Arquivo da categoria: Curiosidades

Escudo raro de 1961: Seleção de Itaguaí (RJ)

A Liga Desportiva de Itaguaí (LDI) foi Fundada no sábado, do dia 30 de Maio de 1953. Compareceram na assembléia as seguintes seis associações: 

Itaguaí Atlético Clube;

Itacurussá Futebol Clube;

Coroa Grande Futebol Clube;

Atlético Clube Ecologia (Universidade Rural);

Grêmio Olímpico Mangaratiba;

Seropédica Futebol Clube.

A reunião foi dirigida pelo presidente Ramos de Freitas e contou com a presença de figuras de destaque no Município de Itaguaí, notando-se a presença do Dr. Fabio Horta de Araújo, ex-presidente do America do Rio de Janeiro (entre os anos de 1949 a 51 e 1960), que tomou parte ativa nos trabalhos.

Foi eleita uma comissão composta de presidentes, tendo como dirigente o Dr. Hermano Naegele, com a incumbência de elaborar os estatutos e tomar todas as medidas necessárias para a instalação da novel Liga Desportiva.

O grande feito da entidade máxima de Itaguaí, além das realizações das competições citadinas, foi o vice-campeonato Fluminense de Seleções Municipais, em 1960 (Nova Friburgo ficou com o título).

No entanto, na década de 60, a Liga Desportiva de Itaguaí entrou em crise e acabou paralisando as suas atividades. Anos mais tarde, quando sentindo o impulso do então presidente da República, Médici deu ao desporto nacional, os dirigentes do desporto fluminense, apoiados por políticos fizeram com que ressurgisse Liga Desportiva de Itaguaí no sábado, do dia 15 de Julho de 1972.

FONTES: A Manhã (RJ) – Jornal dos Sports – Diário de Notícias – A Luta Democrática – Última Hora

No túnel do tempo: Porto Alegre vence o Flamengo, na Taça Guanabara de 1987

Equipes estrearam com o “pé direito”

Na estreia da Taça Guanabara, o Flamengo venceu o Bangu por 1 a 0, no Maracanã. O gol da vitória foi do estreante Renato Gaúcho aos 10 minutos da etapa inicial. Já o Porto Alegre Futebol Clube, que subiu para a elite do futebol carioca, após ficar o vice-campeonato da Segunda Divisão do Rio de 1986, debutou com vitória, em casa, em cima do Olaria Atlético Clube, pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo meia Áureo aos 18 minutos da etapa final.  

Sem acordo, jogo  não teve televisionamento

Os dirigentes do Flamengo não chegaram a um acordo com as televisões do Rio de Janeiro para a transmissão do contra o Porto Alegre, amanhã (quarta-feira, do dia 11 de março de 1987). Por isso, a partida está mantida para as 16 horas, em Itaperuna (RJ).

O acerto para a transmissão da partida (o jogo seria adiado para a noite) não aconteceu em função de problemas técnicos das tevês, pois daria enorme trabalho para a geração das imagens.     

Bebeto não renova e foi desfalque

O meia Bebeto (que depois passou a jogar como atacante) estava ameaçado de não jogar, em virtude da pendência de renovar ou não o contrato. O jogador insistiu na proposta de Cz$ 2 milhões de luvas e salários mensais de Cz$ 150 mil. Já o rubro-negro concordava com o valor dos salários, mas não passa da quantia de Cz$ 1 milhão e 600 mil de luvas, dividida em quatro vezes. No final, o jogador acabou ficando de fora e o técnico Sebastião Lazaroni escalou Adílio no seu lugar.

PORTO ALEGRE F.C. (RJ)       2          x          0          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Jair Siqueira Bittencourt, em Itaperuna (RJ)
DATAQuarta-feira, do dia 11 de Março de 1987
CARÁTER2ª rodada da Taça Guanabara de 1987
HORÁRIO16 horas
RENDACz$ 626.700 (seiscentos e vinte e seis mil e setecentos cruzados)
PÚBLICO10.445 pagantes
ÁRBITROAluísio Viug (FERJ)
AUXILIARESVander de Carvalho (FERJ) e Adauto Cunha (FERJ)
CARTÃO AMARELOLeandro e Aílton (Flamengo); Júlio e Nelson (Porto Alegre)
PORTO ALEGREAlmir; Luis Gusta­vo, Zé Carlos, Déo e Júlio; Nélson, Áureo e Biro-Biro; Cid (Cacaio), Ale­xandre e Adãozinho (Peu). Técnico: Gildo Rodrigues
FLAMENGOZé Carlos; Jorginho, Leandro, Mozer e Aírton; Andrade, Aílton e Adilio (Sócrates); Renato Gaúcho, Kita e Zinho (Marquinho). Técnico: Sebastião Lazaroni
GOLSAle­xandre aos 23 minutos (Porto Alegre), no 1º tempo. Adãozinho aos 12 minutos (Porto Alegre), no 2º tempo.

FONTES: arquivo pessoal – Jornal dos Sports

Centro Sportivo Itajaense (CSI) – Itajá (RN): revelou Souza, ex-seleção brasileira e Sinha, ex-seleção mexicana

O Centro Sportivo Itajaense (CSI) é uma agremiação do Município Itajá, situado na microrregião do Vale do Açu no interior do estado do Rio Grande do Norte. A sua Sede está localizada na Avenida João Manoel Pessoa, nº 179, no bairro Iguaraçú, em Itajá (RN).

Foto da Sede em 2012

Foi Fundado às 19 horas, do domingo, no dia 15 de Março de 1959, no salão do grupo rural, que contou com a presença de 64 pessoas, no Centro Social de Itajá. A equipe manda os seus jogos no Estádio Manoel Argemiro Lopes, o “Argemirão”, com capacidade para 3 mil pessoas.

Na 3ª reunião, às 19 horas, do domingo, no dia 12 de abril de 1959, foi constituída a 1ª Diretoria, formada pelas seguintes pessoas:

Presidente – Manoel Argemiro Lopes;

Tesoureiro – Francisco Santiago Lopes;

Diretor de Esporte – Manoel Egídio Pessoa;

Secretária – Silvânia Pessoa;

A 1ª partida do CSI, aconteceu no domingo, do dia 03 de Maio de 1959, quando goleou pelo placar de 5 a 1, o Centro Ipanguassu. De lá pra cá o CSI como o clube é um dos clubes mais tradicionais do interior potiguar.

“O Papa títulos”

distintivo atual

No Campeonato Citadino, o Itajaense possui 15 títulos. Sendo o maior campeão de uma das maiores competições do futebol amador do estado, a tradicional Copa Oeste, organizada pela Liga Desportiva Mossoroense (LDM), e que reuni as principais equipes da região Oeste e Vale do Açu.

O CSI foi seis vezes campeão da Copa Oeste nos anos de 1990, 1991, 2001, 2003, 2004 e 2009. O Itajaense também foi vice-campeão do maior campeonato amador do Rio Grande do Norte, o famoso MATUTÃO, em 1989 perdendo a final para o tradicional Centenário Esporte Clube de Parelhas.

Celeiro de craques em nível nacional e internacional

Meia Souza

O CSI também se destaca muito no futebol potiguar, por revelar muitos jogadores para clubes profissionais do Rio Grande do Norte, Brasil e do Mundo. Destaque para José Ivanaldo de Souza, mais conhecido como Souza (Itajá6 de junho de 1975), que teve uma passagem vitoriosa pelo Corinthians (SP), São Paulo (SP), Athletico Paranaense (PR) e América de Natal (RN), sendo um dos maiores ídolos do clube natalense em todos os tempos. E atuou ainda pela Seleção Brasileira, Flamengo (RJ), Atlético Mineiro (MG), Rio Branco de Americana (SP) e Krylya Sovetov (Rússia).

Sinha, defendendo as cores do Deportivo Toluca (MEX)

Outro atleta de grande destaque é Antonio Naelson Matías, Sinha que jogou no futebol mexicano no Real Saltillo, Monterrey, Toluca e Querétaro. Inclusive no Querétaro chegou atuar ao lado do Ronaldinho Gaúcho. Também jogou a Copa do Mundo de 2006 pela Seleção Mexicana. Lembrando que Sinha e Souza tem parentesco, uma vez que são primos.

No Brasil, atuou na Desportiva Ipanguaçú (RN), Rio Branco, de Americana (SP); e América de Natal. Neto Matias, irmão de Sinha também é outra grande revelação do CSI. Foi o treinador da histórica campanha do Potyguar de Currais Novos no vice-campeonato Potiguar de 2009. Outras revelações do clube de destaque foram Bebeto, Gilson Lopes e muitos outros.

O técnico Neto Matias, irmão de Sinha

FOTOS: Tribuna do Norte – página do Facebook “Antonio Naelson Sinha”

FONTES: Adeilton Alves – blog História do Futebol Potiguar

Escudos da década de 60: São João Futebol Clube – Atibaia (SP)

São João Futebol Clube (atual: São João Tênis Clube) foi uma agremiação da cidade de Atibaia (SP). A sua Sede está localizada na Praça Roberto Gomes Pedrosa, nº 38, no Bairro da Cidade Satélite, em AtibaiaFundado no domingo, do dia 02 de Fevereiro de 1930, através da incansável luta de um apaixonado pelo esporte: Menotti Barca.

Ele reuniu os companheiros e, homenageou o clube com o nome do padroeiro da nossa cidadeSão João. De acordo com a ata da fundação, a primeira assembléia foi realizada no campo de futebol situado a Caixa d’ água, pois o clube não tinha sede própria.

Confira os nomes dos Sócio-fundadores e a 1ª Diretoria:

Presidente – Menotti Barca;

Vice-Presidente – Juvenal Aguirre;

1° Secretário – Benedicto Bartholomeu;

2° Secretário – Benedito Leite;

1° Tesoureiro – Benedito Albino de Oliveira;

2° Tesoureiro – Silvano Chiochetti;

Diretor Esportivo – Thomaz Dos Reis Cardoso De Almeida;

2° Diretor Esportivo – José Pires Alvim.

Assim, durante muitos anos, o clube funcionou com o campo de futebol, que, segundo pessoas que vivenciaram aquela época, possuía excelente infra-estrutura, com ótimo gramado, vestiários e sala de imprensa. O clube também possuía um salão de baile na Rua José Alvim (calçadão), onde também passou a funcionar a sede social.

Em seu livro Terra de Jerônimo, Gilberto Sant’ Anna cita: ‘’(…) a pelota corria solta pelos gramados do (atual) São João Tênis Clube e Grêmio Esportivo  Atibaiense (…) O Leão e o Galo, respectivamente, revezavam-se nas vitórias, festejadas nas ruas com muito barulho’’.

Duas participações na esfera profissional

Em virtude da cidade ser conhecida pelo seu excelente clima e o clube ter o melhor campo gramado da região, hospedou os principais times profissionais de futebol da divisão especial, inclusive a seleção brasileira para treinamento em suas dependências. Nas décadas de 40 e 50 o clube recebeu diversas taças em campeonatos intermunicipais, e passou por uma fase maravilhosa. Mas a população de Atibaia começou a mudar, o futebol amador  entrou em declínio e também o clube.

Em 1969, alguns inconformados com o desaparecimento do São João, resolveram transformá-lo em clube de campo, para atender os novos interesses da sociedade. Embora não tenha sido fácil, aos poucos o prestígio do clube foi se restaurando. Vieram novos sócios, novas atividades esportivas e de lazer, e o clube começa a se reerguer.

Na esfera futebolística, participou do Campeonato Paulista do Interior de 1944. Em 27 de Abril de 1963, o clube recebeu da Prefeitura de Itatiba, a importância de Cr$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil cruzeiros), para a reforma da Praça de Esportes.  O motivo dessa ajuda financeira foi o fato de o São João ter disputado o Campeonato Paulista da Quarta Divisão de 1963 e 1965.

1971: Clube muda de nome

Tênis, na época considerado ‘’de elite’’ foi implantado no então São João Futebol Clube pelo Sr. Ramiro Simões Lopes, um apaixonado pela modalidade esportiva. O clube passava por várias dificuldades financeiras, existia até a idéia de se lotear uma parte do clube. O então presidente, Moacyr Zanoni, resolveu apoiar o Sr. Ramiro e o novo esporte.

Como não havia dinheiro para a construção das quadras, o Sr. Ramiro passou a pedir doação de material para os amigos, e ele mesmo, com a ajuda de dois serventes, limparam o terreno. Para tanto, nada recebia, apenas o clube pagava os pedreiros. No dia 1° de maio de 1972 as duas quadras foram inauguradas e no ano seguinte a escolinha já funcionava.

O clube passa então a se chamar São João Tênis Clube, e renasce para uma nova fase. Cada diretoria, cada administração, colaborou para que o clube se transformasse no que é hoje.

FOTOS: Acervo de Benedito Aparecido Pires, o “Gatinho” (ex-jogador do clube) – Atibaia Hoje

FONTES: Rsssf Brasil – Site do clube

Sport Club Renato Dias – Juiz de Fora (MG): Existiu entre 1917 a 1932

O Sport Club Renato Dias foi uma agremiação da cidade de Juiz de Fora (MG). O “Alvirrubro Juiz-forano” foi Fundado na quarta-feira, do dia 28 de Março de 1917, pelo coronel Renato Cordeiro Dias, que se tornou presidente honorário e patrono.

O coronel Renato Cordeiro Dias foi um industrial, dono da refinaria de açúcar Renato Dias, que se tornou o 1º presidente da Sub-Liga dos Sports Athleticos (Fundado na sexta-feira, do dia 1º de Março de 1918), filiada Liga Mineira de Sports Athleticos, com Sede em Belo Horizonte. 

Na noite da sexta-feira, do dia 22 de fevereiro de 1918, foi criada a Liga de Desportos de Juiz de Fora. Entre os diversos  nomes que ajudaram a criar a nova liga estava o Cel. Renato Cordeiro Dias.

Recorte de 1918

Além dele, tivemos outros desportistas que contribuíram para a fundação: Antônio Aguiar (Canoinha), Paulo Schmitz, Marcondes Ferraz, Abril de Araújo Alves, Eduardo Weiss, Hosano Fonseca, Besnier de Oliveira, Pedro Gonçalves de Oliveira, além dos clubes Tupy, Tupynambás, Sport Club Juiz de Fora e Sport Club Renato Dias.

O Sport Club Renato Dias foi “figurinha carimbada” no Campeonato Citadino de Juiz Fora, onde participou em 14 edições do certame: 1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1924, 1925, 1926, 1927, 1928, 1929, 1930 e 1931.

Clube virou marca de Cerveja em 1918

Na quinta-feira, do dia 05 de Dezembro de 1918, os proprietários da Cervejaria Americana, de Juiz de Fora, lançaram novas marcas de cerveja Tupy, Sport Club, Tupynambás e Renato Dias.

Em homenagem aos clubes juiz-foranos foram lançados no mercado da cidade. O produto foi destacado assim: “Muito recomenda pelo seu sabor agradável, pela cor e pela pureza do líquido“.

Praça de Esportes, da Rua Raul Soares

No domingo, do dia 04 de Maio de 1924, o clube inaugurou a sua Praça de Esportes (atualmente fica o Shopping Solar Center), junto a estação da Leopoldina Railway, na Rua Raul Soares, s/n, no Centro da cidade, diante o então campeão da cidade: Tupy Football Club.

Cerca de três meses depois, no domingo, do dia 03 de Agosto de 1924, às 15h30min., o Renato Dias inaugurou as arquibancadas, diante do scrath de São João Del Rey, valendo a ‘Taça Coronel Renato Cordeiro Dias’. Os ingressos para arquibancada custaram 2$000 (dois mil reis). A partida terminou empatada em 4 a 4.

Primeiro jogo nacional

No domingo, do dia 10 de Julho de 1921, o Sport Club Renato Dias realizou o seu 1º amistoso nacional, ao enfrentar o Carioca Football Club (RJ), no campo do Tupy Football Club, em Juiz de Fora.

No final, melhor para os cariocas que venceram pelo placar de 4 a 3. Os gols foram de Braz aos 4 e 30 minutos (Carioca); Guilherme aos 13 minutos (Renato Dias); Tatão, de pênalti, aos 36 minutos (Renato Dias); no 1º tempo.

Na etapa final, Braz aos 2 e 17 minutos (Carioca); Raul, contra, aos 8 minutos (Renato Dias). O Carioca formou assim: Raul; Surica e Gallo; Moacyr, Bernardo e Arnaldo; Santos, Braz, Chiccarino II, Aristides e Nicola

O Renato Dias, jogou com: Mario; Duca e Ninho; Jacy, Arthur e Justin; Tatão, Doca, Guilherme, Xavier e Quintino.

No domingo, do dia 28 de Agosto de 1927, com arbitragem de Jayme Barcellos, o Renato Dias enfrentou o poderoso America Football Club (RJ), em Juiz de Fora. O clube da Campos Salles goleou por 5 a 2. No primeiro tempo, o Mecão foi para o vestiário com a vantagem de 3 a 1, com dois gols de Mario Pinto e um de Mineiro. Na etapa final, Mario Pinto e Mineiro marcaram mais um tento cada.

O America jogou com: Joel; Jayme e Lazaro; Hermógenes, Hildegardo e Walter; Ripper, Celso, Mario Pinto, Mineiro e Miro

1932: Clube muda de nome

Em meados de 1932, quando alterou o nome para Sport Club Palestra Itália. Com a nova denominação chegou a disputar e vencer o Torneio Início de Juiz de Fora em 1933, porém o campeonato não chegou a ser realizado por conta da implantação do profissionalismo. Como até maio de 1934 o clube não se profissionalizou, foi desligado da nova liga AME (Associação Mineira de Esportes, situado na Rua Espírito Santo, nº 757 – Centro – Belo Horizonte) e desapareceu do cenário esportivo em definitivo.

Algumas formações:

Time base de 1918: Teixeira (Ormindo); Mimi (Chaves) e Ducca; Penne (Vasco), Bahiano e Canário (João); Daniel (Paulista), Xovieit (Braga), Rosa (Dung), Puino (Primo ou Imponi) e Almeida (Montrezol ou Batoque).

Time base de 1919: Ormindo; Duca e Ninho (Moacyr); Canário (Perini), Arthur (Alves) e Bahiano (Vieira); Daniel, Othon (Braga), Guilherme (Xavier), Primo e Quintino.

Time base de 1920: Ormindo; Duca e Ninho; Bahiano, Percegoni e Perini; Daniel, Doca, Alves, Xavier e Quintino.

Time base de 1921: Mario; Duca e Ninho; Jacy, Arthur e Justin; Tatão, Doca, Guilherme, Xavier e Quintino.

Time base de 1924: Campos; Ninho e José Pequeno; Capitão, Ferro e Osório; Guadin (Sá Rita), Canário (Rolleaux), Pedro, Doca e Quintino.

Time base de 1926: Vicente; Angelino e José Pequeno; Bonfim, Doca e Rolleaux; Guadin, Canário, Pedro, Doca e Quintino.

Time base de 1928: Carvalho; Alberto e Ninho; Oliveira, Ferro e Agenesio; Carestia, Roça, José Pequeno, Quintino e Sebastião.

Time base de 1930: Carvalho (Cláudio); Treventi e Arnaldo; Jayme, Ferro e Pergentino; Mão (Panamá), Hugo (Tabara), Tião, Fernando e Tamoyo.

Desenho do escudo, uniforme, pesquisa e texto: Sérgio Mello

FONTES: Vida Sportiva: hebdomadario sportivo e mundano (RJ) – Livro Retrospectiva Futebol – Juiz de Fora (1918-78), de Geraldo Gerheim – Pharol (MG) – A Época (RJ) – O Paiz (RJ) – Jornal das Moças (RJ) – O Brasil (RJ) – A Noite (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Diário da Noite (RJ)

Vasco da Gama Futebol Clube – Juiz de Fora (MG): Fundado em 1929

O Vasco da Gama Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Juiz de Fora (MG). A sua Sede ficava na Rua Bernardo Mascarenhas, nº 618, no bairro Fábrica, em Juiz de Fora.

Fundado na quinta-feira, do dia 15 de Agosto de 1929, e a escolha do nome foi devido ao fato do Clube de Regatas Vasco da Gama (RJ), ter feito uma bela campanha culminando com o título do Campeonato Carioca de 1929. O uniforme era idêntico ao clube carioca.   

Em meados de 1939, tinha uma Sede bem instalada, com secretária, tesouraria, uma comissão de futebol (desde 1932), um número de 200 sócios, sendo que 50 eram jogadores, e uma sala de troféus com aproximadamente 60 taças.

O Vasco participou do Campeonato de Juiz de Fora, organizado pela Liga de Desportos de Juiz de Fora (LDJF), entre as décadas de 30 a 50. Abaixo os desempenho da equipe entre os anos de 1934 a 1938.

Em 1934, o Vasco realizou 31 jogos na temporada, com 19 vitórias, sete empates e cinco derrotas; marcando 71 gols (média de 2,3 gols por partida), com 42 gols contra e um saldo de 29.

Em 1935, foram 33 partidas na temporada, com 21 vitórias, sete empates e cinco derrotas; marcando 84 gols (média de 2,5 gols por partida), com 43 gols contra e um saldo de 41.

Em 1936, aconteceram 33 jogos na temporada, com 12 vitórias, oito empates e 13 derrotas; marcando 56 gols (média de 1,7 gols por partida), com 50 gols contra e um saldo de seis.

Em 1937, a cruz de malta realizou 37 jogos na temporada, com 21 vitórias, cinco empates e 11 derrotas; marcando 109 gols (média de 2,9 gols por partida), com 74 gols contra e um saldo de 35.

Em 1938, o Vasco realizou 34 jogos na temporada, com 19 vitórias, cinco empates e dez derrotas; marcando 101 gols (média de 2,9 gols por partida), com 39 gols contra e um saldo de 32. Os artilheiros foram: Zazá (20 gols, em 22 jogos); Natividade (11 gols, em 20 jogos); Santinho (10 gols, em 19 jogos); Gury (10 gols, em 24 jogos); Valotte (09 gols, em 20 jogos).

Time base de 1936: Max; Álvaro e José; Maria, Olavo, Nazir e Pico; Natividade, Zazá, Waldemar e Célio.

A partir de 1958, o clube alterou o nome, passando a se chamar: Associação Atlética Vasco da Gama. A agremiação existe até os dias de hoje.

FONTES:  Geraldo Gerheim – Sport Ilustrado (RJ) – O Sol (MG) – Folha Mineira (MG)

Associação Esportiva Calouros do Ar – Mossoró (RN): Revelou o craque Nonato

A Associação Esportiva Calouros do Ar foi uma agremiação da cidade de Mossoró (RN). O Tricolor Mossoroense foi Fundado na terça-feira, do dia 29 de Setembro de 1981. As suas cores: vermelho, azul e branco.

A sua Sede ficava na Rua Jerônimo Rosado, nº 70, no Centro de Mossoró. Bicampeão do Campeonato Mossoroense em 1984 e 1988, organizado pela Liga Mossoroense de Desportos (LMD). Em 1985, o Calouros chegou a ficar 62 jogos de invencibilidade.

Foto de 1986: A.E. Calouros do Ar

Uma curiosidade é que o lateral-esquerdo Nonato foi revelado no Calouros do Ar. Raimundo Nonato da Silva se transferiu para o Baraúnas, em 1985. Três anos depois foi para o ABC de Natal. Teve uma passagem rápida no Pouso Alegre Futebol Clube (MG), em 1990.

No mesmo ano foi para o Cruzeiro, onde ficou por sete temporadas. Nesse período, chegou a Seleção Brasileira, em 1993. Nonato ainda teve passagens pelo Fluminense-RJ (1998-99); Etti Jundiaí-SP (1999); Vila Nova-GO (2000); Ipatinga-MG (2000) e América de Natal (2002).

Raimundo Nonato da Silva, Cruzeiro (Photo by Matthew Ashton/EMPICS via Getty Images)

Desenho do escudo, uniforme e texto: Sérgio Mello

Colaborou: Adeilton Alves

FOTO: Acervo de Jota Nobre

FONTES: Wikipédia – Diário de Natal (RN) – Jota Nobre

Escudo e uniformes, de 1965: Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba – Piracicaba (SP)

O Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba é uma agremiação da cidade de Piracicaba, no Interior do estado de São Paulo. O “Nhô Quim” foi Fundado no sábado, do dia 15 de Novembro de 1913. A sua Sede está localizada na Rua Silva Jardim, nº 849, no Bairro Alto, em Piracicaba (SP). A equipe manda os seus jogos no Estádio Barão da Serra Negra, com Capacidade para 18 mil pessoas.

No sábado, do dia 11 de Outubro de 1913, a Gazeta e o Jornal de Piracicaba publicaram a nota: “Será inaugurado hoje, nesta cidade, mais um clube de foot-ball, intitulado 15 de Novembro”. Nascia o time que viraria a paixão dos piracicabanos e que viria a ter a maior torcida do interior do estado de São Paulo. A data oficial de fundação é 15 de novembro de 1913.

A história do esporte em Piracicaba começa em 1903, com a fundação do Club Sportivo Piracicaba, onde os associados realizavam corridas na antiga Raia do Salto e praticavam futebol com material vindo da Inglaterra.

Alguns anos depois, na década de 10, funcionários de uma marcenaria aproveitavam o horário de almoço para se divertirem, jogando futebol com uma bola feita de meia. Eles jogavam no quintal, no mesmo espaço onde as mulheres costumam pendurar as roupas no varal.

Só que, muitas vezes, a bola batia no tecido e acabava sujando a roupa outra vez, causando um desconforto com as mulheres. Com isso, os empregados, que deram à equipe o nome de 12 de Outubro, passaram a realizar as partidas na Rua Regente Feijó. O que antes era um pasto, eles transformaram em um campo, que se tornaria o primeiro do XV de Piracicaba.

Nessa mesma época, havia outro grupo de apaixonados por futebol na cidade: o Esporte Clube Vergueirense, pertencente à família Pousa. Os dois times realizavam partidas entre si. Mas a amizade entre ambos e a paixão pelo esporte falaram mais alto. Da união entre 12 de Outubro, da família Guerrini, e Vergueirense, nascia o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.

Representantes dos Guerrini e dos Pousa convidaram, então, o capitão Carlos Wingeter, cirurgião dentista, integrante da Guarda Nacional, para se tornar presidente do clube que acabara de surgir. Wingeter aceitou prontamente, impondo apenas uma condição: o time deveria ser intitulado XV de Novembro, em homenagem à data da Proclamação da República do Brasil.

O capitão era filho de Jacó Filipe Wingeter e Madalene Soares de Carvalho. Ele foi casado com Margarida Buller Wingeter Abrahão e morreu no dia 7 de Janeiro de 1931, aos 62 anos de idade.

Na época, Piracicaba tinha cerca de 40 mil habitantes. A economia local baseava-se na agricultura canavieira para produção de açúcar e aguardente, e do café, o que lhe rendia o apelido de “Pérola Paulista”. O reconhecimento dos piracicabanos ao time de futebol aconteceu de imediato, até mesmo pelo envolvimento de famílias tradicionais na agremiação, o que rendeu ao XV afinidade ímpar pela identificação que o município tinha com seus integrantes. Mais de 100 anos se passaram e hoje os irmãos Pousa e Guerrini são responsáveis por existir uma torcida apaixonada pelo clube de sua cidade.

Primeiros passos:

No primeiro ano de vida, o Alvinegro sofreu duas derrotas. A primeira delas foi em 16 de outubro de 1913, no campo do Sport Recreio Normalista, situado na chácara Diogo, no bairro dos Alemães, por 2 a 0.

A segunda aconteceu em 23 de novembro, uma semana após o primeiro revés. O time enfrentou um scratch e perdeu novamente por 2 a 0. O jogo foi realizado no campo da Rua Piracicaba.

Em 18 de outubro de 1914, o XV conquista sua primeira vitória, sobre a Associação Piracicabana de Esportes Atléticos, por 3 a 2, levando assim o título de Campeão da Cidade. Pereira foi quem fez os três gols da partida. A Associação sempre vencia os adversários, então os torcedores quinzistas festejaram muito a conquista.

No dia 20 de março de 1918, o time se filiou à APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), passando a enfrentar equipes da capital e a tomar parte nos campeonatos do interior.

1ª Diretoria do Esporte Clube de Novembro de Piracicaba

Em 4 de dezembro de 1913 foi publicada na imprensa piracicabana a seguinte relação:

Presidente – Capitão Carlos Wingeter;

Vice-presidente – Tibúrcio de Oliveira;

1º Secretário – Erothides de Campos;

2º Secretário – Francisco Rigato;

1º Fiscal – Jerônimo Huffenbaecher;

2º Fiscal – Luciano Servija;

Capitão – Francisco Pelegrino (Paco);

Vice-Capitão – Francisco Pousa;

Tesoureiro – Américo Guerrini;

Procurador – Alberto César de Oliveira.

FONTES: Site do clube – Livro oficial do XV de Piracicaba (100 anos – Destemido e Valente) e Centro Cultural Martha Watts – Mariana Neves – Rosemary Bars – A Gazeta Esportiva (Ilustrada)