jordão e tocou no meio de campo para Samarone.

Este que tocou para Rogério que lançou na intermediária para Fio. O atacante passou na corrida por Rui Rodrigues, e, quando o goleiro Zé Henrique saiu para tentar interceptar, Fio deu o ‘drible da vaca’ (jogou a bola de um lado e pegou no outro) e tocou para o fundo das redes, levando a torcida rubro-negra ao puro êxtase!   

Fio Maravilha

Tá sabendo? O gol de Fio, inspirou na criação da canção de Jorge Ben

Curiosidade nº 1 – nessa partida, o gol do atacante rubro-negro Fio (que tinha completado 27 anos, quatro dias antes), acabou inspirando o cantor e compositor Jorge Ben Jor, que compôs a música “Fio Maravilha“. A partir daí, o jogador passou a ser conhecido por Fio Maravilha.

Essa canção homônima, grande sucesso nacional, vencedora do Festival Internacional da Canção de 1972 (na voz de Maria Alcina), que narra o feito contra a equipe portuguesa:

Tabelou, driblou dois zagueiros/ Deu um toque driblou o goleiro/ Só não entrou com bola e tudo/ Porque teve humildade em gol“. O gol (“de anjo, um verdadeiro gol de placa”, segundo Jorge Ben).

Curiosidade nº 2 – Detalhe que o contrato de Fio Maravilha com o Flamengo já havia expirado há 15 dias, que o renovou em razão do golaço. Fio Maravilha falou sobre a jogada que resultou no golaço:

Quando eu recebi a bola do Rogério, eu vim, consegui driblar os dois zagueiros, e os beques correndo atrás de mim. Aqui o goleiro saiu, eu fiz que ia para o meio do gol, para o meio da área, inverti e saí pelo lado esquerdo, o goleiro caiu… Em cima da marca da pequena área, eu toquei para o gol. Porque eu não quis correr o risco de tropeçar, acontecer alguma coisa, e perder. E daqui fiz o gol e saí para a galera“, revelou

C.R. FLAMENGO (RJ)       1          X         0          S.L. BENFICA (POR)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro homônimo, situado na zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTERTorneio Internacional de Verão de 1972
DATASábado, do dia 15 de Janeiro de 1972
HORÁRIO21 horas e 15 minutos
RENDACr$ 283.847,00
PÚBLICO44.282 pagantes (44.440 presentes)
ÁRBITROAirton Vieira de Morais (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESGeraldino César (FCF) e Artur Ribeiro de Araújo (FCF)
FLAMENGOUbirajara; Aluísio, Fred, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Rodrigues Neto; Rogério, Caio Cambalhota (Samarone), Paulo César Caju e Arílson (Fio Maravilha). Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
BENFICAZé Henrique; Malta da Silva, Messias, Rui Rodrigues e Artur; Toni (Eurico) e Vitor Martins (Adolfo); Nenê, Jordão, Diamantino e Simões. Técnico: Jimmy Hagan
GOLFio aos 33 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.
EM PÉ (esquerda para a direita): Malta da Silva, Messias, Toni, Rui Rodrigues, Artur e Zé Henrique.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nenê, Vitor Martins, Jordão, Diamantino e Simões.

Vascão perde na estreia para o Benfica 

Na terça-feira, às 21h15min., do dia 18 de Janeiro de 1972, o Clube de Regatas Vasco da Gama enfrentou o “feridoSport Lisboa e Benfica (Portugal), no Maracanã. Sem apresentar um ritmo de jogo, o Vasco acabou derrotado pelo Benfica pelo placar de 2 a 0, e ficou com poucas chances de ficar com o título.

Um gol em cada tempo

Aos 24 minutos do primeiro tempo, Toni entregou a Eusébio, que de primeira tocou para Jordão. Renê estava na jogada, para a cobertura, mas furou. Jordão pegou a bola, invadiu a área, e, mesmo acossado por Alfinete, tocou forte, de perna esquerda, no centro do gol, batendo Andrada, que sairá no seu encalço.     

Aos 20 minutos da etapa final, Nenê passou por Alfinete, foi à linha de fundo e tocou para trás. Simões recebeu livre na marca do pênalti e não teve nenhum trabalho em chutar de perna direita e rasteiro, no canto direito do goleiro argentino Andrada, que nada pode fazer.

Técnico do Benfica: Jimmy Hagan

C.R. VASCO DA GAMA (RJ)       0          X         2          S.L. BENFICA (POR)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro homônimo, situado na zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTERTorneio Internacional de Verão de 1972
DATATerça-feira, do dia 18 de Janeiro de 1972
HORÁRIO21 horas e 15 minutos
RENDACr$ 136.961,00
PÚBLICO22.097 pagantes
ÁRBITROJosé Aldo Pereira (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESAloísio Felisberto (FCF) e Neri José Proença (FCF)
VASCOAndrade; Fidélis, Moisés, Renê e Alfinete; Alcir Portella e Buglê (Adilson); Luís Carlos, Roberto (Jaílson), Ferreti e Pastoril. Técnico: Zizinho
BENFICAZé Henrique; Malta da Silva, Messias, Rui Rodrigues e Artur; Toni e Simões; Nenê, Jordão (Zeca), Eusébio (Adolfo) e Diamantino. Técnico: Jimmy Hagan
GOLSJordão aos 24 minutos (Benfica), no 1º Tempo. Simões aos 20 minutos (Benfica), no 2º Tempo.

Mengão bate o Vasco e fica com o título

No feriado da quinta-feira, às 18 horas, do dia 20 de Janeiro de 1972, jogaram o Clube de Regatas Flamengo e o Clube de Regatas Vasco da Gama, no Maracanã para definir quem ficaria com o caneco. No final, o Rubro-negro venceu o Vasco por 1 a 0, e se sagrou campeão do Torneio Internacional de Verão de 1972.

O gol do título

Aos 32 minutos do primeiro tempo, Rogério entrou pela direita e cruzou sobre a área. A defesa do Vasco bobeou e Paulo César Caju, num mergulho sensacional, cabeceou no canto esquerdo do goleiro Andrada para abrir o placar.

C.R. FLAMENGO (RJ)       1          X         0          C.R. VASCO DA GAMA (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro homônimo, situado na zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTERTorneio Internacional de Verão de 1972
DATAQuinta-feira, do dia 20 de Janeiro de 1972
HORÁRIO18 horas
RENDACr$ 170.637,00
PÚBLICO29.381 pagantes
ÁRBITROJosé Marçal Filho (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESJosias Miranda Paulino (FCF) e José Silveira (FCF)
FLAMENGOUbirajara; Aluísio, Fred, Reyes e Paulo Henrique; Liminha e Rodrigues Neto; Rogério, Caio Cambalhota (Fio Maravilha), Paulo César Caju e Arílson. Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
VASCOAndrade; Fidélis, Moisés, Renê e Alfinete; Alcir Portella e Adilson (Jaílson); Luís Carlos, Roberto (Gaúcho), Ferreti e Gilson Nunes. Técnico: Zizinho
GOLPaulo César Caju aos 32 minutos (Flamengo), no 1º Tempo.
EM PÉ (esquerda para a direita): Andrada, Fidélis, Eberval, Gaúcho, Moisés e Renê;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Marco Antônio, Buglê, Ferreti, Luís Carlos e Gilson Nunes.
Técnico do Vasco: Zizinho

Renda e Público no Torneio

O Torneio Internacional de Verão de 1972, teve um público total, nos três jogos, de 95.760 pagantes, que deu uma média de 31.920 por partida. A Renda dos três jogos, gerou um montante de Cr$ 591.445,00, que deu uma média de Cr$ 197.148,33 por partida.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FOTOS: Ser Benfiquista ponto com – Diário da Manhã (RJ) – Revista Placar

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Fotos raras, de 1965: no dia que o Paysandu SC goleou o Penãrol (URU), em Belém (PA)

Por: Sérgio Mello

O Paysandu Sport Club fez história ao golear o poderoso o Club Atletico Penãrol, de Montevidéu (Uruguai), pelo placar de 3 a 0. A partida amistosa transcorreu na tarde de domingo, do dia 18 de Julho de 1965, e, teve como destaque o goleiro Castilho, bicampeão mundial pelo Brasil, que operou defesas sensacionais quando foi o maior assédio do ataque uruguaio.

Com o resultado, o Bicolor colocou um ponto final, na invencibilidade do Penãrol (que no ano seguinte se tornaria tricampeão da Libertadores: 1960, 1961 e 1966) em território brasileiro na excursão em jogos no Rio de Janeiro, pelo Torneio IV Centenário (3 a 1, no Fluminense) e São Paulo (0 a 0, com o Palmeiras e 1 a 1, com o Comercial, de Ribeirão Preto).

EM PÉ (esquerda para a direita): Oliveira, Beto, João Alves, Abel, Castilho, Carlinhos;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Quarentinha, Pau Preto, Édson Piola, Milton Dias e Ércio.

Os gols foram assinalados por Ércio aos 18 minutos, atirando forte da esquerda para a direita do gol de Mazurkiewicz. O segundo gol saiu aos 43 minutos, com  Milton Dias que soltou uma bomba da entrada da área, no primeiro tempo.

Na etapa final, o 3º gol aconteceu aos 37 minutos, quando Vila ganhou na corrida o seu marcador Varela, foi linha de fundo, e centrou na medida para Fernando, completando para o fundo das redes.

EM PÉ (esquerda para a direita): Caetano, Mazurkiewicz, Tito Goncálvez, Varela, Lezcano, Fórlan e Roque Máspoli (técnico);
AGACHADOS (esquerda para a direita):  Abbadie, Pedro Rocha, Silva, Spencer e Joya.

No final do jogo, o goleiro Castilho, melhor em campo, estava muito emocionado destacou: “Essa vitória foi uma das mais bonitas da minha carreira. O Fluminense perdeu pra o Peñarol, mas eu, que continuo mais tricolor ainda, vinguei a sua derrota, com os meus companheiros do Paysandu“, afirmou Castilho.  

PAYSANDU S.C. (PA)       3          X         0          C.A. PEÑAROL (URU)

LOCALEstádio Leônidas Sodré de Castro, ‘Curuzú’, em Belém/PA
CARÁTERAmistoso internacional de 1965
DATADomingo, do dia 18 de Julho de 1965
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROSr. Manuel Oliveira
PAYSANDUCastilho; Oliveira, Abel, J. Alves e Carlinhos; Beto e Quarentinha; Pau Preto (Marabá), Vila, Milton Dias e Ércio. Técnico: Álvarez
PENÃROL/URUMazurkiewicz; Furlan, Lezcano, Varela e Caetano; D’Avila e Pedro Rocha; Abadie (Flores), Spence (Resnick), Silva e Joya. Técnico: Roque Máspoli    
GOLSÉrcio aos 18 minutos (Paysandu); Milton Dias aos 43 minutos (Paysandu), no 1º Tempo. Pau Preto aos 37 minutos (Paysandu), no 2º Tempo.

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – site do Paysandu SC – Acervo de Juan R. Ballesteros

FONTES: Revista do Esporte (RJ) – A Cruz (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)

Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense – Campo Mourão (PR): Três participações na 1ª Divisão do Paraná

A Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense (AERM) foi uma agremiação do Município de Campo Mourão, que fica a 460 km da capital (Curitiba) do estado do Paraná. O município fundado no dia 10 de outubro de 1947, conta com uma população de 94.859 habitantes, segundo o IBGE/2019.

Fundado no sábado, do dia 10 de Outubro de 1964, por meio da fusão do União Operário com o Iguaçu. Depois o novo clube se organizou e conseguiu a filiação na Federação Paranaense de Futebol (FPF), na quinta-feira, do dia 17 de fevereiro de 1966. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Roberto Brzezinski (Capacidade: 2.500 pessoas), em Campo Mourão.

Na esfera profissional, disputou cinco edições do Campeonato Paranaense da 2ª Divisão, nos anos de 1966, 1967, 1968, 1970 e 1971. Na sua estreia, pelo Campeonato Paranaense da 1ª Divisão do Norte (na prática, a Segundona), no domingo, do dia 19 de junho de 1966, empatou em 1 a 1, com o Andiraense, na cidade de Andirá. Nesse jogo, o Mourãoense estreou as suas contratações: Pacífico, Macedinho, Vilanueva, entre outros.

No seu 1º jogo diante do seu torcedor, no domingo, do dia 26 de junho de 1966, o Mourãoense acabou derrotado pelo Mandaguari, pelo placar de 2 a 0, em Campo Mourão.

A 1ª vitória veio, no domingo, do dia 26 de julho de 1966, quando o Mourãoense bateu o Comercial de Cornélio Procópio. No entanto, a campanha foi irregular, terminando na parte de baixo da tabela de classificação.

Na temporada seguinte, a competição ganhou o nome de: Campeonato Paranaense da 1ª Divisão do Norte-Sul (outra vez, na prática, a Segundona), em 1967.

Na sua estréia, no domingo, do dia 02 de julho de 1967, o Mourãoense encheu os seus torcedores de esperança, ao golear o Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, por 4 a 1, em Campo Mourão. Os gols foram marcados por Paulinho I, duas vezes; Paulinho II e Fernando para o Mourãoense, enquanto Tucho fez o de honra para os visitantes. A Renda foi NCr$ 800,00.     

Pela 2ª rodada, no domingo, do dia 09 de julho de 1967, arrancou um empate em 1 a 1, fora de casa, com o Atlético Clube Paranavaí. Paulinho fez para o Mourãoense, enquanto Basú marcou para os mandantes. A Renda foi NCr$ 820,00. Com isso, o Mourãoense assumiu a liderança isolada com 3 pontos.

Válido pela 3ª rodada, no domingo, do dia 16 de julho de 1967, voltou a jogar em casa, e nova goleada. Desta vez a vítima foi a SER Arapongas, pelo placar de 6 a 2, em Campo Mourão. A renda foi de NCr$ 599,00. Líder isolado com 5 pontos.

Veio a 4ª rodada, no domingo, do dia 23 de julho de 1967, e o Mourãoense conquistou uma difícil vitória sobre o Caramuru, por 3 a 2, em Castro. Os gols de Postale, Paulinho e Tião  para o Mourãoense, enquanto Balduíno e Zé Carlos marcaram para o time de Castro. Renda de NCr$ 616,00 (seiscentos e dezesseis cruzeiros novos). Assim, se manteve na liderança, ao lado do CAFÉ de Cianorte, ambos com sete pontos.

Na 5ª rodada, no domingo, do dia 06 de agosto de 1967, o Mourãoense sofreu a primeira derrota, ao perder, fora de casa, para o Nacional de Rolândia por 4 a 0. Para piorar, a liderança mudou de dono: Guarany de Ponta Grossa assumiu a ponta com 8 pontos, enquanto o Mourãoense, Nacional e CAFE estavam com 7 pontos.

Na 6ª rodada, no domingo, do dia 13 de agosto de 1967, a sorte voltou a brilhar para o Mourãoense. Diante do seu torcedor, voltou a vencer, ao bater o Porecatu por 2 a 1. E, pelo radinho, soube que o CAFE venceu o Guarany por 2 a 1, em Cianorte.      Assim, Mourãoense, Nacional e CAFE dividiam a liderança com 9 pontos.

Pela 7ª rodada, no domingo, do dia 20 de agosto de 1967, o Mourãoense nem precisou jogar para faturar mais uma vitória. O jogo estava programado para começar às 15h30min., mas o Mandaguari chegou atrasado após a hora regulamentar. Com isso, Mourãoense venceu por W.O. Desta forma, o Mourãoense e Nacional de Rolândia se mantiveram na liderança com 11 pontos.      

No entanto, o Mourãoense caiu de rendimento perdendo os dois últimos jogos do primeiro turno para o CAFE, de Cianorte (fora de casa) e para o Guarany de Ponta Grossa (em casa). Caindo para a 3ª colocação com 11 pontos. 

No final, o Paranavaí terminou em 1º lugar com 25 pontos, o Guarany em 2º com 22, Mourãoense e Cianorte na 3ª colocação com 20.   

A nova temporada, teve outra vez a mudança no nome da competição: Campeonato Paranaense da 1ª Divisão Especial, do Norte Nôvo (novamente, na prática: 2ª Divisão), em 1968.

1969 – Equipe juvenil – EM PÉ: Toninho, Aurino, Adio, Tomadon, Beline e Adão;
AGACHADOS: Eufrasio, Luizinho, Edson, Quelé e Neonir.

Pela 1ª rodada da Série B, no domingo, do dia 16 de junho de 1968, o Mourãoense acabou derrotado pelo CAFE por 3 a 2, em Cianorte. Os gols foram assinalados por Hélio, Rubens e Claudinho para os donos da casa, enquanto Neury marcou duas vezes para o Mourãoense. A renda foi NCr$ 2.201,50.

As duas equipes voltaram a se enfrentar, no domingo, do dia 21 de julho de 1968, dessa vez em Campo Mourão. E o placar se repetiu, mas o vencedor, não! O Mourãoense venceu o CAFE por 3 a 2. Destaque para Tião, autor de três gols (sendo um de pênalti), cabendo a Antoninho a marcar os dois gols do CAFE. O árbitro da partida foi Lusbel Nunes, auxiliado por Pedro Koss e Filadélfio Fernandes.

Mourãoense: Antoninho; Rubens, Tião, Dias e Pacífico; Zé e Tião (Altevir); Moinho, Mustafá, Josué e J. Carlos. 

CAFE: Nilzon; Izaz, Paulo, João e Miudinho; Rubens e Nenê; Hélio (Ataíde), Cláudio, Tião Negro e Antoninho.

No entanto, na noite do dia 13 de agosto, o Tribunal de Justiça Desportiva da FPF, anulou a partida, uma vez que o árbitro Lusbel Nunes colocou na súmula que o jogo após os 21 minutos da final (quando o CAFE vencia por 2 a 1), considerou como um mero amistoso, pois a torcida de Campo Mourão estava exaltada.

Assim a partida foi remarcada para domingo, no dia 25 de agosto, em campo neutro: no estádio Willy Davids, na cidade de Maringá. No final, Mourãoense e CAFE empataram sem abertura de contagem. Com isso, a decisão ficou entre o CAFE (campeão da Série B) com o Platinense (campeão da Série A).

Após o vice da Série B, o Mourãoense se licenciou da temporada de 1969, só retornando no ano seguinte. Retornou no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de profissionais (na real: Segundona), de 1970, na Série A – Grupo Norte Nôvo, composto por seis equipes: Arapongas, Astorga, Cambé Marialva, Mourãoense e Nacional de Rolândia.

Pela 1ª rodada, no domingo, dia 26 de julho de 1970, o Mourãoense venceu, em casa, o Marialva. Na rodada seguinte, no domingo, dia 02 de agosto de 1970, foi derrotado, fora de casa, pelo Astorga. Na 3ª rodada, no domingo, dia 09 de agosto de 1970, ficou no empate, como vistante, com o Cambé em 1 a 1.

Até aí, o Mourãoense vinha fazendo uma boa campanha, porém a partir daí o desempenho caiu: derrotas para o Nacional por 1 a 0 (em casa, domingo, dia 16 de agosto de 1970); Arapongas por 2 a 1 (fora de casa, no domingo, dia 23 de agosto de 1970); Marialva por 4 a 3 (fora de casa, no domingo, dia 30 de agosto de 1970). No final, terminou na 5ª colocação no seu grupo.

No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de profissionais (de novo: Segundona), de 1971, no Grupo Zona Norte tivemos dez clubes: Apucarana, Astorga, Cambé, Grêmio Maringá, Jandaia, Londrina, Mourãoense, Nacional de Rolândia, Paranavaí e União Bandeirante. A campanha foi pífia e o clube de Campo Mourão terminou na lanterna, decepcionando seus torcedores.

Apesar do desempenho ter sido aquém, o Mourãoenseganhou” o convite da Federação Paranaense de Futebol (FPF), para integrar a Elite do Futebol Paranaense em 1971, que teve a presença de 20 clubes!

Na estreia, no sábado, do dia 13 de novembro de 1971, o Mourãoense enfrentou o poderoso Colorado, e não resistiu, sendo goleado por 4 a 0, no Estádio Durival de Britto, em Curitiba. Os gols foram assinalados por Babá aos 5 e 28 minutos no primeiro tempo. E, na etapa final, Pedrinho aos 24 minutos e Babá aos 36 minutos, deram números finais a peleja.

1973 – Caxinha (DER FR) e Jorginho (Mourãoense)

Diante de outro grande, o Athletico Paranaense, no domingo, do dia 16 de Janeiro de 1972, novamente o Mourãoense foi goleado por 5 a 0, no Estádio Joaquim Américo.

Os gols de Sucupira aos 16 minutos, Ademir Rodrigues aos 21 e 26 minutos do primeiro tempo. Na fase final, Mazolinha aos 18 minutos e Nilson aos 23 minutos completaram o placar. No final, o Mourãoense terminou o certame na 15ª colocação na classificação geral.    

1º Amistoso Internacional com vitória

1972 – EM PÉ: Olavo, Zinho, Oronildo, Charrão, Dirceu Mendes e Milton do Ó;
AGACHADOS: 
Wilson, Valdeci, James, Peter e Jorginho

Na terça-feira, dia 10 de Outubro de 1972, o Mourãoense realizou o seu 1º jogo internacional. Enfrentou e venceu o Guarany de Assunção (PAR) pelo placar de 2 a 1, no Estádio Roberto Brzezinski, em Campo Mourão.

Eraldo Palmerine foi o árbitro da partida. A Renda foi de Cr$ 3.328,00. Os gols foram assinalados por Noriva e Zinho para o Mourãoense, enquanto Diaz fez o de honra para o time paraguaio.  

Vice-campeão do Torneio Taça Norte de 1973

No começo da temporada seguinte, o Mourãoense, juntamente com Londrina, Maringá, Pontagrossense, Umuarama e União Bandeirantes, participaram do Torneio Taça Norte de 1973.

O torneio começou no dia 13 de janeiro e se encerrou no dia 04 de fevereiro de 1973. A fórmula de disputa era simples, com as equipes se enfrentando em turno único, e a equipe que somasse o maior número de pontos ficaria com o título.

Na estreia, no domingo, do dia 14 de janeiro, o Mourãoense venceu, em casa, o Umuarama, por 1 a 0. Na 2ª rodada, no domingo, do dia 21 de janeiro fora de casa, arrancou empate em 2 a 2 com o União Bandeirante.

Na 3ª rodada, no domingo, do dia 28 de janeiro, o Mourãoense ficou no empate em 2 a 2 com o Pontagrossense, em Campo Mourão. Pela 4ª rodada, na quinta-feira, do dia 1º de fevereiro, uma vitória importante, fora de casa, em cima do Maringá pelo placar de 1 a 0. 

A última rodada, no domingo, do dia 04 de fevereiro,  tinha um panorama favorável ao Mourãoense, que liderava isolado com seis pontos, e só dependia de uma vitória simples para faturar o título.

No entanto, acabou perdendo para o Londrina por 2 a 1, e abriu o caminho para o União Bandeirante, que superou o Pontagrossense por 2 a 1, em Ponta Grossa, ficando com o título inédito do Torneio Taça Norte de 1973!

Debutou no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1973

Complexo Esportivo Roberto Brezezinsk – Capacidade para 2.500 pessoas

A sonhada estreia Elite do futebol Paranaense, aconteceu na tarde de domingo, do dia 11 de fevereiro de 1973, em Campo Mourão. Mesmo enfrentando um forte oponente, o Mourãoense arrancou um empate em 1 a 1 com o Pinheiros

Os gols foram assinalados por Djair aos 17 minutos do 1º tempo para o Pinheiros; e o centroavante Valdecir deixou tudo igual aos 40 minutos da etapa final. O árbitro foi Plínio Duenas, auxiliado por Orlando Oliveira e Kalil Nabouch.

Um semana depois, o Mourãoense foi até Londrina. Fez um bom jogo, chegou a estar na frente num pênalti convertido aos 44 minutos da etapa inicial. Mas no segundo tempo sofreu a virada, com Gauchinho, de pênalti, e logo depois o zagueiro Tomé acabou marcando contra. Final: Londrina 2 a 1.  A Renda somou Cr$ 7.440,00.

No decorrer do Estadual de 73 a equipe foi perdendo força e terminou com 12 pontos, na 12ª e última colocação: 22 jogos, com duas vitórias, oito empates e 12 derrotas; com 13 gols pró, 35 tentos contra e um saldo negativo de 22.   

Após final da temporada, a diretoria do Mourãoense decepcionada com a péssima campanha extinguiu o elenco. Depois não manifestou interesse e não participou do Paranaense de 1974.

O clube retornou em 1975, no Torneio Incentivo, pelo Grupo Norte, promovido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). Porém, uma campanha ruim. Foram cinco derrotas para o Umuarama (1 a 0 e 2 a 0), União Bandeirante (5 a 0), 9 de Julho (2 a 0 e 3 a 2), Londrina (2 a 0 e 6 a 0), Grêmio Marialva (7a 0). Um empate com o União Bandeirante (2 a 2) e apenas uma vitória em cima do Grêmio Maringá (1 a 0).

Retorno na 1ª Divisão de 1976

O Mourãoense retorna ao Estadual em 1976 com alguns problemas. Para começar, o clube de Campo Mourão teve que mandar os seus jogos em Maringá, pois não atendeu as exigências da FPF, em relação as melhorias no seu estádio.

No domingo, do dia 1º de fevereiro, a estreia, “em casa“, o Mourãoense ficou no empate sem gols com o 9 de Julho, de Cornélio Procópio. A Renda ficou em Cr$ 7.385,00.

A campanha seguiu aquém, e, na rodada seguinte, acabou goleado pelo Atlético Paranaense por 5 a 0. Depois outros vexames sendo atropelado pelo Operário de Ponta Grossa por 8 a 3, Coritiba por 8 a 0, Colorado por 9 a 0. Dessa forma não poderia terminar de outra forma: lanterna do Estadual, na 14ª colocação com apenas um ponto ganho.

Após duas participações pífias, a expectativa do Mourãoense era fazer uma campanha, no mínimo, digna no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1977, pelo Grupo Sul.

A estreia aconteceu no domingo, do dia 27 de março, às 15h30min, no Estádio Roberto Brzezinski, em Campo Mourão, diante do Pinheiros. No entanto, o resultado foi desanimador. Pinheiros goleou por 5 a 0. Depois goleado pelo Coritiba (6 a 0).

Se dentro de campo, os resultados eram ruins (até então 19 gols sofridos e nenhum marcado), fora dele a situação estava pior. Insatisfeita com a falta de apoio dos poderes municipais de Campo Mourão e também dos seus torcedores, o presidente do Mourãoense, João Pedro da Silva, ameaçou abandonar o Estadual.

Apesar da ameaça, o time seguiu jogando e sofrendo derrotas (Rio Branco, de Paranaguá: 1 a 0 e Atlético Paranaense: 5 a 0). Após uma sequência de derrotas e sem gols, enfim, o 1º gol e ponto. O empate com o Iguaçu, em União da Vitória, em 1 a 1, seria um ar de esperança?

Não! O time seguiu perdendo e terminou na última colocação! Nesse certame, os oito piores times foram divididos em dois grupos A e B. Porém, o Mourãoense nem chegou a jogar, pois o alvará de funcionamento dentro do prazo solicitado pela FPF, o que resultou no se afastamento. E assim, terminou novamente na 16ª e última posição.

Assim, a diretoria do Mourãoense decepcionada com os resultados, a falta de apoio do município de Campo Mourão e as críticas da torcida, decidiram pedir licenciamento junto a Federação Paranaense de Futebol de um ano.  

Em 1979, o Mourãoense disputou jogos na categoria Juvenil, mas a sina seguiu. O Matsubara goleou por 5 a 0. Depois, a Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense (AERM) desapareceu em definitivo. Apesar de não ter deixado saudações, o clube faz parte da história do futebol paranaense e brasileiro.    

Algumas escalações:

Time base de 1967: Romeu; Rubens, Pacífico, Rubinho e Zé Mundinho; Altevir e Paulinho; Fefeu, Tião, Anacir e Baltazar (Canhão).

Time base de 1968: Antoninho; Rubens, Tião, Dias e Pacífico; Zé e Tião (Altevir); Moinho, Mustafá, Josué e J. Carlos

Time base de 1971: Olavo (Maizena); Lula (Clemente), Iran, Irineu e Eraldo (Dirceu); Zinho e Zé Carlos (Célio); Arcanjo (Alfredo), Jorginho (James), Cláudio (Scarpini) e Gerson (Edwil).

Time base de 1972: Maizena; Eraldo, Iran, Zinho e Dirceu; James (Tilico) e Gelson; Arcanjo, Scarpini, Cláudio e Jorginho (Bráulio).

Time base de 1973: Olavo (Maizena); Milton (Jaime), Zinho, Charrão (Tomé) e Dirceu; Oronildo e Lula (Nilton); Peter (Jorginho), Noriva (Wilson), Valdecir e Alfredinho (James). Técnico: Nogueira.

Time base de 1975: Maninho; João Carlos, Pedrinho, Ganso e Matosinho; Flavinho e Gralia; Lourival (Estevão), Mauro, Pedrinho II e Zacota.

Time base de 1976: Nilton (Álvaro); João Carlos, Ganso, Scarpelini e Matosinho (Esquerdinha); Ivo e Nelinho (Cabinho); Paraguaio, Pedrinho (João Maria), Luiz Fernando (Jordão) e Zé Carlos (Flávio).

Time base de 1977: Ilton (Kovaleski ou Barbosa); Gracindo (Zezinho), Adão (Eloi), Milton e Mario Lima (Reginaldo); Gilmar e Joilson (Nelson); Zé Carlos (João do Pulo ou Toninho), Joãozinho (Lourival), Marco Túlio (Baiano) e Luís Carlos (Chita).

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Acervos de Ilivaldo Duarte – Wille Bathke Junior – Luiz Alberto Cordeiro – Blog Baú do Luizinho

FONTES: Diário do Paraná – Diário da Tarde (PR) – Correio de Notícias (PR)

“Clássico do Rio Negro”: Brasil x Uruguai – 104 anos de tradição! Escudos e uniformes em 1916

O “Clássico do Rio Negro! Assim é conhecido no continente Sul-americano o jogo entre a Seleção Brasileira e o Uruguai, com 104 anos de grandes partidas, com diversos ingredientes como suor, sangue, lágrimas e emoções.

Uniforme pelo Brasil utilizado em 1916

Uniforme pelo Uruguai utilizado em 1916

Ao longo da história (contando com a vitória do Brasil por 2 a 0, nesta noite, em 17/11/2020, em Montevidéu), foram 77 jogos, com 37 vitórias para o Brasil, com 20 empates e 20 derrotas; 138 gols pró, 97 tentos contra; um saldo pomposo de 41 gols.

Sem nenhuma dúvida, é um dos maiores clássicos do futebol mundial. Tanto a Seleção Canarinho quanto La Celeste Olímpica são campeãs mundiais, campeãs sul-americana e campeões olímpicas, formados por jogadores renomados e campeões por todo o mundo, como Pelé, Schiaffino, Garrincha, Francescoli, Jairzinho, Álvaro Recoba, Nílton Santos, Diego Forlán e Luis Suárez, entre tantos outros craques.

A Seleção Uruguaia dominou o mundo na década de 1920 tendo suplantado às grandes moldes por ter sido a primeira seleção com futebol técnico e categoria, em vez do futebol de cruzamentos e chutões que dominava a Europa.

Já a Seleção Brasileira foi o que melhor dominou a arte do Esporte Bretão, levando à mestria o futebol técnico, o chamado Futebol-Arte, que valendo-se da categoria, improvisação, gingas e dribles, priorizava o ofensivo e o ataque.

O futebol brasileiro reencontrou seu auge após a Copa do Mundo de 1994, voltando a ser o mais temido e reverenciado do planeta. O Futebol uruguaio entrou em decadência na Década de 1990, porém nós últimos anos tem voltado ao seu auge sobretudo devido a ótima campanha na Copa do Mundo de 2010 e o título conquistado na Copa América de 2011, continuando a ser grande e respeitado, prosseguindo uma história de muita rivalidade com o Brasil, cheia de decisões, brigas, craques e gols, muitos gols.

Abaixo a ficha-técnica do Primeiro jogo entre as duas seleções, que aconteceu no domingo, do dia 12 de Julho de 1916, válido pelo 1º Campeonato Sul-Americano de futebol, realizado na Argentina. O Uruguai venceu, de virada, por 2 a 1.

BRASIL 1 x 2 URUGUAI

DATAEstádio do Club Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires (ARG)
CARÁTERCampeonato Sul-Americano de 1916
DATADomingo, do dia 12 de julho de 1916
PÚBLICO20 mil pagantes
ÁRBITROCarlos Fanta (Chile)
BRASILCasemiro, Orlando Pires e Nery; Lagreca, Sidney Pullen e Galo; Luiz Menezes, Alencar, Friedenreich, Mimi Sodré e Arnaldo. Ground Committeé: Joaquim de Souza Ribeiro, Benedicto Montenegro, Mário Sérgio Cardim e Sylvio Lagreca (capitão).
URUGUAISaporiti; Varela e Foglino; Germán Pacheco, Delgado e Vanzzino; Somma, Tognola, Pendibene, Gradín e Romano. Técnico: Jorge Germán Pacheco.
GOLSFriedenreich, aos 16 minutos (Brasil), no 1º Tempo. Gradin, aos 16 minutos (Uruguai); Tognola, aos 30 minutos (Uruguai),no 2º Tempo.

Menos de uma semana depois, em amistoso, as duas seleções voltaram a se enfrentar. No sábado, do dia 18 de Julho de 1916, o Uruguai recebeu a Seleção Brasileira, em Montevidéu (URU). Dessa vez, o selecionado Canarinho venceu pelo placar de 1 a 0, gol de Mimi Sodré (então, jogador do Botafogo Football Club). Abaixo a ficha-técnica do Segundo jogo entre as duas seleções e a 1ª vitória do Brasil.   

URUGUAI 0 x 1 BRASIL

LOCALEstádio Parque Central, em Montevidéu (URU)
CARÁTERAmistoso em 1916
DATASábado, do dia 18 de julho de 1916
PÚBLICO8 mil pagantes
ÁRBITROCarlos Fanta (Chile)
BRASILMarcos de Mendonça, Osny e Carlito; Amílcar, Lagreca e Facchini; Luiz Menezes, Alencar, Friedenreich, Mimi Sodré e Arnaldo. Ground Committeé: Joaquim de Souza Ribeiro, Benedicto Montenegro, Mário Sérgio Cardim e Sylvio Lagreca (capitão).
URUGUAICastro; Urdinarán e Foglino; Olivieri, Harley e Pascuariello; Pérez, Dacal, Broncini, Scarone e Bracchi. Técnico: Juan Harley (capitão).
GOLMimi Sodré, aos 12 minutos (Brasil), no 2º Tempo.

FONTES: Wikipédia – site da CBF

Excursão do Fluminense (RJ) a África em 1973

Em 1973 o Fluminense Football Club realizou uma excursão pela África,
dipustanfo 9 partidas, conseguindo 8 vitórias e 1 empate. Abaixo esta
campanha:

01/06/1973
Fluminense 4×0 Sporting de Luanda (Angola), em Luanda – Angola
03/06/1973
Fluminense 4×1 Benfica de Nova Lisboa (Angola), em Luanda – Angola
06/06/1973
Fluminense 7×0 Benfica de Luanda (Angola), em Luanda – Angola
10/06/1973
Fluminense 3×2 Young Africans (Tanzânia), em Dar es Salam – Tanzânia
15/06/1973
Fluminense 4×2 Seleção de Zâmbia, em Lusaka – Zâmbia
17/06/1973
Fluminense 2×2 Seleção de Zâmbia, em Lusaka – Zâmbia
21/06/1973
Fluminense 2×0 Ferroviário (Çoçambique), em Lourenço Marques – Moçambique
23/06/1973
Fluminense 3×0 FC Lesotho, em Maseru – Lesotho
24/06/1973
Fluminense 3×0 Seleção do Lesotho, em Maseru – Lesotho

Artilheiros:

Dionísio com 14 gols
Manfrini com 9 gols
Lula, Carlos Alberto e Marquinhos com 2 gols cada
Cafuringa, Silveira e Cléber com 1 gol cada

Fonte: Popular da Tarde / SP