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Inédito!! Na sua fundação, em 1909: Resende Futebol Clube – Resende (RJ) nasceu alvirrubro

O Resende Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Resende, situado na região sul fluminense do estado do Rio de Janeiro. A sua Sede fica localizado na Praça da Concórdia, s/n, no Centro da cidade. Atualmente, o clube disputa o Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 2022.

Nas minhas pesquisas obtive uma descoberta e uma dúvida. A principio o que sabíamos é que o clube nasceu alvinegro, correto? Na realidade, não! A agremiação surgiu alvirrubra!

O que possibilitou essa raridade foi ler o texto que esta atrás da foto de 1909. Nela diz: “Inauguração do Rezende Futebol Clube – ano 1909. Apresenta no verso a inscrição manuscrita – Team encarnado que, no dia da inauguração do Rezende Futebol Club, 6 de junho, jogou contra“.

Foto de 1909 do Rezende Foot-Ball Club

Como é possível ler, o Resende foi chamado de “Team encarnado” ou seja ‘time vermelho’. A partir daí procurei descobrir quanto tempo durou a cor vermelha até ser trocada pelo preto e branco, porém, há poucas notícias sobre o clube.

A dúvida surgiu ao encontrar uma matéria no Jornal A Capital (RJ), na quinta-feira, do dia 25 de Março de 1909, dando conta sobre o clube ou um homônimo. Ou seja, 83 dias antes da sua Fundação no dia 06 de Junho de 1909.  

Dentro em pouco vão se iniciar-se os matches do Rezende Foot-Ball Club installado no Campo do Manejo, a louvaveis empenhos de um punhado de moços ardorosos, entre os quaes sobreleva nomear o sr. J.T. de Carvalho, o captain, foot-baller (jogador de futebol) e instrutor, que não poupa esforços no sentido de tornar apreciado da mocidade o conhecido jogo inglez“.

Nessa transcrição, a impressão que tive era que o clube teria sido fundado nesta data! Como não encontrei outros elementos que ajudassem, ficam alguns pontos de interrogações: teria sido outra equipe? Teria sido a mesma e 83 dias depois foi reorganizado?

Se voltarmos ao texto escrito atrás da fotografia de 1909: “Team encarnado que, no dia da inauguração do Rezende Futebol Club, 6 de junho, jogou contra“.   

Notem, que o texto acima não fala em “fundação“, mas sim “Inauguração“. A minha sensação é que no dia 06 de junho ocorreu um jogo para inauguração do campo. Obviamente, sem mais provas, fica difícil dissipar essa dúvida em questão.

Time base de 1930: Mendonça; Arthur e Moysés; Silva, Gomes e Paquera; Irineu, Messias, Ismael, Joãozinho e Ruy (Mario).

Time base de 1931: Waldemar; Arthur e Gomes; Paquera, Castorino e Silva; Irineu, Bazoca, Ismael, Fernandes e Mario.

Time base de 1933: Antonio; Erdino e Gomes; Paquera, Amadeu e Tourinho; Ismar, Bazoca, Ismael, Belão e Anatolio.

Time base de 1934: Morel; Nelo e Antenor; Galli, Paquetá e Orlando; Sabininho, Marino, Ismael, Ismar e Murtinho.

Time base de 1959: Jairo (Mazinho); Amíler, Êno e Piragibe; Chimbica e Gilson; Marcos, Gulino (Descuidado), Heitor, Hélcio e Lua.

1º jogador do clube a ingressar no profissionalismo

O atacante Ismael do Nascimento começou a jogar no Resende no início da década de 30. Em 1935, se transferiu para o America Football Club e no ano seguinte foi jogar no Andarahy Athletico Club (1936).

Resende virou Utilidade Pública

No mês de julho de 1952, o então governador do estado do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto (Partido Social Democrático, ficou no cargo entre 30 de janeiro de 1951 a 31 de janeiro de 1955), sancionou lei da Assembléia, declarando utilidade pública o Resende Futebol Clube

Clube abandonou o profissionalismo na década de 70

Após disputar várias edições do Campeonato da Copa Vale do Paraíba, na década de 60, a diretoria do Resende decidiu no sábado, do dia 11 de julho de 1970, solicitar desligamento do DEP (Departamento Estadual de Profissionais). O clube retornou na temporada seguinte, quando ficou com o vice-campeonato na Copa Vale Paraibana.  

coincidência ou destino em que o vermelho faça parte do Escudo e uniforme atuais?

FONTES: A Capital (RJ)  – O Jornal (RJ) – A Batalha (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – A Noite (RJ)  

Foto Rara: São Cristóvão F.R., válido pela 1ª rodada do Torneio Romeu Dias Pinto de 1972

EM PÉ (esquerda para a direita): Triel, Norival, Celso, Jorge Madeira, Dias e Almir;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Valdo, Ivo Sodré, Heraldo, Jair Santos e Alexandre.

O Torneio Romeu Dias Pinto, aconteceu entre o dia 16 de janeiro a 20 de fevereiro de 1972. O regulamento era simples, em apenas um turno (cinco rodadas), a equipe que somasse mais pontos seria declarado o campeão. O evento contou com a participação de seis clubes:

Associação Atlética Portuguesa (técnico João Xavier);

Bangu Atlético Clube (técnico Ocimar dos Santos Dutra);

Bonsucesso Futebol Clube (técnico Amaro);

Campo Grande Atlético Clube (técnico Délio Neves);

Madureira Esporte Clube (técnico Moacir Bueno);

São Cristóvão de Futebol e Regatas (técnico Franz).

No final, o Bangu se sagrou campeão com oito pontos; a Portuguesa ficou com o vice (seis pontos); o Bonsucesso terminou em 3º lugar (cinco pontos e saldo de um); o Campo Grande ficou na 4ª posição (cinco pontos e saldo zero); o São Cristóvão fechou na 5ª colocação (quatro pontos); e o Madureira terminou na e última colocação com apenas dois pontos.

A foto em destaque, do São Cristóvão aconteceu – no sábado, às 16 horas, do dia 15 de Janeiro de 1972 – na estreia do Torneio Romeu Dias Pinto diante do Bangu, no Estádio de Moça Bonita, no bairro de Bangu, na zona rural (atual zona oeste) do Rio.

No final, a equipe cadete comandada pelo ex-goleiro Franz não resistiu e acabou derrotada pelos “Mulatinhos Rosados” pelo placar de 2 a 0. Os gols foram assinalados por Jorge Mendonça, um tento em cada tempo.

BANGU A.C. (RJ)               2          X         0          SÃO CRISTÓVÃO F.R. (RJ)

LOCALEstádio Proletário Guilherme da Silveira, “Moça Bonita”, em Bangu (RJ)
CARÁTER1ª rodada do Torneio Romeu Dias Pinto de 1972
DATASábado, do dia 15 de Janeiro de 1972
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
PÚBLICO308 pagantes
RENDACr$ 1.540,00
ÁRBITROMoacir Miguel dos Santos
AUXILIARESRomualdo Felani e Luís Augusto Pinto
BANGUAimoré; Morais, Sérgio, Fernando e Paulinho; Sidclei, Nena e Alves; Jorge Carvoeiro, Edson e Jorge Mendonça. Técnico: Ocimar
SÃO CRISTÓVÃONorival; Triel, Celso, Dias e Almir; Madeira, Ivo Sodré e Alexandre; Valdo (Deco), Jair e Heraldo (Lumumba). Técnico: Franz
GOLSJorge Mendonça aos 27 minutos (Bangu), no 1º tempo. Jorge Mendonça aos 11 minutos (Bangu), no 2º tempo.

Acervo:  José Leôncio Carvalho

FONTES:  José Leôncio Carvalho – Jornal dos Sports

Entre 1937-41, foi Tricolor: Botafogo F.C. – João Pessoa (PB)

Botafogo Futebol Clube (Botafogo da Paraíba) é uma agremiação da cidade de João Pessoa (PB). A sua Sede está localizada na Rua Antonio Teotônio, nº 688, no bairro Cristo Redentor, em João Pessoa.

O Estado da Paraíba ainda respirava o ar da Revolução de 1930. A capital acabava de trocar de nome, já se chamava João Pessoa. Afetados ou não pelos trágicos acontecimentos políticos, um valoroso grupo de estudantes paraibanos tinha como passatempo predileto participar das peladas nas dezenas de terrenos baldios, ainda existentes, nos arredores de suas residências.

Foi exatamente em torno desse grupo de talentosos atletas adolescentes que foi amadurecendo a ideia de se fundar um novo clube. Assim, depois de uma “Assembleia” de muitos palpites, o “Belo” foi Fundado na segunda-feira, do dia 28 de Setembro de 1931, vários garotos, que nem imaginavam que estavam dando vida a um dos times mais tradicionais do estado da Paraíba.

Eles decidiram por este nome e montaram, então, a sua 1ª diretoria:

Presidente: Beraldo de Oliveira

Vice-Presidente: Manoel Feitosa (Nezinho)

1º Secretário: Livonete Pessoa

2º Secretário: José de Melo

Tesoureiro: Edson de Moura Machado

Orador: Enock Lins.

O palco do tão importante acontecimento foi uma modesta casa, a de nº 45, da rua Borges da Fonseca, hoje Av. D.Pedro II, bem próxima à esquina da Rua 13 de maio.

O nome “Botafogo”

Belo, traz em sua história uma grande curiosidade na escolha do nome. O jornalista André Resende escreveu um livro (ainda inédito) em que fala sobre o clássico Botauto. E, segundo suas pesquisas, registros históricos retirados de jornais da época mostram que o nome saiu em meio a um contexto de greve em João Pessoa, no início da década de 1930.

– Nos primeiros registros que se teve acesso, o nome do clube aparece escrito separado: Bota-Fogo, por conta de alguns funcionários do jornal A União, que participaram da fundação do clube. Eles estavam passando por uma greve na época. E queriam usar o time recém-fundado como forma de protesto.

Durante os três meses após a sua fundação, a equipe do Botafogo conseguiu bons resultados e foi, a partir daí, conquistando a simpatia dos pessoenses. O primeiro amistoso que o Botafogo realizou foi contra o Triunfo, tendo vencido por 1 x 0 em jogo realizado no Campo do América, onde hoje está instalada uma caixa d’àgua da Cagepa, na rua Diogo Velho.

Entre 1937 a 1941, o Belo virou Tricolor

Desde a sua fundação em 1931, o clube se manteve Alvinegro até abril de 1937 quando a LDP (Liga Desportiva Paraibana) exigiu que o Belo jogasse o Campeonato com outra camisa para não confundir com o Palmeiras, que já usava uma camisa listrada alvinegra, era mais antigo na LDP, e era o maior Campeão da Paraíba, naquela década, já rivalizando com o Botafogo.

Nessa época o Botafogo já tinha conquistado o seu primeiro título de Campeão Paraibano e já crescia além das possibilidades de Beraldo de Oliveira e de seus humildes amigos, fundadores do Clube.

O Botafogo, então, despertou o interesse do empresário Antonio Tourinho Paes Barreto que já tinha fundado, em 1930, o Santa Cruz de João Pessoa, que jogava com uniforme alvirrubro, mas a equipe não prosperou.

Tudo começou em junho de 1936 quando o Botafogo enfrentou o Palmeiras, um dos grandes campeões do Campeonato Paraibano, e empatava em 1 a 1, num clássico local, já com muita rivalidade. Nesse jogo o Palmeiras não aceitava que o Botafogo jogasse com camisas listradas alvinegras que já era o uniforme tradicional do Palmeiras.

Vice-presidente do Botafogo, Tourinho costurou de acordo com LDP e Palmeiras, e cumpriu a exigência dos Palmeirenses, fazendo o Botafogo jogar com uniforme branco. Isso indignado e revoltado de Beraldo que renunciar à autoridade do Clube.

Em 1937 Tourinho assume a Presidência do Botafogo e envia ofício à LDP comunicando que o Clube passaria a jogar no campeonato, com camisas tricolores. E trazia do comércio de Recife, aproveitando a exigência da LDP, duas camisas.

Uma camisa listrada em preto, branco e vermelho, em listras horizontais, que nem a do Santa Cruz de Recife. Outra metade em metade, metade branca, que combinado com short preto vermelho tornava o uniforme tricolor.

Beraldo, com desgosto, abandonou o Clube para nunca mais voltar. E linotipo da competição ao esporte A UNIÃO – onde disputar o Jornal do Esporte e o Clube União o Campeonato Paraibano disputar como o Campeonato Paraibano.

Por tudo isso, um cronista campinense de nome Humberto de Campos apelidava o Botafogo de Camaleão do Contorno. Segue foto com uma das formações do Botafogo com camisas corais.

Texto, desenho do escudo e uniformes: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Raimundo Nóbrega

FONTES: Site do clube – Federação Paraibana de Futebol – o livro “A História do Futebol Paraibano”, de  Walfredo Marques – livro “Memória do Botafogo Paraibano – Vols. 1 e 2”, de  Raimundo Nóbrega – Matheus Emmanuel

América Pontagrossense F.C. – Ponta Grossa (PR): escudo e cores diferentes da década de 40

O América Pontagrossense Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Ponta Grossa (PR). A sua Sede e o Estádio Coronel Miró de Freitas, estão situados na Rua Cel. Miro Freitas, nº 290, no bairro de Nova Russia, em Ponta Grossa (PR).

Fundado na segunda-feira, do dia 27 de Junho de 1938, no bairro de Nova Rússia, por esportistas amigos que reunidos num movimentado jogo de truco, discutiam futebol. O clube teve ainda a ajuda do saudoso Senador Flávio Carvalho Guimarães.

Entre eles, observando à certa distância estavam João Fernandes de Castro e seu filho Walter Fernandes, que comentavam a respeito. Na mesma época alguns freqüentadores da barbearia do saudoso João Fernandes de Castro, onde só se falava de futebol, numa dessas surgiu a conjectura de criar um clube.

Da idéia surgiu a concretização final. Muitos nomes foram ventilados para a nova agremiação, entretanto, o apresentado por Walter Fernandes, que era ardoroso fã do America Football Club do Rio de Janeiro foi aprovado. Foram fundadores do querido clube de Ponta Grossa:

Orlando Henneberg, João Fernandes Castro, Walter Fernandes, Washington Fernandes, Eduardo Selski, Waldomiro Hart, José Zambriski, Arthur Starke, Paulo Raitz, Honório Vargas, Mário Ribas, Felinto Schifer, Ovídio Pontes e Osvaldo Jansen, que concretizaram a brilhante iniciativa da família Fernandes.

Estes em sua 1ª reunião deliberaram escolher o nome de Eduardo Selski como seu 1º presidente, por ter o mesmo longa experiência no futebol, com considerável bagagem no esporte bretão.

Final da década de 30

Somente quando o América ganhou personalidade jurídica, contendo os seus próprios estatutos é que assumiu a 1ª Diretoria composta pelos seguintes membros:

Presidente – João Fernandes de Castro;

Vice-presidente – João Pedro Maier;

1º Secretário – Ervino Schade;

2º Secretário – Lauro Fernandes;

Orador – Antônio Rossetto;

Conselho Fiscal – Otto Hart, Onofre Borazo, Alfredo Jansen;

Conselho de Futebol – Alfredo Henneberg, Valentin Schwab e João (Tamanduá) de Oliveira.

1º campo

Os primeiros treinos do América foram realizados no “Campo do Calipiá”, como era denominado, em virtude de ser circundado de eucaliptos, situado nas proximidades onde hoje está a Metalúrgica Schiffer.

A escolha do nome

Embora os treinos se sucedessem, a nova agremiação recém fundada não tinha um nome. Foi feito uma reunião para tal e na mesma, marcada para 12 de fevereiro de 1938, foi escolhido o nome do clube.

Muitas sugestões surgiram entre as quais: Madureira Esporte Clube, Brasa Verde Futebol Clube, e até mesmo à guisa de brincadeiras, Arranca Toco Esporte Clube, todavia, por idéia do jovem entusiasta Walter Fernandes, que indicou o nome de América Futebol Clube, nome este bem recebido entre os presentes.

Por unanimidade o nome foi escolhido e oficialmente aceito para a nova agremiação. Desde então, partiram os americanos para sua filiação junto à Liga Atlética Municipal (LAM), que na ocasião congregava onze equipes varzeanas.

Foto de 1949

Fusão deu origem ao América Pontagrossense Futebol Clube

No intuito de fortalecer a equipe para as disputas oficiais da Liga, os dirigentes do América Futebol Clube acharam de bom alvitre fazer uma fusão com a equipe da Pontagrossense Futebol Clube, no início da década de 40.

As duas forças unidas deram uma unidade maior na estrutura do clube, possibilitando um futuro de glórias. Em virtude da exigência da Liga, os clubes filiados a ela tiveram que providenciar seus estatutos e o América Pontagrossense Futebol Clube não poderia fugir à regra.

Em fase disso, a data de fundação da agremiação criada ficou sendo em 27 de junho de 1938, ficando ao mesmo tempo oficializada a sua 1ª diretoria, que ficou assim constituída:

Presidente – Paulo Roberto dos Santos;

Vice-presidente – Lucinei Festa Freitas.

O clube era rubro-anil

O que poucos sabem é que o América Pontagrossense Futebol Clube até o final da década de 40, tinha nas suas cores o vermelho e azul. Somente em meados dos anos 50, que o clube passou a adotar a “Jaqueta Encarnada“. De lá pra cá,  o “Diabo Rubro” segue com as suas cores inalteradas até os dias atuais.

Na cidade mais de trinta títulos

No Campeonato Citadino de Ponta Grossa, o  América Pontagrossense se sagrou campeão 26 vezes: 1961, 1963, 1966, 1967, 1968, 1969, 1974, 1976, 1979, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1990, 1991, 1992, 1993, 1997, 1998, 2000, 2004, 2007, 2012, 2015 e 2018. Enquanto pela Taça da Cidade de Ponta Grossa, o time foi campeão em sete oportunidades: 1963, 1965, 1967, 1968, 1993, 1994 e 1995.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Acervo de Lenilton Cardoso

FONTES: Google Maps – Página do clube no Facebook – Site do Clube – Livro “Futebol Pontagrossense – Recordes da História”, de José Cação Ribeiro Júnior – O Dia (PR) – Paraná Esportivo (PR)

Inédito!! Paysandu Foot-Ball Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

O Paysandu Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 30 de Maio de 1915, por um grupo de rapazes desportistas. A escolha do nome foi uma homenagem ao time homônimo campeão Carioca em 1912.

Após fundar o novo clube, foi definido a composição da 1ª Diretoria, constituída da seguinte forma:

Presidente – Dr. Henrique de Vasconcellos;

Vice-Presidente – Henrique Nunes Pereira;

1º Secretário – Adolpho Rodrigues;

2º Secretário – Luiz do Rego Pontes;

Tesoureiro – Luiz Bandeira de Mello;

Fiscal de Campo e Comitê – Fernando Carneiro.

A sua Sede provisória ficava na Ladeira do Leme, nº 27. Posteriormente se transferiu para Rua D. Polyxena, nº 66, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ). O seu Ground de treinos ficava na Rua Alpha (entre os números 5 e 6, no Cais do Porto), s/n, no bairro de Santo Cristo, na Zona Central do Rio. Já a sua Praça de Esportes estava situado no belo e bem tratado Velódromo, na Praia Vermelha, no bairro da Urca

O Paysandu disputou o Campeonato da Liga Sportiva Carioca (LSC), de 1918, que contou com a participação de oito equipes:

Foto de 1921

Aymoré Football Club (Sede: bairro das Laranjeiras/Catete, fundado em 03-07-1914, por funcionários da Western Telegraph);

Benjamin Constant Football Club (Sede: bairro da Glória);

Combinado Humaytá (Sede: bairro do Humaitá);

Sport Club Curupaity (Sede: bairro do Catete, fundado em 13-06-1914);

Sport Club Emulação (Sede: bairro do Flamengo-Catete);

Leme Athletico Club (Sede: bairro do Leme, fundado em 1905);

Pedro Ivo Football Club (Sede: Bairro de São Cristóvão).

A competição seria disputada com as equipes do 1º, 2º e 3º Quadros. No entanto, o Humaytá e o Aymoré foram a base da Liga, que infelizmente deixou de existir, devido a politicagem, acabou obrigando que os clubes a abandonarem, o que, no final, gerou a falência da mesma.

Time-base de 1915: Oscar; Castro e Waldemar; Manuel, Máximo e Curió; Seraphim, Octavio, Bahiano, Macau e Joaquim.

Time-base de 1918: Toledo; Alvim e Annibal; Macedo (Cap.), Drummond e Abaeté; Vallim, Rubens, Carlos, Menezes e Gastão. Reservas: Mattos, Level, Mauro e Sete.

FONTES: RSSSF Brasil – Gazeta de Notícias (RJ) – O Tico-Tico (RJ) – O Imparcial (RJ)