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Escudo Inédito de 1905: Sport Club Internacional – São Paulo (SP)

O Sport Club Internacional foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede ficava Rua (atual Avenida) Senador Queirós, nº 5, no Centro da capital paulista. Fundado no sábado, do dia 18 de Agosto de 1899, graças a uma cisão do 1º movimento de criação do Sport Club Germânia, que nasceria um mês mais tarde.

Primeira reunião

É que alguns desportistas do movimento discordaram do nome e partiram, então, para o Germânia. A primeira reunião, foi presidida pelo Sr. Antonio de Campos, e, mais 23 rapazes de diversas nacionalidades (brasileiros, ingleses, alemães, franceses, italianos e portugueses.

Julio Antonio Villa Real, Henrique Vanorden, Ernesto Ey, Carlos Brasche, René Vanorden, Ch. Holland, W. Holland, Frank Robotton, Otto Sahloembach, Victor Wiskhof, Andrey Robotton, Otto Krische, Leopoldo Villa Real, Carlos Guimarães, Nicolás Edwards, Alberto Savoy, José Alt, Claudio de Carvalho, Kurt Hartling, Franz Mikolasch, Hans Nobling, Germano e Rodolfo Wakuschaffe.

Propostas do nome

A primeira proposta de nome foi dada pelo Sr. Hans Nobiling: o nome do clube seria Sport Club Internacional ou Sport Club Germânia. Por 15 votos contra cinco foi aprovado Sport Club Internacional e, imediatamente, se retiraram  da sala os senhores Hans Nobling, e os irmãos alemães Germano e Rodolfo Wakuschaffe (que 18 dias depois, o trio fundou o Sport Club Germânia, que, a partir de 1942, tornou-se o Esporte Clube Pinheiros). Dessa forma, com exceção desses três que saíram, os demais 21 nomes citados, foram considerados fundadores.

As escolhas das cores (vermelho e preto), a equipe começou a ser montada após, e os treinos realizados na Chácara Dulley, que se tornaram onde hoje é a Avenida Tiradentes.

Primeira Diretoria

A Diretoria provisória do Sport Club Internacionalfoi constituída pelo Presidente Antonio Carlos e René Vanorden, foi indicado para orientar o time que defendia o clube.

Então, no sábado, do dia 21 de Outubro de 1899, foi definido a 1ª Diretoria da agremiação rubro-negra paulistana:

Presidente – Antonio Campos;

Vice-Presidente – Sotto Mário Filho;

Secretário – Júlio Villa Real Filho;    

Capitains – Nikolas Edwards e W. Holland.

PS: Todas as estas reuniões e decisões acima, foram tomadas numa das Salas do Grêmio Literário Português.

Estatutos e os primeiros jogos

Cerca de cinco meses depois, na sexta-feira, do dia 16 de março de 1900, os estatutos do clube foram aprovados e realizados os primeiros os jogos contra os estudantes do Mackienzie College.

Foto de 1900

Clube ajudou a fundar a Liga Paulista

A partir daí o clube progrediu rapidamente e foi alugado um prédio na esquina das ruas José Bonifácio e São Bento, no distrito da Sé, no Centro da cidade. O Internacional, já que aceitava os sócios sem ter aceito, ao contrário dos demais que estavam ocupados às suas colônias, ou como o Mackenzie, que só aceitava seus alunos. Neste mesmo prédio, foi fundado no sábado, do dia 14 de Dezembro de 1901, a Liga Paulista de Football (LPF), que existiu até janeiro de 1917.

Além do futebol, outras modalidades esportivas tiveram grandes e brilhantes reuniões, como a Esgrima, por exemplo, sob o comando de Carlos Penna.

Campeonato Paulista de 1902: Internacional ficou na penúltima posição

Apesar dos esforços ingentes, sobremaneira de Antonio Casemiro da Costa, o “Costinha” – goleiro do Internacional, e fundador e presidente da 1ª Liga, o clube ficou em penúltimo lugar no 1º Campeonato Paulista de Futebol de 1902, com 13 pontos perdidos.

Declínio e saídas

E seus principais atletas como Jorge Mesquita, Geraldo Toledo e Casemiro da Costa, se sentiram desanimados. Assim, os dois primeiros se transferiram para o Paulistano, enquanto Costinha abandonou os campos.

Até Mário Cardim, uma das figuras de maior realce na vida do clube e do futebol paulista em seus primórdios, dedicado secretário do clube, desistiu de assinar atas pouco gloriosas.

Enfim, Campeão Paulista em 1907

Em 1903, era triste a situação do Internacional, terminou o Paulista na penúltima colocação com 12 pontos perdidos. Mas no ano seguinte (1904), houve uma grande reação e aí surgiram os irmãos Prado: Armando, Mário e Juvenal. Vieram ainda Cox Murray, Thompson de Santos, Duarte e Cunha Vasconcelos. Assim, foi formado um elenco poderoso e renovado. No final, o clube terminou na 3ª colocação com nove pontos perdidos.  

A seguir, novo esmorecimento e queda nos anos de 1905 e 1906, ficando na 3ª posição (nove pontos perdidos) e na 4ª posição (oito pontos perdidos), respectivamente.

Mas chegou 1907, sua grande conquista! O Internacional se sagrou campeão do Campeonato Paulista da 1ª Divisão em 1907. Conquistando a Taça Penteado, tendo Mário Prado, Juvenal Prado, Dinorah de Assis, Leo Bellegardo e Fachini foram os principais astros.

Campanha

DATARESULTADOSLOCALGOLS
12 de maioInter1X1AmericanoVelódromoMunhoz
23 de junhoInter2X1Inter de SantosVelódromoOrmundo e gol contra do goleiro santista
29 de junhoInter3X0São Paulo ACVelódromoLeo (dois) e Quartim
28 de julhoInter3X0GermâniaVelódromoDinorah, Ormundo e Leite
11 de agostoInter3X0PaulistanoVelódromoLeo (três)
1º de setembroAmericano1X3InterVelódromoEinfuher, Leite e J. Carvalho
15 de setembroPaulistano0X2InterVelódromoOrmundo e Leo
20 de outubroGermânia3X3*InterVelódromoOrmundo, Leo e Dinorah
15 de novembroSão Paulo AC1X1InterVelódromoM. Mendes

* Após julgamento da LPF, foi decidido vitória a favor do Germânia.

Classificação final

Classificação – Final
TimePGJVEDGPGCSG
1Internacional161072123716
2Paulistano11*105141415– 1
2Americano11*1043320173
4Germânia101050518162
5São Paulo Athletic692251116– 5
6Internacional de Santos49126722– 15
PG – pontos ganhos; J – jogos; V – vitórias; E – empates; D – derrotas; GP – gols pró; GC – gols contra; SG – saldo de gols

1928: Bicampeão Paulista

Em 1908 (3ª posiçãosete pontos perdidos) e 1909 (3ª posiçãosete pontos perdidos), outras decepções, podendo apenas se colocar em relevo os 4 a 0 contra a Associação Athletica das Palmeiras na última temporada.

Em 1911 e 1912, o Internacional não participou do certame, retornando em 1913, quando ficou na 4ª posiçãonove pontos perdidos. Em 1915, novamente se ausentou.

O clube seguiu jogando o Campeonato Paulista, até a década de 30, passando pelas: Liga Paulista de Football, Liga de Amadores de Football e Associação Paulista  de Esportes Athleticos.   

Nesse período, o Internacional chegou ao seu segundo título do Campeonato Paulista em 1928, com 11 pontos perdidos, em desempatecom o Paulistano.

Fim da linha em 1933

Em 1933, com o advento do regime profissional, o clube optou em se  fundir ao Antarctica Futebol Clube, origem ao financiamento do clube, que, por sua vez, fundiu-se ao time em 1937, dando origem ao Atlético Paulista, que em 1938 acabou sendo incorporado pelo São Paulo Futebol Clube.

Desenho do escudo, uniforme e texto: Sérgio Mello

Colaborou: pesquisador Vítor Dias

Imagem do escudo: Moisés H. G. Cunha

FONTES: Wikipédia – Jornal A Gazeta (SP)

Clube Cimento Paraíso – Italva (RJ): disputou competições em três ligas diferentes

O Clube Cimento Paraíso é uma agremiação da cidade de Italva (RJ). O “Auriverde Italvense” foi Fundado na quinta-feira, do dia 26 de Outubro de 1944, por funcionários da Cia. Cimento Portland “Paraíso” (constituído em 26 de setembro de 1940). A sua Sede e a Praça de Esportes ficam localizados na Rua Vila Operária, s/n, no bairro Cimento Paraíso, em Italva (RJ).

Curiosidades

Vale lembrar, que até 09 de outubro de 1944, a localidade se chamava Monção. A partir daí passou a se chamar Italva, que era um distrito da cidade de Campos dos Goytacazes. Italva ganhou status de município, por meio da Lei Estadual 999, em 12 de junho de 1986.

O significado da palavra “Italva” é uma junção da palavra tupi ‘Itá’, “pedra“, com a palavra portuguesa “alva“. Traduzindo: pedra branca“, numa referência à abundância de calcário em seu subsolo.

Italva pertence à Região Noroeste Fluminense, que também abrange os municípios de Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José do Ubá e Varre-Sai.

Italva é estrategicamente bem localizada, cortada bem ao meio pela BR 356 e faz divisas com Bom Jesus do Itabapoana (42 km), Cambuci (35 km), Campos dos Goytacazes (61 km), Cardoso Moreira (13 km), Itaperuna (41 km) e São Fidélis (45 km) e fica a 345 quilômetros da capital Rio de Janeiro e menos de 100 km das fronteiras com Minas Gerais e Espírito Santo, o que possibilita um grande tráfego de pessoas e automotores no município.

modelo da década de 70

Clube jogou em três ligas diferentes

Até 1954, era filiado a Liga Campista de Desportos (LCD). Já em 1955 e 1956, disputou as competições da Liga Desportiva Bonjesuense (LDB). Em 1957 se filiou a Liga Itaperunense de Desportos (LID).

O Clube Cimento Paraíso tentou ingressar no Campeonato Citadino de Itaperuna, mas a Federação Fluminense de Desportos (FFD), vetou, mesmo com o apelo das equipes Itaperunenses.  

Praça de Esportes do Clube Cimento Paraíso

Bicampeão Itaperunense

Porém, em 1959, conseguiu disputar o Campeonato Citadino de Itaperuna, onde foi bicampeão em 1960-61, organizado pela Liga Itaperunense de Desportos (LID).  

Domingo, no dia 12 de Junho de 1960

Comercio Industria x Cimento Paraíso

Laje x Unidos

Domingo, no dia 26 de Junho de 1960

Porto Alegre x Cimento Paraíso

Retiro x Comercio Industria

Domingo, no dia 24 de Julho de 1960

Cimento Paraíso 3 x 1 Porto Alegre

Comercio Industria 2 x 1 Retiro

Domingo, no dia 31 de Julho de 1960

Porto Alegre x Comercio Industria

Venancense x Laje

Cimento Paraíso x Retiro

Domingo, no dia 02 de Outubro de 1960

Cimento Paraíso 4 x 0 Comercio Industria

Unidos 5 x 0 Lages

Domingo, no dia 16 de Outubro de 1960

Cimento Paraíso x Porto Alegre

Comercio Industria x Retiro

Domingo, no dia 23 de Outubro de 1960

Comercio Industria x Porto Alegre

Laje x Venancense

Retiro x Cimento Paraíso

Campeão Bom-jesuense

Desfile do dia 7 de Setembro, na década de 70

Foi campeão do Campeonato Citadino de Bom Jesus do Itabapoana de 1963, nas duas divisões, organizado pela Liga Desportiva Bonjesuense (LDB).

Em 1964, voltou para a Liga Itaperunense de Desportos (LID). Nesse ano um participante mineiro: Tombense Futebol Clube (debutará no Brasileiro da Série B de 2022), da cidade de Tombos, que fica a 49,2km de distância da cidade de Itaperuna. Os demais participantes: Unidos, Italva, Retiro, Lajes, Fluminense, Natividade e Venancense.

Retorno ao Campeonato Campista

Entrada da Sede Social

Em 1969, voltou a jogar na Liga Campista de Desportos (LCD), onde disputou a Divisão de Acesso. Participaram: União de Santa Cruz (Santa Cruz); Martins Lage; Cardoso Moreira; União dos Servidores Municipais (Caju); Grêmio Social; Esporte Clube Italva; União de Ururaí (Ururaí); Esporte Clube Sapucaia; União do Queimado.

O time base era: Joel; Caldeira, Wilson, Valcir e Maurício; Antenógenes e Salustriano; Edinho, Abel, Eliseu e Adilson.

Ganhou o direito de disputar uma competição profissional, mas…

Em 1970, voltou a jogar a Divisão de Acesso, da LCD. Participaram: União de Santa Cruz (Santa Cruz); Esporte Clube Martins Lage (Martins Lage); Cardoso Moreira; União dos Servidores Municipais (Caju); Grêmio Social da FEI; Esporte Clube Italva; União de Ururaí (Ururaí); Esporte Clube Sapucaia; União do Queimado.

No final, o Cimento Paraíso e o Sapucaia conquistaram as vagas para jogar o Campeonato da Divisão Extra de Profissionais Campista, LCD. As demais colocações ficaram assim:

Cardoso Moreira (seis pontos perdidos);

Esporte Clube Italva (oito pontos perdidos);

Grêmio Social (nove pontos perdidos);

União de Ururaí (dez pontos perdidos);

5º  União de Santa Cruz (dez pontos perdidos);

União dos Servidores Municipais (12 pontos perdidos);

Martins Lage (13 pontos perdidos);

União do Queimado (14 pontos perdidos).

Porém, o Cimento Paraíso acabou desistindo de disputar o certame, abrindo vaga para o Cardoso Moreira, que entrou no seu lugar.

No Campista, boas participações

parte frontal do clube

Em 1973, participou do Campeonato Campista de Futebol Amador. Participaram: Nacional (Saturnino Braga); Beira do Taí; União de Santa Cruz (Santa Cruz); União dos Servidores Municipais (Caju); Esporte Clube Italva; Municipal; Santo Antônio do Beco; União de Ururaí (Ururaí).

Faltando uma última rodada para o fim, se enfrentaram União dos Servidores (100% de aproveitamento) e Cimento Paraíso (apenas um ponto perdido), a fim de decidir o título. A classificação era a seguinte:

União dos Servidores Municipais (zero ponto perdido);

Clube Cimento Paraíso (um ponto perdido);

Nacional de Saturnino Braga (quatro pontos perdidos);

Santo Antônio do Beco e  Municipal (cinco pontos perdidos);

União de Santa Cruz (sete pontos perdidos);

Beira do Taí (oito pontos perdidos);

União de Ururaí (nove pontos perdidos);

Esporte Clube Italva (11 pontos perdidos);

10º Atlético do Poço (13 pontos perdidos);

Em 1974, esteve presente do Campeonato Campista de Futebol Amador. A competição contou com as seguintes equipes: Aliança (Mineiros); Atlético; Estrela; São Sebastião; União de Ururaí; Santa Cruz; Cardoso Moreira; União de Guarus; União dos Servidores Municipais; São João; Santo Antônio.

Em 1975, o time disputou o Campeonato Regional do Norte Fluminense. Estiveram presentes: Porto Alegre; Paduano; Leite Glória; Paraíso; Olímpico; Natividade; Comércio; Porciuncalense; Unidos; Italva; Laje.

Em 1978, o Cimento Paraíso fez parte do I Campeonato de Futebol da Divisão Especial de Campos. A 1ª rodada – que teve início na quinta-feira, do dia 02 de Março de 1978 – teve os seguintes resultados:

Goytacaz 2 x 0 Americano;

Cambaíba 4 x 3 Santo Antonio;

União de Santa Cruz 1 x 1 Rio Branco;

Cimento Paraíso 0 x 0 Paraíso.

No domingo, do dia 19 de março de 1978, o Americano ficou no empate em 1 a 1 com o Cimento Paraíso. O Cardoso Moreira derrotou o Sapucaia por 2 a 1. O União Santa Cruz bateu o Santo Antonio pelo placar de 3 a 1.

Declínio na década 80

salão de eventos

Na década de 80, o clube sumiu do mapa das competições regionais. A partir daí o declínio foi crescendo até chegar ao ápice, quando a sede social ficou abandonada, com a vegetação tomando conta. A reportagem do “Italva em Foco“, no dia 20 de janeiro de 2014, fez uma narrativa preocupante:

As instalações do clube de Cimento Paraíso continuam abandonadas. Local de encontro de pessoas de toda a região no passado, o clube está se acabando aos poucos.  Por todos os lados a vegetação está tomando conta. O salão, que já abrigou um cinema e recebeu diversos shows e apresentações culturais, retrata um grande abandono e a estrutura do telhado mostra visível desgaste com o tempo. O alambrado do campo está todo enferrujado e caindo. Segundo informações, o imóvel foi doado ao município há alguns anos atrás para que o mesmo pudesse zelar pelo patrimônio. Moradores de Cimento criaram uma petição on line em 2013 solicitando ao prefeito a reforma do local“.  

Sai: ‘Clube Cimento Paraíso’. Entra: ‘Centro Cultural de Cimento Paraíso’

O empenho dos moradores deu resultado, e, no dia 17 de agosto de 2020, o Prefeito em exercício de Italva, Alcirley Lima e o Secretário Municipal de Chefia de Gabinete Walber Gomes, afirmaram que as obras de recuperação e construção do “ Centro Cultural de Cimento Paraíso “.

Assim, o sonho dos italvenses está perto de ser realizado, onde o Clube de Cimento Paraíso, dará lugar a um Centro Cultural Multiuso

Desenho dos escudos, uniforme, pesquisa e texto: Sérgio Mello

FOTOS: Página no Facebook “Cimento Paraíso” – Flávio RebelCláudio Pandora (ex-jogador profissional)

FONTES: Wikipédia – Última Hora (RJ) – Página no Facebook “Cimento Paraíso” – Diário de Notícias (RJ) – Revista O Cruzeiro – O Observador Econômico e Financeiro (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – A Noite (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – site Italva em Foco – Página no Facebook “Cimento Paraíso” – Portal Entre Cidades Norte e Noroeste Fluminense  

Há 72 anos: Cruzeiro Esporte Clube jogou pela 1ª vez de uniforme branco, diante do Sete de Setembro F.C.

Na noite de quinta-feira, do dia 20 de abril de 1950, o Cruzeiro Esporte Clube e o Sete de Setembro Futebol Clube se enfrentaram numa partida amistosa, no saudoso Estádio do Barro Preto, localizado no bairro Barro Preto, situado na Zona Sul de Belo Horizonte (MG). No final, o resultado de 4 a 1, a favor do Cabuloso não foi o fator em destaque para essa postagem.

O que marcou a história da Raposa nessa partida, foi que pela 1ª vez o time jogou com o uniforme branco. Antes, a tradicional camisa azul era usada em todos os compromissos do Cruzeiro. Naquela época, no entanto, as equipes esbarravam no problema de iluminação precária dos campos de futebol, que prejudicava a visualização dos atletas de equipes que jogavam com uniformes com cores mais escuras.

A composição do novo manto cruzeirense previa uma camisa branca com a gola e as bordas das mangas azuis, mesma cor adotada no calção. As meias tinham a mesma tonalidade da blusa.

Na partida de estreia do uniforme, uma situação curiosa. A empresa que produzia os mantos para o Cruzeiro entregou somente as camisas e as meias, faltando os calções azuis, obrigando a Raposa a jogar de forma improvisada com o short na cor branca.

CRUZEIRO EC (MG)     4          X          1          SETE DE SETEMBRO FC (MG)

LOCALEstádio do Barro Preto, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte (MG)
CARÁTERTorneio Triangular
DATAQuinta-feira, do dia 20 de Abril de 1950
RENDACr$ 5.700,00
ÁRBITROAdemar Russo (FMF)
CRUZEIROGeraldo II; Duque e Bené; Adelino, Vicente e Ceci; Nonô II, Guerino e Bororó (Áureo); Paulo Florêncio e Sabu. Técnico: Souza
SETE DE SETEMBROOrlando; Corsino, Demeure; Pradinho e Zú (Toledinho); Mazinho, Elisson, Ferreira e Rui (Laerte); Paulo César e Toledinho (Papagaio). Técnico: Jacir de Assis
GOLSRui (Sete); Guerino aos 32 minutos (Cruzeiro); Áureo aos 34 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo.  Áureo e Guerino (Cruzeiro), no 2º Tempo.
Estádio do Barro PretoFoto de 1974

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS
: Acervo/Cruzeiro – Super Esportes

FONTES: Site oficial do Cruzeiro – Jornal dos Sports

1º escudo: Formiga Esporte Clube – Formiga (MG), fundado em 1929

O Formiga Esporte Clube é uma agremiação do Município de Formiga (com uma população de 67.833 habitantes, segundo o IBGE/2014), que fica a 196 km da capital mineira. O FEC foi Fundado no dia 17 de Março de 1929, com o nome de Formiga Sport Club. A sua Sede na Avenida Paulo Lins, s/n, no Centro da cidade. O seu Estádio Pedro Juca, tem capacidade para 2.500 pessoas.

O Formiga foi um dos poucos times do interior do estado a enfrentar equipes de categoria como:  Atlético Mineiro, BotafogoFlamengo e Vasco da Gama, que contavam com os maiores craques da época.

PRIMEIRO TÍTULO

No ano de 1950, o FEC conquistou um de seus maiores títulos: Campeão dos Campeões do Interior. No ano 1964, o presidente Lubélio Laudares de Oliveira começou a pensar em tornar o FEC um time profissional e disputar campeonatos a nível regional.

Em 1965, apesar das dificuldades, o Formiga conseguiu chegar a final do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. O FEC jogou a final do torneio contra Companhia Ferro Brasileiro, venceu e subiu para a Elite do Futebol de Minas.

Em 1966, começou a disputar o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão. O FEC, fez uma péssima campanha terminando a competição em 10º lugar entre 12 clubes. Em 22 jogos, foram 2 vitórias, 8 empates e 12 derrotas.

No Ano de 1967, o FEC fez uma excelente campanha, sendo considerado um dos times mais fortes de Minas. Neste a no o Formiga se tornou “Campeão do Interior“, ficando na 4ª colocação no Campeonato Mineiro. Ficando atrás de apenas Cruzeiro, Atlético e América.

O Formiga fez uma excelente campanha, tendo um aproveitamento de 45,45%. Com Seis Vitórias, Oito Empates e Oito Derrotas. O Ataque o FEC também fez bonito, fazendo 28 gols.

O FEC também conseguiu grandes feitos: o primeiro foi empatar com o Atlético Mineiro em pleno Mineirão, e o segundo foi empatar com o América no Juca Pedro.

Em 1969, embalado pelo sucesso de 1968, o FEC deu continuidade no trabalho e fez um campeonato honroso, o Torneio em 69. Na reunião do Conselho Divisional em 07 de janeiro decidiu mudar as regras do Campeonato Mineiro da Divisão Extra.

A tabela dirigida foi abolida e o certame passou a ser disputado nos moldes antigos. Também foi definido a inclusão de mais quatro equipes no CampeonatoDemocrata (Governador Valadares), Sete de Setembro e Tupi de Juiz de Fora a título precário – aumentando o número de participantes de 12 para 16 equipes.

O FEC fez um bom primeiro turno, terminando em sexto. Mas o segundo turno foi um desastre, terminando na 15ª colocação. Na soma total o FEC terminou em 11° Lugar e nunca mais disputou o a Campeonato Mineiro da 1ª Divisão. Neste ano o Formiga, Democrata/SL, Democrata/GV, Vila do Carmo, Sete de Setembro e USIPA; foram rebaixados. E o campeonato voltou aos moldes antigos, com apenas 12 equipes

O Lendário e Tradicional Formigão 68, ficou conhecido pela campanha que fez neste ano; apesar de não ser campeão do interior, pois o Uberlândia acabou na frente do FEC, que acabou em 4° Lugar, atrás de Cruzeiro, Atlético e o próprio Uberlândia.

Nesta equipe tinham grandes jogadores como Lentine, Cristóvão, Adinan, Sudaco, Canhoto, Coutinho, Zé Horta, Hali, Darci Crespo, entre outros. O FEC terminou a 1ª Fase como vice-líder invicto, Ganhado do América e empatando com Atlético e Cruzeiro (no marcante 2 a 2, Cristóvão e Sudaco marcaram pelo FEC e Tostão descontou para o Cruzeiro).

TÍTULOS

Década de 1930: Formiga Sport Club, no campo da Chapada

Campeão dos Campeões do Interior: 1950. Campeonato Mineiro da Segunda Divisão: 1965.

Campeão do Interior da Primeira Divisão 1967.

HINO DO FORMIGA E.C. (YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=AXGPs1EzXq0)

Meu Formiga Esporte Clube
Entre em campo e faz vibrar os corações
e a massa explode e grita
salve salve o invencível campeão

Com garra. emoção e muitas glórias
meu time é só paixão, é só vitórias
Meu Formiga Esporte Clube
toca a bola, dá um show e faz tremer
e a galera explode e grita
nosso lema é lutar, vencer, vencer

Balança a multidão, é gol do Formigão
salve salve o invencível campeão 
Balança a multidão, é gol do Formigão
salve salve o invencível campeão

Desenho da bandeira e uniforme: Sérgio Mello

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FONTES & FOTO: Site do e Página no Facebook do Clube – Página no Facebook “Formiga, Fatos, Fotos & Filmes”Página no Facebook “Futebol Mineiro”

Esporte Clube Operário – Cabo Frio (RJ): Campeão de Cabo Frio em 1962, disputou o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1964

O Esporte Clube Operário foi uma agremiação da cidade de Cabo Frio (RJ). Sediado na Rua Jorge Lóssio, s/n, no bairro Vila Nova, foi Fundado na 1ª quinzena de Fevereiro de 1962, pelos desportistas Aldir José de Sousa, então presidente do Sindicato na Extração de Sal, e também 1º suplente vereador pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) e por Corrêa, o ‘Leão’, diretor do Sindicato dos Estivadores.

No começo, a modesta agremiação possuía uma pequena Sede na Rua Teixeira e Souza, s/n, no bairro Vila Nova. Uma curiosidade é que o ex-jogador Alair Corrêa ganhou notoriedade na cidade ao se eleger por três vezes como Prefeito de Cabo Frio (1º/02/1983 a 31/12/1988 – 1º/01/1997 a 31/12/2000 – 1º/01/2013 a 31/12/2016).

O diretor do Operário foi o Sr. Lecy Gomes da Costa, que anos depois foi homenageado pelo então prefeito Alair Corrêa, que colocou o seu nome na rua, onde está a Igreja Católica e o São Cristóvão Futebol Clube: Rua Lecy Gomes da Costa.

O time base era constituído por: Charlinhos; Cícero, Elialdo e Nininho; Luiz de Nilo e Alair Corrêa, Geroninho, Josias e Leley de Braguilha. A 1ª Diretoria foi formada pelos seguintes membros:

Presidente – Aldir José de Sousa;

Vice-Presidente – Lecy Gomes da Costa;

1º Secretário – Geraldo de Azevedo;

2º Secretário – Clébio Gomes;

1º Tesoureiro – Alencar Soares;

2º Tesoureiro – Osvaldo Gomes Cordeiro.      

Em seguida, o presidente da Liga Cabofriense de Desportos (LCD), Danclars José de Souza, em caráter experimental, filiou o Esporte Clube Operário e Palmeirinha Futebol Clube. O dirigente também solicitou junto a Federação Fluminense de Desportos (FFD), a homologação da filiação definitiva dos clubes Perynas e Manguinhos.

O Operário debutou no certame, quando disputou o Torneio Início Cabofrense, organizado pela LCD. A competição foi realizada em dois domingos, nos dias 05 e 12 de Agosto de 1962, no Estádio Municipal.

No regulamento, informava que os jogos seriam disputados em 20 minutos cada, e, que a exceção seria na grande final, onde a partida teria 60 minutos para definir o campeão.

Na sua estreia, o Operário encarou um adversário duro: o Arraial. Após o empate em 1 a 1, a equipe avançou nos pênaltis por 3 a 0, com os gols de Hermes e Aluísio.

1ª FASE

Tamoyo0 (1)X0 (3)Unidos de ManguinhosÁrbitro: José da Silva Santos
Tupi1 (3)X1 (2)PerynasÁrbitro: Jovino Tavares de Almeida
Arraial1 (0)X1 (3)OperárioÁrbitro: Othon Marques Cardoso
Sergipe0X1AA CabofrienseÁrbitro: Othon Marques Cardoso

2ª FASE

Guarani0 (3)X0 (0)Unidos de ManguinhosÁrbitro: Gabriel Ramos Filho

SEMIFINAL

Tupi0 (3)X0 (2)OperárioÁrbitro: José da Silva Santos
Cabofriense0 (3)X0 (0)GuaraniÁrbitro: Othon Marques Cardoso

FINAL

Tupi0X4AA CabofrienseÁrbitro: Gabriel Ramos Filho
Entre parênteses, o vencedor foi definido na disputa de pênaltis

, Os gols foram assinalados por Carlinhos, Aguinaldo, Zé Carlos e Cinho. O jogo suspenso aos 8 minutos por falta de luz natural. Assim, os 52 minutos restantes foi completada uma semana depois (12/08), no Estádio Municipal.

Depois, o Operário estreou no Campeonato Citadino de Cabo Frio de 1962, organizado pela Liga Cabofriense de Desportos (LCD), onde surpreendeu a todos, conquistando o título de forma invicta.

O Campeonato Cabofriense de futebol foi disputado com mais de um ano de atraso, só terminando no final de dezembro de 1963. E, mesmo assim, por que a LCD fez com jogos eliminatórios, a fim de definir o campeão antes do final do ano.

O atraso foi em razão da realização do Campeonato Fluminense, deixando o Campeonato de Cabo Frio bastante espremido. No final, o Operário faturou o título com duas vitórias e dois empates (vencendo nos pênaltis), marcando três gols, sem sofrer nenhum tento.   

Campanha:

Operário2X0TamoyoGols: Aloísio, duas vezes.
Operário0 (3)X0 (2)AA CabofrienseGols: Braguinha.
lOperário0 (3)X0 (0)Unidos de ManguinhosGols: Braguinha.
Operário1X0PerynasGols: Josimar, na prorrogação.
Entre parênteses, o vencedor foi definido na disputa de pênaltis

O Esporte Clube Operário contou com os seguintes jogadores: Alair, Aloísio, Arizio, Braguinha, Chico, Ileando, Jeronimo, Josimar, Luiz, Nininho, Orclino, Scharles e Sidney.

A inédita conquista deu ao Operário o direito de disputar o Campeonato Fluminense de Campeões Municipais, em 1964, organizado pela Federação Fluminense de Desportos (FFD)

A lista dos clubes inscritos chegou a um total de 19 clubes:

América Futebol Clube (Três Rios);

Associação Atlética Piauí (Fábrica Nacional de Motores – Duque de Caxias);

Bacaxá Futebol Clube (Saquarema);

Cantagalo Esporte Clube (Cantagalo);

Clube dos Coroados (Valença);

Clube Esportivo Mauá (São Gonçalo);

Esporte Clube Metalúrgico (São Gonçalo);

Esporte Clube Operário (Cabo Frio);

Esporte Clube São Bento (Angra dos Reis);

Estrela Dalva (Nilópolis);

Flamengo Futebol Clube (Macaé);

Guarany Futebol Clube (Magé);

Mangueira Futebol Clube (Paraíba do Sul);

Nacional Futebol Clube (Duque de Caxias);

Royal Sport Club (Barra do Piraí);

São José Atlético Clube (Cachoeiras de Macacu);

São Pedro Futebol Clube (São João de Meriti);

Tanguá Futebol Clube (Rio Bonito);

Tupy Futebol Clube (Paracambi);

Desistência e exclusão

No entanto, antes do início da competição, o Mauá de São Gonçalo desistiu de participar. Porém, o maior “mico” ficou por conta do Clube dos Coroados, de Valença.

Após ter a sua inscrição aceita, dias antes de estrear, a Federação de Fluminense de Desportos descobriu que o clube não foi campeão de Valença no anterior, o que impossibilitou a sua participação no torneio. Um erro grotesco da FFD!   

A estreia aconteceu no domingo, do dia 08 de março de 1964, quando o Operário acabou derrotado pelo Bacaxá, de Saquarema, pelo placar de 3 a 1, no Estádio Municipal, em Cabo Frio. No final, o time não fez uma boa campanha, mas ficou a lembrança de uma temporada inesquecível.

Colaborou: Gerson Rodrigues

FOTOS: Acervo de José Francisco de Moura, ‘Profº Chicão

FONTES: Jornal Última Hora (RJ) – Gazeta da Baixada (RJ) – José Francisco de Moura, ‘Profº Chicão

Escudo da década de 90: Ferroviário Atlético Clube – Maceió (AL)

O Ferroviário Atlético Clube foi uma agremiação da Cidade de Maceió (AL). Fundado no dia 02 de Maio de 1937, o clube teve o período áureo na década de 50. Nessa publicação vamos falar das quatro vezes em que o clube mudou as suas cores.

Contando com a preciosa colaboração do renomado amigo, jornalista, escritor e pesquisador Laércio Becker que me cedeu gentilmente o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros“, do autor Ernani Buchmann (Editora: Imprensa Oficial do Paraná).

Nela, aborda que o Ferroviário Atlético Clube de Maceió (AL), dias depois da sua fundação (que ocorreu), um diretor da Estrada de Ferro doou o uniforme: camisa na cor ouro e short azul. Na sua estreia o Ferroviário acabou derrotado pelo Flamengo E.C. da Praça Deodoro pelo placar de 2 a 0.

Em 1948 inaugurou a sua Sede própria, que foi palco das mais famosas festas de São Félix. Para ser sócio do clube a pessoa deveria ser empregado ou aposentado da Viação Férrea.

Alguns anos depois o Ferroviário trocou a cor ouro pelo branco, mas mantendo a cor azul. Nos anos 50 veio a mudança do escudo (aquele conhecido) e outra troca: saiu o azul e entrando o verde.

Coincidência ou não, o Ferroviário Atlético Clube, chegou ao seu auge. Em 1951 se profissionalizou, no ano seguinte foi campeão do Torneio Início; levantou a taça do Campeonato da Capital em 1953; faturou o inédito título do Campeonato Alagoano da Série A de 1954; além dos vice-campeonatos: 1952, 1953 e 1956.

O Ferroviário foi a base da Seleção Alagoana de Futebol nos anos de 1953 e 1954, quando a principal competição nacional era o Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais.

O seu último lampejo aconteceu em 1977, quando o Ferroviário montou um time forte. Depois, sem torcida, associados o “trem descarrilou dos trilhos” e caiu para a Segunda Divisão.

No início dos anos 80, a última tentativa desesperada o clube trocou as cores pela quarta e última vez: saiu o alviverde e entrou o áureo-rubro. No entanto, o seu último “suspiro” não deu certo. O clube acabou eliminado da Segundona Alagoana por falta de pagamento das taxas devidas à Federação Alagoana de Futebol.

Fontes: Wikipédia – Laercio Becker – o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros”, do autor Ernani Buchmann  

Torneio de Verão de Friburgo de 1990: Flamengo (RJ) goleia o Cantagalo (RJ) e fatura o título

Na abertura da temporada de 1990, o Flamengo faturou o 1º troféu: Taça Cidade de Nova Friburgo, ao golear o Cantagalo Esporte Clube por 5 a 0, no Estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo (RJ). A partida transcorreu, na tarde de domingo, às 14h30min., do dia 21 de janeiro de 1990. O Troféu Cão Sentado foi ofertado no final da partida ao vencedor, no caso o rubro-negro carioca.

O técnico do Flamengo, Valdir Espinosa estreou o novo esquema tático: 3-5-2, quase idêntico ao modelo empregado na época pelo então treinador da Seleção Brasileira: Sebastião Lazaroni. Nessa formação, Leandro jogou como libero, enquanto Josimar e Zinho foram os alas pela direita e esquerda, respectivamente.   

O Flamengo abriu o placar aos 7 minutos. Edu Marangon lançou Renato Gaúcho, que dentro da área, foi calçado. Pênalti, que Zinho cobrou com categoria. Três minutos depois, Zinho lançou Bujica que tocou na saída de Adílson para ampliar o placar.

Aos 13 minutos, Renato Gaúcho foi à linha de fundo e centrou na medida para Zinho que testou firme. A bola entrou, mas a rede furada e o auxiliar José Gomes, desatento, indicou erradamente que a bola teria saído pela linha de fundo.  

Depois, numa jogada de efeito, Renato Gaúcho aplicou três lençóis no zagueiro Widmar e só não marcou um golaço, por que a bola explodiu nas costas de Tote. Porém, aos 32 minutos, não teve jeito. Renato Gaúcho driblou três marcadores e, dentro da área, chutou cruzado para delírio da torcida rubro-negra.

Na etapa final, o Flamengo diminuiu o ritmo e o jogo ficou no “banho-maria” e só ganhou emoção nos minutos finais. Edu Marangon, depois de quase trocar sopapos com o zagueiro Alberto, e de fazer três excelentes lançamentos, marcou o 4º gol do Fla aos 40 minutos.

Dois minutos depois, o zagueiro Fernando lançou Renato Gaúcho que tirou o goleiro Adilson, para marcar o 5º gol e dando números finais a peleja. Segundo o Jornal dos Sports, os destaques da partida foram Edu MarangonRenato Gaúcho que receberam Nota 8.

Curiosidades

A Taça Cidade de Nova Friburgo, foi organizado pela Prefeitura local e contou com uma rodada dupla. O 1º jogo, às 14h30min., contou com o jogo entre Cantagalo 0 x 5 Flamengo; e, na partida de fundo, às 16h30min., Friburguense 0 x 2 Botafogo.

Foram colocados à venda 12 mil ingressos (capacidade total do Estádio Eduardo Guinle). Foram 10 mil lugares para arquibancada descoberta; 1.200 para arquibancada coberta; 280 ingressos para cadeiras com os seguintes preços: NCz$ 40,00 (40 cruzados novos) – NCz$ 80,00 (80 cruzados novos) – NCz$ 150,00 (150 cruzados novos). O sócio do Friburguense tinha um desconto em quaisquer dos três valores acima.

CANTAGALO E.C.             0          X         5          C.R. FLAMENGO

LOCALEstádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo (RJ)
CARÁTERTaça Cidade de Nova Friburgo
DATAdomingo, do dia 21 de janeiro de 1990
HORÁRIO14 horas e 30 minutos
RENDANão divulgado
PÚBLICOCerca de 4 mil pagantes
ÁRBITROValter Senra (Ferj)
AUXILIARESJosé Gomes (Ferj) e João Batista (Ferj)
CARTÕES AMARELOSAilton e Zinho (Flamengo); Tote, Alberto, Tinho, Jomar e Maíca (Cantagalo).
CANTAGALO1 – Adilson; 2 – Tadeu, 3 – Tote (13 – Alberto), 4 – Widmar (14 – Jairzinho), 6 – Jomar; 5 – Tinho, 8 – Maíca, 10 – Chico (15 – José); 7 – Jonas, 9 – Nivaldo 11 – Everaldo (12 – Antônio José). Técnico: João Emeas.
FLAMENGO1 – Zé Carlos (12 – Zé Carlos Paulista); 5 – Júnior, 3 – Leandro, 6 – Fernando, 2 – Josimar (15 – Alcindo); 4 – Uidemar, 8 – Ailton, 10 – Edu Marangon, 11 – Zinho (13 – Leonardo); 7 – Renato Gaúcho, 9 – Bujica. Técnico: Valdir Espinosa.
GOLSZinho, de pênalti, aos sete minutos (Flamengo); Bujica aos 10 minutos (Flamengo); Renato Gaúcho aos 32 minutos (Flamengo), no 1º Tempo. Edu aos 40 minutos (Flamengo) e Renato Gaúcho aos 42 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.  

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)

Inédito!! Porto Novo Futebol Clube – São Gonçalo (RJ): Campeão Gonçalense de 1921

O Porto Novo Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São Gonçalo, na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. A sua Sede e a Praça de Esportes ficavam localizados na Rua Capitão João Manoel, s/n, no Bairro Porto Novo, em São Gonçalo (RJ).

Fundado no Sábado, do dia 10 de Janeiro de 1920, por desportistas do bairro de Porto Novo, nas cores rubro-anil, com o nome de Porto Novo Football Club. Na quarta-feira, do dia 03 de Abril de 1929, o clube foi reorganizado, alterando as cores para auriverde, mas sem alterar a data de fundação.

No domingo, do dia 1º de Maio de 1921, no festival promovido pela Sociedade Gonçalense de Desportos. No 1º jogo, venceu o Wisth; enquanto o Carioca superou o time B do Gonçalense. Na final, o Porto Novo venceu o Carioca, e faturou a Taça Dr. Norival de Freitas.

Acervo de Roberto S. Quintanilha

No mesmo ano, o Porto Novo foi campeão do II Campeonato Gonçalense de futebol de 1921. Organizado pela Liga Sportiva Gonçalense (LSG), a competição contou com a participação de sete clubes: Carioca Football Club Club Athletico Mutondo Parahyba Football Club Porto Novo Football Club Sociedade Gonçalense de Desportos Tamoyo Football Club Wisth Football Club.

Foto dos anos 30/40

Em maio de 1923, Felisberto do Amaral foi o 1º jogador do clube a se transferir para uma agremiação da capital. No caso, o Carioca Football Club, da 1ª Divisão do Campeonato Carioca, organizado pela Liga Metropolitana

Em 1933, o Porto Novo solicitou desligamento da Associação Gonçalense de Esportes Athleticos (AGEA).

Em 1948, foi eleita uma das diretorias consideradas que impulsionou o progresso da agremiação: Oswaldo Ornellas (presidente); Ademar Pereira Gomes (vice-presidente); Manoel Teixeira de Almeida Filho (1º Secretário); Aclinôr Gomes (2º Secretário); Joaquim Alves da Silva (1º Tesoureiro); João José Ornellas (2º Tesoureiro); Joaquim Ribeiro (Diretor de Esportes).

Em 1960, o Porto Novo se sagrou campeão do Torneio Popular de Futebol Edésio da Cruz Nunes, que reuniu 21 agremiações de Niterói e São Gonçalo. Na Série Augusto de Gregório (fase inicial), o Porto Novo Futebol Clube faturou o título. Em 12 jogos, somou 15 pontos; com cinco vitórias, cinco empates e duas derrotas; marcando 33 gols, sofrendo 26 e um saldo positivo de sete tentos.

Foto da década de 40

Abaixo os resultados:

Primeiro Turno

Porto Novo Futebol Clube4X3Associação Atlética Santa Cruz
Porto Novo Futebol Clube4X5Portinho Futebol Clube
Porto Novo Futebol Clube2X2Universal Mirim Esporte Clube *
Porto Novo Futebol Clube2X0Esporte Clube Agra
Porto Novo Futebol Clube1X1Mangueira Futebol Clube
Porto Novo Futebol Clube3X3Veterano Futebol Clube

* ganhou os pontos no Conselho de Justiça

Segundo Turno

Porto Novo Futebol Clube2X2Associação Atlética Santa Cruz
Porto Novo Futebol Clube4X4Portinho Futebol Clube
Porto Novo Futebol Clube1X1Universal Mirim Esporte Clube
Porto Novo Futebol Clube1X2Esporte Clube Agra
Porto Novo Futebol Clube6X2Mangueira Futebol Clube
Porto Novo Futebol Clube3X1Veterano Futebol Clube

A equipe de Aspirantes do Porto Novo foi campeão da Série Plínio Carvalhido, conquistando o título de campeão da Eficiência e vice-campeão da Disciplina.

A Diretoria de 1960 era composta pelos seguintes membros: Waldemar Rodrigues (Presidente); Oswaldo Ornellas (Presidente de Honra); Egerton Silva (Vice-presidente); Geraldo Ornellas e José Ribeiro Dias (Secretários); Euclides Vieira e Antonio Gonçalves Dias (Tesoureiros); Rossine Rocha (Diretor Social); Alvaro Braga e Lourival Lopes Soares,’Louro’ nos Aapirantes (Diretores de Esportes).

Foto dos anos 50

Time base de 1929: Napoleão; Gudão e Décio; Djalma, Guarany e Rangel; Vabo, Carango, Mario, Russo e Lauro.

Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Roberto S. Quintanilha

FONTES: O Imparcial (RJ)- O Fluminense – Gazeta de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ)